Preta
Formatação: Lola
Verificação: Joy
O perigo de fingir é ele se tornar real...
No momento em que viu Shea Bentley, enxergou sob toda sua doce
Mais escuro.
confrontado com o sacrifício de tudo que ele ama para proteger Shea e
sua família.
aprenderão a respirar?
Eu chorei para os céus.
Sangrando.
Desmoronando.
Destruída.
Agonia.
Ela se foi.
Para nos permitir uma vida que ele nunca nos deixaria
viver.
Um furacão.
Sombrio.
Sombrio.
Sombrio.
Martin Jennings.
Minha pele arrepiou e meus dentes apertaram com a
acusação.
— Sim.
— Ele a levou.
Puta merda.
April sabia.
Um otário.
Um tolo porque simplesmente me deixei levar... deixei
todo o meu controle e me entreguei a esta garota.
— Eu peguei você.
Eu peguei você.
Eu peguei?
Terror.
Dor.
Arrependimento.
Dinheiro.
Poder.
Gula insaciável.
Problema.
Sabia a primeira vez que a vi. Só que havia algo nela que
não me deixava ir. Algo profundo e insondável. Engraçado, eu
ainda senti que precisava protegê-la da depravação que
parecia tornar-se a definição de quem eu era.
— Então, como?
— Conte-me.
— Eu não posso.
Atendi a ligação.
Valer a pena?
Tão perfeita.
Tão linda.
— Sebastian... não.
Escuridão.
Luz.
Pesado.
Suave.
Eu queria me afundar nela e desaparecer.
— Não. Você sabe que isso não era só sobre você. Foi a
tempestade perfeita.
Tempestade.
Medo.
Monstro.
Orgulho.
— E se for?
Tentando bloquear isso, balancei minha cabeça.
Não.
Pior parte?
Viver nela.
Eu me virei.
Dor.
Fechei minhas mãos, tentando respirar através da
minha dor.
Kallie.
Kallie.
O medo me consumindo.
E Sebastian.
Sebastian.
— Nós lutaremos.
— Eu sei.
Uma família.
Mas ambos, Sebastian e meus problemas estavam muito
distantes de serem simples.
Confiança.
— Já voltou?
— E? — Ash cutucou.
— Isso aí.
— Sim.
Correndo.
Eu não respondi.
Indeciso.
Julian.
Perdido no escuro.
Sempre observando.
Eu vi... você…
Eu te vejo.
E isso me invadiu.
Porque na verdade.
Eu a vi também.
MEU CORAÇÃO ACELERADO no peito e minha visão
focou em apenas um objetivo.
Ela.
Engoli em seco.
— Vejo alguém que é tão doce e gentil que cada vez que
olho para ela praticamente me tira do chão, porque já sofri
tanto na minha vida que não sei como estar na presença
dela. Vejo alguém que sei que não mereço, então toda vez que
me viro, estou correndo com medo, porque estou aterrorizado
de estragar tudo o que ela é.
Lentamente, me aproximo e ela me observa nas
sombras. Suas mãos tremem no colo, quando chego perto.
Recusando-se a desistir.
Uma promessa.
Pairando.
— Sim.
Morrendo em necessidade.
— Sebastian.
De todas as formas.
Salvação.
Fogo e luz.
Eu empurrei.
— Você me tem.
Sua língua passou ao longo do seu lábio inferior, ela
prendeu a respiração instável e inclinou-se um pouquinho
para trás, envolvendo a mão no meu pau.
Porra.
Um toque.
Um gemido saiu quando ela foi para trás, nosso foco foi
para onde estávamos conectados.
Pele nua.
Boceta perfeita.
— Porra, baby.
Com ela.
Desmoronando.
Elevados.
Ausentes.
Meu futuro.
— O quê? — Perguntei.
— Eu odeio que ela esteja com ele e não ter ideia do que
está acontecendo. — O ar engatou em sua garganta. — Odeio
não ter ideia do que ela está passando. O que poderia estar
acontecendo. Odeio estar deitada aqui, inútil para ajudá-la.
Incapaz de protegê-la como sempre prometi que faria.
Isso significava que não iria dormir, não iria comer até
que Kallie estivesse segura.
Ela sufocou.
O desejo.
Como rendição.
— Sim.
Acho que pensei que não poderia odiá-lo mais até que vi
esse idiota pomposo indo embora com ela. Roubando aquela
menininha da sua mãe.
Da sua casa.
De mim.
Eu vi isso.
Testemunhei.
Tão doce.
Mas Shea?
Shea chorou.
Chorou diferente de tudo que ouvi desde que minha mãe
chorou, quando o mar roubou Julian.
I was once lost, but now am found (Eu estava perdido, mas agora fui
encontrado)
Was blind, (Era cego)
But now I see. (Mas agora eu vejo)
Um mapa.
Sua mãe era tão bonita. Shea ia ser como ela um dia.
Cuidasse delas.
Já era tempo.
— Baz.
Nos expondo.
Merda.
A mãe de Shea.
Anthony continuou:
— Chloe? — Perguntei.
— A irmã de Charlie... A mãe de Delaney Rhoads. A mãe
de Shea. — Ele emendou um pouco mais silencioso, como se
travasse sobre o quão pouco eu realmente sabia sobre Shea.
Maravilha.
Me comendo vivo.
Deus.
Segredos.
Enchendo-me completamente.
— Sim. É ela.
Ash.
Ash sorriu.
Minha vida.
Anthony pigarreou.
— Acho que isso está resolvido, então. — Ele deixou cair
o olhar sobre Shea. — Vamos pegar sua filha de volta.
MARTIN JENNINGS sentou-se no banco das
testemunhas. Seus olhos escuros brilhavam de volta para
mim, sua intenção era controlar o meu olhar quando o
encarei de onde eu estava sentada à mesa ao lado do meu
advogado.
Que ironia.
Um sadoquista.
Um destruidor.
Estoica.
Dois dias sem saber onde ela está. Se está com medo ou
se sente segura. Se ela entendeu que eu estava lutando por
ela, ou se simplesmente se perguntou se foi abandonada.
E eu sabia...
Um pacto de engano.
Reclamando Kallie.
Nigel assentiu.
— Não.
Agradavelmente.
— Está correto.
Eu sabia que por menos que importasse, essas imagens
lançariam dúvidas. As imagens fazem parecer tudo sujo e
indecente. Sem dúvida, eles deram uma pausa para o meu
julgamento como uma mãe.
Ressoando.
Pulsante.
Tomando conta.
Finalmente.
Clique.
Clique.
Clique.
Eu abaixei minha cabeça e Sebastian me puxou para
mais perto dele, podendo sentir a maneira que cada
pedacinho dele se endureceu em defesa.
Ressentimento e hostilidade.
Quebrando-me.
Deixando-me perdida.
Machucada.
Quebra de contrato?
Sebastian rosnou.
A dor?
Mas aqui?
Mas diferente.
Deus.
Exceto dele.
Amarrados.
Presos.
Conectados.
Nigel.
Empalideci.
Parecia que estávamos trocando bens.
— Entendi. — Eu disse.
Ela sabia que eu estava vindo? Ela sabia que teria vindo
antes, se fosse possível?
Acenei rápido.
— Sim.
Era isso.
Não Martin.
Kallie.
Aterrorizante.
Afeição.
Amor.
Adoração.
— Eu estou pronta.
— Sempre.
Me senti doente.
Sofrendo.
Encolhida.
Aquele cheiro.
Usando-me.
Tentando me paralisar.
Lento.
Proposital.
Provocando.
Se aproveitaram de mim.
Ela lhe permitiu assumir tudo na minha vida. Alterar
minha imagem. O meu nome. As canções que cantava. Não
fui nada mais do que sua linda fantoche, que rapidamente o
incluiu me tomando como sua.
Dispensável.
Um item.
Uma propriedade.
Alívio.
— Kallie.
Não acho que Kallie estivesse pronta para as perguntas
que precisavam ser feitas.
Eu tenho você.
Minhas.
Minhas meninas.
Sombria.
Luminosa.
Pesada.
Suave.
Me afogando.
Um monstro.
Um salvador.
Sim.
— Você acha?
Possuído.
Inocente.
Genuína.
Sincera.
Acho que ela puxou isso da sua mãe.
— Oh, por favor, oh, por favor. Vou ser muito, muito
boazinha e ouvir tudo o que você e mamãe me disserem!
Eu sorri.
Me aquecendo.
Levantando-a.
Porra, sim.
Cada porcaria de segundo.
E eu estava escolhendo-as.
Balancei a cabeça.
Nunca.
À espreita.
— Quem?
Caos e paz.
— Entendi!
— Você me pegou.
Você me pegou.
— Bom.
— Cuidado, mocinha.
Insano.
Ela sorriu.
— Percebi isso.
Uma nova canção veio, Shea olhou para o rádio. Até
aquele pedaço de eletrônica e eu nos conhecermos,
certamente ele só conheceu músicas country velhas.
Fogo.
— É mesmo? — Eu exigi.
Mas agora…
Em todos os aspectos.
Cada faceta.
— Sempre.
— Boa menina.
Primeiro as prioridades.
— Parece bom.
— Hora do banho.
Verdadeiramente.
Droga.
Calorosos.
Honestos.
Puros.
Confiança e certeza.
— Tudo feito.
— Vamos lá.
Se expandido.
— O que você acha que sua mãe iria pensar sobre isso?
Queda.
Mergulhando.
— Eu já volto.
Velho arrogante.
Expectativa.
Aprisionada.
Enredados e ligados.
Devastador.
Vívido.
Violento.
Perigoso.
Calor e alívio.
Aquela boca linda chegou cada vez mais perto, até que
encontrou a minha.
Céu.
Quase agressivo.
Ansioso.
— Ei pessoal.
Cauteloso.
Algo acontecia.
Marcou-me.
Contaminou-me.
— Bem. Mas isso significa que você tem que nos trazer
algumas bebidas grátis.
Ele piscou.
Amor.
Era verdade.
Minha filha.
Ferida.
Excitado.
Sim.
Eu estava submersa.
Insondável.
Especialmente ao Lyrik.
— OK.
— Estou bem.
— Mentirosa.
Eu dei de ombros.
— Honestamente, não é nada. Só tenho um...
sentimento estranho. — Balancei minha cabeça. — Por muito
tempo, meu único foco aqui era ganhar o suficiente para
sustentar a minha filha e a mim mesma, em seguida, ir para
casa com ela. É um pouco inquietante ter uma vida tão
instável.
Ela bufou.
Sorri em apreciação.
— Ah. Não é para tanto, mas tenho certeza que você tem
uma mesa cheia de rapazes esperando por você neste
momento. Vá mulher. Você não pode deixá-los sozinhos por
muito tempo ou eles vão começar algum tipo de tumulto. Só
Deus sabe o colapso que Charlie terá.
Deus.
Meu Sebastian.
Eu chio.
Apanhada.
Culpada.
Desejo.
Tensão.
Atração.
Sentia-me esvaindo.
Quase dolorosamente.
Arrependimento.
— Pelo futuro.
— Eu não sei.
Eu não conseguia.
Nenhuma surpresa.
Porra.
Agora.
Arder em chamas.
Tortura.
Esqueça isso.
Intocável.
Kallie.
Livrar-se de mim?
Incrédula.
Desdenhosa.
Mark.
Dor.
Medo.
Perguntas.
Demais.
Shea.
Kallie.
Mark.
Austin.
Foda-se.
Dinheiro.
Poder.
Ganância.
Pretensão.
Jennings ocupou-se ajustando os punhos em seu
paletó, cabeça inclinada para baixo para assistir à ação,
enquanto ele dava uma olhada para mim como a cadela
arrogante que era.
— Nós veremos.
Merda.
Odiando Jennings.
Eles se reuniram.
Desrespeito ao Mark.
Ele assentiu.
— Sem problemas.
Música.
Ela sabia que é onde eu estava livre. O que fui feito para
fazer.
Me acomodei.
Esperando.
Uma cena?
Shea.
Ousadia.
Superficial.
O falso.
Uma marca.
Foda-se tudo.
Uma fuga.
Acho que não deveria estar tão surpreso de encontrar
Austin escondendo-se aqui também, no escuro, com capuz na
cabeça, ele estava sentado perto da beirada do telhado,
olhando sobre a vasta cidade. Uma onda de névoa pairava em
volta dele, enquanto expulsava a fumaça dos seus pulmões,
entre os dedos estava um cigarro de maconha, enquanto se
preparava para dar outra tragada.
Porra.
Maldito Ash.
Um desrespeito.
Determinado.
Aberto.
Mark.
Deus, quando esse garoto vai ver que não foi ele? Que
fui eu, o único responsável. Aquele que deveria estar olhando
em vez de ficar por aí com alguma garota.
Minha culpa.
Droga.
— Sebastian.
Ela riu.
— Oh, tenho certeza que você pode. Vi você em ação
antes. A menos que alguém tenha um desejo de morte,
ninguém vai ficar no seu caminho.
Bem.
Quase.
A rejeição.
Foco.
E Shea fez.
Significativo.
Sua mãe sorriu. Sua mãe era tão bonita quando sorria.
Olhei para Kallie que apenas sorriu para mim com toda
a sua alegria, enquanto ela balançava sua borboleta de
pelúcia e apertava-a contra o peito.
Charlie riu.
Kallie saltou.
— Estou a caminho.
Estou a caminho.
Procurando.
Sem fôlego.
— Feliz Aniversário.
— Mesmo?
— Até domingo.
— Em casa.
Minha filha.
Dele.
— Só um pouco.
Eu precisava disso.
Não.
Presa.
— 1653.
— Eu definitivamente planejo.
Oh Deus.
Presa novamente.
Luz.
Sim, eu contei.
Ou modesta.
Sim.
Mas não.
Bateram na porta.
— Merda.
Rindo, empurrei-o para trás.
— O que?
Country chic.
Um. Uau.
Oh Deus.
Aquela vermelhidão subiu até o meu rosto. O desejo que
Sebastian inflamou anteriormente no quarto mal esfriou e
aqui estava ele, alimentando-o novamente, a promessa em
suas palavras foi o suficiente para enviar um arrepio pelo
meu corpo.
Apropriada.
E eu a soltei.
Mais fama.
Mais dinheiro.
Mais tarde.
Mas não.
— Absolutamente.
VIP.
— Esta é você.
E aqui estou.
Prosperara nisso.
Amava isso.
Eu tremi.
— Mmm... por que diabo você tem que cheirar tão bem?
— Ele resmungou através de um gemido.
— Vá.
— Não se mova.
— Boa noite.
Selvagens.
Agitados e descontrolados.
Livres.
Eu.
Caindo.
— Vá embora.
Sebastian murmurou.
— Uh, oh.
Risadas rolaram.
Nenhum tomado.
Saboreando.
Atentando.
Provocando.
— Feliz Aniversário.
Imparável.
Inquebrável.
— Deus, sim.
Oh. Deus.
— Você me tem.
— Case-se comigo.
Simples sonhos.
Me queimando por dentro.
Pisquei freneticamente.
— Agora mesmo?
— Sim?
Eu encontrei vovó.
Eu encontrei.
Ele se afastou.
Eu estava me casando.
Sim.
Sim.
E sim.
Protegê-la.
Amá-la.
Éramos reais.
Livre.
Desejada.
Absolutamente adorada.
— Marido.
— Sempre.
E então há você.
Um pequeno sorriso surgiu naquela boca bonita. As
palavras que sussurrei meses atrás, que nos levou a esta rota
de colisão, de paixão e de necessidade. Com esta devoção sem
fim que nenhum de nós poderia imaginar que veríamos.
Oh. Certo.
Consumindo a gravidade.
Todo o tempo.
Profundamente.
Completamente.
E eu sabia.
Juntos, dedilhamos.
Você.
Veio como uma tempestade.
À distância.
Chegando mais perto.
Eu senti conforto e garantia na escolha que fizemos.
O salto que demos.
Vazia.
Shea.
Minha esposa.
Deslumbrante.
Ela o destruiu.
— Nunca.
Sufocante.
Um anjo.
Uma Deusa.
Uma visão.
Sombrio.
Luz.
Pesado.
Suave.
Perfeito.
Minha esposa.
Matar.
Morrer.
— Sebastian.
Eu tenho você.
Luxúria.
Problema.
Amor.
Fé.
Beleza.
Confiança.
Tão suavemente.
Shea.
Necessidade de consumir.
Tirar tudo.
Vulnerável.
O meu nome.
— Eu amo isso.
— Não se mova.
Aquele sorriso apenas ampliou e ela rolou para o lado
para me encarar, segurando o lençol contra o peito,
observando com profunda afeição eu me atrapalhar com o
telefone.
Lyrik.
— Parece correto.
— Santo Deus.
— Sim.
A voz elevada de Ash foi levada através da linha, como
se estivesse gritando pelo telefone que Lyrik estava
segurando.
Lyrik respondeu:
Mais silêncio.
Feliz.
— Sim.
Outro aceno.
— Qualquer coisa.
— Minha avó…
Segura.
— Eu nunca esquecerei.
Uma família.
Anotado.
Então como avisei a ela que faria, dei meia volta e fiz
isso de novo.
Permanentemente.
— Acho que falo por todos nós quando digo que só quero
que você seja feliz.
April fungou e desviou o olhar, antes de virar para trás
com um sorriso que era ao mesmo tempo forçado e genuíno.
Eu ri e balancei a cabeça.
Saudades de você.
Sabia que ele não iria responder até muito tarde esta
noite após o show em Phoenix. Mas todas as noites, ele foi fiel
em telefonar-me, me amando através dos quilômetros.
Fiel.
— Tudo pronto?
— Shea Bentley?
Eu congelei.
Protetora.
Possessiva.
Lentamente, me virei.
Inofensivo.
— Sim?
— Não.
Não.
Ash no comando?
Impressionante.
— Sério... às oito.
Sempre havia.
Saudades de você.
Louco.
Saudades de você.
— Você já jantou?
Punk sarcástico.
— Tanto faz.
OK.
Eu fui subjugado.
Trancado.
Caído por esta menina.
— Sebastian.
— O que aconteceu?
— Martin.
— Conte-me.
Segurando-a.
Protegendo-a.
Sem graça, ela riu; seu tom foi baixo, com significado,
como se estivesse me dando uma pista.
Cru.
Forte.
Corajoso.
Engoli em seco.
— Eu prometo, baby.
Eu prometo.
Esgotado.
Dezoito anos.
Nessa fase?
Shea cantou. Ela deixou seus dedos tocarem e
afastarem a tristeza para longe, sua voz cobriu o gosto
amargo em sua língua.
Assim como sua avó lhe fez prometer, quando ela era
apenas uma menina.
Ela estremeceu.
Ela sabia que Martin Jennings era atraente. Ela não era
cega. Mas, no ano em que o conheceu, também sentiu algo
escuro espreitando em torno dele, algo feio que irradiava dos
seus poros, como um presságio.
Ela queria dizer para ele parar, mas não conseguia falar.
Assim como não sabia como dizer à sua mãe que o caminho
que estavam percorrendo não era o melhor.
Para o bem.
Tão, perdida.
Mas isso não significa que a ligação entre nós cinco não
fosse sólida. Desfiguradas, peças deformadas que de alguma
forma se alinhavam e se ajustavam perfeitamente. Minha
fodida família. Mas penso que talvez o vínculo entre Mark e
eu fosse ainda maior, porque eu também estava perdido.
Deus. Dói.
Fotos.
Só coisas vazias.
O que me irritava mais, era que alguns desses caras
estavam diretamente ligados ao Jennings.
Ele o matou.
A mãe de Shea.
Segurei minha cabeça, enquanto tentava processar,
cercado num ataque de confusão, raiva e devastação total.
— Diga que não mentiu para mim quando jurou que não
sabia o que aconteceu na noite que Mark morreu.
Olhos alarmados brilharam com reconhecimento.
Voltando para o dia em que eu o confrontei aqui nesse quarto
após a mediação ter falhado com Jennings.
— Diga-me.
Culpa.
Mark.
Shea.
Mas o que eu não lhe disse foi que ele estava dizendo no
ônibus algo sobre ir à polícia falar de Delaney Rhoads. Disse
que não poderia manter o silêncio sobre uma garota inocente
ser ferida... e era um segredo que ele não iria manter.
Sacudi-o.
Shea.
Nunca.
Ele a machucou.
Jesus me ajude.
O que aconteceu?
Mas isso?
Escuro.
Prometa-me.
E Shea...
E eu o faria.
Problemas.
Inalar. Expirar.
Prometa-me.
Inalar. Expirar.
Fodido.
Pacífico.
Filho da puta.
— Você vai me dizer o que você fez para eles. O que você
fez para Shea, Mark, para meu irmão.
Fiquei vulnerável.
— O que você quer ouvir, Sr. Stone? Você quer ouvir que
o seu melhor amigo não era um viciado? Que ele tinha
alguma outra razão para sucumbir à droga em suas veias,
lentamente apagando a vida dele até ele ficar como um monte
de lixo no chão? Porque nós dois sabemos que é exatamente o
que ele era. Assim como seu irmão.
Ele sorriu.
Fúria.
Eu estava desesperado.
— Quieto!
Oficiais me cercaram.
Náuseas subiram.
Porra.
— Sim.
Sim.
Eu tinha fé em tudo.
Ela bufou.
— Hum... não... e obrigada. Acredito que prefiro meus
meninos um pouco mais domesticados. Se eu não o
encontrar na biblioteca, então não o quero.
Sorri.
Por quê?
Segunda-feira?
— Esta vai ser uma batalha, que não estou certo de que
poderemos ganhar. — Tristeza atingiu todas as minhas
células. Invadindo todas as fendas.
Engoli um nó na garganta.
Eu balancei a cabeça.
Eu segurava-a apertado.
Eu estava.
Absolutamente exausta.
Emocionalmente.
Mentalmente.
Sebastian.
Pensando em mim.
Eu balancei a cabeça.
— Não.
Sebastian.
Eu balancei a cabeça.
— Obrigada.
Sebastian.
Protetor.
Deve ter sido muito difícil para Sebastian vir aqui, meu
bravo homem bonito.
Donny?
Essa menina.
Essa menina.
Essa menina.
Essa menina.
Meu Deus.
Lester.
Volátil e explosivo.
Dividir e conquistar.
Isolar e sabotar.
Mal sabia ele que eu iria lutar contra ele até a morte.
Meu Deus.
Meu Deus.
Austin.
Eles sabiam.
Frio.
Abaixo dela Shea queria se encolher e diminuir, mas ela
recusou-se a ser essa garota por mais um dia. Já não ia mais
se curvar e se submeter.
Isso foi o que ele disse e foi aí que Shea decidiu não
esperar mais para sair.
Mas não.
Shea não seria mais prisioneira deste pesadelo. Ela
escaparia antes de a arruinarem mais e roubassem-lhe a
única coisa da qual valia a pena viver.
Só você e eu.
— Quase…
Não.
Ouvindo.
Cheirá-lo no ar.
O fedor do mal.
Fisicamente.
Emocionalmente.
Shea lamentou.
Lute.
E ela lutou.
Ela se esforçou para trazer os joelhos, para proteger-se
com os braços e as mãos, o tempo todo orando com mais
força que já fez em toda sua vida.
Fraco.
Não.
Amada.
Amada.
Amada.
Eu sangrei.
Empobrecidos e necessitados.
2706
Atenção.
Mamãe.
Mark.
Fidelidade.
Sacrifício.
Fé.
OK.
Acho que não deveria estar surpresa que mesmo com
tudo o que eu passava, minha filha ainda era capaz de trazer
um sorriso ao meu rosto.
A rendição.
Ela sabia.
— Mamãe!
Suavemente.
Um agradecimento.
Protegida.
Permanentemente.
Pressionando completamente.
Consumindo.
Poderoso.
Inflexível.
Não.
Deus.
Lealdade desinteressada.
Fidelidade impecável.
Devoção e paixão.
Absolvição.
— Shea.
— Shea.
Selvagem.
Cru.
Implacável.
Caindo.
Para sempre.
E eu senti isso.
Desenfreado e apaixonado.
O suor escorria em nossa pele. Grunhidos alimentados
com o crepitar do ar.
E eu sabia.
— Conseguimos.
Corri para cima da colina íngreme, limpando o suor da
minha testa, enquanto voltava em direção a casa. Ansioso
demais para voltar para as minhas meninas após a corrida.
Eu inalei a calma.
Austin.
Remorso.
Vergonha.
Tristeza.
Meu coração titubeou e apertou. Inquieto, meu olhar
caiu para o macaco de pelúcia esfarrapado que ele agarrava
em sua mão, ao seu lado.
Merda.
— Aust....
Porra.
As palavras estalaram.
Desejo desesperado.
Assusta-me para caralho pensar nele lá fora por conta
própria nesse mundo fodido.
— Eu sei.
Dando um passo para trás, ele se inclinou, agarrou sua
bolsa e passou a alça por cima do ombro, ainda agarrando o
macaco desgastado em seu peito.
— Papai!
Abracei-a apertado.
— Nunca.
Vai saber.
Shea.
Meu espírito nunca se cansava de cantar isto.
Abatido.
Mas isso?
Isso era formidável.
Acreditava nele.
Deus.
Ele era incrível.
Um milagre.
— Ok.
Alegria.
Tanta alegria.
— Sim! Sim! Sim! Tia April ficou por dois dias inteiros e
fizemos uma festa do pijama no meu quarto, já que o Connor
está dormindo em seu antigo quarto.
De jeito nenhum.
Bem.
Quase.
Seria Stone.
Shea riu.
— Ok, papai!
Adicionado a isso?
E Shea...
Shea.
Avassaladora.
— Tipo isso?
Apropriado, sim?
Tão lindo.
Eu ri.
— Ok.
Era o real.
— É tão bonito.
Beijei-o novamente.
Ela me queria.
— Sebastian.
Maravilhosamente doce.
Não.
Assustador.
Amor.
Você.
Veio como uma tempestade.
Na distância.
Chegando mais perto.
Você.
Levou-me todo.
Pedaços quebrados.
Emendados perfeitamente.
Você
Como parados na areia movediça.
Afundando lentamente.
Cada vez mais fundo.
Você.
Tudo o que estava faltando.
Cavidades solitárias.
Completados perfeitamente.
Mas não.
Hoje não.
Amanhã não.
Eu não sabia.
A verdade era?