Você está na página 1de 26

Matrizes do pensamento em

psicologia existencial

Stephanye Bazolli
CRP 08-21676
EMAIL:
Stephanyebazolli@gmail.com
• A Fenomenologia e o Existencialismo são dois
movimentos mais influentes na filosofia do séc
XX.
• Herbert Spiegelberg , argumentou que embora a
fenomenologia e o existencialismo fossem
movimentos independentes, eram, em principio,
compatíveis e ate mesmo que tenham ‘ao menos
afinidade suficiente para uma cooperação
frutífera’’
• Asher Morre, em contraposição, via a relação
entre o existencialismo e a fenomenologia como
uma ‘ aliança profana’’ e argumentou que a
fenomenologia é ‘ Inadequada(...) para a
investigação existencial pois tem
necessariamente de negligenciar a existência
individual em sua busca por estruturas
universais.
Fenomenologia
• Edmund Hurssel (1859-1938)

• Nasceu 8 de abril de 1859 Moravia.

• Estudos iniciais no campo da Matemática

• Foi aluno de Franz Bretano e mestre de Martin


Heidegger
• Tarefa primordial a descrição das estruturas da
experiência como se apresenta na consciência.
Pretendia-se que essa descrição fosse realizada
com base naquilo que as próprias coisas
requeressem, sem assumir ou adotar as
suposições, estruturas teóricas ou vocabulários
desenvolvidos no estudo de outros domínios
(como o da natureza).
Fenomenologia
• Husserl desenvolverá a fenomenologia a partir
do que considerou limites das propostas
filosóficas de Descartes, Kant e Hegel.
• Vai desenvolver seu pensamento
fenomenológico a partir da palavra retorno as
coisas mesmas
• Fenômenos reais e imaginários: Com o
objetivo de aprender a essência de determinada
espécie de evento.
O que é Fenomenologia?
Quatro aspectos para a definição

• Atividade Descritiva
• Visa a Clarificação
• Fenomenologia é uma investigação eidética
• Investigação Reflexiva
Proposta da Fenomenologia
• Recuperar o significado autêntico do próprio
filosofar, o sentido originário do conhecimento
humano
• Retornar às coisas mesmas: convida a uma nova
leitura da realidade, que se manifesta como
fenômeno (RIBEIRO JR, 1991).
• Sujeito e objeto do conhecimento elevam-se ao nível
da transcendentalidade (a consciência, enquanto
sujeito, saí de si e alcança os objetos do mundo,
dando sentido, significado, aos mesmos).
Fenomenologia

• É uma filosofia que reflete sobre o


conhecimento do conhecimento, e que pretende
substituir a abordagem empírica e sensualista do
psicologismo através da análise dos processos
subjetivos em que se moldam os fenômenos
externos (RIBEIRO JR, 1991)/

(Análise como compreensão da experiência como


um todo).
Redução Fenomenológica
• Segundo Husserl, a chamada redução
fenomenológica proporciona o acesso ao “modo
de consideração transcendental”, ou seja, o
“retorno à «consciência»”

• Trata-se, portanto, de um pôr-se no caminho das


próprias coisas, isto é, de “retornar” a elas.
Redução Fenomenológica
• Necessidade de eliminar a atitude natural de senso
comum
• Colocar em parênteses realidades previamente
concebidas, permitir que o fenômeno se revele, se
desvele
• Adotar a atitude fenomenológica a partir da
consciência transcendental (saí de si e alcança os
objetos do mundo, dá sentido aos objetos do
mundo) / o mundo como fenômeno que se desvela
para uma consciência que se volta para ele em
intencionalidade/diferente da consciência pura de
Wundt
Redução fenomenológica ou Epoché
Fenomenologia
• Transcendência (a consciência, enquanto
sujeito, saí de si e alcança os objetos do mundo,
dando sentido, significado, aos mesmos).

• Na fenomenologia pode ser compreendida como


a descrição das estruturas gerais da consciência,
não do sujeito empírico estudado pela psicologia
(observável),mas do sujeito transcendental
(além de si mesmo).
Aproximação entre Fenomenologia e
Existencialismo

• Ambos os movimentos são hoje rotineiramente


empregados no tratamento de questões atuais da
filosofia da mente e da ação da ciência cognitiva
e da psicologia, filosofia, ciência ,tecnologia,
ética de amplo modo, politica, historia, arte e
matemática.
Existencialismo
• Principais representantes:

Soren Kierkegaard (1813-1855)


Friedrich Nietzsche (1844-1900)
Jean- Paul Sartre (1905-1980)
Existencialismo

• Soren Kierkegaard(1813 - 1855)

• Nasceu 5 de maio de 1813, em Copenhague

• Ingressou curso de teologia da Universidade de


Copenhague. Nessa escola, Kierkegaard tomou
conhecimento do sistema filosófico de Hegel
(1770-1831)
Kierkegaard
• Logo começou a se sentir impressionado pela
forma como o sistema hegeliano se arrogava o
direito de ignorar a existência concreta do
indivíduo. Por causa disso Kierkegaard passou a
contestar energicamente o hegelianismo. Para o
pensador dinamarquês, a existência humana não
pode deixar-se dissolver na pura conceituação
intelectual.
Soren Kierkegaard
• O ato do desespero é o ápice da angústia.
Entrar na angústia é a possibilidade de
transformação, de cura. É no desespero que o
homem passa para o estágio seguinte.

• Kierkegaard discorre sobre os três estágios da


existência humana: estético, ético e
espiritual/religioso
Estagio Estético
• Convicto de que é inteiramente livre, o homem
vive ao sabor dos impulsos, procurando
desfrutar, extraindo o máximo de prazer, cada
instante da vida, entregando-se a todos os
prazeres e sensações. A relação é orientada para
a própria interioridade
Estagio Ético
• A personalidade do indivíduo permanece livre,
mas nos limites estabelecidos pela sociedade.
O indivíduo assume a forma de existência da
coletividade, submisso à lei. A relação orienta-se
pelo conflito entre interioridade e
universalidade.
Estagio Espiritual
• É no estágio espiritual que o homem se depara
com sua existência plena. Deus torna-se a regra
do indivíduo, a única fonte capaz de realizá-lo
plenamente.
Friedrich Wilhelm Nietzsche ( 1844-1900 )

• Nascido no dia 15 de Outubro de 1844 na pequena cidade


de Röcken, na Prússia

• Sua frase mais conhecida ("Deus está morto") não trata


apenas de ateísmo, mas da necessidade de romper a
"moral de rebanho" - as verdades tidas como
inquestionáveis e o que é aceito por imposição - para
viver as potencialidades humanas em sua plenitude.
O Ser humano
As almas humanas dividiam-se para Nietzsche
em duas espécies, as almas senhoriais e as
almas servis.

As almas senhoriais

• possuem o poder da vontade e sabem afirmar-se


com pujança. Sabem o que querem e sabem querer.
Aliam plenamente as duas forças, a moral e a
intelectual. Com esses atributos estão aptas a
vencer. Os super-homens só podem sair de entre as
almas senhoriais.
• Almas servis

“Como nada tem a temer dos homens débeis, glorificam


como bom o homem fraco, inofensivo e sobretudo se é um
pouco estúpido. Exortarão dos demais o ânimo pacifista e
o amor ao próximo a fim de não terem que temê-los. Para
assegurar à sua própria debilidade o auxílio dos outros,
lhes inculcarão como suprema virtude a compaixão pelos
débeis e enfermos. Para desviar todo perigo que possa
ameaçá-los por parte dos fortes, reclamam também aos
fortes a bondade, a mansidão, a humildade, a paciência, a
tolerância, a moderação, o sacrifício e a constante
prestação de ajuda”

Você também pode gostar