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2. No livro Uma História Simbólica da Idade Média Ocidental (Une histoire Symbolique
du Moyen Âge Occidental) Pastoureau aborda o simbolismo histórico nas seguintes
dimensões: 1) o animal; 2) o vegetal; 3) a cor; 4) o emblema; 5) o jogo. Em cada uma
dessas dimensões o historiador desvela ou revela o que estava oculto por trás do
símbolo: “O símbolo é sempre ambíguo, polivalente, proteiforme (que muda
frequentemente de forma); ele não pode ser resumido em qualquer fórmula” – p. 12.
3. O leão, o javali, o cervo e o corvo, por exemplo, são bastante representados como
símbolos heráldicos, nos escudos da cavalaria andante e também nas bandeiras dos
condados da Idade Média desde pelo menos o Sagrado Império Romano-Germano de
Carlos Magno (742 – 814 d. C.). Mas, considerando que se trata de um período
dominado pela religião cristã, como máxima representação ideológica, há vários
significados na representação figurada ou expressa dos símbolos: o leão significa a
realeza, a força, um animal muito figurado na história bíblica; o javali é feroz,
promíscuo e também impuro; o cervo significa pureza, símbolo do cristianismo; o
corvo é maligno, um mensageiro do inferno, etc.
7. O emblema, quarta dimensão destacada pelo autor, está muito relacionado com a
heráldica (que descreve brasões, armas e escudos). São figuras e também dizeres ou
dísticos representados em escudos, bandeiras e brasões das famílias aristocráticas e
nas armas dos cavaleiros. Nesses casos, tirando o significado semântico dos lemas,
emblemas e dísticos, a representação figurada inclui por vezes animais e vegetais,
como o leão e a flor de lis.
REFERÊNCIAS: