As notas de aula que se seguem são uma compilação dos textos relacionados na bibliografia
e não têm a intenção de substituir o livro-texto, nem qualquer outra bibliografia.
Teorema.Se y = f (x) é uma função contı́nua no intervalo [a, b] e se f (a)f (b) < 0, então
existe pelo menos um ponto x∗ ∈ [a, b] tal que f (x∗ ) = 0. Além disso, se f 0 (x) não muda de
sinal em [a, b] então x∗ é a única raiz de f (x) neste intervalo.
Exemplos:
√
• faça f (x) = g(x) − h(x), onde g(x) = x e h(x) = 5 exp(−x),
• g(x) e h(x) são funções contı́nuas,
• g(0) = 0 < 5 = h(0), mas x → +∞ −→ g(x) → +∞ e x → +∞ −→ h(x) → 0,
2. Dadas as funções :
a)f (x) = x3 + 3x − 1 e b)f (x) = x2 − sin x
pesquisar a existência de zeros reais e isolá-los em intervalos disjuntos.
Seja a equação f (x) = 0, procuramos encontrar x∗ tal que |x∗ −ρ| ≤ ² onde f (rho) = 0. Após
a determinação do intervalo inicial [a, b], ou seja, encontramos um intervalo tal que f (a)f (b) < 0,
supondo que exista uma única raiz ρ dentro desse intervalo e que a precisão nao tenha sido
atingida, |b − a| ≤ ², fazemos a1 = a, b1 = b e x1 = a1 +b 2 . Temos então três possibilidades:
1
ρ ∈ [a1 , x1 ], ou ρ = x1 , ou ρ ∈ [x1 , b1 ].
O próximo passo é determinar se a precisão foi atingida, para isso verificamos o comprimento
de um dos novos intervalos |b1 −a 2
1|
, caso a precisão tenha sido atingida paramos o processo e
chamamos x1 de solução aproximada (|x1 − ρ| ≤ ²).
Caso contrário,precisamos saber em que sub-intervalo se encontra a raiz ρ para recomeçarmos
o método. Para isso calculamos f (x1 ). Caso f (x1 ) 6= 0, testamos: se f (a1 )f (x1 ) < 0 então
ρ ∈ [a1 , x1 ], caso contrário (f (x1 )f (b1 ) < 0) teremos ² ∈ [x1 , b1 ].
Suponhamos que ρ ∈ [a1 , x1 ], fazemos agora a2 = a1 , b2 = x1 e x2 = a2 +b 2
2
e repetimos os
passos acima descritos até que a precisão seja atendida (ou que o nḿero máximo de iterações
permitidas seja alcançado).
Observações :
2. Qualquer que seja a precisão ² > 0 existe k ∈ N tal que 2−k ≤ ², ou seja, em algum passo
a precisão exigida é atingida.
Idéia: Seja f (x) uma função contı́nua em um intervalo [a, b]. Suponhamos que f 0 (x0 ) 6= 0,
onde x0 /in[a, b] está ’próximo’ de um zero da função , podemos então :
a) substituir a curva y = f (x) por sua reta tangente no ponto de aproximação , x0 ;
b) achar a interseção da reta tangente com o eixo dos x’s, x1 , que será a nossa próxima
aproximação para o zero do problema;
c) verificar, então, se um dos critérios de parada pré-estabelecidos foi atingido, se não, repetir
o processo até que isso aconteça.
Desenho 2
Exercı́cios:
2. Mostre que x3 − 2x − 17 = 0 tem apenas uma raiz real e determine seu valor correto até
5 casas decimais usando o método de Newton, com no máximo 10 iterações.
Q
xn+1 = 31 (2xn + x2n
), n = 0, 1, . . .
4. Aplique o método do exercı́cio anterior para calcular a raiz cúbica de 2 com precisão de
10−2 usando o erro relativo e calculando o valor inicial através de gráfico.
Desenho 3
1. Em qual dos intervalos seguintes deve estar a raiz:[0, 1], [1, 2], [2, 3]? Por quê?
3. Obtenha a menor raiz negativa (em módulo) usando o método das secantes. Trabalhar
com arredondamento para 3 casas decimais e no máximo 10 iterações.
5
Desenho 4
Graficamente, este ponto é a interseção entre o eixo dos x e a reta secante que passa por
(a, f (a)) e (b, f (b)). E as iterações são feitas de forma que o novo intervalo tenha sempre
f (an )f (bn ) < 0, ou seja, repetimos a procura e a avaliação feitas no método da bisseção .
Exercı́cios:
1. Aplique o método da Posição Falsa para calcular a raiz positiva de x2 −7 = 0 com ² < 0, 01,
partindo do intervalo [2, 00; 3, 00].
3. Determine a menor raiz real positiva da equação acima, corretamente até a quarta casa
decimal, por meio do:
• Método da Bisseção .
• Método de Newton-Raphson.
• Método da Posição Falsa.
• Método da Secante.