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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

Corrosão: Corrosão em casco de navio

Edgar Ambrosio 12122100142

Heber Franco 12131401707

São Paulo-SP
2015
Sumário
Resumo..............................................................................................................................3

Introdução.........................................................................................................................4

Tipo de Material: Aço médio.............................................................................................5

Meio corrosivo: água do mar............................................................................................5

Corrosão Eletroquímica.....................................................................................................6

Corrosão em cascos de navios..................................................................................................7

Mitigação: Proteção Catódica (metal de sacrifico)...........................................................8

Referências......................................................................................................................10
Resumo

Este trabalho consiste em demonstrar de forma clara e objetiva o que vem a


ser corrosão e como esta pode ser “combatida”, exemplificando a corrosão em
casco de navio.

São apresentadas a forma de corrosão em que o objeto de estudo é exposto.


Finalizando então o determinado trabalho com o tipo de “combate” a corrosão
para amenizar seus danos.

Introdução
Existem várias maneiras de definir-se a corrosão, a mais genérica seria:
"deterioração do material pela interação com o meio que envolve”. Neste
trabalho, iremos tratar principalmente sobre um dos métodos anticorrosivos que
se aplica em cascos de navios: Utilização de metal de sacrifício ou ânodo de
sacrifício.

O caso especifico a ser estudado será a corrosão uniforme, que consiste no


ataque de toda superfície metálica em contato com o meio corrosivo com a
consequente diminuição da espessura.

Uma das principais razões pela escolha deste tópico é entender melhor a
corrosão, para que desta forma se possa aliviar a ação “destrutiva” e sua
mitigação.

Tipo de Material: Aço médio


O carbono é o principal elemento endurecedor em relação ao ferro. Outros
elementos, como Manganês, o Silício e o Fósforo, participam igualmente do
ajuste do nível de resistência do aço.
A quantidade de Carbono define sua classificação: o baixo carbono possui no
máximo 0,30 % do elemento; o médio carbono, objeto de nosso estudo,
apresenta de 0,30 a 0,60 %, e o alto carbono possui de 0,60 a 1,00 %.

Médio Carbono: possui maior resistência, dureza, menor tenacidade e


ductilidade do que o baixo carbono. Apresentam quantidade de carbono
suficiente para receber tratamento térmico de têmpera e revenimento, embora
o tratamento, para ser efetivo, exija taxas de resfriamento elevadas e em
seções finais.

Meio corrosivo: água do mar


A água do mar é uma solução salina uniforme consistindo predominantemente
de cloretos de sódio e magnésio dissolvidos em água. Embora estejam
presentes em pequenas quantidades muitos outros minerais solúveis os efeitos
individuais e cumulativos destes minerais são insignificantes na presença dos
cloretos dominantes. Então a água pode ser considerada equivalente a uma
solução 0,5N de cloreto de sódio. Nesta concentração a solução de cloreto de
sódio tem um pico de corrosividade, atuando mais agressivamente sobre o aço
do que concentrações mais altas e mais baixas.

Outros fatores que afetam a corrosão incluem:

 A concentração de oxigênio
 Degradação de material biológico
 Velocidade e temperatura da água
A taxa de corrosão mais comumente referenciada para aço carbono em água
do mar é 130 mm. Esta taxa pode ser considerada linear até um tempo de 8
anos. Depois deste período a taxa de corrosão decresce a um patamar mais
baixo e constante.

Taxas de corrosão em água do mar


Aços carbono e outros aços de baixa liga apresentam taxas de corrosão em
curto prazo de 130 mm/ano, quando completamente submersos em água do
mar. A longo prazo (em torno de 10 anos) esta taxa é reduzida. 
Não há variação significativa das taxas de corrosão em função do método de
fabricação do aço ou de pequenas adições de elementos de liga como cobre
ou cromo.
Efeito da velocidade: o aumento da velocidade da água em geral aumenta a
taxa de corrosão. Para águas paradas a taxa de corrosão para aços carbono
fica em torno de 70mm/ano, para períodos de imersão entre 5 e 10 anos. Para
águas fluindo em baixa velocidade a taxa de corrosão para aços carbono é de
aproximadamente 95mm/ano. Para velocidades mais altas a taxa chega a
380mm/ano. Para aço com pequena adição de cobre, a taxa em água com alta
velocidade é somente 120mm/ano, o que aponta para um efeito favorável do
cobre.

Corrosão Eletroquímica
A principal característica do mecanismo eletroquímico é a de que ele só ocorre
na presença de eletrólito. Para que a reação de corrosão ocorra, é necessária
a ocorrência da reação anódica, que libera elétrons, os quais se deslocam para
outros pontos do metal onde ocorrerá a reação catódica que consome elétrons.

A corrosão eletroquímica é um processo espontâneo, passível de ocorrer


quando o metal está em contato com um eletrólito, onde acontecem,
simultaneamente, reações anódicas e catódicas. É mais freqüente na natureza
esse caracteriza por realizar-se necessariamente na presença de água, na
maioria das vezes a temperatura ambiente e com a formação de uma pilha de
corrosão. Como exemplo, tem-se a formação da ferrugem.

•A diferença de potencial que leva a corrosão eletroquímica é devida ao contato


de materiais de natureza química diferente na presença de eletrólito (meio
aquoso).

Corrosão em cascos de navios

A corrosão nos cascos de navios em contato com a água do mar é a destruição


eletroquímica do aço provocada pela reação com a água. Essa destruição
responsável por grandes prejuízos é causada pela transferência de elétrons
que implica na transformação química do aço, fazendo com que ele retorne ao
óxido de ferro.

Figura 1

Ou seja, as placas do casco de um navio quando isso está imerso na água do


mar. O ferro vai perdendo elétrons para a água, enquanto se forma na região
uma mistura de óxidos de ferro que constituem a ferrugem.

Figura 2

Mitigação: Proteção Catódica (metal de sacrifico)


A proteção catódica por ânodos de sacrifício é uma técnica utilizada para
proteger uma substância de um ataque químico (corrosão). Esta proteção
baseia-se no facto de existir um metal que possui potencial de corrosão mais
baixo e, como tal, ser corroído durante a reação. 
Existem várias ligas (liga de zinco, liga de magnésio e liga de alumínio) que são
utilizadas como ânodos de sacrifício. 

O ferro, utilizado em cascos de navio, em contato com a água do mar, se


oxidaria muito facilmente se não houvesse um metal de sacrifício. Cascos de
navio são protegidos da corrosão mediante a colocação de placas de zinco,
que se oxida mais facilmente que o ferro. A técnica é denominada “proteção
catódica”, pois o ferro é protegido justamente por se tornar o cátodo da cela
galvânica formada por zinco e ferro. E o zinco é denominado “metal de
sacrifício” ou “ânodo de sacrifício”, pois, atuando como o ânodo da cela, oxida-
se, preservando, assim, o ferro. A proteção é eficiente desde que o metal de
sacrifício seja reposto à medida que vai sendo consumido.

Figura 3 - Utilização do metal de sacrifico


Figura 4 - plaquetas de liga de Alumínio-Zinco

Como é de fundamental importância a composição da liga para o bom


desempenho do ânodo de sacrifício, procura-se adicionar outros elementos
para que o ânodo apresente as características desejadas. Estas são: o
potencial de corrosão suficientemente negativo (razão da adição de manganês
aos ânodos de magnésio), a alta eficiência do ânodo (que não deve conter
impurezas que possam originar auto corrosão ou torná-lo ineficiente), e o
estado ativo, para que o ânodo seja corroído uniformemente, evitando que
ocorra a sua passivação (caso da adição de mercúrio ou de índio, em ânodos
de alumínio).

O metal mais comumente utilizado como ânodo de sacrifício é o zinco. Além de


ser relativamente barato, ele tem potencial de redução menor que a maioria
doa metais. Essa utilização do zinco pode ser feita de duas formas. A primeira
consiste em dar um banho de
zinco no material, denominado
galvanização. Outra forma de
utilizar um ânodo de sacrifício é
fixá-lo ao material que se quer
proteger, de forma que os
elétrons possam circular entre
os mesmos. Esse método é
muito utilizado na indústria
naval. Como os ânodos de
sacrifício são preferencialmente
corroídos, há que se trocá-los
periodicamente. Figura 05.
Referências

Abraco – associação Brasileira de corrosão

Gentil, Vicente, Corrosão – 3ª edição – 1996

Edson Antonio Ticianelli,Ernesto Rafael Gonzalez - Eletroquímica: Princípios e


Aplicações Vol. 17 

http://www.swill.com.br/corrosao3.htm

http://www.infopedia.pt/$proteccao-catodica-por-anodos-de-sacrificio

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