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Trabalho de Sistemas de Redes Veiculares (REDE CAN)

As redes CAN (Controller Area Network, traduzido como: Rede de Controle de Área) foi
uma das tecnologias que nasceu primeiramente para automóveis, ao contrário do que se
normalmente acontece com as tecnologias que nascem para uso massivo, para depois serem
aplicadas aos automóveis, a rede CAN é um protocolo de comunicação serial síncrono onde os
dados são trocados entre os módulos de automóveis para que os mesmos operem em sincronia
e em tempo real, tendo o cuidado de não ter falhas, ou minimizando-as ao máximo.

O sistema de rede CAN foi idealizado nos anos 80, meados de 1983, pela Bosch onde
houve a partir daí, uma vasta aplicação e uso de suas funções. Ela foi plenamente aceita pelo
mercado e tomou também outros segmentos, sendo apoiados por exemplo pela Intel e Philips,
onde ainda hoje é aplicada em eletrônica embarcada. A rede CAN nasceu para trazer
confiabilidade, já que seu uso se aplica a máquinas que envolvem pessoas, como equipamentos
médicos, elevadores, automações de fábricas e automóveis.

O sistema de rede CAN é uma rede de troca de dados, com confiabilidade de entrega
dos dados de 100% de eficiência entre os módulos e unidades que elas interagem, suas
principais características de funcionamento são:

- Capacidade multi-mestre: onde os módulos podem se tornar mestre em determinado


momento e escravos em outro;

- Capacidade multi-cast: sendo qualquer mensagem enviada para todos os módulos existentes
na rede simultaneamente;

- Trabalha com frequências até 1Mhz;

- Comprimento do chicote no veículo até 40 metros;

- Velocidade de transmissão inversamente proporcional ao comprimento do barramento;

- Cada bit (0 e 1) é transmitido por um valor de tensão específico e constante.

O acesso a rede CAN é feita através do conector OBD2 do automóvel através de um


aparelho normalmente chamado de Scanner ou aparelho de diagnóstico. Existem basicamente
3 tipos de barramento CAN, com 1, 2 e 4 fios. As redes de 2 e 4 fios trabalham com sinais de
dados CAN_H (CAN HIGH) e CAN_L (CAN LOW) e são do tipo par trançado, denominados PAR
TRANÇADO DIFERENCIAL, este por sua vez, utilizados para que se atenuem as interferências
eletromagnéticas. No caso das redes de 4 fios, além dos sinais de dados, a rede possui um fio
VCC+ (alimentação positiva) e outro GND (ground = terra). Basicamente, os automóveis utilizam
2 tipos de redes CAN (C-CAN, B-CAN), suas características são:

- C-CAN (CHASSI CAN): tem a função de transmitir dados em altas velocidades entre as unidades
que precisam trabalhar com informações mais importantes como ABS, injeção eletrônica e
podendo chegar a 1000 Kbits/s.

- B-CAN (BODY CAN): ao contrário da C-CAN, tem funções de transmitir dados em baixas
velocidades entre unidades que controlam funções de carroceria, como, travas elétricas, vidros
elétricos, iluminação etc. Sua velocidade de trabalho pode chegar à 125 Kbits/s.
Algumas montadoras, ainda tem hoje em dia a rede CAN chamada de CAN
INFOTENIMENTO, que são as redes que operam nos sistemas de multimídia do veículo, como
GPS, câmera de ré etc. estes podem utilizar, nos veículos de luxo, cabos de fibra ótica que
trabalham com altas velocidades de transmissão de dados.

Para efetuar um teste em uma rede CAN, pode-se primeiro ser feito o teste de
resistência da rede, utilizando o esquema elétrico do automóvel, identifica-se os terminais de
comunicação CAN. Desligue o polo negativo da bateria, para que não haja tensão ou sinal nas
linhas. Para se medir resistência, não deve haver sinal e em vários casos, mesmo com a ignição
desligada ainda a presença de tensão em linha.

Com o auxílio de um multímetro, medir a resistência nas linhas CAN low e CAN High,
verificar a ligação das resistências, como exemplo, com a ligação de dois resistores de 120 Ohms
em paralelo, um em cada unidade de controle conectadas na rede, temos a medida de
resistência caída pela metade. Verificando que a no multímetro a medida de 60 Ohms. Em outros
casos, o correto é utilizar também o osciloscópio, para que se consiga medir o sinal da rede CAN,
neste caso, os módulos precisam ser alimentados pela bateria.

Os defeitos mais comuns da rede CAN, são os curtos circuito à massa, quando um dos
fios da rede CAN encostam na lataria do veículo ou a outro fio que tenha descascado por algum
motivo por exemplo, muito comum em carros que tem blindagem, ou seja, os automóveis
blindados. Este curto à massa ou positivo em um dos 2 fios da rede can, eu derrubo a rede can
do veículo, pois estes fios se encontram em algum ponto da rede através dos módulos.

Também podemos encontrar o curto entre as linhas High e Low, um fio pode encostar
um no outro, causando este curto. Neste exemplo, também teremos a rede CAN derrubada,
ficando inoperante.

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