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^COLOO^

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IB A D E P In s titu to B íb lic o da A ssem b léia de D eus -
E n sin o e p e sq u isa

IBADEP

IB A D E P - In s titu to B íb lic o da A ssem b léia de D eus -


E n s in o e P esq u isa
A v. B ra sil, S /N ° - E le tro s iü - C x. P o sta l 248
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A lu n o (a):.....................................................................................

D IG ITA LIZA Ç Ã O

ESDRAS D IG ITA L E PASTOR D IG ITA L


DIRETORIAS
C IE A D E P A R
Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra
Pr. Israel Sodré - Presidente
Pr. José Polini - Io Vice-Presidente
Pr. Sílvio Ferreira Pimenta - 2o Vice-Presidente
Pr. Valter Inácio - I o Secretário
Pr. Ival Theodoro da Silva - 2o Secretário
Pr. Simão Bilek - Io Tesoureiro
Pr. Catharino Nunes Pires - 2o Tesoureiro

AEADEPAR
Conselho Deliberativo
Pr. Israel Sodré - Presidente
Pr. Valter Inácio - Relator
Pr. José Polini - Membro
Pr. Sílvio Ferreira Pimenta - Membro
Pr. Ival Theodoro da Silva - Membro
Pr. Simão Bilek - Membro
Pr. Catharino Nunes Pires - Membro
Pr. Elias Anunciação dos Santos - Membro
Pr. Isaías Guedes - Membro

Conselho de Administração
Pr. Daniel Sales Acioli - Presidente
Pr. Perci Fontoura - Vice-Presidente
Pr. Ivo Cioli Filho - Io Secretário
Pr. Orneies Ireno de Souza - 2o Secretário
Pr. José Polini - I o Tesoureiro
Pr. Iloido Carloto - 2o Tesoureiro

IB A D E P
Pb. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo
Ev. José Carlos Teodoro Delfino - Coord.Financeiro
Ev. Walmir Antônio dos Reis - Coord. Pedagógico
Cremos

Em um só Deus, eternamente subsistente em três


pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, (Dt 6.4; Mt 28.19;
Mc 12.29). Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra
infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão, (2 Tm
3.14-17). No nascimento virginal de Jesus, em sua morte
vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os
mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus, (Is 7.14; Rm 8.34; At
1.9). Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória
de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra
expiatória e redentora de Jesus Cristo é que o pode restaurar a
Deus, (Rm 3.23; At 3.19). Na necessidade absoluta do novo
nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito
Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do
reino dos céus, (Jo 3.3-8). No perdão dos pecados, na salvação
presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos
gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus
Cristo em nosso favor, (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25;
5.9). No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro
uma só vez_eni_águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito
SantõTcõnforme determinou o Senhor Jesus Cristo, (Mt 28.19;
Rm 6.1-6; Cl 2.12). Na necessidade e na possibilidade que
temos de viver em santidade mediante a obra expiatória c
redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador,
inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a
viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo, (Hb 9.14; 1
Pe 1.15). No batismo bíblico com o Espírito Santo que nos é
dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a
evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua
vontade, (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7). Na atualidade dos
dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para
sua edificação, conforme a sua soberana vontade, (1 Co 12.1-
12). Na Segunda vinda premilenial de Cristo, em duas fases
distintas. Primeira - invisível ao mundo para arrebatar a sua
Igreja fiel da terra, antes da grande tribulação. Segunda -
visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre
o mundo durante mil anos, (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-54; Ap
20.4; Zc 14.5; Jd 14). Que todos os cristãos comparecerão ante
o tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos
em favor da causa de Cristo na terra, (2 Co 5.10). No juízo
vindouro que recompensará os fiéis, (Ap 20.11-15). E na vida
eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento
para os infiéis, (Mt 25.46).

Equipe Redatorial
EDUCACAO CRISTA

Pesquisado e adaptado pela Equipe Redatorial do


IBADEP - Instituto Bíblico das Assembléias de Deus
no Estado do Paraná

Com auxílio de adaptação e esboço de vários


ensinadores

Io Edição - Maio/2001

Todos os direitos reservados ao IBADEP


COMO ESTUDAR ESTE LIVRO

“Com o intuito de aprender Teologia, estude com amor e


dedicação ”

Io Faça uma oração de agradecimento a Deus pela sua salvação


e por proporcionar-lhe a oportunidade de estudar a sua
Palavra, para assim ganhar almas para o Reino dos Céus;

2° Com a sua humildade e oração Deus irá iluminar e


direcionar suas faculdades mentais através do Espírito
Santo, desvendando mistérios contidos em sua Palavra;

3o Para melhor aproveitamento do estudo, temos que ser


organizados, ler com precisão as lições, meditar com
atenção os conteúdos;

4o Uma orientação e materiais que poderão ajudá-lo:


a) Olhar, vigiar e orar (Mc 13.33);
b) Ter o amor de Deus na vida, a graça de Jesus Cristo e a
comunhão do Espírito Santo (2o Co 13.13);
c) Mais que uma versão ou tradução da Bíblia Sagrada;
d) Atlas Bíblico;
e) Dicionário Bíblico;
f) Enciclopédia Bíblica;
g) Livros de Histórias Gerais e Bíblicas;
h) Um bom dicionário de Português;
i) Livros e apostilas que tratem do mesmo assunto

Equipe Redatorial
índice

Introdução Geral à Educação C ristã................................... ....13

Lição 1 - A Educação Religiosa............ ................................. 15

Lição 2 - A Educação Religiosa.................................................. 41

Lição 3 - A Escola Bíblica D om inical....................................... 63

Lição 4 - Introdução à Pedagogia...............................................83

Lição 5 - Educação Cristã na Fam ília.......................................103

Bibliografia..................................................................................132
In tro d u ç ão G eral

Todas as religiões se preocupam com a divulgação


de seus princípios porque deles dependem seu estabelecimento
e sua expansão no mundo.
Todas as religiões se preocupam em educar os seus
seguidores para que eles atraiam e eduquem outros seguidores.
Daí a necessidade e a importância da Educação Religiosa.
O cristianismo precisa da Educação Religiosa
porque ele exige que seus seguidores tenham conhecimento de
sua mensagem e uma consciência de conversão. Então, a
Educação Religiosa é, fundamentalmente, uma Educação
Cristã.
As Assembléias de Deus são conhecidas no mundo,
como as que levam muito a sério os seus ensinos e a conduta
de seus seguidores. Por isso, a Igreja Assembléia de Deus tem
uma estrutura avançada de Educação Cristã.

13
Lição 1

A Educação Religiosa

15
In tro d u ç ão

U -i A China foi um dos primeiros países a possuir


escola sistemática. Não eram construídos prédios escolares. O
governo não provia escolas, apenas controlava o ensino. De
três em três anos era preparado um exame de primeiro grau,
que durava um dia. Meses mais tarde realizava-se o exame de
segundo grau; o aluno deveria conhecer toda a obra de
Confúcio. O grau máximo de ensino, o terceiro grau, era
realizado em Pequim, capital da China. O aluno recebia o grau
de Mandarim.
Enquanto o ideal da educação chinesa era o da
I; humildade, o indivíduo devia conservar a educação recebida e
passa-la a seus filhos. O ideal da educação grega era o da
beleza do corpo e do espírito. Ginástica para o corpo e música
para o espírito. A instrução musical consistia no ensino da
literatura e da música nacionais. O objetivo era desenvolver o
espírito de lealdade à pátria.
A educação romana era inteiramente ministrada em
família. O pai tinha poder ilimitado sobre os filhos e era
responsável por sua educação moral, cívica e religiosa. Não
existiam escolas, mas o jovem romano devia aprender a
reverenciar os deuses, a ler e conhecer as leis de seu país. O
ideal da educação romana era o militar. Ser um herói era o
desejo de todo jovem romano.
O Cristianismo surgiu trazendo um novo sopro de
vida em um mundo cujos costumes se haviam corrompido. As
escolas começaram a surgir ao lado dos conventos e das
igrejas.
Era ensinado, além das doutrinas da igreja e das
Escrituras, gramática, dialética, retórica, geometria, aritmética,
música e astronomia. A gramática consistia no estudo do
^conteúdo e das formas literárias. A dialética reduzia-se à lógica
formal, enquanto a retórica compreendia o estudo das regras e
dos métodos de composição literárias em prosa e verso. A
geometria compreendia a atual geografia, história natural e

17
botânica. A aritmética consistia simplesmente de cálculos
práticos do dia-a-dia. E a música não passava de um conjunto
de regras sobre canções sacras, teoria do som, e relação entre a
harmonia e os números.

Conceito Sobre a Educação

À medida que o homem progride, o conceito sobre


educação se modifica. Isto acontece porque os objetivos a
serem alcançados também se modificam.

1. O Conceito Antigo. Antigamente esperava-se que o filho


seguisse a mesma profissão do pai, e do futuro, assumisse o
seu lugar. Em conseqüência disto, a educação era dada pela
própria família e era realizada pelo processo “aprenda
fazendo”. O pai levava o filho para o campo ou para a
oficina e lá o treinava, dando-lhe tarefas que começavam
pelas mais fáceis e aos poucos se tornavam mais difíceis. A
mãe, em casa, procedia da mesma forma com a filha. Ao
mesmo tempo os pais procuravam desenvolver bom hábitos
em seus filhos, tais como: respeito pelos mais velhos,
veracidade, asseio, pontualidade, etc. Chamava-se a esta
forma de educação, “preparar para a vida”. Pouco a pouco
começou-se a dar maior valor à instrução formal e a figura
do professor entrou em cena. O método usado o de
transmissão, o professor falava e o aluno tomava notas para
em seguida memorizar. O professor era comparado a um
oleiro. Tinha em suas mãos uma quantidade de barro que
ele devia moldar e embelezar. Ele devia formar a
personalidade do aluno, desenvolvendo nele bons hábitos e
caráter, e embeleza-lo com o máximo possível de
conhecimentos.

2. O Conceito Moderno, A instrução e o treinamento são


muito importantes, mas não cumprem sozinhos a tarefa de
^ educar. O educando pode melhor ser comparado a uma

18
planta. Nenhum lavrador em são juízo, tenta colher trigo
em seu milharal, antes, ele deseja que a sua plantação, seja
qual for, produza mais e melhores frutos. Continuamente
sofremos influências de outras pessoas, daquilo que vemos,
do que ouvimos e de experiências pelas quais passamos. Se
estas influências produzem efeitos permanentes em nós,
enriquecendo nossa vida e nos aperfeiçoando, podemos
dizer que são experiências educativas. A educação é um
processo contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento
da vida. Nenhum tipo de educação cumprirá este objetivo
do que a educação cristã. A educação que recebemos no lar,
na escola, no trabalho, etc., melhora a nossa vida e nos
ajuda a viver bem com os nossos semelhantes. A educação
cristã nos ajuda a viver bem aqui na terra, e, pela conversão
e santificação, nos encaminha a Deus. “Segui a paz com
todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”
(Hb 12.14).

A Educação Religiosa no Velho Testamento

1. ] Dever de Ensinar.] Em nosso país, como nos demais, existe


um grande número de instituições (escolas, colégios,
universidades, museu, bibliotecas, e outros), que cuidam da
educação das novas gerações. Os líderes das nações sabem
que o povo precisa receber boa educação. Da mesma
maneira os líderes de várias religiões existentes, procuram
educar os seus fiéis. Chamamos educação religiosa aquela
que é ministrada pelas diferentes religiões, inclusive o
Judaísmo e o Cristianismo. Porém, quanto à educação
cristã, esta trata única e exclusivamente dos ensinos do
Cristianismo. Tão logo o povo de Israel passou o Mar
Vermelho, Deus chamou a Moisés e responsabilizou-o de,
juntamente com os anciões e os sacerdotes, ensinar ao povo
os Seus mandamentos. Deus disse: “Ajuntai o povo, os
homens, as mulheres, os meninos e o estrangeiro que está
dentro da vossa cidade, para que ouçam, e aprendam, e

19
temam o Senhor, vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as
palavras desta lei.” (Dt 31.12) Leia também 1 Samuel
12.23; 2 Crônicas 15.3 e Jeremias 18.18. Deus
responsabilizou também os pais. Eles deveriam ensinar os
seus filhos no temor do Senhor (Dt 6.7; 11.19). Depois da
morte de Moisés, Josué assumiu a liderança de Israel e não
se descuidou do ensino religioso do povo de Deus (Js 8.34).
Houve um fato na vida de Israel que ilustra a importância
dos líderes do povo de Deus atentarem cuidadosamente à
sua educação religiosa. A Bíblia diz que após a morte de
Josué e de toda aquela geração, “... outra geração após eles
se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as
obras que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel
o que era mau perante o Senhor; pois serviram aos
baalins... Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra
Israel...” (Jz 2.10-11,14). Durante a época dos juizes e dos
reis, a vida de Israel foi marcada por altos e baixos. Quanto
a sua educação religiosa era descuidada, se afastava de
Deus, e o Senhor os entregava nas mãos de Seu inimigos.
Quando Josafá se tornou rei de Judá, ele encontrou um
povo enfraquecido. Seu primeiro cuidado foi o de chamar
seus príncipes e envia-los a todas as cidades de Judá; “...
tendo consigo o livro da lei do Senhor... Veio o terror do
Senhor sobre todos os reinos das terras que estavam ao
redor de Judá, de maneira que não fizeram guerra contra
Josafa.”(2 Cr 17.9,10). Mais tarde, Israel foi levado cativo
para a Babilônia e, ao retornarem a Jerusalém, Esdras e
Neemias ensinaram ao povo a Lei do Senhor. O capítulo 8
de Neemias nos diz como eles procederam, e o capítulo 9
narra o avivamento que resultou do ensino. Todo o
israelita, por mais distante que morasse, deveria ir ao
templo de Jerusalém ao menos uma vez por ano. Mas a
sinagoga foi criada para levar a instrução mais perto do
povo. Algumas cidades possuíam mais de uma sinagoga e a
História narra que elas eram usadas como casa de culto e
também como escola religiosa e secular. Nas reuniões

20
regulares, a Lei, os Profetas e os demais escritos (os livros
históricos e os poéticos), era lidos e comentados pelos
anciões, segundo um esquema determinado.
Aproximadamente a cada três anos todos os sagrados
escritos eram estudados, mais ou menos como hoje um
programa de ensino bíblico é seguidamente estudado na
Escola Dominical.

, A Educação Religiosa No Novo Testamento

1. A Educação Judaica. É notório a curiosidade de toda a


criança saudável. Os famosos “por quês” muitas vezes nos
irritam, mas também nos dão oportunidades para ensinar
verdades preciosas a nossos filhos. O menino judeu crescia
vendo os objetos e hábitos de seus pais, cujos significados
espirituais lhes eram ensinados por determinação do
próprio Deus (Dt 6.20; Js 4.6,7). Sabemos, pela História e
pela tradição judaica, que ligada a cada sinagoga, havia
uma escola elementar. Sua freqüência era obrigatória. O
menino judeu começava a sua educação religiosa e moral
aos seis anos. Estudava a Lei, os Profetas, a poesia e a
história do seu povo; aprendia também os ritos e as
cerimônias. Dos dez aos ijuinze anos de idade ele
complementava sua educação religiosa estudando as
interpretações orais da Lei e as tradições dos anciões, tal
fato é comprovado na vida do judeu Saulo (At 22.3). Lucas
2. 46, 47 mostra Jesus entre os doutores da Lei e nos faz
compreender que o menino Jesus freqüentou tal escola. Aos
treze anos o menino passava a freqüentar a sinagoga, onde
continuamente eram estudados a Lei e os Profetas. Alguém
lia um texto e o explicava, linha por linha, como Jesus fez
conforme Lucas 4.17-21.

2. Jesus - o Mestre. Não devemos confundir o ministério de


Jesus, olhando-0 apenas como Mestre, esquecendo-nos que
Ele é em primeiro lugar nosso Salvador e Senhor. Durante

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o Seu ministério, Jesus ensinava, pregava e eurava (Mt
4.23). Jesus ensinava sempre que surgia oportunidade. Ele
ensinava a poucos (Jo 3.3-21), ou a muitos (Mc 6.34);
ensinava no Templo (Mc 12.35), nas casas (Mc 2.1,2), ou
ao ar livre (Mt 5.1). Seus métodos eram os mais variados.
Ele pregava sermões (Mt 5); usava ilustrações (Mt 5.13-
16); ensinava por parábolas (Mt 13.3), ou mesmo realizava
um milagre para ensinar (Mt 12.9-13). Comumente os
discípulos, os amigos e mesmo os inimigos, se dirigiam a
Jesus cham ando-0 Rabi ou Mestre. Ele mesmo declarou:
“Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque
eu o sou.” (Jo 13.13). Devemos ensinar porque Jesus
ensinava e porque Ele assim ordenou (Mt 28.19, 20). Se
cuidarmos melhor da educação cristã de nossos filhos, e
dos nossos convertidos, veremos nossos templos mais
cheios e menos de nós choraremos pela salvação de nossos
filhos adultos. Muitos se desviam, levados por ventos de
doutrina (Ef 4.14), ou queimados pelo sol por falta de raiz
espiritual (Mt 13.6), por falta de uma base sólida na Palavra
de Deus.

3. O Ensino dos Apóstolos. Jesus ensinou em toda e qualquer


ocasião àqueles que se dispunham a ouvi-lO. Além disso,
Ele procurou treinar um grupo especial para ensinar: os
apóstolos. Eles deveriam dar continuidade à Sua missão,
“pregar o Evangelho do reino e ensinar a todas as nações”.
Atos 2.42 diz que os novos crentes perseveraram na
doutrina dos apóstolos. Isto acontecia porque eles a
ensinavam. O livro de Atos dos Apóstolos é uma crônica na
qual encontramos os apóstolos ensinando às ovelhas de
Cristo. jPaulo e Barnabé .estiveram} um ano em Antioquia
(At 11.üé), ensinando e preparando ensinadores que ali
ficariam e ensinariam, enquanto o Espírito Santo os levasse
a outras igrejas. Em jEfeso, Paulo esteve por três anos (At
20.31), e em Corinto ele permaneceu um anove seià, meses
(At 18.11), ensinando a Palavra de Deus. Paulo foi, sem

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dúvida, o maior ensinador da Igreja Primitiva, mas os
outros apóstolos também exerceram com êxito este
precioso ministério. As epístolas são uma prova do quanto
eles se preocupavam com o ensino da sã doutrina. As
perseguições que tiveram início com a morte de Estevão,
continuaram por três séculos. Durante este período, os pais
da Igreja não cessaram de ensinar. Escondidos nas casas ou
nas catacumbas de Roma, eles ensinavam aos que se
convertiam ao Cristianismo. Depois de certo tempo, o
ensino deixou de ser valorizado. Aos poucos os cristãos
começaram a afastar-se dos ensinos de Cristo. A Igreja
principiou a dar maior valor aos ritos e às tradições. Cristo
passou a ser colocado em segundo plano, enquanto que
métodos ensinados por Ele foram deixados de lado.

4. A Reforma^ A História secular registra o grande evento da


Reforma. Deus levantou homens como Lutero, para
reconduzirem o Seu povo ao caminho da verdade. A Bíblia
foi traduzida por Lutero e desde então muitos livros foram
escritos para ajudar-nos a pôr em prática os ensinos de
Cristo. Deus deixou bem claro o que deseja que façamos a
este respeito. Em 2 Timóteo 2.2 está escrito: “E o que de
minha parte ouviste... transmite a homens fieis e também
idôneos para instruir a outros”. Esta é a nossa
responsabilidade: ^ n s inar) e/preparar ensinadores] para que o
reino de Deus continue a crescer.

5. Não é Conceito Novo. A educação cristã não é uma


inovação, nem pretendemos que outra cousa seja ensinada
além da verdade que Jesus ensinou. Usar os métodos e
princípios modernos da educação é voltar ao modo de
ensino de Jesus. Há muita semelhança entre os mais
modernos métodos de pedagogia e a maneira simples, clara
e objetiva de Jesus ensinar Suas preciosas verdades. Não é
imitar os métodos seculares de educação. Ao contrário, o
sistema usado atualmente nas escolas públicas foi copiado

23
do método usado nas escolas de educação religiosa.
Através dos anos foram surgindo várias organizações
voltadas à educação religiosa: seminários, institutos
bíblicos, escolas para aperfeiçoamento de obreiros,
tornando-se verdadeiras escolas de profetas, procurando
instruir homens fiéis para que pudessem ensinar a outros.

6. A Escola Dominical. Dentro de nossas igrejas, a Escola


Dominical é a mais importante agência de educação
religiosa. Homens, mulheres e crianças são levados a Cristo
pela Escola Dominical e nela recebem alimento sólido para
o bom crescimento espiritual. Além da Escola Dominical
temos organizações especiais para jovens, Escola Bíblica
de Férias para crianças, Círculo de Oração e estudo da
Palavra, para senhoras, etc. Estes trabalhos precisam ser
bem orientados para não perderem sua função educativa.
Muita coisa ainda pode ser feita. Oremos para que Deus
levante homens e mulheres e os capacite para o ministério
do ensino. Que as nossas igrejas sintam o peso da
responsabilidade que está sobre ela nesse sentido.

7. Lugar da Educação Cristã. A conversão é resultado da


operação direta de Deus na alma do homem. A educação
cristã não pode salvar ninguém, mas pode conduzir as
pessoas ao conhecimento de Deus, tornando-se um canal
para a operação da graça divina. A conversão não é um fim,
mas o início de uma nova vida. O recém-nascido espiritual
necessita crescer na “... graça e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo...” (2 Pe 3.18). A educação
cristã favorece o seu perfeito desenvolvimento.

O Propósito Da Educação Cristã

Já foi dito que só existe uma coisa do que ensinar


sem propósito; é ter um propósito errado. Esta lição tem como
objetivo chamar a sua atenção para a necessidade que temos de

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estabelecer um alvo a ser alcançado no ensino.
Jesus definiu, em poucas palavras, o propósito de
Sua primeira vinda à terra. Ele disse: “... eu vim para que
tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo 10.10) Toda a
Sua vida, e Sua morte foram inteiramente voltadas para este
propósito. Seus sermões, Seus ensinos, Seus milagres, tudo foi
feito para nos dar a vida eterna.
O exemplo de nosso Mestre, devemos nos esforçar
para que a nossa igreja não desperdice tempo, mas que tudo
seja feito com um propósito definido.
Procuraremos, à luz da Palavra de Deus, descobrir
quais propósitos devem orientar o esforço educativo de nossos
ensinadores. Por que Deus estabeleceu a igreja na terra? Qual a
sua responsabilidade para com seus membros?

1. Caráter de nossos Propósitos. À primeira vista parece


difícil determinar o propósito, ou o alvo da educação cristã,
mas, ao examinarmos a Bíblia perceberemos que Deus já
fez a parte mais difícil. Deus já estabeleceu o que espera de
cada crente. Para facilitar este estudo, nós o dividiremos em
três partes: propósito geral, propósito específico e propósito
/imediato.
a) * Propósito Geral. O Propósito geral da educação cristã
está contido na Bíblia Sagrada. Ele tem permanecido o
mesmo desde os tempos bíblicos e não mudará. O
propósito geral da educação cristã tem a ver com
aqueles alvos que Deus estabeleceu para todos os
cristãos, de todas as idades, em todas as épocas, de
todas as nações. Por exemplo: ontem, hoje ou amanhã,
crianças ou velhos, brasileiros ou estrangeiros, todos
devem aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal.
b) Propósito Específico.) Propósito específico é a
aplicação do propósito geral a um grupo social
específico. Hoje, nós vivemos e pensamos de maneira
diferente dos brasileiros das gerações passadas. Os
crentes das diversas regiões têm problemas distintos.

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Uma criança não compreende o pecado sob o mesmo
ponto de vista do adulto. O educador deve formular os
seus propósitos específicos de acordo com as
necessidades espirituais específicas daquelas aos quais
pretende educar. Por exemplo: os jovens devem ser
orientados quanto à tomada de decisões corretas
quanto a um ideal de vida cristã, a carreira a seguir, os
amigos, a escolha do cônjuge, etc.
c) Propósito Imediato.' Àssim como propósito específico
é a aplicação do propósito geral a um grupo
específico, o propósito imediato é a aplicação do
específico a uma lição determinada. E aquilo que você
deseja que o ouvinte guarde como lição prática. Cada
pregação, cada lição ministrada, deve ter um propósito
imediato e deve ser desenvolvida em torno desse
propósito. Uma lição sobre Davi e Jônatas, para uma
classe de jovens, deve ser ministrada destacando o
aspecto positivo de uma boa amizade.

2. A Necessidade de se Estabelecer Alvos. Um educador


temente a Deus e consciente de sua responsabilidade
perante a Ele e perante aqueles aos quais ensina, não deve
ir para o púlpito, ou chegar à classe sem preparar bem a
lição bíblica e se familiarizar com o propósito de seu
estudo. A seguir veremos três razões para que todo aquele
que educa tenha um alvo estabelecido. Em João 10.10 Jesus
declara solenemente o propósito de sua vinda: “eu vim para
que tenham vida e a tenham em abundância”. Além disso,
cada gesto, cada palavra, cada milagre de Jesus, tinha um
propósito especial. Tomemos por exemplo, a ressurreição
de Lázaro. Jesus parecia atrasar-se, mas o fez com a
finalidade de glorificar a Deus (Jo 11.4, 15). Mais tarde Ele
ora assim: “... eu sabia que sempre me ouves, mas assim
falei por causa da multidão presente, para que creiam que
tu me enviaste.” (Jo 11.42).
a) Um Alvo Dá Significado ao Ensino. E bom sabermos

26
porque estamos ensinando. O trabalhador braçal sente
mais suave a sua carga quando sabe que ao fim do dia
receberá o seu salário. Assim aquele que ensina tem
maior ânimo, maior interesse, quando se esforça para
que os seus alunos cheguem a um alvo estabelecido.
b) [U m Alvo Evita os Desvios.'Se o motorista não tem um
bom mapa, facilmente ele deixará a estrada principal e
entrará por atalhos difíceis ou mesmo um caminho
errado. O ensinador precisa ter um alvo e se esforçar
para chegar até lá. Do contrário, ao fim de seu ensino,
o ouvinte dirá: Ele disse uma porção de coisas bonitas,
mas ... sobre o que foi mesmo que ele falou?
c) rUm Alvo Evita Perda de Tempo. Paulo nos diz em 1
Coríntios 9.26: “Assim corro também eu, não sem
meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar.”
Quando o professor não sabe o que quer, ele toma o
tempo dedicado ao ensino a dizer coisa de menor
importância e o propósito principal do seu ensino não
é alcançado. Tal professor é semelhante a um atirador
que atira a esmo, sem um alvo. Antes de subir ao
púlpito, ou de se pôr à frente de um grupo para
ensinar, ore. Ore e peça a Deus que lhe revele o Seu
propósito para a Sua igreja neste culto. Prepare a sua
mensagem ou o seu ensino envolvendo esse propósito
e observe o que Deus fará no meio do Seu povo.
“Quem sabe onde quer chegar escolhe o caminho
certo e o jeito de caminhar” (T. de Mello).

3 ./ A Educação Cristã em Relação a Deus., “Mas agora, ó


Senhor, tu és nosso pai, ... e todos nós, obra das tuas mãos.”
(Is 64.8). Este versículo contém duas verdades preciosas a
respeito de Deus. Deus é o nosso Pai e é também o nosso
Criador. Todo o ensino em nossas igrejas, seja na Escola
Dominical, nos cultos ou em reuniões especiais para este
fim, deve envolver-se nessas verdades de Deus e Seu
reflexo nas vidas humanas. Essencialmente, são três os

27
propósitos da educação em relação ao aluno:
a) Conhecer a Deus como Criador. Deus criou o céu, o
mar, a terra e tudo o que neles há (At 4.24). Ele é o
Criador sábio e poderoso. É digno de nossa adoração,
pois Ele fez todas as coisas sustém com Suas mãos.
Vivendo numa época de confusão e dúvidas, é
confortante sabermos que tudo está nas mãos de Deus.
É bom sabermos que os altos e baixos da História
humana fazem parte de um plano maior. Pedro
caminhou sobre as águas revoltas do mar da Galiléia
porque creu no poder de Cristo. Os nossos alunos
também poderão prosseguir, se crerem que, ao final,
Deus fará o bem triunfar. Esta era a confiança de
nossos primeiros irmãos (At 4.24-30). Os alunos
devem ser a natureza, a glória de Deus. Devem
compreender que todas as coisas seguem o plano e o
propósito de Deus. Nossas vidas também devem estar
submissas a Ele.
b) [Conhecer a Deus como Pai. Deus não é apenas o
Criador Todo-Poderoso. Ele é também o Pai de amor.
O aluno deve compreender que este Deus, grande e
poderoso, é também seu Pai celestial, que o ama e o
protege. Como Pai amoroso, Deus deseja o melhor
para Seus filhos. Conhecer a Deus desta forma,
ajudará os alunos a aceitarem, pela fé, aquilo que não
podem compreender pelo raciocínio. A parábola do
Filho Pródigo é um vivo ensino de Cristo sobre a
natureza amorosa do Pai. Ele está à espera do filho,
disposto a perdoa-lo a reerguê-lo de sua queda
espiritual.
c) Ter comunhão com Deus. Como Pai celestial, Deus é
acessível. Ele é comunicativo. Podemos nos chegar a
Ele com confiança. Normalmente, conversamos com
nossos pais carnais, contando-lhes os nossos
problemas e deles recebemos apoio e orientação.
Assim também os filhos de Deus devem ter comunhão

28
com o Pai. Jesus disse que o maior mandamento du
Lei é: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, de toda a tua alma e de todo entendimento.”
(Mt 22.37). Deus nos ama e espera que nós O amemos
também. Abraão era amigo de Deus. O seu
relacionamento com Deus tornou-se tão íntimo que
Deus disse: “... Ocultarei a Abraão o que estou para
fazer” (Gn 18.17). Abraão chegou até a arrazoar com
Deus na questão de Sodoma e Gomorra. É este o
relacionamento que Deus deseja ter com os Seus
filhos. A mais íntima comunhão.

4. A Educação Cristã em Relação a Jesus. A educação


cristã é real quanto tem Jesus Cristo como centro. Jesus
é a revelação de Deus, o Pai, a nós. Só através de Jesus
podemos conhecer o Pai e chegar até Ele. Jesus disse:
“... Quem me vê a mim vê o Pai...” (Jo 14.9). Nós
precisamos conhecer a Jesus, não de forma vaga e
abstrata, mas como uma pessoa real. Sua vida é o
modelo que deve ser seguido por nós. Seus ensinos
devem ser a regra de nossas vidas. Cristo foi o único
homem perfeito em todos os Seus caminhos. Devemos
amá-10, seguir Seus ensinos e sobretudo crer que Ele é
o unigénito Filho de Deus, e, que sem pecar, morreu
por nós, e recebe-lO então como Salvador pessoal. Em
resumo, o propósito da educação cristã em relação ao
aluno é que ele aceite Jesus sob as seguintes condições:
a) Como seu salvador pessoal. (At 16.31) Esta
aceitação deve ser consciente e não de outra
maneira. Muitos estão em nossas igrejas porque
foram criados nesse ambiente ou mesmo porque
sentem-se bem junto dos crentes. Essas pessoas
devem ser orientadas para que temem uma decisão
pessoal por Cristo; que creiam que Jesus é o Filho
de Deus que morreu por seus pecados e O aceitem
como Salvador de suas vidas. Ser membro de uma

29
igreja não é suficiente para alguém se salvar. É
preciso nascer de novo. Não há nada que possamos
fazer para gánhar a salvação. Muitas pessoas
crêem que precisam fazer algo mais para obter a
salvação. Cristo consumou a Sua obra no Calvário.
Basta que aceitemos Jesus pela fé e seremos
justificados diante de Deus. Cabe-nos mostrá-la
aos outros através da nossa vida, da nossa maneira
de viver. A Educação Cristã, não poderá nunca,
por si só, salvar alguém. Mas através do ensino da
Palavra, podemos conduzir o aluno ao
conhecimento de Jesus e prover um canal para a
operação do Espírito Santo. "... a fé vem pelo
pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”
(Rm 10.17.)
b) Como Senhor de sua vida. Além de aceitar Jesus
como Salvador pessoal, todos tem recebe-10 como
Senhor de suas vidas. Receber a Jesus como
Senhor, inclui fazer o que Ele ordena. Num de
Seus sermões, Jesus censurou Seus ouvintes,
dizendo: “Por que me chamais Senhor; Senhor, e
não fazeis o que vos mando?” (Lc 6.46) Não basta
chama-lO, Senhor! Precisamos pôr em prática
Seus ensinamentos; obedece-lO em todos os
nossos caminhos.

5. A Educação Cristã Em Relação Ao Espírito Santo. Antes de


voltar para o Pai, Jesus disse: “quando vier, porém, o
Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade...” (Jo
16.13). O Espírito Santo tem na terra uma missão especial
para a Igreja e para cada crente individualmente. Não
reconhecer isso coloca o homem em posição àquilo que a
Bíblia ensina em João 16.13. Todos devem conhecer a obra
do Espírito Santo. Devem saber que Ele é uma Pessoa
distinta do Pai e do Filho. Entender a obra do Espírito Santo
ajudará os alunos a reconhecerem o que Ele pode fazer por

30
eles. Desse modo darão lugar ao Espírito para que se
manifeste em suas vidas. Em relação ao Espírito Santo, são
propósitos da educação cristã levar o aluno a:
a) Contar com a ajuda do Espírito. Muitos crentes não
conseguem viver a vida cristã vitoriosa. Têm mais
fracassos do que vitórias. Isso acontece porque não
conhecem o poder que Deus colocou à sua disposição
através do Espírito Santo. É impossível ao homem
obedecer aos mandamentos de Deus e conservar-se
puro por seus próprios esforços. É muito fácil amar os
inimigos, ser manso, benigno, etc. Isso só é possível
através da atuação do Espírito Santo em nossa vida.
Jesus é a provisão de Deus para nossa salvação e o
Espírito Santo é a provisão de Deus para nos ajudar a
permanecermos fiéis. Deus sabe que somos pós. Ele
conhece as nossas fraquezas e por isso Ele enviou o
Espírito Santo para nos fortalecer e para interceder por
nós (Rm 8.26; Ef 3.16).
b) Buscar a plenitude do Espírito Santo. O apóstolo
Pedro, que levantou-se no cenáculo e fez aquela
ousada pregação, já não era o mesmo que alguns dias
antes negara o Senhor por medo dos judeus. Pedro
agora estava cheio do Espírito Santo (At 1.8). O
ensinador deve, através de lições orientadas, despertar
no aluno o desejo de ser revestido de poder. A
plenitude do Espírito Santo não é privilégio de alguns
poucos escolhidos, mas é desejo de Deus que todos
sejam cheios do Espírito Santo e aptos para serem
usados por Ele em benefício de Sua obra.

6. A Educação Cristã Em Relação À Bíblia. Jesus é a Palavra


de Deus que ser fez carne. A Bíblia é a Palavra de Deus
escrita. Ela é viva e eficaz (Hb 4.12), e, produz vida;
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida
eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39).
Se o ensinador, a exemplo de Jesus, deseja que seus alunos

31
tenham vida, ele deve estudar a Bíblia com reverência e
amor, com oração e meditação. Ele deve esforçar-se para
que os seus alunos alcancem esses propósitos em relação à
Bíblia Sagrada.
a) Conhecer a Bíblia. O objetivo é que o aluno conheça
toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Ele deve
conhecer cada livro das Escrituras, saber quem os
escreveu e o assunto de que trata. Não chegaremos
nunca ao fundo do poço de águas vivas da Bíblia, sem
que estimulemos o aluno a essa busca. O estudo da
Bíblia deve ser gradual, completo e cada vez mais
profundo. O aluno deve estar na classe com a Bíblia
na mão. Não se pode imaginar um ensino bíblico que
não inclua a leitura de textos da Palavra de Deus.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça.” (2 Tm 3.16). Ainda que
determinados textos não falem diretamente a nós, a
Bíblia em sua totalidade serve de canal para a
operação do Espírito Santo. Determinada senhora que
passava por problemas, aparentemente sem solução,
procurou a igreja e foi orientada que lesse a Bíblia. Ao
deparar com o texto de Hebreus 12.6, foi tomada de
profunda convicção de que Deus a amava. Depois
disso os seus problemas se tornarem insignificantes.
Conhecer a Bíblia é conhecer o manual de vida
prática. E conhecer as soluções para os problemas
morais, sociais e políticos.
b) /_Praticar os ensinamentos bíblicos.. Conhecer a Bíblia
Sagrada não quer dizer apenas ter muitos versículos
gravados na memória. Conhecer a Bíblia não é apenas
conhecer os fatos e os seus ensinamentos, mas
compreende-la, aceita-la como a expressão da vontade
de Deus e pôr em prática os seus ensinamentos. E
experimentar em sua própria vida o valor e o poder da
Palavra de Deus. O aluno deve ser guiado a amar a

32
Bíblia e a procurar nela as respostas para os seus
problemas. Ele deve tê-la como guia principal de sua
vida diária.

7. A Educação Cristã Em Relação À Igreja. Deus tem muitas


maneiras de operar no mundo. A Igreja é um dos meios que
Ele usa para estabelecer o Seu reino na terra. É um grande
privilégio para nós, que Deus nos tenha permitido ser Seus
colaboradores nessa tarefa. Nós somos obreiros de Deus e
pertencemos a Ele. Devemos nos colocar à Sua disposição
para sermos usados para a glória do Seu nome e expansão
do Seu reino. Os propósitos da educação cristã em relação
ao aluno devem ser:
a) TPreparação. “Não deixemos de congregar-nos, como é
costume de alguns...” (Hb 10.25). Para obter maior
crescimento espiritual, o novo convertido deve
participar de uma comunidade de fé, uma igreja. Para
isso todos devem ser membros conscientes de suas
responsabilidades e deveres para com a obra de Deus.
Além disso o novo convertido deve aprender as
doutrinas bíblicas para que a sua fé seja alicerçada em
Deus e não desanime quando vier as dificuldades.
b) \ Participação] Vivemos numa época de crentes
domingueiros. Precisamos despertar novamente os
salvos para amarem a obra de Deus e lutarem
valentemente ao lado do Senhor. Não apenas ir à igreja,
mas participar do culto, louvando, adorando e ouvindo
atentamente à mensagem; terem responsabilidades com
a manutenção da obra e com as atividades da igreja,
quer sejam estas, espirituais ou sociais.
c) ’ Evangelização. Além de membros de uma igreja local,
pertencemos à Igreja Universal. A Igreja Universal,
pertencem os salvos de todas as épocas, de todas as
línguas e nações (Ap 5.9). Como membros da igreja
universal, temos responsabilidade direta com aqueles
que ainda não ouviram o Evangelho. Todo o crente deve

33
participar dos empreendimentos missionários de sua
igreja, pregando, orando e contribuindo.

8. A Educação Cristã e o Caráter do Cristão. Poderíamos


preparar uma longa relação das qualidades do bom caráter,
e ainda assim não teríamos um caráter cristão. O mancebo
de boas qualidades (Mt 19.16-21), não satisfazia o critério
estabelecido por Jesus. Ter um caráter cristão é mais do que
reunir boas virtudes. Ter um caráter cristão é ter um caráter
semelhante ao de Cristo. Um caráter cristão se obtém pela
força ou pelo treinamento. Ele deve ser moldado no homem
interior, pelo Espírito Santo. Quando uma pessoa aceita a
Jesus com seu Salvador, ele “nasce de novo”. Logo, ela é
um bebê, espiritualmente falando, ela precisa crescer e se
desenvolver em Cristo, até chegar à maturidade. Ao
educador cristão está lançando o desafio. Que pode ele
fazer quanto ao caráter de seus alunos? Quais propósitos
tem em mira?
a) Desenvolver seu caráter. Em Efésios 4.13 está escrito:
“até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno
conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade,
à medida da estatura da plenitude de Cristo.” Aqui está
o alvo que Deus estabeleceu para cada crente,
individualmente. O aluno pode chegar à estatura de
Cristo através de um relacionamento íntimo com o
Salvador. O amigo que chega, absorve a personalidade
do companheiro. Assim aquele que ama o Senhor Jesus,
procura viver como Ele viveu. O professor pode, através
da oração e do ensino da Palavra, guiar seu aluno até
que tenha um coração segundo o coração de Deus,
conforme está escrito em 1 Samuel 13.14.
b) Manifestar o seu caráter. Não se pode separar a vida
religiosa da vida social. O cristão é cristão em todos os
lugares onde quer que se encontre. Paulo, inspirado pelo
Espírito Santo, disse: “a fim de que o homem de Deus
seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa

34
obra.” (2 Tm 3.17). A segunda parte deste versículo fala
do caráter visto nas boas obras. O que o cristão diz, o
que ele faz ou deixa de fazer, mostra aos homens o
quanto é reto o seu caráter. “Portanto, quer comais
bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a
glória de Deus.” (1 Co 10.31). Não se trata de fazer uma
lista de qualidades que um cristão deve ter, mas de
absorver o caráter de Jesus até que pensemos e sintamos
o que Ele sentiria na mesma situação. Até que reajamos
como Jesus reagiria se estivesse em nosso lugar. Está
escrito que pelos frutos se conhece a árvore. O cristão
deve produzir “... frutos dignos de arrependimento.” (Mt
3.8).

' Os Aspectos Fundamentais da Educação Cristã

A educação está presente no desenvolvimento do


homem no sentido físico, intelectual, social e espiritual. Ao vir
ao mundo o recém-nascido traz consigo uma série de fatores
que vão determinar o seu tipo físico e a sua capacidade de
assimilar novos conhecimentos. Não podemos influenciar a cor
de seus olhos, mas sem uma boa alimentação, repouso
suficiente, carinho e exercício físico, ele não atingirá a
plenitude de seu desenvolvimento físico.
No sentido intelectual, social e mui especialmente
no espiritual, a influência da educação se torna decisiva e
mesmo definitiva. Quando uma pessoa aceita a Jesus, ela nasce
de novo. Ela é um bebê espiritual. A sua educação espiritual
deve agir em torno de cada um desses elementos.
Na prática, esses elementos estão intimamente
ligados. Não podemos separar as atividades educativas das
atividades estritamente sociais, ou estritamente intelectuais,
etc. Cada atividade pode atingir vários desses elementos. Ela só
não deve ser inútil, ou seja, sem objetivo, sem propósito
definido.
1. Estudo'(A tividades Intelectuais). Mais uma vez vamos

35
buscar na Bíblia, e especialmente em Jesus, o exemplo de
que necessitamos para ilustrar como deve ser o
desenvolvimento do crente. Jesus é Deus. Como Deus, Ele
não está sujeito a variações. Quando Ele nasceu, como todo
bebê submeteu-Se ao crescimento normal pelo qual passam
todos os seres vivos que habitam na terra. Mais uma vez
Ele nos deu o exemplo. Lucas 2.52 diz que “E crescia Jesus
em sabedoria (crescimento mental e intelectual), estatura
(crescimento físico) e graça, diante de Deus (crescimento
espiritual) e dos homens (crescimento social).” Devemos
tornar-se nos semelhantes a Cristo em tudo, inclusive no
crescimento aqui exposto. O professor deve fazer tudo para
que seus alunos cresçam em sabedoria espiritual. A Bíblia é
o alimento espiritual do crente (1 Pe 2.2). O professor deve
zelar para que seu ensino seja nitidamente bíblico. Deve
estudar métodos e técnicas de ensino. Isto lhe será útil na
comunicação da mensagem divina. Deve levar seus alunos
a tornarem-se leitores da Palavra de Deus. Acima de tudo o
professor deve ser, ele mesmo, um leitor dedicado da
Bíblia, e deve orar para que a Palavra de Deus habite
ricamente no coração de seus alunos,
a) >Que é Ensino. Houve um tempo em que ensinar era
sinônimo de transmitir conhecimentos. O bom aluno era
aquele que conseguia memorizar tudo ou quase tudo que
o professor ditasse. Hoje sabemos de outros métodos de
ensino que dão melhores resultados. Ensinar é despertar
e guiar o raciocínio do aluno para que ele mesmo
descubra a verdade que se deseja transmitir. Só há
ensino quando há aprendizagem, e só há aprendizagem
quando o aluno compreende e põe em prática aquilo que
lhe foi ensinado. Normalmente, quando se trata de
ensinar a Palavra de Deus, o professor deve usar
métodos e técnicas que favoreçam concorrer com o mais
refinado educador moderno. Jesus contava histórias
(parábolas), fazia comparações, usava recursos visuais
(objetos ou coisas); usava representação (por exemplo, a

36
Santa Ceia, para nos ensinar a importância da Sua
morte), etc. O educador consciente de sua
responsabilidade, não pode deixar por menos. Deve usar
todos os recursos que a pedagogia moderna coloca à sua
disposição.

2. Recreação na Vida (Atividades Físicas). “Recreação


consiste em ocupação agradável, para descanso de um
trabalho e renovação de forças para continuar a trabalhar.”
(Dicionário Ilustrado da Língua Portuguesa, Editora
Bloch). O ser humano tem necessidade de recreação, pois
ela tonifica o sistema nervoso e mantém o equilíbrio
interior. O governo reconhece a importância da recreação
quando estabelece na legislação trabalhista que todo o
trabalhador tem direito a um mês de férias, das quais ele
deve gozar no mínimo vinte dias de descanso. Os médicos
recomendam que a pessoa mude de ocupação, de hábitos, e,
se possível, de ambiente. Quem mora em cidade deve gozar
férias em cidade pequena e vice-versa. Além de férias
anuais, a pessoa deve direcionar o seu tempo para que
possa dedicar-se ao repouso e à recreação ou lazer, a fim de
que haja uma contínua reposição de energias. A estafa,
doença que com certa freqüência atinge obreiros da igreja,
consiste em excesso de atividades física e mental sem o
necessário equilíbrio de repouso e recreação,
a) \ Recreação e Ensino. À primeira vista, pode parecer
impossível que a atividade recreativa seja ao mesmo
tempo educativa. Além de favorecer o equilíbrio físico e
mental, a atividade fornece ao educador oportunidades
para observar os defeitos de caráter dos seus alunos
(orgulho, egoísmo, desrespeito, falta de cooperação,
etc). Quando nos divertimos, o nosso verdadeiro caráter
aparece, isto, é, aqueles defeitos que ocultamos
cuidadosamente do pastor, do professor, dos amigos e
mesmo de nossos familiares, vêm à tona. É bom que o
professor conheça as falhas de seus alunos para que

37
possa orar por eles e aconselha-los biblicamente. Se a
atividade educativa for cuidadosamente planejada com
oração e estudo, ela poderá ainda ser útil na correção
dos defeitos observados nos alunos. Alguns são muito
tímidos enquanto outros são até agressivos. Brincando
juntos, sob a orientação do professor, os alunos tímidos
são estimulados a participarem e a contribuírem para o
grupo, enquanto os alunos agressivos são ensinados sua
agressividade para não magoarem os companheiros.
Eles precisarão disto no trabalho, e, na recreação eles o
aprendem sem muito sofrimento.

3. Serviço (Atividades Sociais). O serviço para Deus é uma


forma de expressão da vida cristã. Está escrito que “... a fé
sem obras é morta” (Tg 2.26). E pelos frutos que se
conhece a árvore (Mt 7.16-20); é pelas obras que se mede a
qualidade do Cristianismo que vivemos. O Evangelho de
Lucas 13.6-9 conta a parábola da figueira que não produzia
frutos e sobre o juízo que pesou sobre ela. Não se deve
descuidar deste aspecto do crescimento cristão. Vivemos
uma época marcada pelo comodismo, egoísmo, excesso de
lazer e glutonaria. As pessoas tendem a se ocuparem apenas
com o seu próprio bem-estar. Muitos são envolvidos por
um egoísmo espiritual, pensam apenas em sua própria
salvação e nada fazem para ajudar outros a chegarem a
Jesus. O verdadeiro cristão ama a Deus e também ama a
seu próximo. O amor divino em nós se manifesta quando
buscamos fazer com que todos conheçam a Jesus; quando
procuramos aliviar, de alguma forma, o sofrimento ao
nosso redor. O serviço cristão serve para:
a) Promover o bem-Estar do Próximo. Jesus disse:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo...” (Tg 2.8).
Precisamos estar conscientes de que há no mundo
pobres, viúvas, órfãos e desamparados. Não podemos
evitar a sua existência, mas podemos fazer alguma coisa
para diminuir o seu sofrimento (Tg 1.27). De nada

38
adiantará nós, os crentes, decorarmos versículos e mais
versículos sobre assistência ao próximo, se não lhes
dermos oportunidades de começarem a agir e pôr em
ação o que lêem nas Sagradas Escrituras.
b) Expressar o Caráter Cristão. Seja na assistência social,
seja na evangelização, na visitação, no ensino, na
oração, etc., o Cristianismo bíblico se expressa em
nossos atos. Além disso, é através da prática que
desenvolvemos o nosso caráter. Quando mais você põe
em prática as virtudes cristãs, estas mais crescem e se
aperfeiçoam.
c) Manifestar Gratidão a Deus. Quando o crente pensa em
tudo o que Deus fez por ele, não pode deixar de sentir
prazer em fazer algo para Ele. Nada proporciona maior
prazer para o crente do que conduzir uma alma a Cristo;
saber que estamos cooperando com o Senhor em Sua
obra aqui na terra. Precisamos conhecer a alegria de
servir. “... Mais bem-aventurado é dar que receber.” (At
20.35).

39
Questionário

• Assinale com “X” a alternativa correta:

1. Qual o primeiro país a possuir uma escola sistemática


a) □ EUA
b) [ 3 China
c) Q Chile
d) Q Nenhuma das alternativas estão corretas

2. No conceito moderno sobre a Educação, a instrução e o


treinamento
a) O Não muito importante
b) O Não tem importância nenhuma
c) São muito importante
d) Q Nenhuma das alternativas estão corretas

3. No conceito antigo sobre a Educação,


a) 0 A educação era dada pela própria família
b) O A educação era dada pelo governo
c) [ ] A educação era dada pela religião
d) O Nenhuma das alternativas estão corretas

4. Durante o ministério terreno de Jesus ele,


a) Q Ensinava, pregava e curava
b) Q Só ensinava
c) O Só pregava
d) O Nenhuma das alternativas estão corretas

5. Os aspectos Fundamentais da Educação Cristão


a) O Estudo
b) O Recreação
c) n Serviço
d) O Todas as alternativas estão corretas

40
Lição 2
A Educação Religiosa

41
MI I
O objetivo da Educação Cristã é tríplice

1. Ensinar a Bíblia Sagrada ao povo.


2. Ensinar o povo a viver os princípios da Bíblia Sagrada
3. Treinar os alunos nas atividades da Igreja

Para a compreensão dos benefícios a serem obtidos


da Educação Religiosa pela igreja local, é necessária uma
compreensão das potencialidades do ser humano que está
envolvido na sua docência e na sua discência. Não é demais
repetir que vivemos num mundo secularizado, maquinizado e
despersonalizador.
No entanto, a igreja vive, pensa e age noutra esfera:
tem um objetivo espiritual, busca a vontade de Deus e o
reconhecimento do ser individual. E grande inspiração para o
servo de Deus ler na Sagrada Escritura: “... eu te chamo pelo
teu nome; ponho-te o teu sobrenome”, “não temas, porque eu te
remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu”, e ainda, sobre Jesus
Cristo: “as ovelhas ouvem a sua voz; e ele chama pelo nome as
suas ovelhas” (Is 45.4b; 43.1b; Jo 10.3b). É a personalização
do povo de Deus, coisa não muito acentuada no contexto
secularizado em que trabalhamos, estudamos e vivemos,
quando se é apenas o número do CIC, do RG, ou da Conta
Bancária, e que há de ser ênfase na Igreja de Cristo.
A pessoa humana é imagem e semelhança do
Criador, e confiado lhe foi gerenciar este mundo para
revitalizá-lo e fazê-lo produzir sem agressões ao meio
ambiente. E um ser de possibilidades: cresce, adapta-se, pensa,
reflete, cria, transforma, molda, age e interage. A esse ser pleno
de possibilidades, a igreja repassa os benefícios da Educação
Religiosa.
O papel do educador religioso está em orientar es
ser humano para a vida em Cristo, guiando-o à maturidade
espiritual. A afirmação de Paulo, “para mim o viver é Cristo”
(F1 1.21), passa a ser programa de vida, verdade de conduta,
vida de fé. Naturalmente, o principal agente da Educação

43
Religiosa se torna a igreja local, já por ser um grupo de
crescimento, já porque alguns crentes em Cristo não vêem nem
têm seus lares na piedade cristã.
Talvez haja necessidade de despertar igrejas para
essas oportunidades, possibilidades e reconhecimento de
benefícios para não cairmos na triste análise feita pelo Dr.
Elton Trueblood,
Houve um tempo em que uma igreja era uma
comunidade corajosa e revolucionária, que estava mudando o
curso da história pela introdução de idéias discordantes; hoje é
um lugar aonde se vai e se senta em bancos coimfortáveis,
esperando pacientemente a hora de ir para casa para o almoço
do domingo.
Isso porque já se chegou à conclusão que tem
havido pouco interesse no estudo bíblico, e assim são poucos
os membros da igreja afeitos à leitura profunda ou ao estudo
sistemático da Palavra de Deus.
Por outro lado, com exceção das Sociedades
Femininas, possivelmente, em geral as organizações, estão em
crise, sendo, ainda um pouco difícil encontrar professores
consagrados e dispostos a dedicar tempo ao preparo de suas
aulas, e ao contato pessoal e extraclasse com os alunos. Isso,
entretanto, há de ser feito, por amor do próprio universo
abrangido pela Educação Religiosa (crianças, jovens, adultos,
cf. 1 Jo 2.12-14).
Ora, crentes em Cristo têm os pecados “perdoados
por amor do seu nome” (v. 12), conhecem o Pai e “aquele que
é desde o princípio” (vv. 14a, 13a), já venceram o Maligno (v.
13b), são fortes e retêm a palavra de Deus (v. 14b). Com vistas
a esses, a recomendação expressa do Senhor,
“ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho
mandado” (Mt 28.20a), e é por isso que “perseveravam na
doutrina dos apóstolos” (At 2.42a).

Primeiros Benefícios

44
Na Igreja-dos-primeiros-dias, quatro atividades de
Educação Religiosa se destacavam. E conferir no livro dos
Atos (2.41-47; 5.42).
O Culto. A primeira delas o Culto (cf. 2.42a).
Efésios 5.19-21 e Colossenses 3.16b são claros em apresentar
os elementos que compõem o culto cristão: os/hinos de l o u v o r v
I [as orações,;a/proclamação e ensino, e 0 serviço] A adoração há
/ de ser pessoal (Rm 12.1) e coletiva (Ex 12.26). Na adoração
reconhecemos nossa indignidade, e o sacrifício redentor de
Jesus Cristo; buscamos conhecer a vontade de Deus para poder
servi-Lo com todas as veras do nosso espírito. Na atividade de
culto, o testemunho se faz atuante aos não-crentes, aos
adversários, ao que têm impedimentos físicos, e isso por
métodos os mais variados, pois o evangelho deve ser sempre
atual falando às pessoas quando e onde elas estão e como estão
num testemunho relevante e inteligível, tomando-se cuidado
com o que já foi chamado jocosamente de “linguagem de
Canaã”, o jargão religioso que o descrente pode não entender, e
não ter igualmente sentido para as crianças. Algo assim como:
“entregue seu coração a Jesus” (“como é que eu faço para
arrancar e dar a ele?” perguntou uma criança), “... você está
perdido” (de quê?), “... você precisa ser salvo” (de quê?), e
outros tantos.
Se o culto é o relacionamento consciente da
congregação com Deus, quem o cria e o faz de modo
consciente é a Educação Religiosa (cf. Ec. 12.26).
O Testemunho. Deve começar com o ser humano
como imagem de Deus. Esse é um ensino repassado pela
Escritura (Gn 1.26; Ef 4.24; ICo 11.7). Deve falar da queda e
do pecado, e enfatizar a libertação da vida de pecado e a nova
vida em Cristo. Afinal, a Educação Religiosa ressalta que no
culto estamos como uma coletividade de pecadores salvos que
confessam seu pecado e o perdão trazido por Cristo. Ensina
que culto é ação. Da parte de Deus que nos agracia com
bênçãos escolhidas por causa de nosso ato de fé, e de nossa
parte que lhe obedecemos porque nele confiamos.

45
A experiência de estar com a congregação em culto
é pedagógica porque temos uma experiência viva do povo de
Deus na história; crianças, jovens e adultos se vêm como
membros da mesma comunidade que cultua. É preciso crer na
família que adora a deus unida quando cada culto se tom a uma
experiência de adoração e educação.
A Comunhão. Cantamos dizendo uma verdade
bíblica: que “benditos laços são os do fraterno amor” porque
Jesus Cristo é o filtro de nossos relacionamentos. Assim, nas
relações conjugais, familiares, de trabalho, sociais ou
eclesiásticas é o que deve ocorrer. Em tudo, Cristo é o
parâmetro, o meio de aferição e o elo de união. E atestar com
declarações como as encontradas em Efésios 5.22,25; 6.1,4,5,9,
pois “tende em vós aquele sentimento que houve também em
Cristo Jesus” (F1 2.5), visto que nossa comunhão está marcada
pelo seu sangue (1 Jo 1.6,7).
No Novo Testamento, o sentido de comunhão não
era café-com-bolinhos, e sim o de Atos 4.32,34,35. O senso de
pertencer, de ser-um-com-os-outros, de amar e ser amado é
uma das mais extraordinárias experiências da vida cristã (cf. 1
Jo 4.19-21). Assim, a educação religiosa nos dá o
reconhecimento do nivelamento que o evangelho dá a pessoas
de classes sociais, raças ou idades diferentes. Através da
comunhão, relacionamentos quebrados são curados e
fortalecidos. E isso não é sociabilidade, mas o reconhecimento
que pela graça somos salvos, alimentados pela educação na fé
porque Cristo estabeleceu para a igreja o “ensinando a
guardar”.
A Capacitação. O próximo passo é o do ensino, a
capacitação e treinamento do povo de Deus para a missão
divina. São os novos crentes, a liderança da igreja, os grupos
especiais. Afinal, a igreja não lida com coisas, mas com
pessoas, o que significa que sua tarefa é produzir gente de boa
qualidade. Há registro de que o poeta W.H. Davies conversava
com um garotinho e lhe teria perguntado, “que é que você vai
ser quando crescer?” Naturalmente esperava que dissesse

46
“bombeiro”, “médico”, ou outra profissão fascinante. O
menino respondeu, “Que eu vou ser quando crescer?” Pelo seu
tom de voz, a pergunta de Davies parecia ter sido boba. E
completou, “vou ser um homem grande!” É mesmo! O final do
crescimento é ser adulto, e isso vale na vida cristã.
Nosso trabalho é produzir jovens que saibam o que
crêem, e que possam declarar sua fé no espírito de 1 Pedro
3.15. Para que isso aconteça, haveremos de enfatizar o estudo
sistemático, dialógico da Palavra Santa, ou seja, não dizer o
que se deve crer, mas ajudá-los a descobrir por eles mesmos;
que sejam moças e rapazes de princípios justos e valores
perfeitos; leais à Igreja de Jesus Cristo, à sua denominação, e à
sua igreja local; jovens profundamente conscientes do seu
papel no mundo, mostrando-lhe o que faz diferença na vida
para eles expressa na simples expressão, “em Cristo”.
O Serviço. A igreja de Jerusalém tinha uma
expressão de Serviço. Que a igreja nunca seja condenada por
sequer pensar, “.. sou eu o guarda (fio meu irmão ?” (Gn 4.9b),
porque a resposta será “Sim”, à lúz das advertências bíblicas
(cf. 1 Co 12.25; G1 6.2; 1 Tm 5.8). Cada crente em Jesus Cristo
tem recursos para cuidar, zelar, fazer crescer como participante
do Corpo de Cristo com os dons que o Espírito Santo distribuiu
soberanamente (cf. lC o l2 .6 -ll). A Educação Religiosa, a
educação na doutrina bíblica e na prática cristã, há de tornar
compreendidos esses dons, ao tempo, que, abrindo os olhos
espirituais, capacita com o treinamento o crente. É aí que
compreendemos que “sim, somos o guarda do nosso irmão!”
Por aí se demonstra que o cuidado pastoral é
responsabilidade de toda igreja como comunidade terapêutica
liderada pelo seu pastor. Na profecia do Antigo Testamento
está declarado que, “como pastor ele apascentará o seu
rebanho” (Is 40.11a); na ordem aos apóstolos, “pastoreia as
minhas ovelhas” (Jo 21.16); na palavra aos pastores,
“apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós” (IPe 5.2-4);
e a todos os crentes, “... que os membros tenham igual cuidado
uns dos outros” (IC o 12.25b). Cuidado pastoral é um encontro

47
pessoal em amor, e uma possibilidade para cada crente, pois há
muita coisa que se faz como crente e não se percebe que é puro
cuidado pastoral, como a visita de um crente a outro que mais
que social é pastoral.

Mais Benefícios

Os benefícios estão nos próprios objetivos da


Educação Religiosa:
• No que se promove uma consciência de Deus
como uma realidade na experiência humana, e um sentido de
relacionamento pessoal com Ele;
• No que se procura desenvolver esse
entendimento e apreciação da pcWni, da vida e dos ensinos de
Jesus Cristo que leve o crente a ser leal ao Mestre e a sua
causa, manifestando em seu dia-a-dia uma visão do mundo
dominado pelo evangelho;
• No que se interpreta a vida e o mundo do ponto
de vista evangélico, vendo neles o propósito e plano de Deus;
• No que se desenvolve uma apreciação do
significado e importância da família cristã e se participa e
contribui para a construção de famílias fortes que resultem em
igrejas fortes;
• No que se promovem as missões cujo espírito
não pode ser transmitido a outros a não ser por aqueles que o
possuem;
• Na educação para a liberdade, para o amor, para
o senso cristão do acontecimento e para o amor pessoal de
Jesus Cristo e por Jesus Cristo; para o entendimento da
chamada de Abraão, de Moisés, de Isaías, de André e Simão,
mas também a de Carlinhos, de Rosa Maria, do irmão João de
Sousa, da Prof41 Julieta Amaral, do Dr. Henrique Pessoa; da
compreensão, até, dos fracassos como meio de aprofundar a
dependência de Deus.
Naturalmente os objetivos pra surtir os benefícios
esperados precisam ser graduados, e, ao dividirmos os grupos

48
de acordo com a faixa etária, estamos dizendo que a
compreensão cristã depende principalmente da idade da pessoa
atendida. Compreende-se, no entanto, a possibilidade de
alternativas, como a divisão de atividades por centros de
interesse a partir dos adolescentes, quando estes, mais os
jovens e os adultos se reuniriam em torno de um centro de
atenção para um estudo ou prática inter-etária (evangelismo,
música, capacitação da liderança, etc.). Os referidos centros de
interesse devem funcionar concomitantemente. Daí, já se chega
a mais um benefício que é a realimentação (feedback) do
sistema eclesiástico pela interação de seus membros, visto que
a igreja deve ser olhada e analisada através de uma visão
sistêmica. Nessa comunidade de participação, crianças,
adolescentes, jovens, adultos e idosos, mulheres e homens,
ovelhas e pastores, solteiros e casados, cada um enriquece o
outro, e aprende a participar da criação e manutenção de uma
igreja mais humana, mais próxima ao Espírito de Jesus Cristo e
mais libertadora.
Então, um benefício certo é a “opção pelo serviço”,
no qual a fé ativará a inteligência, a esperança animará a vida
afetiva e o amor essencializará a vontade, pois não explicitou
Paulo que “todas as vossas obras sejam feitas em amor” (1 Co
16.14)? E “de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar
pelas vossas almas” (2 Co 12.15a)? Tudo isso num senso
crescente do deus Vivo, do apoiar-se em Deus, do Deus-em-
nosso-meio, do Emanuel!
O que quer que aconteça na igreja é pedagógico, e
essa ação pedagógica há de ajudar o crente a pensar, e guiá-lo a
uma perspectiva diferente de si, dos outros, dos horizontes.
Embora .a fé se tenha tornado difícil neste mundo de
pensamento lógico e materializado, nosso povo anseia pela
vida de fé com Deus, e aí reside o propósito central da
educação religiosa: ser um fator de participação e de liderança
de mudanças nos envolvimentos do ser humano em suas
interrelações. A igreja, por isso, deve se tornar um centro de
convivência, ou no dizer de Miller, “a igreja local é onde nos

49
tornamos conscientes do começo de nosso sustento na vida
cristã” (p. 194).
Para benefícios ainda maiores, deve-se dar ênfase
plena à lealdade à igreja onde se é membro, onde havemos de
crescer com ela, de com ela nos alegrar, chorar, e nessa era de
ignorância da Palavra de Deus, de incerteza do dia seguinte, de
pessimismo diante das coisas, de temor do futuro, o crente em
Cristo continuará a receber os vitalizadores benefícios da
orientação segura, existencialmente correta da Escritura
Sagrada na Educação Religiosa.

Comissão Local de Educação

À medida que a igreja cresce, os encargos


aumentam. O pastor não pode e nem deve assumir toda a
responsabilidade sozinho. Ele deve convidar outras pessoas
para auxiliarem no trabalho de Cristo e assim aliviarem a
pesada carga que tem sobre si. O pastor deve escolher um
grupo de pessoas para comporem a Comissão de Educação da
igreja. A função desta comissão é coordenar e supervisionar os
trabalhos da Escola Dominical; e das demais atividades
educacionais da igreja. Deste modo, apenas os problemas mais
agudos serão levados ao pastor, deixando-lhe mais tempo para
o trabalho em geral.

1. ' Sua Organização^ Os membros da comissão de Educação


deverão ser pessoas idôneas, espirituais, humildes e que
tenham experiência no campo do ensino; que procuram
conhecer as necessidades e os problemas dos alunos e
tenham amor e dedicação total pelo ministério do ensino. A
referida comissão deve ser nomeada pelo pastor e a ele ser
subordinada. O pastor e o Superintendente da Escola
Dominical devem ser membros dessa comissão. O
planejamento dos trabalhos desta comissão será submetida
ao ministério para a devida aprovação final. O
planejamento do ensino pode ser de âmbito semestral ou

50
anual. A cada final de ano deve ser planejado o trabalho da
comissão para o ano seguinte. Periodicamente deve haver
reunião para avaliar os trabalhos em andamento e para
^ outras providencias que se tornarem necessárias.

2. ("Seus Deveres. A Escola Dominical é o trabalho


educacional mais importante da igreja, sendo ela uma
bênção para os crentes de todas as idades. Por isso, o
primeiro cuidado da comissão é cuidar da Escola
Dominical.
a) Determinando alvos e objetivos de crescimento
numérico e espiritual para Escola Dominical. Quantos
novos alunos até o fim do ano? O que a Escola
Dominical enfatizará quanto ao crescimento espiritual
dos seus alunos?
b) Estudando a necessidade de criação de novas classes e
departamentos na Escola Dominical, conforme o
crescimento da igreja.
c) Estudando necessidade de mais salas e equipamentos
para as classes e departamentos.
d) Examinando a nossa literatura e usando-a de modo a
atingir os objetivos da Escola Dominical.
e) Promovendo cursos de treinamento e aperfeiçoamento
dos professores novos ou antigos.
f) Estudando a possibilidade da igreja criar uma Biblioteca
que sirva de centro de pesquisa, edificação e renovação
espiritual para os alunos e professores da Escola
Dominical e todos os demais componentes da igreja que
queiram fazer uso dela. O bibliotecário deve ser
competente na sua tão importante função.

^ Chamados para Educar


r -< ‘
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.
E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos

51
séculos.” (Mt 28.19,20). Esta ordem de Cristo é para todos. A
responsabilidade, portanto, é de todos nós. É certo que Jesus
chama alguns para o ministério de ensino e lhe entrega uma
tarefa especifica na sua obra. “E ele mesmo concedeu uns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres.” (Ef 4.11) Para isso Deus lhes
dá dons ministeriais que os capacitam a executar a tarefa
determinada. Muitos são chamados por Deus, especialmente
para o ministério do ensino, mas todos nós que fomos
chamados por Deus, para a salvação, somos responsáveis
diante dEle para cumprir a ordem de “ensinar a todas as
nações”.

1. A Igreja Primitiva é um exemplo. Todos os membros da


igreja eram responsáveis pela obra de Deus. Onde quer que
houvesse um cristão, aí era anunciado o Evangelho. Mesmo
em meio às perseguições, eles continuavam a pregar e
ensinar (At 8.4). Não é de admirar que no século I a igreja
tivesse um avanço tão grande! Convém notar que os crentes
da Igreja Primitiva eram cheios do Espírito Santo. O
Espírito Santo, o supremo ensinador, impulsiona os crentes
para servirem a Deus com todas as suas forcas. Devemos
manter sempre a plenitude do Espírito Santo em nossas
vidas. O Espírito Santo dentro de nós se torna ao mesmo
tempo uma fonte de sabedoria e de forca que nos
impulsiona a ensinar aos outros sobre a obra de Jesus
Cristo. Como nossa fonte divinal de sabedoria, podemos
citar João 14.26: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a
quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas
as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”
Leia também 1 Coríntios 2.10-13. O propósito do Espírito
Santo é revelar Cristo ao mundo. Após dar testemunho
junto ao nosso espírito de que Jesus é o Cristo, o Espírito
Santo nos impulsiona a transmitir essa convicção aqueles
que nos rodeiam (Jo 15.27). Jesus espera que todos nós
cumpramos a sua ordem: “Ide... ensinando-os...” Ele espera

52
que de alguma maneira exerçamos influencia educadora
naqueles que nos rodeiam. Seja por Palavras ou por
exemplos; seja a um grande auditório ou dentro do nosso
lar, seja a uma congregação ou aos nossos colegas de
trabalho. Se somos salvos, se Cristo habita em nós, faremos
o que Ele nos mandar. Paulo foi um grande ensinador. As
suas cartas revela grande preocupação com a formação e
crescimento dos novos crentes (Ef 1.16-19). Paulo também
preocupava-se em preparar homens para levar méis adiante
esse ministério do ensino. Timóteo e Tito são dois
exemplos do cuidado de Paulo com o ensino doutrinário
dos salvos. E não somente isso, Paulo também recomendou
a Timóteo que ele preparasse outros para que levassem
avante o trabalho (2 Tm 2.2). Devemos ser zelosos no
cumprimento da ordem de Cristo nesse sentido.

2.1 Por que Ensinar. Existem varias razões para que nos
dediquemos ao ensino:
a) Cumprir a ordem de Cristo. Se Jesus é nosso Senhor,
devemos, no mínimo, fazer o que ele mandou.
b) Amor e gratidão a Deus. Deus nos amou de tal maneira
que deu Seu Filho para morrer em nosso lugar.
Devemos amá-Lo e sem cessar semear este amor em
outros corações.
c) amor ao aluno. Só o amor de Cristo pode tornar o
professor capaz de se preocupar como aluno. Procurar
ganha-lo para Cristo e trabalhar espiritualmente para
que Cristo seja formado nele.
d) Pela importância de sua tarefa. Se perguntarmos a um
grande homem de Deus quais as pessoas que mais
influenciaram sua vida, veremos que, pelo menos um
desconhecido professor de Escola Dominical foi uma
das tais pessoas. Muitos professores da Escola
Dominical que ensinaram sem nenhuma ambição
humana, ficarão surpresos no grande DIA ao receberem
o seu galardão das mãos do Senhor!

53
C ap acita ção E sp iritu al

A Bíblia nos mostra que entre os dons ministeriais


dados à igreja está o de ensinar. “E Ele mesmo concedeu uns
para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres.” (Ef 4.11) Entendemos então
que há o dom especifico para o ministério do ensino.
Entretanto, ensinar pode ser um trabalho de toda a igreja. Paulo
foi pregador, apostolo e mestre (2 Tm 1.11). Esse tríplice
ministério é facilmente identificado nos Atos dos apóstolos e
mui especialmente nas cartas de Paulo.
A capacitação para o ensino envolve, pelo menos
três ângulos da vida do ensinador, que são o intelectual, o
físico e o espiritual. Estas três áreas de nossa vida são
importantes para o bom desempenho do ministério da Palavra.
Quatro qualificações são indispensáveis no
exercício do ministério do ensino para que o ensinador cumpra
a sua missão com sucesso, uma vez capacitado pelo Espírito
Santo.

v (T) Sensibilidade. O ensinador tem a tendência natural para


exercer o ensino. Ele não pode ensinar a Bíblia como se
estivesse ensinando um livro secular. Através da
sensibilidade espiritual, ele permite que o Espírito Santo
haja no seu espírito, na sua vontade e nos seus sentimentos,
de tal forma, que o ensino ministrado transmita a vida e a
força do Espírito Santo.
(2) Submissão. O ensinador cristão não pode ter a vaidade de
querer ensinar a Bíblia baseado apenas na capacidade
intelectual, pois o ensino bíblico, antes de tudo, deve ser
inspirado pelo Espírito Santo. O ensinador deve mergulhar
sua mente na unção e no poder do Espírito, e então
alcançará capacidade espiritual para ensinar com sucesso.
A submissão, em parte, resulta da sensibilidade à atuação
divina. É entregar o controle de todo o seu ser ao Espírito

54
Santo, para o seu uso. Isso não significa ser teleguiado. Se
você quiser ensinar baseado apenas na capacidade
intelectual não haverá resultado duradouro, mas se você
estiver submisso, cheio e controlado pelo Espírito, os frutos
serão abundantes. Submeter todo o nosso ser ao Espírito
quanto se trata de ensinar, significa reconhecer que o
verdadeiro ensino vem dele. “mas o Consolador, o Espírito
Santo, a quem o Pai enviara em meu nome, esse vos
ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que
vos tenho dito.” (Jo 14.26) Submeter-se ao Espírito
Ensinador é permitir que Ele ensine a Palavra de Deus
através de nós.
(3) Oração. A oração é o caminho mais curto para se alcançar
capacidade espiritual. Ela não depende de estudo, pesquisa
e trabalho especial, mas de saber chegar-se pela fé ao Trono
da Graça com inteireza de coração. A oração nivela os altos
e baixos de nossa vida espiritual e nos habilita, pela
resposta divina, no exercício de nossas atividades cristãs.
Paulo escreveu: “...a nossa suficiência vem de Deus, o qual
nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança,
não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o
espírito vivifica.” (2 Co 3.5,6). É através da oração com fé
que somos cheios do Espírito Santo, ungidos, capacitados e
preparados para exercer o ministério do ensino. Na oração
bebemos da fonte da verdadeira capacidade espiritual. Para
que nosso ensino não seja frio e morto, devemos orar
sempre. E através da oração que subimos ao “alto e sublime
trono” e recebemos capacidade espiritual. O ensino que
mata é o ensino sem oração. Somente o Espírito vivifica,
isto é, dá vida, energia e poder para um ensino bíblico
frutífero e proveitoso.
t I.) Meditação. Que significa meditar na Palavra de Deus? A
Bíblia diz: “antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na
sua lei medita de dia e de noite.” (SI 1.2). Meditar significa
dispor de tempo para detidamente refletir na Palavra de
Deus. Significa para e concentrar a mente sobre

55
determinadas passagens da Bíblia, com o fim de tirar
proveito, isto é, alento espiritual. A Bíblia fala de si mesma,
dizendo: “Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra
até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e propósitos do
coração.” (Hb 4.12). O poder da Palavra de Deus opera
milagres em nossas vidas. Se o propósito da meditação é
fortaleza e capacidade espiritual, certamente o Espírito
Santo nos concederá isto.

Capacitação Intelectual

Para o exercício do ministério do ensino a


capacitação intelectual é indispensável, se bem que no plano
espiritual ela é secundária. Ela não é prioritária em termos
espirituais, mas é importante. Deus utiliza a inteligência
humana a Ele dedicada para servir de Seu instrumento na
revelação da Sua vontade aos homens.
Paulo exortou Timóteo, dizendo: “Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de
que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2
Tm 2.15) A expressão “maneja bem” tem muita relação com o
nosso preparo intelectual, também quanto santificado e
dedicado a Deus. Manejar significa, antes de tudo, habilidade
de saber empregar as Escrituras, especialmente quanto as suas
doutrinas, através de meios, métodos lógicos e práticos.

1. Estudar a Bíblia. O ensinador da Bíblia precisa estar


sempre em contato com ela. Para tal, ele deve adotar o
apropriado método de estudo viável às exigências de suas
atividades ministeriais; conhecer amplamente as doutrinas
cardeais da Bíblia, e seus muitos outros variados aspectos.
Você precisa compreender que a Bíblia se compõe de
diferentes gêneros de literatura que devem ser estudados de
acordo com o tipo, tempo e estilo literário da época em que

56
foram escritos tais livros. A Bíblia não pode ser
interpretada e qualquer maneira. Há regras que regem essa
interpretação e que devem ser respeitadas. Essas regras
ajudam a evitarmos deslizes contra a veracidade da Palavra
de Deus. Por isso, aquele que ensina, deve alem de ter uma
mente submissão ao Espírito Santo, primar pelo estudo
apropriado da Palavra de Deus, a fim de que possa maneja-
la bem. Quais os requisitos mais importantes para a
capacitação intelectual do ensinador cristão?

Estudar com Método. É preciso saber o que, por quê e


como estudar a Bíblia. Conhecer os vários métodos, bem
como as regras hermenêuticas e exegéticas para o estudo da
Bíblia, é uma necessidade prioritária para o ensinador. A
Bíblia não pode ser interpretada à base da emoção, ou por
alguma dedução particular, mas de acordo com o seu
sentido literal ou figurado. A capacidade intelectual do
ensinador cristão depende da sua diligencia em estudar a
Bíblia de forma sistemática e metódica. E preciso separar
as matérias por temas e estudá-las detidamente e com muita
oração.

Estudar com Reflexão. Uma forma de aprender e ensinar é


refletir sobre o ensino apresentado; é meditar
profundamente na Palavra e buscar evidencias claras que
possam ajudar no esclarecimento das verdades bíblicas.
Reflexão envolve o ato de estudar os assuntos bíblicos, e
só apresenta-los depois da apurada pesquisa e convicção do
seu conteúdo. O ensinador não deve emitir pensamentos
precipitadamente e desordenados, mas refletidos.

Estudar com Reverência. A Bíblia não é um livro qualquer.


E a Palavra de Deus. Por isso, o estudo dela exige
reverencia diante de Deus. Sendo a Bíblia a Palavra de
Deus, devemos lembrar que quando a estudamos com
reverencia, oração e santo temor, o Espírito Santo opera de

57
maneira maravilhosa.

5. Estudar outros livros. A Bíblia é o manual do professor


cristão, mas ele deve estudar outros livros afins, que o
ajudarão no conhecimento da Bíblia. Todo ensinador deve
dotar sua biblioteca de bons livros, tanto livros bíblicos
como seculares, para fortalecer seus conhecimentos gerais.

Capacitação Física

É de vital importância para aquele que ensina,


cuidar bem do seu corpo. O devido preparo intelectual,
espiritual e físico, forma um triângulo perfeito na preparação
geral do ensinador cristão.
Uma má condição física afeta diretamente o
ensinador no exercício de sua missão. A Bíblia não deixa de
lado esse assunto. Principalmente no Antigo Testamento ela
trata com especial carinho sobre os cuidados de Deus quanto à
higiene e conservação física de Israel.
Quanto ao obreiro, a aparência e os hábitos
pessoais, contribuem eficazmente na apresentação do trabalho
do ensinador.

1. A Aparência Física. O ensinador deve conscientizar-se do


fato que todos o olham. Quaisquer desmazelos desviam a
atenção do aluno. São qualificações que todo aquele que
ensina deve buscar e viver, para que o seu trabalho não seja
emprenhado por uma má aparência física diante dos alunos.

2. Hábitos Pessoais. Maus hábitos são maus exemplos. Um


ensinador cristão com maus hábitos, no que tange à higiene,
às atitudes corporais, à postura e à linguagem, trará sem
duvida um resultado indefinido e duvidoso. O cristão tem
por obrigação aprender a disciplinar seus hábitos para que
Cristo seja glorificado em sua vida. Em se tratando de um
mestre, a responsabilidade torna-se ainda maior.

58
3. Alimentação. A alimentação deve ser adaptada aos
cuidados próprios de quem exerce um trabalho, como o de
ensinador. O ensinador deve disciplinar seu apetite, e evitar
comidas indigestas, principalmente antes de ter de ensinar a
uma classe de Escola Dominical ou diante da igreja. A
comida no estômago sem o devido tempo para fazer a
digestão, pode prejudicar seriamente o organismo do
ensinador, se ele tiver de falar imediatamente após a
refeição. Deve-se dar algum tempo de descanso para a
digestão, ou então, quando é impossível o descanso, coma-
se alimentos leves.

4. Exercícios Físicos. Devido a forma de trabalho que o


ensinador faz, com poucos movimentos físicos, há uma
tendência a obesidade, e esta, sem dúvida, prejudica o
corpo. Não fere em nada a dignidade ministerial o regulado
e apropriado exercício físico. Ao contrario, o exercício
físico em muito contribui para a boa disposição do
ensinador, quanto à sua saúde, isto é, do corpo e da mente.
Em geral, o espírito torna-se saudável com uma boa
disposição física e mental. Todo aquele que exerce o
ministério da Palavra, seja ensinador ou pregador, deve
cultivar o exercício físico.

5. Descanso Suficiente. Somente o exercício físico é


insuficiente para uma perfeita aptidão física do ensinador. É
/ necessário que o mesmo observe o descanso, a fim de que
’ suas energias sejam realimentadas. Ao criar o homem, Deus
colocou em seu interior, leis que regem seu corpo, a alma e
o espírito. As leis que regem o corpo ensinam a necessidade
do descanso. A melhor forma de descanso é dormir e
procurar faze-lo dentro do tempo necessário, para que as
energias se recomponham e haja disposição para as
atividades de cada dia. Se estas leis forem desobedecidas,
nosso organismo sofre e fica enfraquecida pelo desgaste.

59
Jesus foi o exemplo perfeito neste sentido. Ele disse certa
feita “... façamos as obras... enquanto é dia; a noite vem,
quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4). Quando sentia-se
cansado Jesus procurava algum lugar para descansar e
repousar. As energias de nosso cérebro, suas milhões de
células captadoras e transmissoras são Renovadas quando
dormimos, por isso deve o ensinador, visto que usa mais o
cérebro que o resto do corpo, cultivar o descanso
necessário, e faze-lo sistematicamente.

60
Questionário

• Assinale com “X” a alternativa correta:

1. O tríplice objetivo da Educação Cristã é.


a) EUEnsinar a Bíblia Sagrada
b) EUEnsinar o a viver os princípios da Palavra de Deus
c) EUTreinar os alunos nas atividades da igreja
d) EU Todas as alternativas estão corretas

2. A pessoa humana é imagem e semelhança


a) EUDo mundo
b) EUDos espíritos
c) EU Do Criador
d) EU Nenhuma das alternativas estão corretas

3. Na igreja primitiva as atividades da Educação se destacavam


a) EUCulto, formalismo, experiência, oração.
b) ÇU Culto, testemunho, experiência, comunhão.
c) O Culto, ritualismo, liturgia, cântico.
d) EUNenhuma das alternativas estão corretas
4. Qual é o trabalho educacional mais importante da igreja
a) 0 Escola dominical
b) EUCulto de libertação
c) EUEscola secular
d) EUNenhuma das alternativas estão corretas

5. Ordem de Cristo “ide, portanto fazei discípulos de todas as”.


a) □ Igrejas
b) EU Nações
c) EUCulturas
d) EUNenhuma das alternativas estão corretas

61
Lição 3
A Escola Bíblica Dominical

63
A História da Escola Dominical

•* A Escola Dominical tal como a temos hoje é uma


instituição moderna, mas tem suas raízes aprofundadas na
antigüidade do Antigo Testamento, nas prescrições dadas por
Deus aos patriarcas e ao povo de Israel. A Escola, como a
temos hoje, não havia então, mas havia o princípio
fundamental - o do ensino bíblico determinado por Deus aos
fiéis e aos estranhos ao seu redor. Sempre pesou sobre o povo
de Deus a responsabilidade de ensinar a lei divina.
A Escola Dominical é a fase presente da instrução
bíblica milenar que sempre caracterizou o povo de Deus.
Estudemos em resumo, como se desenvolveu a
instrução religiosa nos tempos bíblicos e nos tempos modernos,
isto é, os primórdios, que depois resultaram na origem e
desenvolvimento da Escola Dominical em sua forma atual.

I. No Éden. Deus criou o homem à Sua imagem e


semelhança, perfeito na sua inteligência e capacidade de
compreensão, mas sem o conhecimento completo de todas
as coisas. Deus o colocou no jardim do Éden para ali viver,
e optou pelo método de ensino da comunicação direta, pois
o Senhor andaria com ele e revelar-se-ia progressivamente
a ele. N ’Ele o homem descobriria vida, no real e completo
sentido da palavra, vindo então a gozar a plenitude do que
Deus houvera planejado para a humanidade. Nesta relação
o homem aprenderia também a amar a Deus o que
implicitamente inclui adorá-Lo, cultuá-Lo e obedecê-lo (Gn
2.15-17 e 3.8). O pecado transtornou o homem e sua
percepção, impedindo-lhe a obtenção da verdadeira vida
por meio deste processo de comunicação e ensino já que o
pecado afastou o homem de Deus, fê-lo egoísta e inimigo,
semeou nele a corrupção e a morte. Isto tornou necessário a
inserção de uma nova matéria no currículo divino, “O
Caminho da Salvação” !

65
2. Na Era Patriarcal. De Adão até os dias de Jacó, o plano de
educação religiosa foi ainda desenvolvido pela
comunicação direta a homens escolhidos, aos quais os
propósitos divinos (o certo X o errado, o culto aceitável,
etc) eram revelados para transmissão posterior aos outros
homens (Gn 6.13-22; 7.1; 12.1-3; 18.20 e 21; 31.3). É aqui
que já começamos a notar Deus revelando a
responsabilidade familiar no ensino religioso (Gn 18.19).

3. Nos dias de Moisés. O povo de Israel permaneceu mais


tempo do que no Egito, fora de sua terra prometida, e como
sempre acontece aos que estão fora do lugar proposto por
Deus para suas vidas, eles começaram a sofrer perseguição
e posteriormente a escravidão. Permaneceram 400 anos
como escravos no Egito. Deus no entanto, os havia
chamado para serem testemunhas de Jeová ao mundo lá em
Canaã (Rm 3.2 e Dt 14.2). Como levar aqueles escravos a
transformarem-se em senhores? Como levá-los novamente
a conhecer, amar e temer a Deus? Como transformá-los em
uma nação? Deus os fez atravessar a faculdade do deserto
num breve curso que durou 40 anos. Os métodos usados
por Deus foram os experienciais em meio às lutas,
provações e dificuldades. Também revelou-se por meio de
símbolos, festas e leis (Êx 12,13,16,20; Lv 23; Nm 21.4-9).
A transmissão do ensino podia ser realizada em reuniões
públicas por meio de Moisés e seus delegados (Dt 1.9-18 e
31.12 e 13), como pela ênfase à responsabilidade dos pais
neste ministério (Dt 6.7; 11.18 e 19). Sinceramente |ião
encontro qualquer texto Bíblico que tenha abolido esta
responsabilização familiar, transferindo-a para o pastor ou
igreja local, como parece entender a ampla maioria de
nossos adultos irresponsáveis nesta área, esperando que a
Escola Dominical faça em 1 hora semanal o que eles não
fazem em 8 horas diárias no convívio íntimo do lar.

4. No Período dos Reis, Sacerdotes e Profetas. Deus escolheu

66
dentro as 12 tribos de Israel, aqueles que lhe serviriam
como sacerdotes e levitas no tabernáculo e, posteriormente
no templo; aqueles de onde suscitaria reis predecessores do
Rei dos reis, e escolheu também homens para ministrar a
Palavra em Seu nome. Os sacerdotes e profetas incumbiam-
se do culto, dos sacrifícios e da instrução religiosa (2 Co
15.3; Jr 18.18; 1 Sm 12.23). Os reis quando cumpriam
fielmente os propósitos divinos para seu ministério,
cooperavam com os sacerdotes e profetas na divulgação da
Palavra (2 Cr 17.7-9). Em Davi aperfeiçoa-se a liturgia e o
louvor no culto (1 Co 15.16; 16. 4-6,37-42).

5. Durante o Cativeiro. Afastados do templo que ficara


destruído em Jerusalém, e ameaçados de extinção em sua
unidade religiosa, passam a reunir-se em cassas para estudo
das Escrituras surgindo assim os sinagogas. Abertas a todas
as idades, as crianças recebiam a instrução religiosa, os
mais velhos ouviam os rabinos e estudavam os seus
comentários. As reuniões eram aos sábados pela manhã, e o
método usado era o interlocutório, onde os alunos
perguntavam e os rabinos respondiam. A lei do Senhor e os
escritos proféticos eram o centro desta meditação.

6. No Pós-cativeiro. Na volta à Jerusalém, as sinagogas são


mantidas como local de estudo Bíblico e ensino religioso.
Produziu-se um maravilhoso avivamento espiritual pela
disseminação do estudo Bíblico entre o povo de Israel, não
só individualmente, como em grandes reuniões públicas
que nos servem de modelo inspirativo. Encontramos em
Neemias 8.
a. Líderes religiosos, como Esdras e Neemias, movidos
pelo Espírito Santo e dispostos a alimentar e corrigir o
povo com amor (Vs. 1 e 2);
b. Um povo necessitado, sedento, desejoso e unido no
mesmo propósito de ouvir a Palavra de Deus (Vs. 1);
c. A Bíblia como livro-texto (Vs. 1,2,3,5,8,13,14 e 18);

67
7. Nos Dias de Jesus
a. Jesus é o Mestre, é o maior educador por excelência. A
quem e onde Jesus ensinava?
• Nas sinagogas (Mc 6.2)
• Em casa particulares (Lc 5.17)
• No templo (Mc 12.35)
• Nas aldeias (Mc 6.6)
• Às multidões (Mc 6.34)
• A pequenos grupos e individualmente (Lc 24.27)
b. O ministério de Jesus era tríplice: Ele pregava, ensinava
e curava (Mt 4.23).

8. Nos Dias da Igreja


a) Após a ascensão de Jesus, os apóstolos e discípulos
continuaram a ensinar. A Igreja dos dias primitivos dava
muita importância a esse ministério (At 5.41,42).
b) Paulo, um grande Mestre, foi maravilhosamente usado
por Deus nesse mister. Ele e Barnabé, por exemplo,
passaram um ano todo ensinando na Igreja em Antioquia
(At 11.26). E m /É feso| ficou\tres "anos ensinando (At
20.20,31). Em Corinto, ficou um ?ano e seis m eses'(A t
18.11). Seus últimos dias em Romá foram ocupados com
o ensino da Palavra (At 28.31).

9. A Fase Atual. O movimento religioso que nos deu a Escola


Dominical como a temos hoje, começou em 1780, na de*
Gloucester, no sul da Inglaterra. O fundador foi o jornalista
evangélico Robert Raikes ao andar pelas ruas da cidade,
sentiu compaixão pelas crianças, perambulando pelas ruas,
f. entregues a delinqüência, ociosidade e ao vício, sem
qualquer orientação espiritual. Pois, que ele já há quinze
anos trabalhava entre os detentos das prisões das cidades,
pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em
seu favor afim de que mais tarde não fossem também parar
na cadeia. Procurava as crianças em plena rua e em casa

68
dos pais e os conduzia ao local de reunião, pedindo-lhes pra
que estivessem ali todos os domingos. Obteve um sucesso
maravilhoso, nessa fase experimental (1780-1783), Raikes
fundou 7 Escolas Dominicais, tendo cada uma 30 alunos
em média. Foi no dia 3 de novembro de 1783 em Raikes
publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida
das crianças. Até hoje, 3-11-1783 é considerado como dia
Natalício da Escola Dominical. Em 1784, a Escola
Dominical já contava com 250 mil alunos matriculados.

10. No Brasil a Escola Dominical teve inicio entre nós em 19


de -Agosto de 1855|na cidade de Petrópolis, estado do Rio
de Janeiro. O fundador foi Robert Kalley e sua esposa D.
Sarah Poulton Kalley, da Igreja Congregacional. Eram
escoceses. Na primeira reunião, a freqüência foi de cinco
crianças. Desde então, o crescimento da Escola Dominical
tem sido maravilhoso. Lembremo-nos que a Escola
Dominical nasceu como um movimento entre crianças.
Depois é que os adultos ingressaram.

Os Objetivos Da Escola Dominical

A Escola Dominical é a escola de ensino bíblico da


Igreja, que evangeliza enquanto ensina a Palavra de Deus. Ela
conjuga os dois lados da comissão de Jesus à Igreja.
A Escola Dominical tem objetivos definido para
atingir. Não se trata apenas de uma reunião domingueira
comum, ou um culto a mais. Esses objetivos são três a saber:

I. Ganhar As Almas Para Jesus. A Escola Dominical, como


iremos mostrar depois, pode tornar-se num dos mais
eficientes meios de Evangelização.
a) O primeiro grande dever do professor da Escola
Dominical é agir e orar diante de Deus no sentido de
que todos seus alunos aceitem Jesus como Salvador e
sigam-no como seu Senhor e Mestre. Há professores

69
\
que ensinam a verdade bíblica durante anos sem nunca
verem um aluno convertido, talvez porque nunca o
levaram a aceitar a Cristo na própria sala de aula. O
meio certo de levar almas a Cristo é usar a Palavra e
confiar na operação do Espírito Santo, Jô 16.8; 3.5; I Pe
1.23. O professor não pode salvar seus alunos mais
pode leva-los a Cristo, o Salvador, como fez André, Jô
1.42. A Bíblia não diz: “Ensine a criança no caminho
em que ela deve andar”, mas: “no caminho em que ela
deve andar”, Pv 22.6 ARA. O SI 51.13 mostra que o
ensino da Palavra conduz a conversão dos pecadores.
b) Aplicação. Temos lido de Escolas Dominicais, cujo
relatório nacional registra 80 mil conversões em um
ano, evangelizando enquanto ensina nas classes, bem
como noutras atividades programadas pela Escola.

2. Desenvolver a Espiritualidade Dos Alunos e o Caráter do


Cristão.
a) O ensino da Palavra é uma obra espiritual, significa a
cultura da alma. Ganhar o aluno para Cristo é apenas o
início da obra: é mister cuidar em seguida da formação
dos hábitos cristãos, os quais resultarão num caráter
ideal modelado pela Palavra de Deus. São os hábitos
que formam o caráter; e este influi no destino da pessoa.
Afirma a psicologia: O pensamento conduz ao ato, o ato
conduz ao hábito, o hábito conduz ao caráter, o caráter
conduz ao destino da pessoa. Isso humanamente^
falando.
b) Em toda parte vê-se um crescente interesse no campo da
instrução secular, notamente no que tange à infância:
Com devido respeito à essa instrução que temos por
indispensável para o progresso e sobrevivência de urrj
povo, queremos afirmar que a escola provê apenas
instrução não provê educação. Escola tem que vir do lar
e da Igreja, se esta for bíblica fundamental. Deixe a
criança sem instrução e veja o resultado... O mesmo

70
acontece espiritualmente ao novo convertido, seja
criança, jovem, adulto ou velho.
c) Uma Escola Dominical dotada de obreiros treinados e
cheios do Espírito Santo pode contribuir eficazmente
para a implantação da santíssima fé cristã entre os
homens. Não podemos esperar isso da escola pública. É
a Igreja evangélica que tem de cuidar disso por meio da
sua agencia de ensino que é a Escola Dominical.
d) O futuro de um novo convertido (infante ou adulto),
depende do que lhe for ensinado agora. Nesse sentido, o
alvo do professor deve ser o de ajudar cada convertido
a viver uma vida verdadeiramente cristã, em inteira
consagração a Deus, sendo cheio do Espírito Santo.
e) Um dos intuitos, pois, da Escola Dominical, é o de fazer
de seus alunos, homens e mulheres, verdadeiros
cristãos, cuja as vidas se assemelham em palavras e
obras ao ideal apresentado em Jesus Cristo, conforme
lemos em Rom 8.29. Vê-se, portanto, que a tarefa do
professor da Escola Dominical é de máxima
importância e do maior alcance, precisando não somente
de conhecimentos da matéria (a Bíblia), e da arte de
ensinar (Pedagogia), mas também influenciar e orientar
o pensamento do aluno, resultando em contínua
moldagem do caráter cristão ideal, no sentido moral
espiritual.

3. Treinar O Cristão Para O Serviço Do Mestre.


a) Ao prever treinamento espiritual, a Escola Dominical
apresentar ao aluno oportunidade ilimitadas de servir ao
Divino Mestre. Inúmeros obreiros das nossas igrejas
saíram da Escola Dominical. Talvez o leitor seja um
deles. Grandes frutos tem produzido a Escola
Dominical. O famoso e sempre lembrado evangelista
D.L. Moody foi um deles. Esse serviço tanto pode ser
na igreja local, como em qualquer parte do país, ou do
mundo, aonde o Senhor enviar.

71
b) O privilégio de contribuir para a causa de Cristo é o
dever de empreender algum espécie de atividade cristã,
são coisas que devem ser trazidas à consciência dos
alunos da escola, com oração.
c) O lema da escola completa dever ser:
• Cada aluno ser um crente salvo.
• Cada salvo, bem treinado.
• Cada aluno treinado, um obreiro ativo, dirigente,
dinâmico. Assim, o tríplice objetivo pode ser
resumido em três frases: Aceitar Jesus; Crescer em
Jesus; Servir a Jesus.
d) D. O tríplice alvo da Escola Dominical que acabamos de
expor pode ser plenamente atingido pois trata-se do
trabalho do Senhor Jesus. O que ser requer é obreiros
cheios do Espírito Santo e de fé na Palavra de Deus, e
treinados para o desempenho de tão elevado ministério.
O mandamento divino e que falemos a Palavra (2 Tm
4.2). Sabemos que ela é poderosa tanto para operar na
esfera da mente, como no coração das criancinhas
adultos e encanecidos.
e) O alvo da Escola Dominical é nobre e elevado em todos
os pontos de vista. Ela, na Igreja, cuida das vidas em
formação, seja no sentido social ou espiritual. Coopera
eficazmente com o lar na formação moral de crianças e
adolescentes, instalando neles os hábitos, ideais e
princípios cristãos segundo as Santas Escrituras. Nela,
também os adultos vão encontrar horas de prazer do
estudo bíblico. Mas para que a Escola Dominical '
alcance seu objetivo é preciso empregar meios e
métodos eficazes, sem jamais afastar-se duma esfera
genuinamente espiritual.
f) As Assembléias de Deus no Brasil, sendo, como é
sabido, o maior movimento pentecostal em todo mundo, I
não tem explorado todo terreno ou potencial da Escola
Dominical, nem lançado mão de todos os seus recursos.
O descuido nessa parte reflete diretamente nas crianças

72
de hoje e nos jovens de amanhã. A orientação e
formação de professores, especialmente no setor
infantil, é uma premente necessidade. No descuido
quanto ao ensino bíblico, os mais prejudicados são as
crianças conforme 2 Rs 4.38 - 41, podemos pagar muito
caro por uma só ignorância espiritual, se assim
aplicarmos aquele incidente. Nossas crianças levam em
média 400 a 500 horas anuais na escola de instrução
secular, preparando-se para uma vida terrena tão curta.
Não podem elas passar pelo menos 52 horas na Escola
Dominical, preparando-se para a outra vida, que é
eterna? Um aluno que sempre freqüentou a Escola
Dominical aos 18 anos terá tido uma 166 horas/aula. No
mesmo período escolar secular, ele terá tido 11.000
horas/aula.
g) Fiquemos certos que o diabo não dorme enquanto
trabalhadores cruzam os braços Mt 13.25. Uma das suas
atividades prediletas é a de roubar a Palavra de Deus. E
isto ele faz de muitas maneiras, até nos púlpitos onde
muitas vezes o tempo que seria da Palavra de Deus é
desperdiçado com coisas inúmeras escolas são dirigidas
sem muita ou nenhuma preocupação de alvo definido,
como acabamos de esboçar.
h) Está sua Escola Dominical atingindo em cheio o alvo
que lhes está proposto? Se não, ore, aja, coopere! Faça
alguma coisa nesse sentido! É tempo de explorarmos o
ilimitado potencial latente no vasto campo da Escola
Dominical entre nós!
i) O tríplice alvo da Escola Dominical pode ser
plenamente atingindo, pois a obra pertence a Deus, pela
qual ele vela com insondável amor. O que se requer é
obreiros cheios do Espírito Santo e de fé na Palavra de
Deus, e, treinados para o desempenho de tão elevado
mister, como já dissemos.
j) J. Pelo testemunho da História, por seus objetivos e
pelos frutos alcançados, a Escola Dominical é a melhor

73
escola do mundo. Eis o porque dessa primazia:
• Seu livro-texto é o melhor do mundo: A Palavra de
Deus, o mapa que nos guia ao céu.
• Seu supremo dirigente é o Deus vivo. Todo-Poderoso e
amoroso, que criou o mundo.
• Seu alcance é o mais vasto do mundo: vai do bebê ao
ancião mais idoso.
• Seus alunos são o melhor povo do mundo: os que
conhecem e amam a Deus e sua Palavra.
• Seus resultados são os melhores do mundo, porque são
infalíveis, materiais, espirituais e eternos.

A Organização e administração da Escola


Dominical

1. A Organização e Administração da Escola Dominical,


a) A Organização Pessoal
• Oficiais da Escola Dominical. E a diretoria da Escola.
• Professores da Escola Dominical. E o corpo docente da
Escola. Têm sobre si a maior responsabilidade, pois
lidam diretamente com o aluno e com o ensino.
• Alunos da Escola Dominical. E o corpo discente da
Escola. É a “matéria prima” da mesma.
b) A Organização Material
• O Prédio. Deve ter condições apropriadas com salas de
aula independentes.
• O Mobiliário. Deve ser de acordo com a idade dc^s
alunos: mesas, cadeiras, estantes etc. Todos devem ser
utilizados de acordo com o agrupamento dos alunos.
c) Organização Funcional
• Espiritualidade. Oração, conduta cristã, santificação
bíblica etc. f
• O Ensino da Palavra. Sem modernismo, fanatismo,
doutrinas falsas etc.
• Eficiência. Professores idôneos, espirituais, treinados,
cheios de Espírito Santo e zeloso para com a obra de

74
Deus.
• Planejamento. É o cronograma de trabalho, tudo
dirigido pela ação poderosa do Espírito Santo.

2. A Diretoria da Escola Dominical


a) Pastor da Igreja. E a primeira pessoa da Escola
Dominical pela natureza de sue corpo. E ele o real
dirigente da Escola Dominical. Sua simples presença na
Escola Dominical é um prestígio para a mesma.
b) Superintendente. Deve conduzir com eficiência a Escola
Dominical.
c) Vice - Superintendente. Substitui e ajuda o
Superintendente.
d) Io Secretário - Responsável pela parte burocrática da
Escola Dominical.
e) 2o Secretário - Auxilia o primeiro.
f) 1° Tesoureiro - Deve ser competente. Cuida das
finanças as Escola Dominical, compra de todo material
necessário, tanto para a secretária como para o
departamento infantil.
g) 2o Tesoureiro - Substitui o I o e deve estar a par de tudo.
h) Bibliotecário - Que seja competente para ser uma
benção para a Escola Dominical.
i) Dirigente Musical - Não pode faltar, ele é muito
importante, ou no inicio da Escola, no
acompanhamento de hinos e ainda trabalhar no setor
infantil no ensino do canto, ensaiando programas que
forem tanto crentes como visitantes.

3. Corpo Docente da Escola Dominical e a Reunião Semanal


dos Professores.
a) Requisitos Para Ingressar No Corpo Docente:
• Ser membro da Igreja
• Ter bom testemunho
• Querer servir ao Senhor
• Ser estudioso da Palavra de Deus, para ensinar com

75
eficiência.
b) Deveres: Deve freqüentar as reuniões de estudos para
professores. Deve fazer curso de preparação de
professores. A reunião semanal de professores:
• É para todos os professores e oficiais da Escola
Dominical, para estudo em conjunto da lição e
coordenação administrativa da Escola Dominical em
geral.
• Os melhores dias para a reunião: sábado à tarde, ou
domingo antes da Escola Dominical.
• Os professores do setor infantil devem ter reunião à
parte, já que os métodos e condução da aula são
diferentes dos de adultos. Os professores de crianças
tem maior responsabilidade. Necessitam de maior
preparo.

4. Corpo Discente da Escola Dominical.^


a) A importância do aluno. É ele o elemento mais
importante na Escola Dominical. A Escola existe por
causa do aluno. Dentre os alunos, as crianças são o
campo mais fértil, mais promissor e de maior
responsabilidade.
b) O Agrupamento dos Alunos por Idade:
• Até 3 anos de idade........................ Berçário
• 4 - 5 anos de idade......................... Jardim de Infância
• 6 - 8 anos de idade......................... Primários
• 9 - 1 1 anos de idade....................... Juniores
• 1 2 - 1 4 anos de idade................Intermediários
• 1 5 - 1 7 anos de idade................Secundários
• 1 8 - 2 4 anos de idade................Jovens f
• 25 . . . anos de idade....................... Adultos.
c) Organização da classe. O Professor. Nas classes até 12
anos, os melhores professores são geralmente moças e
senhoras. A fala, o afeto, a expressão facial, os gestos, a
dramatização, influem muito daqui. De 12 anos para
cima, o ideal é que o professor seja do mesmo sexo que

76
os alunos. Quanto á matrícula:
• Até as classes de Intermediários: 12 alunos
matriculados por classe.
• De secundários acima: 25 alunos por classe. Mas o
ideal é 20 alunos matriculados;

d) A organização de departamentos.
• Departamento de Berço........................ até 3 anos.
• Departamento de Jardim de Infância . . 4 - 5 anos.
• Departamento Prim ários.................... 6 - 8 anos.
• Departamento Ju niores.......................9 - 11 anos.
• Departamento Interm ediário..............1 2 - 1 4 anos.
• Departamento Secundários................15 - 17 anos.
• Departamento Jovens..........................1 8 - 1 4 anos.
• Departamento A dultos........................25 anos para
cima.

1 O primeiro departamento a ser organizado deve ser


o infantil com um diretor, um secretário, um ou mais
auxiliares.
Quadro básico para a organização da Escola em
departamentos:

Alunos Departamento Idades


Dois
Até 25 Dep. Infantil Até 11 anos
Dep. de Jovens e 12 anos acima
adultos
Três
Até 100 Dep. Infantil Até 11 anos
Dep. de Intermediários 12 a 14 anos
Dep. de Jovem e 15 anos acima
Adultos

77
Quatro
Dep. Infantil Até 8 anos
Até 200 Dep. de Intermediários 9 a 14 anos
Dep. de Jovem 15 a 24 anos
Dep. de Adultos 25 anos acima
Acima de 200 todos os departamentos que são 9.

5. A Administração da Escola Dominical.


a) Pastor da Igreja. É o principal responsável pela Escola
Dominical sempre que puder, dirigir o estudo para
professores.
b) O Superintendente. Deveres gerais:
• Que conheça bem a Bíblia e o trabalho em geral da
Escola Dominical e todo seu esquema de
funcionamento. v
• Orientar os Secretários e professores em tudo que for
preciso.
• Fazer promoções, anúncios e comunicações em
beneficio da Escola.
c) Secretário da escola dominical.
• Conhecer e saber executar com esmero todos os
trabalhos referentes à secretária da Escola Dominical.
• Chegar cedo e verificar a arrumação da Escola.
• Ter prontas as cadernetas para a chamada de cacta
classe. >
• Preparar o relatório com todo esmero, para lê-lo ao ser
convidado.
d) Os requisitos do professor.
• Preparo - Ser cheio do Espírito Santo (preparado
espiritual). /
• Fidelidade no dever - Ser disciplinado
• Paciente
• Amor e dedicação
• Pontual - chegar na hora, começar na hora e terminar
na hora.

78
Como Melhorar Sua Escola Dominical

Diretores e professores preparados - ter experiência


com Deus, conhecer bem sua Palavra e que seja de oração,
também atualizados, particular de cursos de reciclagem - que
tenha curso de vida.
1. Oração - Campanha contínua em toda a Igreja.
2. Visitantes - Cada aluno trazer pelo menos uma visita por
ano.
3. Participação do Lar - Os Pais devem levar as crianças para
Escola Dominical.
4. Assiduidade - Tanto professores como alunos não faltar à
Escola Dominical.
5. Pontualidade - Começar e terminar a Escola Dominical na
hora certa.
6. Espaço físico - Salas confortáveis para todas as classes.
7. Literatura - de primeira qualidade, sadia para professores e
t alunos.
8. Material Escolar e Mobiliário - de acordo com a idade.
9. Possuir meios auxiliares como Retroprojetor, Projetor de
Slides, visuais, etc.
10. Reunião Mensal dos Diretores da Escola Dominical para
tratar de assuntos sobre a mesma.
11. Apoio total do Pastor ao Superintendente, divulgação no
culto, etc.
12. Secretaria em local apropriado, amplo, ventilado etc.
13. Biblioteca - bem equipada contendo livros de consultas,
dicionário. Enciclopédia, mapas, etc, para uso do aluno e
professor.
14. Calendário de Atividades - a diretoria deve planejar no
inicio do ano tudo que irá acontecer durante o ano todo,
festas, encontros. E.B.F etc.
15. Horário - ser pontual p/ começar e terminar, tempo de
duração na classe com a lição no mínimo 50 minutos.
16. Campanha de expansão - para crescimento da Escola.
Competição entre classes e não aluno com aluno. Dar

79
pontos que no final do ano serão premiados num culto de
encerramento.
17. Dividir as classes de acordo com a faixa etária para melhor
rendimento da Escola.
18. Reunião Semanal- para os professores estudarem e tirarem
as dúvidas.
19. Evitar classe única - todos os alunos, todas as idades
juntas.
20. Visitação - diretoria e professores visitar seus alunos
faltosos, interessar por ele para que ele sinta o amor do
professor.
21. Divulgação - Anunciar em todos os cultos, rádios, Tv,
folhetos etc.
22. Extensão - aos lares, buscando os idosos, doentes, nos
hospitais, prisões, orfanatos, asilos. '
23. Evangelização e Missões - a Escola Dominical evangeliza
enquanto ensina. Ela é para crentes e não crentes.
24. Contribuição financeira - cada aluno deve contribuir. Todo
o dinheiro da Escola deve ser aplicado em beneficio da
Escola, até mesmo financiar as revistas.
25. E.B.F, Escola Bíblica de Férias. Muito importante
evangelização das crianças.
26. Realização de cursos de formação de professores pelo
menos uma vez por ano.
27. Encontro de Professores - Ver as falhas, sugestões etc. ^
28. Seminário para o professor. É indispensável ele ter noção
das matérias mais necessárias que são: Conhecer as doze
doutrinas principais, Bibliologia, História da Igreja,
Heresiologia, Português Prático bem falado, Arqueologia
Bíblica, Didática (maneiras de ensinar), Hermenêutica^
Sagrada que ensina interpretar textos lidos. Vida e
costumes dos povos bíblicos, E.B.D o professor deve
conhecer bem essa disciplina, como começou, quem
fundou, etc. Psicologia da Educação - conhecer bem seu
aluno. Relações Humanas. Saber conversar com os outros,
como tratar bem as pessoas etc.

80
Questionário

• Assinale com “X ” as alternativas corretas

1. A Escola Dominical tal coma a temos hoje é uma;


a) EHPrescrição divina
b) 0 Instituição moderna
c) Q Ordem primitiva
d) EH Nenhuma das alternativas estão corretas

2. O movimento da Escola Dominical começou


a) jx] Em 1780 em Gloucester, sul da Inglaterra.
b) EHEm 1780 em Gloucester, sul da Califórnia.
c) EHEm 1910 em Gloucester, sul da Inglaterra.
d) EH Nenhuma das alternativas estão corretas

3. Ç)uem foi o fundador da Escola Dominical;


a) EHAntonio Gilberto
b) EHJoão Wesley
c) [ 3 Robert Raikes
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

4. Quais os objetivos da Escola Dominical;


a) [xl Ganhar Almas e desenvolver espiritualidade dos
alunos;
b) EHOrientar e dar suporte espiritual
c) EHFormar caráter e responsabilidade Cristã
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

5. Qual era a profissão do fundador da Escola Dominical;


a) EHPastor
b) EHProfessor
c) [>] Jornalista
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

81
Lição 4
Introdução à Pedagogia

83
Pedagogia Cristã

Pedagogia é a Arte e Ciência de Ensinar e Educar [\ ~ X

Ensinar não é apenas transmitir conhecimento, mas R O


também promover aprendizagem por parte do aluno. Portanto,
ensinar não é apenas ler ou falar diante de uma classe, mas
primeiro, despertar, motivar e interessar a mente do aluno e em
seguida dirigi-la no processo do aprendizado. O professor deve
conhecer a matéria que vai ensinar.

O Ensino deve ter Objetivos Definidos

Os objetivos geram em torno do aluno: O que


quero que ele sinta, que ele aprenda. Abaixo damos 7 pontos
que o ensino bíblico deve visar de modo definido:
1. O aluno e suas relações com Deus. Is 64.8
2. O aluno e suas relações com o Salvador Jesus, Jo 14.6
3. O aluno e suas relações com o Espírito Santo, Ef 5.18.
M ostrar para o aluno que o Espírito Santo convence, Jo
16.8; Regenera, Tt 3.5; Santifica, Rm 8.2; Ensina, Jo 14.26;
Capacita para vencer, At 1.8; Guia, Jo 16.13.
4. O aluno e suas relações com a Bíblia, SI 119.105. Despertar
no aluno o interesse de ler a Bíblia e aceita-la como a
Palavra divinamente inspirada, 2 Tm 3.16.
5. O aluno e suas relações com a Igreja. At 2.44. Conhecer o
propósito e missão da Igreja local.
6. O aluno e suas relações consigo mesmo, Fp 1.21; 3.13,4.
Estar feliz, realizado consigo mesmo.
7. O aluno e suas relações com os colegas, Mt 12.31. Ser bom
e justo. Respeitar o direito dos outros.

Leis do Ensino e da Aprendizagem

Leis são princípios imanentes e imutáveis que


regem os atos e comportamento de todas as coisas inclusive o

85
ser humano.
1. Existem as leis da gravidade, da temperatura, da
semeadura, etc. As leis devem ser conhecidas, respeitadas e
obedecidas.
2. Existem ainda a Lei Natural (Gn 8.22); Social (Gn 2.18).
Necessidade de união com outros: Lei moral Amai-vos uns
aos outros e espiritual (Tg 1.5).
3. Ensinar não é simplesmente transmitir conhecimento. E
despertar e orientar a mente do aluno, promovendo
aprendizagem por parte do aluno.
4. Aprender é o aluno pensar e agir por si próprio, sob
orientação inicial.

Leis do Ensino são leis da teoria e da prática


educacional utilizadas pelo professor, para criar no aluno
condições ideais para que o mesmo aprenda o que ensina.
1. Lei do professor - ele deve conhecer o que vai ensinar - a
Bíblia.
2. Lei do Aluno - dedicar-se com interesse a matéria. O
professor deve incentivar o aluno.
3. Lei da linguagem - a linguagem do professor deve ser
correta e expressiva deve ser comum ao professor e ao
aluno.
4. Leio do Ensino - Não ensinar o que o aluno pode por si
mesmo.
5. Lei da Lição - Mostrar a verdade desconhecida através da
conhecida Ex: Jesus e a Samaritana.
6. Lei da Recapitulação. - é a verificação dos pontos e
verdades básicas da lição. Aperfeiçoamento do
conhecimento.
Aluno normal:
1. Aprende quando motivado, estimulado psicologicamente.
2. Aprende quando gosta: da matéria, do professor, etc.
3. Aprende quando necessita.
4. Aprende quando vê fazer (At 1.1).
5. Aprende quando faz. Fazendo e repetindo. Fazendo -

86
aprende, repetindo aprimora-se.
6. Aprende quando há métodos certos de ensino. Idade e
conhecimento do aluno. O professor deve ministrar o
ensino partindo do nível de conhecimento do aluno, e não
do seu próprio. Quando há material didático apropriado.
7. Aprende quando investiga, pesquisa.
8. Aprende quando está interessado. Atenção tem a ver com a
pessoa do professor.
9. Aprende quando confia, crê; Confia em si mesmo, na
escola, no professor.
10. Aprende quando ora. Através da oração, Deus pode
abençoar o corpo, e a mente e todo o nosso ser.
11. Aprende quando recebe atenção pessoal. Ser reconhecido,
ser olhado, visto, observado pelo professor.

Aprendizagem e os sentidos físicos. “Porque tudo


que dantes foi escrito, para o nosso ensino foi escrito” (Rm
15.4a). Leis da aprendizagem são os princípios de assimilação
e retenção do ensino por parte do aluno, os quais funcionam
através dos sentidos físicos que são cinco a saber.
1. ^VTsãcV - olhos. O aluno aprende 30% do que se vê. Aqui
tem grande importância a iluminação e arrumação da sala.
2. / Audiçãôj - os ouvidos. Aprende-se 20% do que se ouve. A
' voz do professor tem grande influência aqui. Deve ter a
intensidade ideal e ser agradável.
3.1 Olfato - o nariz. Nele estão os terminais do nervo olfativo.
4. /P a la d a r- a língua.
5. Tato -\ está em todo o corpo.
6. OBS. Aprende ainda 70% do que examina, 90% do que se
fala.

As Três Leis Básicas Da Aprendizagem:


1. A lei da disposição mental. É o interesse e a atenção do
aluno para receber ou executar o ensino. Uns tem maior ou
menor interesse.
2. A lei do efeito. O aluno aprende mais facilmente o que lhe

87
causa prazer e satisfação. Um aluno insatisfeito agirá
contrariado. O aluno aprende-se facilmente o que é
agradável, e dificilmente o que é desagradável.
3. A lei do exercício ou da repetição. Esta lei prova que a
repetição ajuda a gravar. Ai está o campo das perguntas,
lições repetidas, questionário, etc.

O Professor e o Ensino

1. Que É Ensinar
a) É despertar a mente do aluno e guia-lo no processo da
aprendizagem; é mostrar - explicar - guiar - comunicar.
É ajudar a aprender.
b) professor espiritual preparado, é a nossa maior
necessidade.
c) Preparo Pedagógico - O professor deve ler livros
apropriados para o ensino, participar de cursos sobre o
ensino, ter mais conhecimentos para ter mais êxito.
d) Professor ditado - é aquele que não dá oportunidade
para o aluno só ele fala, humilha e põe lá em baixo o
aluno.
e) Professor relaxado - deixa o aluno fazer o que quiser,
não domina sua classe. O aluno e o professor estão
perdendo o seu tempo que é tão pouco, Jr 48.10.
f) Professor líder - é o que domina bem sua classe.
g) Corrige os alunos mais difíceis com amor, carinho mas
com sinceridade.

2. Ensino do Ponto de Vista do Professor


a) Por que ensino? - Por amor e gratidão a Deus, e
também em obediência a (Mt 28.19-20).
b) Qual o meu propósito no ensino? - Salvarpecadores,
edificar crentes, e treinar futuros obreiros.
c) Que ensinarei? - A Bíblia, por excelência (Mt
28.19).
d) A quem ensinarei? - Homens, mulheres, meninos

88
(Dt 31.12).

3. Os Materiais (Meios) Auxiliares De Ensino

São recursos utilizados pelo professor, na execução


de um método ou técnica de ensino, visando "auxiliar o
educando a realizar sua aprendizagem de modo mais efetivo
um instrumento para a consecução dos objetivos
traçados" no plano de aula. São os recursos audiovisuais.

Nas igrejas, o ensino é preponderantemente


expositivo. O professor fala e os alunos escutam. Há
obreiros que não admitem o uso de audiovisual no templo.
De modo geral, pouco uso se faz dos meios ou materiais
auxiliares do ensino. Com isso, a qualidade do ensino tende
a ficar aquém do desejável, pois a mensagem é transmitida
de modo inadequado. A pregação pode ser somente
expositiva e alcançar o objetivo, pela unção do Espírito
Santo. O ensino, no entanto, deveria valorizar mais os meios
materiais.

Os materiais auxiliares são variados, e podem ser


utilizados de acordo com as condições de cada igreja local.
Dentre esses, temos:
• régua, lápis, borracha, giz, pincéis, massas, tesouras,
cartolina, agulha, tecido;
• cartazes, álbum seriado, slides, filmes, fotografias,
fluxogramas;
• livros, revistas, dicionários, textos;
• discos, CD 's, fitas cassete, gravadores, rádio, globos,
flanelógrafo, quadro de pregas, transparências,
retroprojetores, monitor de vídeo, projetor de multimídia,
computador, etc.

Os meios auxiliares de ensino podem ajudar na


transmissão didática do ensino, com as seguintes vantagens:

89
• Ajudam a captar a atenção;
• Ajudam a manter o interesse;
• Ajudam a aclarar as idéias;
• Ajudam a reter a aprendizagem.

Um provérbio chinês diz: "O que eu ouço,


esqueço; o que eu vejo, lembro; se eu faço, aprendo".

Estudiosos afirmam que a aprendizagem ocorre por


meio dos cinco sentidos:

1% .......pelo paladar;
1,5% ....p e lo tato
3,5% ....pelo cheiro
11 % ....pelaaudição
8 3 % .... pela visão

Outros estudos mostram o valor da combinação


entre o ouvir e o ver:

Métodos de comunicação Lembrança três Lembrança três


horas depois dias depois
Quando o professor só fala 70% 10%
Quando o professor só 72% 20%
mostra
Quando o professor fala e 85% 65%
mostra

4. O Aspecto Espiritual da Didática Cristã

Jesus disse: "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo


15.5) . Com essa afirmação, o Senhor quer dizer-nos que,
sem seu poder, sua direção, sua unção, nada podemos fazer
de real, efetivo e eficaz. S. Paulo, um excelente mestre nas
Escrituras, tinha a convicção disso, quando afirmou: "Ele é

90
o que opera em vós tanto o querer quanto o efetuar" (Fp
2.13).
O professor, na igreja, pode ser formado, com
curso de graduação, especialização, mestrado e até
doutorado em Educação. Entretanto, se não tiver a unção do
Espírito Santo, seu ensino não atingirá os objetivos. O
Espírito Santo é o Professor invisível da igreja. Jesus disse:
"Mas aquele consolador...esse vos ensinará todas as
coisas.... (Jo 14.26)
O professor da EBD é um obreiro a serviço do
ensino na igreja local. Diante disso, deve ser pessoa de
oração, dedicada ao ensino, sendo exemplo para os alunos.
Sua conduta, diante da classe, e na vida pessoal, é
fundamental para que os alunos se interessem em ir à igreja,
para ouvir a ministração das lições a serem ensinadas. O
maior desafio ao professor está contido em Rm 12.7: "...se é
ensinar, que haja dedicação ao ensino". No novo milênio,
que se prenuncia cheio de desafios culturais, éticos e
educacionais, é necessário que o professor da EBD procure,
dentro da realidade da igreja local, preparar-se melhor para
desincumbir-se da abençoada e difícil tarefa de ensinar a
Palavra de Deus a seus alunos.

Professor e o Preparo da Lição

É necessário fazer um planejamento, é muito


importante, ajuda muito a usar o tempo com eficiência.
Material para o Preparo da Lição. A Bíblia - a revista do
professor, livros de consultas e referências, como
Dicionários Bíblicos, Concordâncias, etc., lições
anteriormente estudadas, apontamentos pessoais do
professor, ilustrações, fatos pessoais, observações. O
professor deve ser um bom observador. Tudo acima deve
ser regado com oração.
A linguagem do professor. Correta e expressiva. Evitar
repetição de palavras como: né - ai - uai etc. Postura do

91
Professor - Deve ir para a classe limpo, cabelos penteados,
evitar gesticular muito ou ficar quieto.

Etapas da Lição Diante da Classe

Cinco passos para sua preparação da lição (mais


para adultos)

1. Introdução. É o ponto de contato com a classe. Boas


vindas, prender a atenção dos alunos. (5 min.)
2. Explanação. É o corpo da lição. (30 min.)
3. Verificação da lição. É a recapitulação dos pontos
principais da lição. (5 min.)
4. Aplicação da Lição. É a mais importante. É a aplicação das
verdades bíblicas ensinadas. O conhecimento pessoal
adquirido pelo aluno não terá valor nenhum em si, se não
por aplicado. (7 min.)
5. Encerramento da Lição. É a entrega das tarefas e
atividades, avisos, sobre trabalhos especiais da Igreja, etc.
(5 min.).

Metodologia

1. Métodos
• São modos de conduzir ou ministrar a aula.
• É o caminho para atingir um alvo. O professor deve
conhecer bem, só a matéria que vai ensinar, mas também
como ensina-la.

2. Finalidades dos Métodos de Ensino


• É adaptar a lição ao aluno.

3. Uso dos Métodos de Ensino


• Uma aula apresenta normalmente uma combinação de
dois ou mais métodos.
• Métodos somente não resolvem, é preciso que o

92
professor tenha outras duas coisas:
a. Mensagem dada por Deus.
b. Vida vibrante pelo Espírito Santo. Jesus como
mestre usou as três: Método, Mensagem e Vida.

4. Escolha e Combinação de Métodos


• Depende de vários fatores:
1. Grupo de idade.
2. Material*que vai ser utilizado.
3. O preparo do professor.
4. O tempo de duração da aula.
5. As instalações do ensino da escola.
6. O conhecimento do professor, e outros.

5. A Preleção
• E também chamada expositivo, nunca deve ser usado
só.
a. Nem sempre falar quer dizer ensinar.
b. É praticamente nulo com os infantis.

6. Perguntas e respostas:
• Vantagens:
a. Serve como ponto de contato entre professor e
aluno.
b. Ajuda a medir o conhecimento do aluno.
c. Desperta o interesse do aluno.
d. É importantíssimo para inicio e fim da aula.
e. Estimula o pensamento. Uma pergunta bem feita
leva de fato a pensar.
• É preciso técnica na formulação de perguntas:
a. Faça perguntas resumidas e claras.
b. Evite perguntas cujas respostas serão: sim ou não.
• Dirija-se à classe toda.
• Faça uma pausa de 5 segundos, para que todos pensam.
• Dê importância a resposta correta.
• Tipos de perguntas:

93
a) Informativas
b) Analítica

7. Discussão Formal: bom para adolescentes.


• É chamado debate orientado.
a. Para discutir um assunto, subtende-se que os alunos
já tenham informações sobre o mesmo.
b. Se o método não for habilmente conduzido pelo
professor resultará em:
1. Desorganização
2. Confusão e até aborrecimento.

8. Áudio-Visual: muito útil para crianças e adolescentes.


• A mensagem que se quer transmitir é ouvida e vista.
• Ela atrai e domina a atenção. Os psicológicos ensinam
que impressões que entram pelos olhos são as mais
permanentes.

9. Narração (não confundir com Preleção): ótimo.


• São histórias. A história depois de contada é preciso
aplica-la. Não deve ser lida, mas sim contada.
a. A mensagem que é uma história para crianças é
sermão para o adulto.
1. A ovelha perdida (Lc 15)
2. As dez virgens (Mt 25)
3. O filho pródigo (Lc 15)
b. Duas regras básicas ao conhecer histórias:
1. Conheça bem a história
2. Mentalize a história, mesmo conhecendo.

10. Métodos Leitura


• O professor pode mandar os alunos procurarem textos
em suas Bíblias e lerem. Muito utilizada para jovens e
adultos. Organize concursos, gincanas, dentro do livro
lido.

94
11. Tarefa:
• Esse é um grande método: aprender - fazendo. O
melhor meio de aprender é fazer.
• Ideal para criança desde a mais tenra idade. O aluno
aprende de fato quando faz a lição.
• Aqui estão incluídos:
a. Pesquisas
b. Trabalhos Manuais (desenhos, montagens de
lições ilustradas, palavras cruzadas e outros).
• Esse método deverá ser bem orientado se quiser ter
resultado satisfatório.

12. Demonstrativo. E o método de ensinar fazendo, Jesus usou


este método (faça como eu faço). E o método do exemplo.
(Jo 13.15). As marchas e cânticos com gestos, para os
pequeninos tem grande valor.
• O aluno olha a vida do professor nos mínimos detalhes.
Porque eu vos dei o exemplo, como eu fiz façais vós
também.

13. Dramatização. É a apresentação de um problema humano


encenado por duas ou mais pessoas, com o propósito de
uma análise pelo grupo.
• Ideal para todas as idades.
• Desperta o interesse e participação dos alunos.

Psicologia Educacional

Psicologia - é a ciência que estuda a natureza ou


personalidade humana.
Psicologia Educacional - ocupa-se do estudo das
características e comportamento do educando e dos processos
educativos.
O Professor se quiser ter êxito no ensino, deve
estudar não só a lição, mas também o aluno, que é a matéria
prima da Escola Dominical.

95
Os alunos são diferentes. As características gerais
variam conforme se desenvolvimento físico, mental, social e
espiritual. Em Lc 2.52, diz que Jesus crescia:

1- “Em estatura” (crescimento físico)


2- “Em sabedoria” (crescimento mental)
3- “Em graça diante de Deus” (crescimento social)
4- “Em graça diante de Deus” (crescimento espiritual).

O professor pode conhecer o seu aluno,


observando-o, visitando-o, conhecendo seus companheiros, seu
trabalho, sua família, seus planos de vida, e seus problemas
também.
Aqueles que corretamente educam crianças,
merecem mais honra do que os que trouxeram ao mundo,
porque estes apenas lhe deram vida, mas aqueles lhe
imprimiram a arte do bem viver (Aristóteles).
Nossos filhos são as únicas dádivas deste mundo
que poderemos ter conosco lá na glória. Que cada família cristã
viva, trabalhe e ore para manter um dia um encontro junto ao
trono de Deus, o qual estabeleceu a família como sua primeira
instituição na terra.
Muitos pais, porém, se preocupam muito com o
crescimento, físico, mental, social de seus filhos, se
esquecendo do mais importante que é o espiritual. Não mande
seu filho à Escola Dominical, vá com ele. Dirija o culto
doméstico, onde ele tem mais contato com a Palavra de Deus, e
é de pequeno que se instrui ou ensina a criança a andar na
presença de Deus.

Personalidade
Personalidade - é o conjunto de atributos e
qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam o
indivíduo. É a maneira de ser de cada indivíduo, r
Os elementos formadores da personalidade são
heretarieade e meio ambiente.

96
Hereditariedade - são os fatores herdados dos pais,
avós, tios etc., como por exemplo: cor dos cabelos, da pele, dos
olhos, estatura, sistema nervoso, etc, e passa de geração a
geração.
Meio-Ambiente - é o meio que o indivíduo vive e
foi criado. O meio ambiente influi diretamente na
personalidade e abrange.
O lar (a família). - A comunidade. O trabalho. - A
escola. - A Igreja (religião). A literatura (boa ou má,
construtiva ou destrutiva).
O estado social (saúde, físico, economia,
alimentação, higiene) etc.
O meio-ambiente influi na personalidade, mas o
homem não deve ser escravo do meio; ele pode reagir, mudar,
vencer e transformar-se. Tudo posso naquele que me fortalece,
Fp 4.13. Deus criou o homem para ser senhor e não escravo.
Instintos - são energias cristalizadas. Independente
da sua vontade.
São espontâneos, você não pensa para agir daquela
forma. Como respirar sentir fome etc.
f. Caráter - é a maneira própria de cada pessoa agir e
expressar-se. É a “marca” da pessoa. E desenvolvido através do
meio ambiente - lar, escola, igreja. É adquirido e não herdado.
Pode ser mudado, mas. . . não é fácil.
Jesus pode mudar o caráter (2 Co 5.17).
Temperamento - é o aspecto fisiológico endócrino.
E inato, e capaz de desenvolver. Pode ser controlado (G1 5.22;
Rm 8.6,13). Não pode ser mudado. O caráter muda o
temperamento não.
Características dos Grupos de Idade

1. Berçário e Jardim De Infância (1 -5 anos)


a) Físico - Rápido de crescimento, inquietos, movimentos,
sentimentos (chora atoa) dependência. As quatros
principais atividades são: comer, dormir, brincar e
perguntar. Os sentidos físicos funcionam com toda

97
carga. Daí a importância da boa aprendizagem. Não
ficam quietos por muito tempo. Gostam de todo tipo de
trabalho.
b) Mental - Aprendem pelos sentidos. Curiosidade,
Imaginação. Credulidade. É imitadora. A alma da
criança é como massa de modelagem; a forma que se
der ela fica. Aprende pela Visão. Nessa idade não
distingue o real do imaginário. E tanto que flores,
animais e figuras elas tratam como se fossem gente.
São tidas por isso como mentirosos. Seu período de
atenção vai além de 3 minutos.
c) Social - É egoísta - só pensa em si: tudo é meu. Quer
tudo o que vê. Quer tomar os brinquedos dos outros,
não gosta de repartir ou dar nada a ninguém. Gosta de
canto e música. Gosta de imitar os outros. E essa época
de formação de hábitos como oração, obediência ir à
igreja, contribuição, etc. Toda construção começa do
alicerce, e aqui temos o alicerce da vida. I o infância -
passada essa fase, não volta mais.
d) Espiritual - Credulidade e confiança tranqüila. Crê em
tudo que lhe é dito. Época de mostrar Deus como Pai
amoroso, e deve ser apresentado como papai do céu...
Orações pequenas e simples.

2. Primários (6-8 anos)


a) Físico. Bastante ativo e inquieto, mas melhor
controlado. Características idênticas dos de 4-5 anos.
Crescimento mais lento. Começa a brincar em grupo. O
ingresso na escola põe a criança sob disciplina. O
egoísmo esta diminuindo.
b) Mental. Observador e curioso. Prefere mais fazer do
que prestar atenção. Tem memória sem igual. Aprende
com facilidade. São impacientes. O que querem,
querem agora! Começa a distinguir o real do
imaginário. As histórias e fatos contados ficam
gravados. Dessas histórias obtém preciosas nações de

98
honra, justiça, bondade, compaixão.
c) Sociais. A imitação continua forte. Gosta de grupo, mas
do mesmo sexo. Implicam muito com as meninas.
Meninos gostam de brincar de médico, motorista,
vendedor e as meninas de professora, dona de casa,
cozinhando, com bonecas, etc. Nessa idade ela é muito
sensível, qualquer coisa que dizemos em tom áspero
magoará e não esquecerá com facilidade. Começa a
comparar o certo e o errado, porém não guarda rancor.
d) Espiritual. Confia sem duvidar, a menos que sofra
decepções: E muito viva em descobrir falhas no adulto.
Cuidado professor! Se você não estiver bem preparado
notará logo seus apertos Deus deve ser apresentado
como o Grande Amigo.

3. Juniores (9-11 anos)


a) Físico. Saúde e energia em excesso. Espírito de
competição e investigação. Não há fadiga. O que
interessa aos meninos não interessa as meninas. Adora
coisas arriscadas como subir em árvores, rochedos,
equilíbrio. Gosta de colecionar selos, moedas, figuras,
etc. Deus deve ser apresentado a eles como o Deus
Forte e Amoroso.
b) Mental. Sede pelo poder. Começo das dúvidas. Passa a
investigar o porque das coisas. A memória continua
ativa. O que aprender fica memorizado pelo resto da
vida. Gosta muito de ler. E época de por para ler boas
literaturas. Acham todas as idéias dos adultos. Época
ideal para fixar hábitos como: Leitura da Bíblia,
freqüência aos cultos, estudo da lição da E.D., graças
pelo alimento, oração em geral, contribuição, etc.
c) Social. Interesse no grupo, associações, organizações.
Irmãos brigam muito. Não por crueldade. Isso surge
mesmo nessa idade. Necessitam muito do tratamento
simpático. Há plena consciência do sexo sendo
portanto a idade ideal para orientação sobre o sexo que

99
deve ser pelos pais.
d) Espiritual. Sendo crente gosta muito de adorar a Deus.
Ama a Jesus Salvador, Amigo e Herói.

Características e Fatos Comuns a Todas as


Crianças ( I o e 2o Infância)

1-11 anos.
1. Todas tem almas imortais e provavelmente uma
longa vida pela frente.
2. Todas são pecadoras e precisam ser salvas.
3. Correspondem ao carinho.
4. Gostam de histórias, sejam orais, ilustradas ou
visualizadas.
5. Amam o canto e gostam de recitar e
representar.
6. Gostam de movimento. O descanso para eles é
castigo.
7. Vacilam facilmente. Respeitam a oração.
8. Gostam de perguntas. Querem saber de tudo.
9. Gostam de imitar. Cuidado .. .
10. Tem resultado lento de ensino. Sua atenção e
interesse tem pouca duração.
11. Aprendem vendo, ouvindo, pegando, fazendo.
Aprendem mais pelos sentidos do que pelos
raciocínios. Aqui está o vasto campo
audiovisual.

Os Intermediários (12 - 14 anos). São também chamados de


adolescentes - fase de transição.
1. Físico. Crescimento rápido. Mudanças profundas físicas e
mentais. O coração do adolescente cresce e palpita com
mais rapidez, o que dá mais energia tornando-o o
barulhento. Bate a porta com força, assobia, grita com
força total, deixando as mães confusas. Demoram-se mais
diante do espelho. Gostam de perfume. São desajeitados.

100
Esbarram em tudo e quebram muita coisa. Deus deve ser
apresentado a eles como o nosso verdadeiro alvo.

2. Mental. Expansão. Abandono das coisas de crianças. Já


usam o raciocínio os rapazes ta sempre a perguntar o
porque das coisas. E a idade das dúvidas. Concentra-se no
que faz. Surgem as emoções. Perguntas bíblicas difíceis.
Impera o reino da fantasia. As emoções vacilam. Hoje a
mocinha está alegre, amanhã triste não gosta mais de
ninguém. Devem ser orientados para o bem. A oração
constante a Deus dos pais por eles o ajudará muito. A
mente atinge o mais elevados período intelectual.

3. Social. Desejo de companhias, aumenta o sentimento de


grupo. Impulsos de independência. Detestam rotina.
Querem variedade. Orienta-los contra o erro e o mal. O
amor profundo surgindo deve ter seu alvo para Deus e para
com o próximo. O sentimento de justiça é muito forte, o
que exige cuidado aos pais na aplicação de disciplina.

4. Espiritual. E época ideal por serem conduzidos a Cristo.


Precisam de apoio e orientação.

Os Secundários (15-17 anos). Idade da aspiração.


Características idênticas dos adolescentes. Prossegue o espírito
de competição.

101
Questionário

• Assinale com “X” a alternativa correta:

1. Pedagogia é.
a) O Arte de falar em público.
b) EHArte e ciência de ensinar e educar
c) EHArte de interpretar texto
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

2. Ensinar não é apenas transmitir conhecimento, mas também,


a) 0 Promover aprendizagem por parte do aluno
b) EH Sorver aprendizagem
c) EHCrescer na graça
d) EH Nenhuma das alternativas estão corretas

3. Psicologia é;
a) EHCiência que estuda o celebro.
b) EHCiência que estuda o espírito.
c) EH Ciência que estuda a natureza ou personalidade
humana.
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

4. Personalidade é;
a) EHUma pessoa
b) @ Maneira de ser de um indivíduo
c) EHIntelectualidade
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

5. Caráter é;
a) EHA marca da pessoa
b) □ A cultura da pessoa
c) EHForça expressiva
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

102
Lição 5

A Educação dos Filhos no


Lar

103
O Que Diz A Bíblia Sobre A Educação dos Filhos no
Lar

Todos os males da sociedade sejam financeiros,


políticos, trabalhistas, escolares ou religiosos têm a sua origem
no coração do homem. Sabemos como é o coração do homem
(Jr 17.9; Rm 3.10-23). A instituição que Deus estabeleceu,
ainda no jardim do Éden, que ajuntou duas pessoas em
maneiras especificas para ser uma unidade é o que chamamos
de família. O ambiente que é formado pelo amor exercitado
entre todos da família cria o que chamamos de “o lar” . O lar
tem suma importância na vida humana, pois é o berço de
costumes, hábitos, caráter, crenças e morais de cada ser
humano, seja no contexto mundial, nacional, municipal ou
familiar. Então, podemos dizer, como vai o lar vai o mundo, e
também, o que é bom para a família é bom para o mundo.

Tal lar, tal mundo

Reconhecendo a existência e influência do pecado,


sabemos que todos os lares não estão operando com as mesmas
regras e propósitos com os quais um lar cristão opera.
Aprender o que a Bíblia ensina sobre o assunto do lar é uma
garantia que atingiremos o alvo o qual Deus tem para nós na
relação de família.

Que é Educação dos Filhos (Pv 4.23; 20.11)

Educação de almas quer dizer semear e ajudar


a implantação de princípios verdadeiros no coração dos filhos.
A responsabilidade dos pais é de treinar e desenvolver estas
verdades continuamente até que sejam enraizadas no coração
do filho ao ponto que sejam visíveis no comportamento e o
raciocínio das ações dos filhos.
Entrando no assunto de educação de filhos
devemos entender o que basicamente ela é. Educação de filhos
é educação de almas. O coração da criança é o alvo de
educação. Se o coração de uma criança é treinado, as ações da
vida de um adulto serão influenciadas Pelas ações de uma
pessoa se conhece seu coração (Pv 20.11). Por essa
importância dada ao coração de uma pessoa a educação de
filhos deve indicar o treinamento do coração (Pv 4.23).
Uma observação deve ser dada nesta altura.
Quando uma criança faz algo que não é aceitável pelos pais a
tendência é desculpar tal ação pelo ditado, ‘é coisa de criança’,
ou ‘é coisa de jovem ’. Uma atitude dessa é nada menos de uma
fuga de responsabilidade que os pais têm em corrigir as ações
dos seus filhos. Também tal ditado reflete uma falta de crença
na própria Bíblia que diz que pelas ações da criança se conhece
a criança. A verdade é: as ações tolas vêm de uma criança tola.
O que é necessário Vnésti~ caso} é uma fcõrreçãc/ e não uma
r HftscnlpáVPv 22.15). Tolice deve ser cortado em crianças de
qualquer idade. O que a criança faz indica o que ela é de
coração. Educação adequada transformará tal coração em
prudência, auto controle e sabedoria (Pv 29.15). O que é
necessário é educação, não uma desculpa.
Seria bom aqui já abordar o assunto do que a
educação dos filhos não é. Educando os filhos não é só o que
os pais investem no filho. E muito alem de um ambiente de
bem estar no lar. O desenvolvimento no lar de um lado positivo
e construtivo para o filho é importante, mas não é a soma do
assunto de educação de filhos. Os pais fornecendo roupa de
bom gosto, comida deliciosa, habitação adequada, escolaridade
avançada, proteção adequada e posição social não deve ser
igualada à totalidade na educação de filhos. Todas essa áreas de
uma vida podem ser cultivadas e bem estabelecidas sem ter
dado uma educação propícia ao filho.
A alma do filho deve ser treinada. Ela não é neutra.
Ou ela tem Deus como o alvo de agradar ou ela tem o que não
é de Deus como o alvo de agradar e imitar. Não existe outra
opção. “Do coração procedem aos maus pensamentos, mortes,
adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e

106
blasfêmias”. (Mt 15.19). Mesmo que a atitude que um filho
eventualmente terá de Deus depende de uma decisão final do
filho, os pais treinando o filho de um ponto de vista de temor a
Deus e obediência em amor da palavra de Deus produzirá no
filho os fatos necessários para ele fazer a sua própria decisão
um dia. Mas até aquele dia, os pais têm uma responsabilidade
de educar a alma do filho no caminho em que deve andar (Pv
22 .6 ).
Quando um pai e uma mãe entendem que as ações
do filho refletem o estado do coração do seu filho e não só
imaturidade ou fases de crescimento eles têm uma base boa
para enfrentar todos os desafios que vêm juntos o privilégio de
ter o filho.

A Autoridade na Educação dos Filhos

Há opiniões diferentes sobre a educação dos filhos.


Cada pai e cada mãe têm uma opinião como a educação deve
ser feita, pelo menos por uma fase ou outra na vida do filho.
Geralmente essa opinião é uma reação contra a maneira que
eles foram criados ou é uma opinião baseada num método que
eles mesmos têm desenvolvido. Os ‘profissionais’ têm opiniões
também. Estas opiniões são diversas e até entre elas, há
conflitos. A sociedade dita inferências que podem ou não
responder às realidades. Os sentimentos no seio dos pais
podem também indicar um caminho que deve ser escolhido
neste desafio de educação dos filhos. O desafio de educar os
filhos e a diversidade de opiniões que mudem com o passar do
tempo são tantas que podemos entender que só tendo a
capacidade de trazer filhos ao mundo não em si capacita para
educar os filhos na maneira coerente.
Na face de tantas duvidas e perguntas, devem ser
bem expressadas que há uma maneira certa e há maneiras
erradas na educação de filhos. Há mesmo um padrão para
todos. Há absolutos. A verdade é que se a educação de filhos é
educação de almas então a única fonte viável de instrução é a
n-~2
Bíblia (Pv 9.10,11).

1) A Bíblia é Pura e Inteira (Hb 4.12). A Bíblia é de Deus.


Sendo de Deus ela é o único livro não adaptado as opiniões,
pensamentos ou filosofias do homem. A Bíblia mantém-se
estável em todas as épocas. Ela é sempre atual e por isso
não é carente em nenhum ponto qualquer para ser aplicada
em qualquer situação e especialmente nos desafios na
educação de filhos.

2. A Bíblia é Necessária (Mt 4.4). Como pão é necessário para


o corpo físico, a Palavra de Deus é necessária para a alma
ou espírito do homem. Para as almas dos filhos serem
educadas é necessária alimentação espiritual. As Escrituras
Sagradas são esta alimentação espiritual (Jo 6.63; Hb 4.12),
“ e penetra até à divisão da alma e do espírito ... e é apta
para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Na
educação dos filhos é uma pratica boa para os pais levarem
os filhos ao conhecimento do fato que são principias
Bíblicos que eles estão baseando as suas ações para com os
filhos. Se os pais, na educação dos filhos, só colocam a sua
própria palavra como a autoridade final de tudo, um dia
mais cedo ou mais tarde, os filhos podem rebelar contra o
raciocínio dos pais. Mas se os pais estão treinando os filhos
segundo aos princípios Bíblicos e informando aos filhos
que os principias que os pais estão ensinando são realmente
princípios de Deus, a autoridade já é diferente. Se o filho
rebelar contra os princípios Bíblicos ele torna de ser contra
Deus. Então é sábio para os pais serem conhecedores dos
ensinamentos da Bíblia, tê-los em pratica na suas próprias
vidas e deixar os filhos saberem que o que eles, como pais,
estão exigindo, Deus está exigindo em primeiro lugar. Para
a alma do filho ser treinada, ela necessita instrução
espiritual.

3. A Bíblia é Superior (Is 55.8,9). Qualquer sistema de

108
pensamento que não se baseia na Palavra de Deus é falho
(Pv 28.26). A filosofia do homem eventualmente levará à
deificação do homem. Se não é de Deus não levará a Deus.
Lembramos como é o coração do homem (Jr 17.9). Se a
filosofia usada na educação dos filhos não for divina, o
filho não terá orientação adequada para todos as áreas da
sua vida. Só quando a criança sabe de onde veio, para qual
razão veio e para onde vai pode realmente ser bem
equilibrada. Só a Bíblia pode dar as respostas competentes
para estas perguntas essenciais. A Bíblia é a revelação
adequada de toda a verdade necessária sobre o homem e
sobre Deus. A sabedoria do homem nunca pode levar o
homem a Deus nem às verdades espirituais (1 Cr 1.21;
2.14). Qualquer pessoa só pode se conhecer e saber a
verdade de Deus através da revelação que Deus deu do
homem e de Si mesmo - a Bíblia. Naturalmente cada
homem tem opiniões baseadas nos seus próprios
conhecimentos adquiridas pelo ensino tanto pelo sistema
humana quanto pelas suas próprias experiências. Quando se
aprenda o que diz Deus de qualquer assunto, a ação
apropriada será de avaliar as opiniões pessoais com o
ensinamento da Palavra de Deus. Nunca devemos julgar a
Palavra de Deus pelos nossos pensamentos, mas o vice-
versa é necessário.

A Bíblia é Divina (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21). A Palavra de


Deus é de Deus e é para o benefício do homem. Sendo
divina, ela tem o que o homem necessita para orientar em
assuntos tanto à vida terrestre quanto à vida celeste. O que
é certo e errado são absolutos. Só Deus pode comunicar
com autoridade nestes assuntos. A Bíblia pode ser
consultada nos assuntos morais. O que é necessário para o
homem é aqui na Bíblia (Dt 29.29). A Bíblia não ensina
tudo o que é possível saber, mas tudo o que é necessário é
abordado. Ela foi escrita e assim pode ser estudada. Os
princípios dela quando são aplicados em pratica com
regularidade e exigência só apontam para sucessos. Sendo
divina, a Bíblia é confiável.

5. A Bíblia é a Verdade (Jo 17.17; Js 1.8). Deus não pode


mentir (Hb 6.18). Quando os princípios da Bíblia são
aplicados numa maneira certa eles produzem resultados
previstos. Ela é fonte de verdades absolutas. Há
conseqüências fixas tanto na observação quanto na negação
dos princípios dela. Se observe os, terão bênçãos (Dt
28.1,2; Jr 15.16). Se não observe os, não terão bênçãos (Dt
28.15; Js 1.8). Não precisa meio-termo quando se fala do
que ensina a Bíblia.

A Responsabilidade dos Pais

1. Filhos São Dádivas de Deus. A vida humana para Deus é


M sagrada. A vida humana é diferente da vida animal ou
orgânica (Gn 2.7). Por ser diferente Deus cobra do homem
o seu tratamento para com seu próximo (veja os exemplos
de Caim - Gn 4.8-12 e a Lei - Êx 21.12-16) uma coisa que
Deus não faz com as outras formas de vida que Ele criou. A
vida humana tem tratamento diferenciado, pois é diferente.
O homem foi feito na imagem de Deus e Deus o deu o
“fôlego de vida” (Gn 1.26,27; 2.7), uma alma. Pelos pais
Deus dá vida humana. A parte genética de certo vem dos
pais, mas Deus tem dada à essência da vida, a alma (Gn
2.7; Jó 33.4; SI 127.3). Mesmo que os pais não planejaram
ter um filho ou outro, a conseqüência dos fatos é que têm
_■> filhos e estes são criações e dádivas de Deus. Deus faz tudo
com propósito. Às vezes Ele revela este propósito a nós,
outras vezes não (Dt 29.29). Se Deus os deu filhos, e se
Deus os fez, Ele os tem dado e os tem feito com propósitos
específicos, pois Ele opera tudo “segundo o conselho da
sua vontade” (Ef 1.11). O fato que os filhos são dádivas de
Deus aos pais indica responsabilidade dos pais para com
Deus pelos filhos recebidos. A vida dos filhos que Deus

110
tem dado aos pais como uma herança implica
responsabilidade, pois a vida a Deus é sagrada. Abençoado
o lar que tem pais que temem a Deus e toma como algo de
grande importância a responsabilidade de treinar os filhos
na maneira de agradar Deus. Abençoados também os filhos
que vivem como se tenham responsabilidade para com
Deus de viver como uma dádiva de Deus aos pais.
a) A verdade da Responsabilidade (Dt 6.6-9; Pv 22.6; Ef
6.4). Há ordem no que Deus faz. Examinando mundo
animal, o corpo celeste, o corpo humano, as leis de
Deus e as ações de Deus para com seu povo (Arca de
Noé, Tabernáculo, Igreja) se vêem que há gloriosa
ordem em tudo que Deus tem feito. A família não é
nada diferente. Há uma hierarquia de comando no lar
que garante paz e ordem no lar (1 Cr 11.3; Ef 6.1-4).
Os pais, depois de Deus, são os que tenham a primeira
responsabilidade no lar (Dt 6.6-9; Ef 6.4). Para
entender que Deus cobra dos pais as ações dos filhos
vede o exemplo de Eli (1 Sm 2.27-29; 3.13). Só por
terem a responsabilidade não quer dizer que todos os
pais sentem capazes de educar os filhos. Muitos pais
já sentem fracassados mesmo antes de começar, e
outros sentem o mesmo depois de começar. Parece
que tanto mais tempo exercitados como pais menos
que sente capaz. Talvez por não terem exemplos
adequados ou por sentirem ignorante da maneira certa
muitos já pensem que tem falta de capacidade.
Independente dos sentimentos dos pais, a sua
experiência boa ou má ou até a falta dela, o
mandamento dos pais para com os seus filhos é o
mesmo. Deus mandou, então há responsabilidade. A
posição dos pais é uma posição que Deus tem dado.
vp c - Lembra-se que os filhos vem dEle.
b) Pais Devem Ser Honrados (Êx 20.12; Dt 21.18-21;
27.17; Ef 6.2). Deus quer receber glória em tudo que
Ele faz (Jr 9.23,24; Mc 12.30; Ap 5.13). Pais têm

111
responsabilidade no lar, e também os filhos. Aquela
posição que Deus tem dado aos pais deve receber a
honra dos filhos. Os pais têm a responsabilidade de
glorificar Deus pela instrução dado aos filhos. Os
filhos têm responsabilidade de glorificar Deus pela
honra que dão aos pais. Todos no lar têm
responsabilidade de glorificar Deus (Ef 6.1-4). Mesmo
que os pais não sentem dignos de terem a honra dos
filhos, Deus mande que os filhos honram os pais do
mesmo jeito. Deus tem dado esta posição aos pais e os
pais devem cumprir o melhor possível as
responsabilidades da posição. Se os pais não vivem
dignamente de receberem honra, Deus cuidará deles.
Os filhos não precisam julgar os pais dignos antes que
dão honra aos pais. Os filhos devem dar honra aos
pais, pois é mandamento de Deus que eles a dão. Os
filhos que não dão honra aos pais, Deus também os
cuidarão (Pv 30.17). É um favor aos filhos nos
desempenhos das suas responsabilidades de honrarem
os pais se os pais ensinem os filhos de honrar eles
como pais. Os pais nunca devem permitir que os filhos
desrespeitem a posição que Deus tem os dados (Mt
15.4-6). Também facilita as coisas se os pais vivem
dignamente de receberem tal honra. Para ver o grau de
erro que os filhos que não respeitarem os pais
cometem, devem considerar estas listas de pecados
grossos e verão que o pecado de desobedecer aos pais
esteja bem no meio: (Rm 1.28-32; 2 Tm 3.1-5). Pela
exanimação destes referencias, não fica consciente que
os pais devem ser honrados?
c) Pais Têm Autoridade. Se Deus fez tudo segundo seu
propósito, pode crer que Ele tem planos para
desenrolar tal propósito. Ele nos revelou pela Bíblia os
planos quais são importantes para nós sabermos. A
verdade que autoridade existe no mundo não deve
restar nenhuma dúvida qualquer. Agora queremos

112
estudar para saber o que é autoridade, ver um exemplo
convincente de autoridade em ação e entender os
princípios de autoridade,
d) O Que é Autoridade. Autoridade definida é o direito
ou poder de se fazer obedecer, de dar ordens, de tomar
decisões, de agir, etc. (Dicionário Aurélio, la edição).
Mesmo que há muitos que não usem corretamente a
autoridade que Deus tem estipulado para que os outros
usassem, o princípio de autoridade não muda. Há um
que tem domínio, e os outros precisam de o obedecer.
Se for de outra maneira, autoridade seria inexistente.
O exemplo supremo de autoridade é Deus. Deus é a
primeira e a última autoridade (SI 47.2; 83.18). Só
Deus é o “SENHOR, Altíssimo”. Deus pode ser
considerado a autoridade suprema porque: Por Ele ser
o criador de tudo já é suficiente razão para Ele ter
autoridade sobre tudo (Rm 11.36; Ap 4 .1 1;5.13). Por
Deus ser o onipotente e sobre tudo no céu e na terra
mostra que tudo e todos devem obedecer a Sua
autoridade (Dn 4.34,35). Por Deus ser amor e o ser
perfeito mostra que só Ele deve ter todo o respeito de
autoridade (1 Jo 4.8; Rm 2.4; SI 145.3,17). Por
exercitar perfeitamente e com justiça tal autoridade.
De Deus veio a lei e é “Deus que há de trazer a juízo
toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja
bom, quer seja mau.” (Ec 12.14; Ap 20.7-15). Os pais
e os filhos podem aprender muito pela consideração
íntima da autoridade de Deus e como Ele exercita Sua
autoridade em todas as situações. Deus sendo a
autoridade suprema Ele tem delegado autoridade entre
vários no mundo como aquilo que agradou Ele. As
autoridades que Ele estipulou no mundo (Rm 13.1,2),
inclusive no lar (1 Co 11.3; Ef 6.1-4), devem ser vistas
como uma extensão da Sua autoridade. Isso, “porque
não há potestade que não venha de Deus; e as
potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso

113
quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus;
e os que resistem trarão sobre si mesmos a
condenarão” (Rm 13.1,2,7). Os princípios de
autoridade são os característicos ou a natureza dela.
Devemos qualificar qualquer autoridade pelos estes
princípios:
• Deus é a autoridade suprema (Êx 8.10; 9.14; Rm
11.36).
• As instituições estabelecidas por Deus, bem como
governo, casamento, família e igreja foram
instituídos para o desempenho ordenado dos
propósitos de Deus (Rm 13.1; Ef 1.11; 1 Co 14.40).
• Aquele que tem uma posição de autoridade em
qualquer instituição que Deus tem estabelecido só
pode exercitar o seu domínio entre os limites
daquela instituição. Por exemplo: um governo entre
os limites do seu país; um pai entre os limites da
sua família, etc. (Ef 6.1, “vossos pais” ; 5.24, “seus
maridos”).
• Cada pessoa tem uma autoridade sobre Ele, pois
Deus é sobre todos (Jó 34.12,13; Rm 11.36; 1 Co
11.3). e) Autoridade tem limites. O governador tem
autoridade entre os seus governados, mas não entre
os governados por outros governos (a menos que
no evento de auto defesa). O pai tem autoridade no
seu lar, mas ele também tem limites. Por exemplo,
o pai não tem autoridade de pedir seu filho roubar
nem controlar os filhos dos outros, a não ser que é
para proteger a sua própria família (Ef 6.1,4). Há
ordem no que Deus tem estabelecido e a
capacidade de controlar tudo resta com Deus.
Nenhum homem por mais bom que seja ou por
mais poderoso que seja pode controlar tão justa e
bem quanto Deus. Só Deus é onisciente,
onipresente e onipotente (Êx 8.10; 9.14).
e) A Autoridade dos Pais. Agora queremos entender

114
como as verdades de autoridade aprendidas já podem
ser aplicadas no lar. É uma coisa saber o certo, é outra
coisa fazer o certo. Não é abençoado o homem que só
olha no espelho, mas aquele que olha e não esquece os
defeitos que viu (Tg 1.23). Só pelo fazer o que se ouve
da Palavra é de edificar algo firme, bem estabelecido e
duradouro (Mt 7.24-27).
• A primeira verdade que queremos entender neste
aspecto é que os filhos têm uma obrigação de
obedecer aos pais. Essa ação de obedecer não é
opção dos pais e nem dos filhos (Ef 6.1; Cl 3.20). A
palavra obedecer no grego significa dar ouvidos
(como um subordinado, Cl 3.22); ouvir
atentivamente; com implicação de ouvir para fazer
o que for pedido, ou para conformar à autoridade. É
de obedecer como os ventos e o mar obedecem a
palavra de Jesus (Mt 8.27), os espíritos imundos
obedecem a autoridade de Jesus (Mc 1.27), como
Abraão obedeceu Deus (Hb 11.8) e como Sara
obedeceu Abraão (1 Pe 3.6). O pecador obedeça a
chamada de Deus pela palavra nesta maneira (Hb
5.9). Negativamente, os crentes não devem
obedecer como um subordinado ou como um servo
às concupiscências da carne (Rm 6.12,16). O que
os pais pedem para os filhos fazerem, os filhos
devem fazer. É isso o significado da palavra
‘obedecer’ na relação filho - pai.
• A palavra dos pais é lei. Se for os filhos que devem
obedecer aos pais então podemos entender que são
os pais que estabelecem os parâmetros no lar.
Enquanto os filhos estão no lar, obediência é
necessária. De outra maneira, autoridade é
inexistente. Os pais têm a responsabilidade e a
autoridade de Deus de até forçar a submissão dos
filhos fazer o que for pedido deles. Deus requer dos
pais o controle dos filhos (castigo por não controlar

115
os filhos mesmo sendo moços - 1 Sm 3.13; rebeldia
como resultado de não controlar os filhos - 1 Reis
1.6; a instrução de controlar os filhos - Pv
23.13,14). Isso não quer dizer que os pais não
podem errar nem que os pais podem ultrapassar os
limites da sua autoridade. Os princípios de
autoridade já estudados continuem em efeito neste
relacionamento, e em verdade, em todos os
relacionamentos que tem autoridade envolvida. Se
tiver autoridade, a natureza ou os característicos
dela fique em evidência. Em conclusão entendemos
que no lar são os pais que estabelecem os limites
para os filhos e que os filhos têm a obrigação de
submeterem-se à essa autoridade. Por isso, os pais
não devem procurar ser o “amigão” ou “o irmão
maior” dos filhos. Devem ser os pais - a autoridade
para ser obedecida, os líderes. Se os pais são pais
verdadeiros e dão liderança, quando os filhos são
mais velhos, serão amigos dos pais.
• OBS. Nenhuma outra instituição estabelecido por
Deus tem a mesma autoridade sobre os filhos. Os
filhos devem honrar (decidir dar estimação) às
outras autoridades, mas não devem obedecer com a
mesma submissão (ser obrigatório, mesmo sem
gostar de dar) tanto quanto aos seus pais. E certo
que devemos sujeitar nos às autoridades civis (Rm
13.1; Tt 3.1), mas uma outra palavra grega é usada
para essa subordinação. Essa outra palavra grega dá
o entender que a vontade é exercitada nesse caso.
Uma ação da vontade é evidente sem ter a absoluta
obrigação de fazer algo. Essa palavra é usada para
os mais jovens se sujeitarem aos mais velhos (1 Pe
5.5), as esposas aos maridos (Ef 5.22; Cl 3.18),
todos os crentes um ao outro (1 Pe 5.5), servos aos
mestres (1 Pe 2.18), a igreja a Cristo (Ef 5.24),
Cristo ao Pai (1 Co 15.28) e Cristo a José e Maria

116
(Lc 2.51). Nestes casos vejamos a ação da vontade
dirigindo tais ações. É uma obediência escolhida,
desejada em amor com respeito à posição da pessoa
que está fazendo o pedido. Mas a palavra usada
para aquele relacionamento de pai - filho é aquela
com o significado que os filhos devem obedecer
mesmo que não querem. É uma obediência
absoluta, mesmo sem o exercício da vontade nem
necessariamente por amor à pessoa que está
fazendo o pedido. Então é evidente que as outras
instituições (governo, escola, igreja, etc.) têm uma
autoridade sobre os filhos e os filhos têm uma
responsabilidade para com as outras instituições de
obedece-las, mas não é aquela mesma
responsabilidade de obedecer que os filhos devem
ter para com os pais nem é a mesma autoridade que
os pais exercitem sobre os filhos.
f) A Posição do Governo no Lar. Será que podemos
achar na Bíblia a indicação da pratica tão popular no
mundo hoje que se os pais errem no seu desempenho
como pais, o governo tem o direito e responsabilidade
de tomar o lugar dos pais no lar? Estudando (Mt. 15.4;
Êx 21.15,17; Dt 27.16; Pv. 30.17) podemos aprender
que são os pais que o governo deve apoiar. A posição
de autoridade dos pais deve ser reforçada pelas ações
do governo. O governo deve restaurar a autoridade dos
pais e não substitui-la. O governo deve ver que os
filhos obedecem aos pais em vez de verificar que os
pais cuidam bem dos filhos. Se o governo quer ser
Bíblico, que ele apóie os pais e ajude eles na disciplina
dos filhos. De outra maneira é interferência.
g) A Benção dos Filhos que Obedecem aos Pais. Quando
os pais obedecem a Palavra de Deus e sejam a
autoridade devida no lar respeitando os princípios de
autoridade; e quando a autoridade do lar for respeitada
pelos filhos, há grande recompensa. Essa recompensa

117
será nas esferas pessoais, sociais, escolares e
eclesiásticas. Como é o lar, tal é o mundo. Se o berço
de costumes, hábitos, caráter, crenças e morais de cada
ser humano for estabelecido com respeito à
autoridade, então a humanidade recolhera ordem e
bênçãos divinas (Ef 6.2,3; Êx 20.12; Pv. 3.1,2).
Quando os pais requerem que os filhos os obedecem e
quando os filhos obedecem com respeito aos pais,
Deus os abençoa grandemente. No mundo há grande
número de influências contrárias à boa formação de
caráter e virtude nos filhos. Também existe a
destruição geral no mundo por causa de pecado. Da
mesma forma pode ter a amaldiçoo particular sobre a
terra, um país, cidade ou família por causa de pecado.
Mas quando há obediência na parte dos filhos, e além
disso, na parte dos filhos para com os pais, uma
proteção está armada sobre tais filhos. Funciona como
um guarda-chuva resguardando os que estão embaixo
dele dos elementos diversos da natureza. Deus proteja
os filhos que obedecem aos pais desta maneira dando
os favor especial (Jr 35.14-19), glória particular (Jo
17.4; F1 2.8-11), bênçãos reservadas (Pv 3.13-18) e
oportunidades exclusivas (Êx 20.12; Ef 6.1-3). Os dias
longos podem referir ao fato que tais filhos em geral
não seriam atingidos com os desastres naturais para
morrerem cedo na vida. Também refere às
oportunidades para se enriquecerem, pois tanto mais
dias que tem, (mais oportunidades para ter êxito nos
negócios). Se os pais forem obedientes a Deus, os
filhos saberão o caminho que devem andar (Dt 6.6-9)
e tais filhos, andando naqueles caminhos, terão
grandes recompensas. Contrariamente, os filhos que
não obedecem aos pais terão nada menos que a
destruição normal do pecado e mais a amaldiçoo de
Deus sobre eles (Dt 21.18-21; Pv 20.20; 30.17). Por
exemplo, ver os casos de Caim (Gn 4), Cão (Gn 9.20-

118
27) e de Absalão (2 Sm 18.9) e considerar as listas de
pecados abomináveis de (Rm 1.29-32; 2 Tm 3.1-5).
h) A Importância de Autoridade. A autoridade não é só
uma verdade e boa para ser aplicada no lar. Ela
também tem influencias aonde é que ela é exercitada
com o equilíbrio Bíblico.
• E Direito. Devemos lembrar que Deus tem dado
autoridade aos pais. Os pais não inventaram o
sistema, é divina. A posição de ser pai traz junto à
responsabilidade de autoridade divina. Os pais
realmente são agentes de Deus desta
responsabilidade divina no lar. O lar é administrado
pelos pais e devem influenciar tudo no lar. A
musica, filmes e atividades no lar é da
responsabilidade dos pais. A cabeça do lar deve
tomar as decisões no lar. Os amigos com quem
andam os filhos devem passar pela aprovação dos
pais. A influência da educação escolar deve
também ter o aval dos pais. Se a educação não for
em conformidade dos princípios morais dos pais
uma mudança deve ser feito pois quem é
responsável em primeiro lugar são os pais, um
direito divino. Os pais que não exercitam
devidamente a sua posição de responsabilidade
como agentes de Deus no lar, não podem desculpar
essa falta no pastor, a igreja, a escola ou a
sociedade. Deus deu os o direito de ensinar
autoridade no lar e são eles que precisam levar
qualquer culpa pela falta da pratica de serem os
representantes de Deus no lar (1 Sm 3.13).
• E Liderança. A maneira que os pais cuidam da
autoridade no lar dá um exemplo para os filhos
seguirem quando terão filhos. É fato que os filhos
precisam de um exemplo; alguém que eles podem
respeitar e seguir. Se não for achado no lar será
achado fora do lar. A autoridade firme no lar

119
exercitada pelos pais em amor supre esta
necessidade dos filhos em terem este exemplo e dá
lhes um modelo oficial para servir de padrão para
as suas vidas. Ai dos pais que não dão um exemplo
bíblico para os seus filhos (Lc 17.1,2; Pv. 13.13).
• É Influência. A autoridade no lar refletirá nos
atitudes dos filhos sobre autoridade em qualquer
lugar: no governo (Rom 13.1-7), trabalho (Ef 6.5-
9), lar (Ef 5.22-24; 6.1-4) na escola e igreja (Ef
1.21-23). Se os filhos vêem os pais como pessoas
justas no exercício da autoridade eles terão uma
confiança que as que têm autoridade em outros
lugares também serão justas. Se os pais corrigem
pelos erros, vão crer que as autoridades na escola,
governo, etc., também corrigirão pelos erros
cometidos. Os pais que vêem a sua posição como
dada por Deus e entendem que a sua autoridade foi
dada por Deus para ser usada para a glória de Deus
apontarão repetidas vezes à pessoa de Deus como a
razão das suas ações. Isso acostumaria os filhos à
idéia do direito e autoridade divina sobre as suas
vidas (Pv 22.6). Contrariamente se os pais dão um
exemplo de displicência na formação desta atitude
sobre autoridade, os filhos também terão a mesma
falha nas suas personalidades e vão esperar que os
outros em posições de autoridade sejam tão
preguiçosos quanto a seus pais neste respeito. Seria
interessante ver quantos reis seguiram o exemplo
dos pais nos livros de 1 e 2 Reis (por exemplo: 1
Re 15.3,11,26). Os pais que não vivem a Palavra de
Deus não têm muito de Deus para passar para os
filhos. Que os pais serão testemunhas, boas ou más,
é evidente (2 Cr 3.3).
• É Simbólica. Autoridade, sendo designada por
Deus, como todas as obras de Deus também
mostram os aspectos do Divino na sua autoridade,

120
proteção, amor, sabedoria, justiça e firmeza (Rm
11.33-36). Quando a autoridade é mostrada
fielmente no lar os filhos podem até adaptar bem à
aceitação da posição da autoridade de Deus como
Salvador nas suas vidas eventualmente. A
autoridade bem exercitada com prudência e justiça
levará para a glória de Deus, pois autoridade é obra
de Deus e mostrará a sua glória tanto quanto
qualquer outra parte da sua obra (SI 19.1-3; Ap
4.11). A Natureza dos Filhos. O que os filhos são
por dentro é de extrema importância. Por isso
educação de filhos tem por objetivo treinar o
coração do filho. Educação de filhos e treinamento
de almas. Os filhos só podem reagir ao que são por
dentro. Qualquer educação deve levar em conta a
natureza do sujeito que está sendo educado. A falta
de considerar isso trará decepção tanto para o
educador quanta frustração ao que recebe a
educação. Por que uma criança precisa ser
educada? O que é que dificulta a educação dos
filhos? Por que os filhos precisam autoridade dos
pais? Quais são os objetivos que os pais devem ter
para educar bem os seus filhos? Cada filho é igual?
As necessidades dos filhos modificam com a
idade?
i) A origem da natureza dos filhos. 1. Considere a
criação original de Deus. Quando Deus criou o mundo
é evidente que Ele criou os animais e o homem já com
a vida madura. Deus criou Adão já homem, maduro.
Por isso ele foi dado as responsabilidades de lavrar e
guardar o jardim do Éden (Gn 2.7,15). Eva foi criada
em forma de mulher já crescida para ser a ajudadora
idônea para o homem (Gn 2.18-25), de outra maneira
ela não seria tal ajudadora idônea para ele. Por Deus
criar a vida adulta primeira, podemos entender então
que as crianças precisam de serem cuidadas pelos

121
adultos. Deus criou o homem já maduro para não ser
desamparado e para amparar o fruto da relação de
homem e mulher no lar. Crianças são imaturas e
precisam aprender para poderem viver bem no mundo
adulto. Jesus, como criança, submeteu-se aos que
representaram a autoridade no seu lar e precisava
crescer tanto em sabedoria quanto estatura (lx
2.51,52; Hb 5.8).
• O homem tem uma natureza pecaminosa (Gn 5.3;
Rm 5.12, 18). O Adão perdeu a sua inocência e
desde então todos que nascem já nascem com a
natureza pecaminosa. Por isso as crianças já falam
mentiras desde que nasceram (SI 51.5; 58.3). As
mentiras das crianças só têm um objetivo:
engrandecer a si mesmo! Os filhos nossos têm o
mesmo problema que nós temos: auto suficiência e
egoísmo terrível! Satanás, que é o pai da mentira
(Jo 8.44), iniciou pecado com este problema de
egoísmo (Ez 28.17; Is 14.13,14) e este era o
problema de Adão (Gn 3.6) e é também o de todos
que já nasceram desde então (Rm 5.12). Quando os
adultos querem desculpar o que uma criança diz ou
faz pelo ditado “É coisa de criança” eles estão
dizendo uma verdade. Educação dos filhos
conforme a Palavra de Deus determinará se tal
criança continuará fazendo coisas de criança para
sempre pelo tempo da sua mocidade e até adulto ou
aprenderá deixar as coisas de criança e viver com o
alvo certo na vida. Se deixar a tolice do pecado
agir, por mais engraçadinho que parece no
momento, ela tentará de dobrar todo mundo ao seu
redor para lhe servirem tanto quanto Satanás
designa no seu coração fazer Deus ser seu servo
(Mt. 3.9).
• Os filhos que não têm educação moral baseada em
autoridade serão sempre controlados pela natureza

122
pecaminosa: ou a deles mesmo, ou a de outros. Os
filhos precisam aprender auto controle. Pecadores
não querem Deus nem o seu controle. Pecadores
naturalmente não aprenderão de amar o próximo
como a si mesmo. Autoridade dos pais repreenderia
esta tolice de pecado para que os filhos tenham
esperança (Pv 29.15; 1 Sm 3.13). Os pais
qualificados melhor para ensinar os filhos de terem
auto controle são os pais que já aprenderam a
submeterem se à Palavra de Deus e viver por ela.
Os pais que ensinam os filhos de controlarem a
natureza pecaminosa ensinem os filhos de não ser
escravos do pecado (Rm 6.16). Não ensinar os
filhos dizer não à sua própria natureza pecaminosa
é crueldade à criança e tais pais são culpados de
mal tratarem os seus filhos (1 Sm 3.13; Ez 33.3-6).
s
E Crueldade Não Educar A Criança

O Propósito Certo na Educação da Natureza dos


Filhos. Não há todos os pais que tenham alvos já determinados
para seus filhos. Alguns têm objetivos mesmo gerais (saúde,
boas maneiras, aceitação social) e alguns ficam satisfeitos com
talvez um só (emprego bom, casar bem, alegria). Só se
tenhamos objetivos podemos programar o necessário para
atingi-los e só assim teremos uma esperança maior de obtê-los.
Quais são alguns desígnios principais que alguns pais têm para
seus filhos?
1. Capacidades Especiais. Para alguns pais sucesso é obtido
só se os filhos sabem cantar, dançar, se defender com as
artes marciais (judô, caratê, etc.), falar em varias línguas,
ser craques em algum esporte, ter sagacidade com negócios
financeiros, etc., ou uma variedade de todas estas. Para
estes pais é necessário considerar se o número de atividades
oferecidas para os filhos é a medida verdadeira de ser um
bom pai. Também os filhos precisam analisar se é o número

123
de capacidades desenvolvidas que é a medida verdadeira de
um bom cidadão. O fazer muitas atividades ou o ter muitas
capacidades faz que a Bíblia seja mais bem obedecida?
Virtudes Bíblicas, respeito para autoridade ou amizades de
alta qualidade estão formadas pelas atividades para quais os
pais levam os filhos e pelas capacidades quais os filhos
desenvolvem? O Apostolo Paulo falou mais línguas que os
outros (1 Co 14.18) e tinha o talento de eloqüência (1 Co
9.19-23) mas isso não fez ele ser o servo de Deus que era (1
Co 2.1-5; 15.10).
2. Ajustamento Psicológico. Para outros pais o sucesso na
educação de filhos é determinado pela identidade que o
filho tem de si. Nestes filhos estão encorajados a terem auto
estima alta, de ser um líder potencial e de ter atitudes
positivas, de confiança e de ter uma firme disposição.
Reboão tratou firme com a decisões (2 Cr 10.6-11) mas isso
não fez que ele fosse virtuoso. Quais passagens da Escritura
Divina apontam estes pais de esforça-lhes aos estes
objetivos? Já notou que os filhos que estão animados de
tem auto estima bem alto não têm tanto respeito para os
outros? Os que estão guiados para serem lideres têm
problemas de submeterem à autoridade? Os que estão
treinados a serem firmes, positivos e bem confiantes tem
problema de honestidade simples e respeito normal pelo
próximo? (Rm 12.17-21; Lc 6.27-36).
3. Salvação ou Religião. Este objetivo parece o melhor de
todos, pois é para produzir filhos de Deus de todos os
nossos filhos. Os pais que têm este desígnio para com seus
filhos usam de tudo para que os filhos chegam a orar a
Deus procurar a salvação. Eles manipulam os filhos de
orarem uma oração padrão de aceitação, os coloquem em
os programas vários da igreja ou estimulam os de ter
amizades com crentes exemplares na sociedade para que
característicos do bom exemplo tornam de ser parte da
personalidade do filho. Em tudo disso, os pais devem ter
muitos cuidados. A certeza da salvação de uma alma é

124
realmente só entre aquela alma e Deus. Os pais que querem
forçar os filhos agirem como crentes para crer que tais
filhos são crentes verdadeiros podem até condenar os
mesmos filhos para a condenação eterna. Também, mesmo
que os filhos são crentes eles precisam pais que treinam e
orientem para a vida do mesmo jeito dos filhos descrentes.
Pode ser entendido que não é errado para os pais
preocuparem para a salvação dos filhos ou de estimularem
os de ter bons amigos que tenham vidas exemplares, mas
não existe na Bíblia o mandamento que obriga os pais
trazer os filhos a orarem uma oração modelo para a
salvação. Os fariseus tinham educação religiosa desde
criança e mesmo que sabiam instruir o povo bem as suas
vidas não eram exemplares (Mt. 15.8; 23.3, 25-28). O que
os filhos precisam é mais que uma decisão espiritual.
Precisam ser criados “na doutrina e admoestação do
Senhor”, (Ef 6.4).
4. Comportamento Aceitável. Há os pais que não estão bem
interessados nas capacidades que os filhos podem
desenvolver ou o que os filhos mesmos pensem de si ou
mesmo o estado de suas almas diante de Deus a menos que
os filhos são bem comportados. Seja qual localidade que
for, os filhos precisam ser bem comportados, pois
contrariamente, os pais morrem de vergonha. Este objetivo
leva os filhos a servir só na aparência como para agradar
aos homens uma característica que a Bíblia não ensina (Ef
6.6; Cl 3.22). Boas maneiras devem ser incentivadas para
amar o próximo (Fl. 2.3,4).
5. Educação Superior. Muitos os pais que acham que
educação traz sucesso. Estes pais incentivem os filhos de
estudarem bem de dia e de noite e fazer cursinhos
suplementares nas horas vagas. Os pais louvam com
prêmios caros todas os sucessos que os filhos conseguem e
lamentem quando os objetivos não são alcançados.
Educações podem ajudar muitas nas suas situações, mas
como um objetivo principal para a educação dos filhos é

125
bom lembrar que há muitos filhos bem formados e bem
empregados que tenham lares despedaçados e imundos. O
Apostolo Paulo era bem formado (At 22.3), mas isso não
levou ele para ser virtuoso diante de Deus. Um objetivo
melhor seria de incentivar os filhos de usar todas as suas
capacidades para a glória de Deus (1 Co 1.31; 10.31)
6. Controle Absoluto. Alguns pais acham que só controle dos
pais sobre os filhos é o que importa. Se os filhos sabem
obedecer sem piscar o olho, então um cidadão exemplar foi
formado e os pais têm tido sucesso absoluto com os filhos.
O problema com este alvo é que tais pais geralmente
treinem os filhos a obedecerem só o que os pais acham
convenientes dependendo de cada situação que estão e não
conforme princípios básicos de amor e respeito pelo
próximo em qualquer situação. Seria bom para os pais
lembrarem que só tendo controle os filhos não
desenvolvem virtudes, caráter ou amor.
7. Glorificar Deus. (Jr 9.23,24) Há pais que querem educar os
filhos para que as ações deles agradam o seu Criador e que
viverem conforme os princípios da Bíblia. Estes pais,
mesmo tendo limitações financeiras, posições na baixa
sociedade ou mesmo tendo falta de exemplo nos seus
próprios lares ensinem princípios que influem a sociedade
para o bem, estabelecem alicerces firmes para a vida inteira
dos filhos, abrem espaço para as bênçãos de Deus e tornem
exemplos de qualidades virtuosas. E isso que a Bíblia pede
dos pais (Ml 2.15; DT 6.4-9; Ec 12.13; Ef 6.4; Js 1.8).
Cultos domésticos ajudam na realização deste objetivo se
os cultos têm o alvo de agradar e conhecer Deus em vez de
ser só um ritual formal (Jr 9.23,24).
Obs: Os pais devem saber que a Bíblia
avisem os de não seguir a cultura vigente mais que a
Palavra de Deus (Nm 33.50-56). A filosofia humana
muda de geração de geração com cada uma achando
que é melhor do que a outra. É a Palavra de Deus que
permanece para sempre (1 Pe 1.24,25) e a vida

126
estabelecida nEla é prudente, instruída, sábia (Pv. 1.1-
7).
8. As Fases de Desenvolvimento da Natureza dos Filhos.
Quando pensamos das fases de desenvolvimento da
natureza dos filhos podemos pensar também o que é o que
desenvolve quando um filho cresça. Os filhos não só têm
uma natureza que transforma de idade em idade mas o que
é que os filhos realmente são desenvolve também. Quais
são as partes separadas de uma “pessoa total?” (Lc 2.52;
1 Ts 5.23). Resumindo podemos entender que somos feitos
das seguintes partes:
• Física - o corpo (Gn 2.7,22); alimentação, habitação;
atividades físicas, capacidades físicas.
• Mental - a mente; espírito do homem (1 Co 2.11),
curiosidade, aprendizagem, observação, criatividade,
criticismo, auto controle, raciocínio, julgamento dos
fatos
• Emocional - os sentimentos; expressão, humor,
aventura, sonhos • Social - interação um com os
outros; amigos, aceitação, identificação.
• Espiritual - intimidade com Deus; alma (Gn 1.27; 2.7),
conhecer a verdade, sabedoria, morais, consciência
(Pv 20.27; Rm 2.14,15).
9. O desenvolvimento equilibrado de todas estas áreas é
importante para termos filhos bem ajustados e prontos para
resolverem a razão de existirem no mundo: de glorificar
Deus (Ec 12.13; Jr 9.23,24). Cabe aos pais de educarem os
filhos para serem bem prontos para este objetivo. As fases
de desenvolvimento de cada um de nós podem ser
separadas nas seguintes maneiras:
a) Nenê, ou criancinha (Mt 11.25) - Abrange desde a
conceição até a idade de três ou quatro anos.
• Físico - cresce rápido, ativo; precisa experimentar
o mundo ao redor para fazer parte dele.
• Mental - Descobridor; aprende do que se vê e
experimenta ao seu redor.

127
• Emocional - Sensível; pode aprender um pouco
sobre comportamento aceitável ou inaceitável.
b) Social - Mundo pequeno; gosta do que é conhecido
(família) • Espiritual - Dependente; imita o que vê os
outros fazendo e assim aprenda hábitos para sua vida.
c) Criança (2 Tm 1.5; 3.15; Lc 18.15-17). Abrange a
idade de três ou quatro anos até a idade de doze ou
treze anos.
• Físico - Ativo; mais e mais gosta de brincar. O
mundo é um ‘playground’; imita ações dos outros;
disciplina corporal pode ser administrada com
firmeza e amor (Pv 13.24).
• Mental - Curioso e observador; problemas
resolvidos mais e mais pela razão; começa de se
realizar; imaginação desenvolve; raciocínio
desenvolve para entender o bem do mal; aceita
instrução; memória desenvolvendo; gosta de ler e
investigar (Fl. 4.8).
• Emocional - Formativo, mas inseguro; pode ter
melhor autocontrole, mas mesmo assim é muito
expressivo; impaciente; esconde sentimentos
verdadeiros; responde à correção e instrução.
• Social - Conformador, gosta de estar com grupos
e ser mais independente dos pais; capacidades de
interação desenvolvidas (gosta de clubes),
identificam com modelos de comportamento (Tg
1.22 ).
d) Espiritual - Pode Crer; começa de adorar Deus por si
só; pode expressar gratidão, amor, reverência, perdão;
pode aprender fatos de Deus, Bíblia, conceitos
abstratos e discernir se é verdade ou não (1 Ts 5.21).
e) Jovem. Ec 12.1 Abrange a idade de doze ou treze anos
até dezenove ou vinte anos.
• Físico - Mudanças rápidas (peso, altura,
puberdade) (SI 147.10,11).
• Mental - Juiz crítico e vivo; quer ver provas para

128
seu raciocínio mais profundo; mais capacidades
para o abstrato; imaginação criativa e prática;
sonhador; precisa aprender autocontrole de corpo
e mente para aproveitar da sua escolaridade (Pv
1.4; Js 1.7,8; Pv 8.13; 9.10).
• Emocional - Flutua; emoção paralela às mudanças
físicas (2 Tm 2.20,21).
• Social - Companheiro mais independente; mais
opinado (2 Tm 2.22; Ec 11.9).
f) Espiritual - Transformações; envolvimento na crença é
muito pessoal; tem menos dependência moral;
satisfação em servir a verdade; pode entender e obter a
sabedoria (Tg 3.17; SI 119.92 Tm 2.15).
g) Adulto. Abrange a idade de dezenove ou vinte anos
para cima (1 Cr 10.31).
• Físico - Crescido e desenvolvido; usa energia para
se estabelecer e capacitar para os desafios da
carreira e família; o adulto mais velho aumenta
pesos de um corpo em declive junto com
responsabilidade pesadas de uma carreira (SI
90.10, 12).
• Mental - Capacidade total; razão, mais definida,
acompanha as convicções morais e espirituais;
juízo é firme e experimentado com mais e mais
idade e assim importante para aconselhar os
menos velhos (2 Tm 1.7).
• Emocional - Moderação; reconhece o equilíbrio
entre os sonhos e a realidade; satisfação com
amadurecimento emocional bem controlado; G1
5.22; tem ajustamentos para fazer com as
mudanças que pode vir no termino da vida dos
que são amados.
• Social - Centrado no lar e com amigos seletos; o
novo adulto sofre com estresse forte se não tiver
moral e amigos bons já feitos anteriormente;
materialismo pode ser uma tentação, Lc 12.15; o

129
adulto mais maduro gosta de fazer parte de
organizações.
h) Espiritual - Alicerces Firmados; reavalia pensamentos
e convicções religiosos para depois servir como
exemplo (Mt 6.33); pode influenciar os mais jovens
com a sabedoria e experiência ganha na vida; tempo
para testar o que aprendeu antes sobre Cristo e a
Palavra de Deus (Fl. 3.13,14; Tt 2.13-15). Entendendo
as característicos de cada fase de desenvolvimento
podemos educar os filhos conforme a necessidade de
cada fase. Não devemos tratar um nenê como um
jovem, nem vice-versa. As capacidades de receberem
a instrução e a maneira que a instrução é dada varia de
fase em fase. Pelo estudo das fases diferentes de
pessoas vamos concluir que há uma necessidade
fundamental que os filhos tenham respeito à
autoridade para terem uma educação boa e completa.
Para ter uma pessoa bem formada e ajustada como um
adulto que pratica autocontrole é necessário que
controle externo seja usado quando criança e isso por
causa da natureza pecaminosa dos filhos. E necessário
educar os filhos ativamente. Contrariamente serão mal
educados.

130
Questionário

• Assinale com “X” a alternativa correta:

1. Educação de almas quer dizer semear e ajudar a:


a) O Força motora nos filhos
b) ( 3 Implantação de princípios verdadeiros no coração
dos filhos
c) d ) A fortalecer o caráter dos filhos
d) CU Nenhuma das alternativas estão corretas

2. Educação de filhos é:
a) EH Sofrer no paraíso
b) EHSomar crise
c) EH Educação de almas
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

3. Os filhos são:
a) EH Dádivas de Deus
b) EHTribulações
c) EH Bênção e maldição
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

4. A vida humana para Deus é:


a) EHEducar bestas
b) EHComo somar para dividir
c) EH Sagrada
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

5. Os Pais devem ser:


a) EH, Honrados
b) EHDesprezados
c) EHEstimulados a lutar.
d) EHNenhuma das alternativas estão corretas

131
Bibliografia

Gilberto, Antonio; Manual da Escola Dominical; CPAD; Rio


de Ja n e iro -R J; 1995 14a Edição.

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- R J ; 1999 Ia Edição.

Hemphill, Ken; Descobrindo a alegria das Manhãs de


Domingo; Exodus Editora; São Paulo - SP; 1997

Griggs, Donald L.; Ensinando Professores a Ensinar; Casa


Editora Presbiteriana; São Paulo - SP; 1987

Toledo, Alcindo Lopes de; Apostila da 34a Escola Bíblica de


Obreiros de Curitiba; páginas 9 a 15.

Scheffel, Mirislan Douglas; Apostila da 38a Escola Bíblica de


Obreiros de Curitiba; páginas 17 a 31.

Revista: O Ensinador Cristão - páginas 3-5; Ano 1 - N°1


CPAD; Rio de Janeiro - RJ; 2000

Gráfica e Serigrafia LEX Ltda,


Produtos Gráficos e Serigráficos em geral, Sinalização por
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