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Os Princípios na Jurisprudência Brasileira: Uma Análise comparativa

O Direito atual vive um protagonismo dos princípios. A CF de 1988 provocou uma alteração
profunda na estrutura do ordenamento jurídico brasileiro e por ser repleta de princípios ,
volumosa, dilatada, foi deflagradora de uma revisão de todos os ramos da doutrina. Nesse
sentido o direito civil se constitucionalizou.

Essa nova conformação elevou os princípios a um patamar jamais visto em nossa história. Os
princípios gerais de direitos, remédios para as lacunas (artigo 4º da LINDB), esses princípios
gerais de direito deram lugar a princípios normativos, a princípios como normas primárias de
direito e ao mesmo tempo controladoras da constitucionalidade das leis.

Quem pode ser contra a dignidade da pessoa humana? Como resistir ao princípio da boa-fé
objetiva, função social do contrato? Assim a autonomia privada cedeu espaço ao princípio da
boa-fé objetiva, modificando a interpretação dos negócios.

A pacta sunt servanda  Atenuada em prol do equilíbrio econômico das prestações, mediante
institutos como a lesão, e a excessiva onerosidade superveniente.

A ideia da relatividade dos efeitos, a ideia de que o contrato vincula as pessoas que
contrataram  foi atingida em cheio pelo princípio da função social.

Função Social  Passou a cobrir os principais institutos do direito privado.

Esse sistema gerou um sistema incoerente e arbitrário, animado por um subjetivismo grosseiro
e decisões contraditórias. Em alguns casos surge a impressão de que os contratos não valem
nada. Quem contrata passa a ter mera esperança de que o juiz veja o que foi estabelecido no
contrato.

É necessário que princípios precisam conviver com regras e a compreensão deles exige algo
mais refinado. A disposição para o debate e estudo sério e abertura para outros campos de
saber.

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