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11/06/2020 A sucessão dos bispos de Roma segundo os padres da Igreja - Apologista Católicos

A sucessão dos bispos de Roma


segundo os padres da Igreja
RAFAEL RODRIGUES / 25 FEVEREIRO 2015

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Qual é o sentido de trazer o testemunho dos Padres da Igreja sobre a sucessão dos bispos de
Roma? Nós queremos simplesmente apresentar ao leitor os testemunhos dos primeiros séculos do
cristianismo sobre quem foi o primeiro bispo de Roma e quais seus sucessores, e a razão é
simples: hoje, muitos protestantes dizem que a sucessão dos bispos de Roma a partir de Pedro é
uma invenção da Igreja Católica. É fácil entender esta posição, porque se o que a Igreja Católica
ensina sobre a sucessão apostólica dos bispos de Roma for verdade, todo o seu corpo doutrinário
cai por terra.

Neste artigo ficará claro que os grandes pastores, reconhecidos em toda a igreja pós-apostólica, e
muitos dos quais deram a vida por Cristo, acreditavam firmemente que os bispos de Roma
sucederam Pedro no cargo de guiar a Igreja com autoridade. Em outras palavras, se hoje um
cristão diz que no Evangelho não há “nenhum traço” que Pedro foi bispo de Roma, com o
presente artigo ficará claro o que pensavam os primeiros cristãos, com a diferença de que estes
últimos (dos Padres Igreja) estão cronologicamente muito mais perto de Jesus e os Apóstolos do
que qualquer um de nós (com uma diferença de uns 1800 anos).

Recentemente o Vaticano colocou a lista de todos os papas em seu site (pode ser visto aqui),
portanto o leitor pode comparar a lista apresentada pelo Vaticano e a lista apresentada pelos
padres da Igreja, dos quais colocaremos o testemunho a seguir.

IRINEU DE LIÃO

Santo Irineu (bispo e Mártir). Foi discípulo de São Policarpo que por sua vez foi discípulo do
apóstolo São João. Conhecido por seu tratado “Contra as Heresias” onde combate as heresias de
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seu tempo, em especial a dos gnósticos. Contra estes mesmos Gnósticos ele diz que a sucessão
dos bispos prova que a doutrina dele é apostólica por causa da sucessão continua, ao contrário
dos gnósticos que não tinha qualquer sucessão de bispos que remetesse aos apóstolos. Para então
provar que o que ele falava era verdade ele elenca a sucessão dos bispos da Igreja e Roma, que
para ele começa com os dois grandes apóstolos Pedro e Paulo:

“Mas visto que seria coisa bastante longa elencar numa obra como esta, as sucessões
de todas as igrejas, limitar-nos-emos à maior e mais antiga e conhecida por todos, à
igreja fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos, Pedro e
Paulo, e, indicando a sua tradição recebida dos apóstolos e a fé anunciada aos
homens, que chegou até nós pelas sucessões dos bispos, refutaremos todos os que de
alguma forma, quer por enfatuação ou vanglória, quer por cegueira ou por doutrina
errada, se reúnem prescindindo de qualquer legitimidade. Pois é uma questão de
necessidade que cada Igreja concorde com esta Igreja, com relação à preeminente
autoridade, ou seja, os fiéis em todos os lugares, na medida que a tradição apostólica
tem sido preservada continuamente por aqueles [homens fiéis] que existem em todos os
lugares.

Os bem-aventurados apóstolos que fundaram e edificaram a igreja transmitiram o


governo episcopal a Lino, o Lino que Paulo lembra na carta a Timóteo. Lino teve
como sucessor Anacleto. Depois dele, em terceiro lugar, depois dos apóstolos, coube o
episcopado a Clemente, que vira os próprios apóstolos e estivera em relação com eles,
que ainda guardava viva em seus ouvidos a pregação deles e diante dos olhos a
tradição. E não era o único, porque nos seus dias viviam ainda muitos que foram
instruídos pelos apóstolos. No tempo de Clemente, surgiram divergências graves entre
os irmãos de Corinto. Então a Igreja de Roma enviou aos coríntios uma carta
importantíssima para reuni-los na paz, reavivar-lhes a fé e reconfirmar a tradição que
há pouco tinham recebido dos apóstolos, isto é, a fé num único Deus todo-poderoso,
que fez o céu e a terra, plasmou o homem e provocou o dilúvio, chamou Abraão, fez
sair o povo do Egito, conversou com Moisés, deu a economia da Lei, enviou os
profetas, preparou o fogo para o diabo e os seus anjos. Todos os que quiserem podem
aprender desta carta que este Deus é anunciado pelas igrejas como o Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo e conhecer a tradição apostólica da Igreja, porque mais antiga do

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que os que agora pregam erradamente outro Deus superior ao Demiurgo e Criador de
tudo o que existe.
A este Clemente sucedeu Evaristo; a Evaristo, Alexandre; em seguida, sexto depois
dos apóstolos foi Sisto; depois dele, Telésforo, que fechou a vida com gloriosíssimo
martírio; em seguida Higino; depois Pio; depois dele, Aniceto. A Aniceto sucedeu
Sotero e, presentemente, Eleutério, em décimo segundo lugar na sucessão apostólica,
detém o pontificado. Com esta ordem e sucessão chegou até nós, na Igreja, a tradição
apostólica e a pregação da verdade. Esta é a demonstração mais plena de que é uma e
idêntica a fé vivificante que, fielmente, foi conservada e transmitida, na Igreja, desde os
apóstolos até agora.”(Contra as heresias – Livro III, 3, 2-3).

A lista de Santo Irineu termina no pontificado do Papa Eleutério, então temos a lista ininterrupta
de Pedro a Eleutério. O leitor deve se perguntar: Por que Santo Irineu menciona “Pedro e Paulo”
na sucessão? Isto porque Paulo também foi bispo em Roma, isto é, ele exerceu lá papel de bispo,
não como bispo “empossado” da cidade em si como Pedro, mas exerceu função de bispo,
ensinando e guiando os romanos na fé, assim como Pedro.

EUSÉBIO DE CESARÉIA (304 d.C)

Eusébio de Cesareia também chamado de Eusebius Pamphili, foi bispo de Cesareia. É o principal
historiador da Igreja primitiva. Ele nasceu em 265 e morreu em 339 d.C, e ficou famoso por sua
obra chamada de “História Eclesiástica”.

Eusébio usa basicamente duas fontes para a lista dos bispos de Roma. A primeira é a lista de
Irineu, já mencionada acima. A segunda é a perdida “Crônica” de Hipólito, bispo de Portus,
escrita cerca de meio século depois de Irineu. Na História Eclesiástica ele também confirma a
lista dos bispos de Roma deixada por Irineu:

“No livro terceiro de sua obra Contra as heresias expõe a sucessão dos bispos de
Roma até Eleutério, de cuja época também investigamos os acontecimentos, e
estabelece a lista como se, de fato, sua obra fosse composta nos tempos deste; escreve
como segue: "Os bem-aventurados apóstolos, depois de haverem fundado e edificado
a Igreja, puseram o ministério do episcopado em mãos de Lino. Este Lino é
mencionado por Paulo em sua carta a Timóteo [2 Timóteo 4:21] Sucede-o Anacleto, e
depois deste, em terceiro lugar a partir dos apóstolos, obtém o episcopado Clemente,
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que também havia visto os bem-aventurados apóstolos e tratado com eles, e tinha ainda
ressoando-lhe nos ouvidos a pregação dos apóstolos e diante dos olhos sua tradição. E
não apenas ele, porque então ainda sobreviviam muitos que haviam sido instruídos
pelos apóstolos. Quando nos tempos deste Clemente surgiu entre os irmãos de Corinto
uma não pequena dissensão, a igreja de Roma escreveu aos Coríntios uma carta
importantíssima tentando reconciliá-los na paz e renovar sua fé e a tradição que
tinham recebido dos apóstolos." E depois de breve espaço diz: ‘A este Clemente
sucede Evaristo, e a Evaristo, Alexandre; depois é instituído Sixto, o sexto portanto a
partir dos apóstolos; e depois deste, Telésforo, que também sofreu gloriosamente o
martírio; logo Higinio; depois Pio, e depois deste, Aniceto; havendo Sotero sucedido a
Aniceto, agora é Eleutério que ocupa o cargo do episcopado, em décimo segundo
lugar a partir dos apóstolos. Pela mesma ordem e com a mesma sucessão chegaram
até nós a tradição e a pregação da verdade que procederam dos apóstolos na Igreja.”
(História Eclesiástica, Livro V, capítulo 5 e 6)

Antes disto, Eusébio já havia dado a lista e atividades dos bispos de Roma até seu tempo. Sua
lista começa em Pedro e termina em Marcelino em 304 d.C que era seu contemporâneo. Abaixo
estão todas as referências à lista dos bispos de Roma deixadas por Eusébio em suas obras:

1º Pedro

“Pedro, de nacionalidade Galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo


inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o
Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade.” (Crônicas de
Eusébio Página 261 parágrafo 2)[1]

"Imediatamente depois, ainda no começo do império de Cláudio, a Providência


universal, boníssima e cheia de amor aos homens, conduziu pela mão a Roma, qual
adversário deste destruidor da vida, o valoroso e grande apóstolo Pedro, o primeiro
dentre todos pela virtude. autêntico general de Deus, munido de armas divinas (Ef
6,14-17; 1Ts 5,8), trazia do Oriente ao Ocidente a preciosa mercadoria da luz
inteligível, e anunciava, como a própria luz (cf. Jo 1,9) e palavra de salvação para as
almas, a boa nova do reino dos céus." (Livro II, Capitulo 14 Versículo 6)

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“Segundo se conta, sob Cláudio, Fílon em Roma relacionou-se com Pedro, que então
pregava aos seus habitantes. Isto é verossímil, visto que o escrito a que nos referimos,
exarado por ele muito mais tarde, encerra evidentemente normas da Igreja, agora
ainda observadas entre nós.” (História Eclesiástica Livro II, Capítulo 17, Versículo
17(1))

“Diz-se que o apóstolo conheceu o fato por uma revelação do Espírito. Alegrou-se com
o desejo deles e aprovou o livro por meio de leitura nas assembleias. Clemente, no
sexto livro das Hypotyposes conta essa história e a confirma com seu testemunho o
bispo de Hierápolis, chamado Papias. Pedro menciona marcos na sua primeira carta
que, diz-se, ele mesmo compôs em Roma, assinalando-a com o nome simbólico de
Babilônia, no seguinte trecho: “A que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda,
como também Marcos, o meu filho” (1Pd 5,13).” (História Eclesiástica – Livro II,
Capítulo 15, Versículo 2)

2º Lino

“mas Lino, que ele menciona na Segunda Epístola a Timóteo 2 Timóteo 4:21 como seu
companheiro em Roma, foi o SUCESSOR DE PEDRO no episcopado da Igreja ali,
como já foi demonstrado. Clemente, que em Roma, foi nomeado terceiro bispo da
igreja, era, como Paulo testifica, seu co-trabalhador e companheiro de lutas.”
(História Eclesiástica: Livro III, capítulo 4 Versículo 8 )

“Depois do martírio de Paulo e de Pedro, o primeiro a ser eleito para o episcopado


da Igreja de Roma foi Lino. Ele é mencionado por Paulo quando escreve de Roma a
Timóteo, na despedida ao final da carta.” (História Eclesiástica: Livro III, capítulo II,
verso 1)

3º - Anacleto

“Depois de imperar Vespasiano durante dez anos, sucede-o como imperador seu filho
Tito. No segundo ano de seu reinado, Lino, bispo da igreja de Roma, depois de exercer
o cargo durante doze anos, transmite-o a Anacleto. Tito, que imperou dois anos e uns
poucos meses, foi sucedido por seu irmão Domiciano.” (História Eclesiástica: Livro III,
capítulo 13)

4º - Clemente

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“No duodécimo ano do mesmo reinado, Clemente sucede a Anacleto, que havia sido
bispo da igreja de Roma durante doze anos. O apóstolo, em sua carta aos Filipenses,
faz saber a estes que Clemente era colaborador seu, dizendo: “Com Clemente também
e os demais colaboradores meus, cujos nomes estão no livro da vida” [Fp 4:3].
(História Eclesiástica: Livro III, capítulo 15)

“Paulo também atesta que Clemente - instituído terceiro bispo da Igreja de Roma -
foi seu colaborador e companheiro de luta.” (História Eclesiástica: Livro III, capítulo 4
versículo 8 )

Aqui Eusébio diz que Clemente é o “terceiro bispo”, quando na realidade é o quarto, isto se deve
porque Eusébio está contanto a sucessão depois de Pedro, o que não inclui o próprio Pedro,
como veremos mais adiante.

5º - Evaristo

“Dos bispos de Roma, no terceiro ano do imperador anteriormente citado, Clemente


terminou sua vida depois de transmitir seu cargo a Evaristo e de haver estado no total
de nove anos à frente do ensinamento da palavra divina.” (História Eclesiástica: Livro
III, capítulo 15)

6º - Alexandre I

“Neste tempo também, tendo Evaristo cumprido seu oitavo ano, o episcopado de
Roma passa para Alexandre, quinto na sucessão a partir de Pedro e Paulo.” (História
Eclesiástica, Livro IV, capítulo 1, versículo 1)

7º - Sisto I

“No terceiro ano do mesmo reinado, morre Alexandre, bispo de Roma, depois de
cumpridos dez anos de governo. Sucedeu-o Sixto.” (História Eclesiástica, Livro IV,
capítulo 1, verso 1)

8º - Telesforo

“Achava-se o reinado em seu décimo segundo ano quando Sixto, que havia cumprido
seu décimo ano no episcopado de Roma, foi sucedido por Telesforo, sétimo a partir
dos apóstolos.” (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 5)

Como dito antes Eusébio não conta Pedro, apenas sua sucessão, dai ele falar “sétimo a partir
dos”.

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9º - Higino

“Depois de pagar este sua dívida, depois de vinte e um anos, o Império romano é
recebido em sucessão por Antonino, o chamado Pio. Em seu primeiro ano morre
Telesforo, que cumpria o décimo primeiro [ano] de seu ministério, e Higinio assume
o episcopado de Roma.” (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 10)

10 º Pio I

“Agora bem, tendo morrido Higinio depois do quarto ano de episcopado, encarrega-se
do ministério em Roma Pio. Em Alexandria foi proclamado pastor Marcos, depois que
Eumenes cumpriu no total treze anos. Morto Marcos depois de dez anos de ministério,
Celadion recebe o ministério da igreja de Alexandria.”. (História Eclesiástica, Livro IV,
capítulo 11)

11º - Aniceto

“Na cidade de Roma, falecido Pio no décimo quinto ano de seu episcopado, assume a
presidência dali Aniceto. Hegesipo conta sobre si mesmo que no tempo deste veio a
estabelecer-se em Roma e que ali viveu até o episcopado de Eleutério." (História
Eclesiástica, Livro IV, capítulo 11)

12º - Sotero

“Havia avançado já até seu oitavo ano o reinado mencionado quando Sotero sucedeu
Aniceto no episcopado da igreja de Roma, tendo este passado nele onze anos
completos.” (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 11)

13º - Eleutério

“Assim pois, Sotero, o bispo da igreja de Roma, morreu depois de governar até seu
oitavo ano, e foi sucedido por Eleutério, décimo segundo a partir dos apóstolos.
Corria o décimo sétimo ano do imperador Antonino Vero.” (História Eclesiástica, Livro
V, capítulo 1)

14º - Victor

“No décimo ano do reinado de Cômodo, Victor sucede a Eleutério, que havia exercido
o episcopado durante treze anos.” (História Eclesiástica: Livro V, capítulo 22)

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“Dizem mesmo que todos os primeiros, inclusive os próprios apóstolos, receberam e


ensinaram isto que agora eles estão dizendo, eque se conservou a verdade da pregação
até os tempos de Victor, que era o décimo terceiro bispo de Roma desde Pedro, mas
que, a partir de seu sucessor, Zeferino..” (História Eclesiástica: Livro V, capítulo 28)

15º - Zeferino

“Estes são os fatos dos tempos de Victor. Tendo estado ele à frente do ministério por
dez anos, é instituído seu sucessor Zeferino, era o nono ano do império de Severo.”
(História Eclesiástica: Livro V, capítulo 28)

16º - Calixto

“Mas tendo Antonino reinado sete anos e seis meses, sucedeu-o Macrino, este manteve-
se por um ano, e novamente recebeu o principado dos romanos outro Antonino. Em seu
primeiro ano morreu Zeferino, bispo dos romanos, depois de ter exercido o ministério
pelo espaço de dezoito anos completos. Depois dele se confiou o episcopado a Calixto,
que viveu ainda cinco anos e deixou o ministério a Urbano.” (História Eclesiástica:
Livro VI, capítulo 21)

17º - Urbano

"Depois dele se confiou o episcopado a Calixto, que viveu ainda cinco anos e deixou o
ministério a Urbano.” (História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 21)

18º - Ponciano

“Enquanto isto ocorria assim, Ponciano sucedia a Urbano, que havia sido bispo da
igreja de Roma durante oito anos” (História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 23)

19º - Antero

“Depois de Maximino, Gordiano [imperador] recebeu em sucessão o principado dos


romanos, e a Ponciano, que havia exercido o episcopado da igreja de Roma por seis
anos, sucedeu Antero...” ( História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 23)

20º - Fabiano

“Antero, que depois de servir no cargo durante um mês, teve como sucessor Fabiano.”
(História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 23)

Eusébio também conta-nos como foi a eleição de Fabiano ao episcopado da Igreja de Roma:

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“Conta-se que Fabiano, junto com outros, depois da morte de Antero, veio do campo e
se estabeleceu em Roma, e que ali, por graça divina e celestial chegou ao cargo
episcopal da maneira mais extraordinária. Efetivamente, estando todos os irmãos
reunidos para eleger o que haveria de receber em sucessão o episcopado e sendo
numerosíssimos os varões ilustres e célebres que estavam na mente de muitos, a
ninguém ocorreu pensar em Fabiano, ali presente; ainda assim, prontamente, segundo
contam, uma pomba vinda do alto pousou sobre sua cabeça, imitando manifestamente
a descida do Espírito Santo em forma de pomba sobre o Salvador. Ante este fato, todo
o povo, como que movido por um único espírito divino, pôs-se a gritar com todo
entusiasmo e unanimemente que este era digno, e sem mais tardar tomaram-no e o
colocaram sobre o trono do episcopado. Por este tempo também, morto Zebeno, bispo
de Antioquia, sucedeu-o no cargo Babilas. E em Alexandria, assim como depois de
Demétrio Heraclas havia recebido o ministério episcopal, a este sucedeu na escola de
catequese Dionísio, outro discípulo de Orígenes.” (História Eclesiástica: Livro VI,
capítulo 23)

21º - Cornélio

“Agora pois, a Felipe, que havia imperado por sete anos, sucede Décio, que por ódio a
Felipe suscitou uma perseguição contra as igrejas. Nela Fabiano consumou seu
martírio em Roma e Cornélio o sucedeu no episcopado.” (História Eclesiástica: Livro
VI, capítulo 29)

22º - Lúcio

“Na cidade de Roma, depois que Cornélio exerceu o episcopado em torno de três anos,
estabeleceu-se como seu sucessor Lúcio...” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 2)

23º - Estêvão

“...Lúcio, que no entanto viveu em seu ministério algo menos que oito meses, e ao
morrer transmitiu seu cargo a Estevão.” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 2)

24º - Sisto II

“Isto diz Dionísio. Quanto a Estevão, depois de ter cumprido seu ministério durante
dois anos, sucede-o Sixto.” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 5)

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“Neste tempo Sixto seguia ainda regendo a igreja de Roma; Demetriano a de


Antioquia, em sucessão a Fábio; e Firmiliano a de Cesaréia da Capadócia; além
destes, regiam as igrejas do Ponto Gregório e seu irmão Atenodoro, discípulos de
Orígenes. Quanto a Cesaréia da Palestina, tendo morrido Teoctisto, recebe o
episcopado em sucessão Domno, mas tendo este sobrevivido pouco tempo, foi instituído
sucessor Teotecno, nosso contemporâneo, que também é da escola de Orígenes. Mas
também em Jerusalém, morto Mazabanes, recebe em sucessão o trono Himeneo, o
mesmo que brilhou muitos anos em nossa época.” (História Eclesiástica: Livro VII,
capítulo 7)

25º - Dionísio

“A Sixto, que presidiu a igreja de Roma durante onze anos, sucedeu Dionísio,
homônimo do de Alexandria.” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 27)

“A quarta de suas cartas sobre o batismo ele escreveu a Dionísio em Roma, então
honrado com o presbiterado, mas que não muito depois recebeu também o episcopado
daquela igreja.”(História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 7)

26º - Félix

“Agora bem, muito pouco tempo antes disto, Félix sucede no ministério ao bispo de
Roma Dionísio, que nele havia passado nove anos.” (História Eclesiástica: Livro VII,
capítulo 30)

27º - Eutiquiano

“Por este tempo, havendo Félix presidido a Igreja de Roma durante cinco anos,
sucede-o Eutiquiano.....” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 32)

28º – Caio

“.... Eutiquiano. Este, que não sobreviveu dez meses inteiros, deixou o cargo a Caio,
contemporâneo nosso...” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 32)

29º - Marcelino [304 d.C]

“...Caio, contemporâneo nosso, e havendo este exercido a presidência uns quinze


anos, institui-se como sucessor Marcelino, a quem também arrebatará a perseguição.”
(História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 32)

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Eusébio nos dá a Lista ininterrupta de 29 papas de Pedro a Marcelino, que governou Roma
durante seu tempo. A lista de Eusébio é continuada por Optato de Milevis que vermos adiante.

O Autor Protestante George Edmundson em seu Livro “A Igreja em Roma no século I” comenta
sobre as fontes de Eusébio:

“Eusébio de Cesaréia nos deixou duas listas dos bispos romanos, um na sua “História
Eclesiástica”, a outra em sua Crônica. A primeira é a lista de Irineu, o início do que
acaba de ser citado. O segundo é derivado da perdida “Crônica” de Hipólito, bispo de
Portus, escrita cerca de meio século depois. Na ‘crônica’ o episcopado de São Pedro
em Roma, é indicado ter durado 25 anos. Na ‘História Eclesiástica’ lemos - ‘Sob o
reinado de Cláudio pela providência benigna e da graça de Deus, Pedro aquele grande
e poderoso apóstolo, que por sua coragem assumiu a liderança de todo o resto, foi
conduzido a Roma.’ Em outras passagens seu martírio com o de Paulo é representado
como tendo lugar após a perseguição de Nero. O intervalo entre as duas datas seriam
aproximadamente de cerca de 25 anos. Agora, é evidente que esses números,
derivados como eles são, de homens como Irineu e Hipólito, que tiveram acesso aos
arquivos e tradições em Roma em si, não podem ser descartados como pura ficção.
Eles devem ter uma base de verdade por trás deles. Eusébio nos diz que, “após o
martírio de Pedro e Paulo, Lino foi o primeiro que recebeu o episcopado em Roma.”.
Agora, a data deste martírio, de acordo com a tradição, recebeu lugar no décimo
quarto ano de Nero ou 67 d.C; se, em seguida, deduzimos 25 anos, chegamos a 42
d.C, que é precisamente a data prevista para a primeira visita de São Pedro a Roma
por São Jerônimo, em sua obra “De Viris Illustribus”. Lembrando que Jerônimo foi o
tradutor da Crônica de Eusébio suas palavras podem ter sido tomadas por ser muito
acostumado com as obras de Eusébio, incluindo o seu perdido ‘Registros dos Martírios
Antigos’, e com as fontes que ele usou. Jerônimo escreve o seguinte: “Simão Pedro,
príncipe dos Apóstolos, depois do episcopado da Igreja de Antioquia e pregando para a
dispersão e os da circuncisão, que tinham acreditado no Ponto, Galácia, Capadócia,
Ásia e Bitínia, no segundo ano de Cláudio vai a Roma para se opor a Simão, o Mago, e
lá por 25 anos ocupou a cadeira sacerdotal até o último ano de Nero, isto é, o décimo
quarto.’ Agora, aqui no meio de uma certa confusão, que serão tratadas com
atualmente, uma data definitiva é dada para a primeira chegada de Pedro em Roma, e,
note-se, é a data de sua fuga da perseguição de Herodes Agripa e seu
desaparecimento da narrativa de Atos.

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Esta evidência de Jerônimo, será vista assim, repousa sobre a de Eusébio, e aquelas
das autoridades anteriores que esse historiador consultou. Tem sido dito que uma das
condições da solidez de uma tradição histórica foi a amplitude e a unanimidade da
sua recepção. Agora, provavelmente, nunca houve qualquer tradição tão
universalmente aceita, e sem uma única voz discordante, como aquela que associa a
fundação e organização da Igreja de Roma, com o nome de São Pedro e que fala de
sua conexão ativa com a Igreja como estendida por um período de cerca de 25 anos.

É desnecessário multiplicar referências. No Egito e na África, no Oriente e no


Ocidente, nenhum outro lugar nunca disputou com Roma a honra de ser a sede de
São Pedro; nenhum outro lugar jamais afirmou que ele morreu lá ou que possuía seu
túmulo. O mais significativo de tudo é o consenso das Igrejas Orientais, que não
falam grego. Um exame atento do armênio e sírio MSS., 121 e, no caso deste último,
tanto das autoridades nestorianas quanto jacobitas, através de vários séculos, não foi
capaz de descobrir um único escritor que não aceitou a tradição petrina romana.”
(http://www.ccel.org/ccel/edmundson/church.v.html)

CATÁLOGO LIBERIANO (354 d.C)

A mais importante prova é trazida através do documento intitulado “Catálogo liberiano” - assim
chamado por causa do Papa cujo nome termina a lista. A coleção de escritos do qual faz parte foi
editada (aparentemente por um Furius Dionísio Philocalus) em 354 d.C. O catálogo consiste de
uma lista dos bispos romanos de Pedro a Libério, com tempo de seus respectivos episcopados, as
datas consulares, o nome do imperador reinante, e em muitos casos, outros detalhes. Há o mais
forte motivo para acreditar que a primeira parte do catálogo, até Ponciano (230-35), é a obra de
Hipólito de Portus. É claro que até este ponto o compilador do quarto século estava fazendo uso
de uma autoridade diferente da que ele emprega para os papas subseqüentes: e há evidências que
tornam quase certo que a obra de Hipólito “Chronica” continha uma lista desse tipo. O reinado
do Ponciano, aliás, seria o ponto em que essa lista teria parado: Hipólito e ele foram condenados
à servidão nas minas da Sardenha - um fato que cronografista faz menção quando fala do
episcopado do Ponciano.

Esta cronografia traz tanto o nome dos papas, quanto o tempo de duração do seu episcopado, e
também quais imperadores reinavam durante seu tempo. Daremos aqui o texto em latim e em
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seguida sua tradução em português:

“IMPERANTE TIBERIO CAESARE PASSVS EST DOMINVS NOSTER IESVS


CHRISTVS DVOBVS GEMINIS CONS. VIII KAL. APR. ET POST ASCENSVM
EIVS BEATISSIMVS PETRVS EPISCOPATVM SVSCEPIT. EX QVO TEMPORE
PER SVCCESSIONEM DISPOSITVM, QVIS EPISCOPVS QVOT ANNIS
PREFVIT VEL QVO IMPERANTE.
Petrus ann XXV mens. uno d. VIIII. fuit temporibus Tiberii Caesaris et Gai et Tiberi
Claudi et Neronis, a consul. Minuci et Longini usque Nerine et Vero. Passus autem cum
Paulo die III kal. Iulias consul. ss. imperante Nerone.

Linus ann XII m. IIII d. XII. fuit temporibus Neronis, a consulatu Saturnini et
Scipionis usque Capitone et Rufo.

Clemens ann. VIIII m. XI d. XII. fuit temporibus Galbe et Vespasiavi, a cons. Tracali
et Italici usque Vespasiano VI et Tito.

Cletus ann. VI m. duo dies. X. fuit temporibus Vespasiani et Titi et initia Domitiani, a
cons. Vespasiano VIII et Domitiano V usque Domitiano VIIII et Rufo.

Anaclitus ann. XII m. X d. III. fuit temporibus Domitiani, a cons. Domitiano X et


Sabino usque Domitiano XVII et Clemente.

Aristus annos XIII m. VII d. duos. fuit temporibus novissimis Domitiani et Nervae et
Traiani, a cons. Valentis et Veri usque Gallo et Bradua.

Alexander ann. VII m. II d. uno. fuit temporibus Traiani a cons. Palmae et Tulli
usque Veliano et Vetere.

Sixtus ann. X m. III d. XXI. fuit temporibus Adriani a cons. Nigri et Aproniani usque
Vero III et Ambibulo.

Telesforus annos XI m. III d. III. fuit temporibus Antonini Macrini a cons. Titiani et
Gallicani usque Caesare et Balbino.

Higinus ann. XII m. III d. VI. fuit temporibus Veri a cons. Gallicani et Veteris
usque Presente et Rufino.

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Pius ann. XX m. IIII m. XXI. fuit temporibus Antonini Pii, a cons. Clari et Severi
usque duobus Augustis. sub huius episcopatu frater eius Ermes librum scripsit, in quo
mandatum continetur, quae ei precepit angelus, cum venit ad illum in habitu pastoris.

Soter ann. IX m. III d. II. fuit temporibus Antonini et Commodi, a cons. Veri et
Hereniani usque Paterno et Bradua.

Victor ann. VIIII m. II d. X. fuit temporibus Antonini, a cons. Saturnini et Galli


usque Presente et Extricato.

Calixtus ann. V m. II d. X. fuit temporibus Macrini et Eliogabali, a cons. Antonini et


Adventi usque Antonino III et Alexandro.

Urbanus ann. VIII mens. XI d. XII. fuit temporibus Alexandri, a cons. Maximi et
Eliani usque Agricola et Clementino.

Pontianus ann. V m. II d. VII. fuit temporibus Alexandri, a cons. Pompeiani et


Peligniani. Eo tempore Pontianus episcopus et Yppolitus presbiter exoles sunt deportati
in Sardinia in insula uocina Severo et Quintiano cons. in eadem insula discinctus est
IIII kal. Octobr. et loco eius ordinatus est Antheros XI kal. Dec. cons. ss.

Antheros m. uno dies. X. Dormit III non. Ian. Maximo et Africano cons.

Fabius ann. XIIII m. I d. X. fuit temporibus Maximini et Cordiani et Filippi, a cons.


Maximini et Africani usque Decio II et Grato. passus XII kal. Feb. hic regiones divisit
diaconibus et mul|tas fabricas per cimiteria fieri iussit. post passionem eius Moyses et
Maximus presbyteri et Nicostratus diaconus comprehensi sunt et in carcerem sunt
missi. eo tempore supervenit Novatus ex Africa et separavit de ecclesia Novatianum et
quosdam confessores, postquam Moises in carcere defunctus est, qui fuit ibi m. XI d. XI.

Cornelius ann. II m. III d. X. a cons. Decio IIII et Decio II usque Gallo et


Volusianuo. sub episcopatu eius Novatus extra ecclesiam ordinavit Novatianum in urbe
Roma et Nicostratum in Africa. hoc facto confessores, qui se separaverunt a Cornelio,
cum Maximo presbytero, qui cum Moyse fuit, ad ecclesiam sunt reversi. post hoc
Centumcellis expulsi. ibi cum gloria dormitionem accepit.

Lucius ann. II m. VIII d. X. fuit temporibus Galli et Volusiani usque Valeriano III et
Gallieno II. hic exul fuit et postea nutu dei incolumis ad ecclesiam reversus est III non.
Mar. cons. ss.

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Steffanus ann. IIII m. II d. XXI. fuit temporibus Valeriani et Gallieni, a cons.


Volusiani et Maximi usque Valeriano III et Gallieno II.

Xystus ann. II m. XI. d. VI. coepit a cons. Maximi et Glabrionis usque Tusco et Basso
et passus est VIII id. Auga cons. Tusci et Bassi usque in diem XII kal. Aug. Aemiliano et
Basso cons.

Dionisius ann. VIII m. II d. IIII. fuit temporibus Gallieni, ex die XI kal. Aug.
Aemiliano et Basso cons. usque in diem VII kal. Ian. cons. Claudi et Paterni.

Felix ann. V m. XI d. XXV. fuit temporibus Claudi et Aureliani, a cons. Claudi et


Paterni usque in consulatum Aureliano II et Capitolino.

Eutycianus ann. VIII m. XI d. III. fuit temporibus Aureliani, a cons. Aureliano III et
Marcellino usque in diem VII idus Dec. Caro II et Carino cons.

Gaius ann. XII m. IIII d. VII. fuit temporibus Cari et Carini, ex die XVI kal. Ian.
cons. Carino II et Carino usque in X kal. Mai. Diocletiano VI et Constantio II.

Marcellinus ann. VIII m. III d. XXV. fuit temporibus Diocletiani et Maximiani ex die
prid. kal. Iulias a cons. Diocletiano VI et Constantio II usque in consul. Diocletiano
VIIII et Maximiano VIII. || quo tempore fuit persecutio et cessavit episcopatum ann.
VII m. VI d. XXV.

Marcellus annum unum m. VI d. XX. fuit temporibus || Maxenti, a cons. X et


Maximiano usque post consulatum X et septimium.

Eusebius m. IIII d. XVI, a XIIII kal. Maias usque in diem XVI kal. Sept.

Miltiades ann. III m. VI d. VIII, ex die VI nonas Iulias a consulatu Maximiano VIII
solo, quod fuit mense Sep. Volusiano et Rufino, usque in III idus Ianuarias Volusiano et
Anniano coss.

Silvester ann. XXI m. XI. Fuit temporibus Constantini, a consulatu Volusiano et


Anniani [314] ex die prid. kal. Feb. usque in diem kal. Ian. Constancio et Albino coss.
[335]

Marcus mens. VIII dies XX. et hic fuit temporibus Constantini, Nepotiano et Facundo
coss. [336] ex die XV. kal. Feb. usque in diem non. Octob. coss. ss.

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Iulius ann. XV m. I d. XI. fuit temporibus Constantini, a consulatu Feliciani et Titiani


[337] ex die VIII id. Feb. in diem pridie idus Apr. Constancio V et Constancio Caes.
[352]. hic multas fabricas fecit: basilicam in via Portese miliario III; basilicam in via
Flaminia mil. II quae appellatur Valentini; basilicam Iuliam, quae est regione VII iuxta
forum divi Traiani; basilicam trans Tiberim regione XIIII iuxta Callistum; basilicam in
via Aurelia mil. III ad Callistum.

Liberius fuit temporibus Constanti et Constanti ex die XI kal. Iun. in diem a consulatu
Constantio V et Constantio Caes. coss. [352]”

Tradução:

“QUANDO TIBÉRIO CÉSAR REINAVA, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO


MORREU, OS DOIS GÊMEOS SENDO CONSULES, NO OITAVO DIA ANTES
DAS CALENDAS DE ABRIL. E DEPOIS DE SUA ASCENSÃO O ABENÇOADO
PEDRO ASSUMIU O EPISCOPADO. A PARTIR DESSE MOMENTO
MOSTRAREMOS PELA SUCESSÃO DE ORDENAÇÕES, QUEM FOI BISPO,
QUANTOS ANOS PRESIDIU OU QUEM ERA IMPERADOR.

Pedro - 25 anos, 1 mês, 9 dias. Ele esteve nos tempos de Tibério César e Caio e Tibério
Cláudio e Nero, junto do consulado de Minucius e Longinus [30 d.C] ao de Nero e
Verus [AD 55]. No entanto, ele morreu com Paulo no 3º dia antes das calendas de
julho, como o Imperador Nero sendo cônsul.

Lino - 12 anos, 4 meses, 12 dias. Ele esteve na época de Nero, do consulado de


Saturnino e Scipio [56] ao de Capito e Rufus [67].

Clemente - 9 anos, 11 meses, 12 dias. Ele estave nos tempos de Galba e Vespasiano, do
consulado de Tracalus e Italicus [68] ao de Vespasiano pela 6ª vez e Tito [76].

Cleto - 6 anos, 2 meses, 10 dias. Ele estava nos tempos de Vespasiano e Tito e o início
de Domiciano, do consulado de Vespasiano pela 8ª vez e Domiciano pela 5ª [77] ao de
Domiciano pela 9ª vez e Rufus [83].

Anacleto -12 anos, 10 meses e 3 dias. Ele estava no tempo de Domiciano, do consulado
de Domiciano pela 10ª vez e Sabino [84] ao de Domiciano pela 17ª vez e Clemente
[95].

Evaristo - 13 anos e 7 meses, 2 dias. Ele estava nos últimos tempos de Domiciano, e de
Nerva e Trajano, do consulado de Valente e Vero [96] ao de Gallus e Bradua [108].
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Alexandre - 11 anos, 2 meses, 1 dia. Ele estava no tempo de Trajano, do consulado de


Palma e Tullus [109] ao de Velianus e Vetus [116].

Sisto 10 anos, 3 meses, 21 dias. Ele estava no tempo de Adriano, do consulado de


Níger e Apronianus [117] ao de Vero pela 3ª vez e Ambibulus [126].

Telésforo 11 anos, 3 meses, 3 dias. Estava na época de Antoninius Macrinus do


consulado de Titianus e Galicano [127] ao de César e Balbino [137].

Higino 12 anos, 3 meses, 6 dias. Ele estava na época de Vero, do consulado de


Galicano e Vetus [150] ao de Praesens e Rufino [153].

Pio - 20 anos, 4 meses, 21 dias. Ele estava no tempo de Antonino Pio, do consulado de
Clarus e Severo [146] ao dos dois imperadores [161]. Sob o seu episcopado, seu irmão
Hermas escreveu o livro, no qual estão contidos os mandatos, que um anjo lhe ensinou,
quando ele veio a ele na roupa de um pastor.

Sotero 9 anos 3 meses, 2 dias. Ele estava nos tempos de Antonino e Cômodo, do
consulado de Vero e Herenianus [171] ao de Paternus e Bradua [185].

Victor 9 anos, 2 meses 10 dias. Ele estava no tempo de Antonino, do consulado de


Saturnino e Gallus [198] ao de Praesens e Extricatus [217].

Calisto 5 anos, 2 meses, 10 dias. Ele estava nos tempos de Macrino e Heliogábalo, do
consulado de Antonino e Adventus [218] ao de Antoninus pela 3ª vez e Alexandre
[222].

Urbano 8 anos e 11 meses, 12 dias. Ele estava na época de Alexandre, do consulado de


Máximo e Elianus [223] ao de Agricola e Clementinus [230].

Ponciano 5 anos, 2 meses e 7 dias. Ele estava na época de Alexandre, do consulado de


Pomeianus e Peignianus [231]. Nesse tempo, o exilado bispo Ponciano e o presbítero
Hipólito foram deportados para a Sardenha, na ilha de Vocina, Severo e Quintianus
sendo cônsules [235]. Na mesma ilha que ele morreu no 4º dia antes das calendas de
outubro e em seu lugar Antero foi ordenado no 11º dia antes das calendas de dezembro,
os imperadores sendo cônsules [235].

Antero um mês, 10 dias. Ele dormiu no 3º dia antes das nonas de Janeiro, Máximo e
Africanus sendo cônsules. [236]

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Fábio 14 anos, 1 mês, 10 dias. Ele estava nos tempos de Maximino e Gordiano e
Filipe, do consulado de Maximino e Africanus [236] ao de Décio pela segunda vez e
Gratus [250]. Ele morreu no 12º dia antes das calendas de fevereiro. Nesta época, ele
dividiu as regiões entre os diáconos e ordenou muito trabalho de construção feita pelos
cemitérios. Depois de seu martírio os presbíteros Moisés e Máximo e o diácono
Nicóstrato foram presos e jogados na prisão. Ao mesmo tempo Novato veio da África e
o separado da Igreja, Novaciano e alguns desses confessores, depois que Moisés
morreu na prisão, que tinha sido há 11 meses e 11 dias.

Cornélio 2 anos, 3 meses, 10 dias. Do consulado de Décio pela 4ª vez e Decius pela 2ª
vez [251] ao de Gallus e Volusianus [252]. Sob seu episcopado Novato ordenou
Novaciano fora da igreja na cidade de Roma e Nicóstrato na África. Depois disto, os
confessores, que se haviam se separado de Cornélio, com Máximo, o presbítero, que
tinha estado com Moisés, voltou para a igreja. Depois disso, ele foi expulso de 100
edifícios. Lá com a glória, ele morreu.

Lúcio 2 anos, 8 meses, 10 dias. Ele estava nos tempos de Gallus e Volusianus até
Valeriano pela 3ª vez e Galiano pela 2ª [255]. Nesta época, ele foi exilado e,
posteriormente, pela vontade de Deus, ele foi restaurado ileso à igreja no terceiro dia
antes das nonas de março, os imperadores sendo cônsules.

Estevão 4 anos, 2 meses, 21 dias. Ele estava nos tempos de Valeriano e Galieno, do
consulado de Volusianus e Máximo [253] ao de Valeriano pela 3ª vez e Galiano pela 2ª
[255].

Sisto 2 anos e 11 meses, 6 dias. Ele começou a partir do consulado de Máximo e


Glabrio [256] ao de Tuscus e Bassus [258] e morreu no 8º dia antes dos idos de agosto
do consulado de Tuscus e Bassus [258] ao 12º dia antes das calendas de agosto,
Aemilianus e Bassus sendo cônsules. [259]

Dionísio 8 anos e 2 meses, 4 dias. Ele estava no época de Galiano, do 11º dia antes das
calendas de agosto, Emiliano e bassus sendo cônsules [259] ao 7º dia antes das
calendas de Janeiro, no consulado de Claudius e Paternus [269].

Félix 5 anos, 11 meses, 25 dias. Ele estava nos tempos de Cláudio e Aureliano, do
consulado de Claudius e Paternus [269] ao consulado de Aureliano pela 2ª vez e
Capitolinus [274].

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Eutiquiano 8 anos, 11 meses, 11 dias. Ele estava na época de Aureliano, do consulado


de Aurelian pela 3ª vez e Marcelino [275] ao o 7º dia antes dos idos de Dezembro, Caro
pela 2ª vez e Carino sendo cônsules [283].

Caio 12 anos, 4 meses e 7 dias. Ele estava nos tempos de Caro e Carino, desde o dia
16, antes das calendas de Janeiro, no consulado de Carinus pela 2ª vez e Carino [283]
ao 10º dia antes das calendas de Maio, Diocleciano pela 6ª vez e Constâncio pela 2ª
vez (sendo cônsules) [296].

Marcelino 8 anos, 3 meses, 25 dias. Ele estava nos tempos de Diocleciano e


Maximiano desde o dia antes das calendas de julho, do consulado de Diocleciano pela
6ª vez e Constâncio pela 2ª [296] ao consulado de Diocleciano pela 9ª vez e Maximiano
pela 8ª [304 ]. Neste tempo houve uma perseguição e o episcopado cessou por 7 anos,
6 meses e 25 dias.

Marcelo 1 ano, 6 meses, 20 dias. Ele estava no tempo de Maxêncio, do consulado dele
mesmo pela 10ª vez e Maximiano [308] ao o ano após seu 10º consulado e do 7º (de
Maximiano) [309].

Eusébio de 4 meses, 16 dias, a partir do 14º dia antes das calendas de maio ao dia 16º
antes das calendas de setembro.

Melquíades 3 anos, 6 meses, 8 dias, a partir do 6º dia antes das nonas de julho no
consulado de Maximiano pela 8ª vez sozinho, que foi no mês de setembro, de
Volusianus e Rufino [311] ao terceiro dia antes idos de Janeiro, Volusianus e Annianus
sendo cônsules [314].

Silvestre - 21 anos, 11 meses. Ele estava no tempo de Constantino, do consulado de


Volusianus e Annianus [314] do dia antes das calendas de fevereiro, até as calendas de
Janeiro, Constâncio e Albinus sendo cônsules. [335]

Marcus - 8 meses e 20 dias. E este estava na época de Constantino, Nepociano e


Facundus sendo cônsules [336] do 25º dia antes das calendas de fevereiro até as nonas
de outubro, os imperadores sendo cônsules.

Júlio 15 anos, 1 mês, 11 dias. Ele estava na época de Constantino, do consulado de


Felicianus e Titianus [337] do oitavo dia antes dos idos de fevereiro até a data antes
dos idos de abril, Constâncio pela quinta vez e Constâncio Caesar (sendo cônsules)
[352]. Este fez muito trabalho de construção: a basílica na via Portese na 3ª etapa;

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uma basílica na Via Flamínia na segunda etapa, que é chamada de valentiniana;


basílica Julia, que está na região 7 perto do forum do Trajano deificado; uma basílica
através do Tibre, na região 14 perto de Calisto; uma basílica na via Aureliana na 3ª
etapa em Calisto.

Liberio - Ele esteve nos tempos de Constâncio e Constâncio, do 11º dia antes das
calendas de junho, à partir do consulado de Constâncio pela 5ª vez e Constâncio César
sendo cônsul. [352]” (Catálogo Liberiano. Cronografia de 354 - Parte XIII)

OPTATO DE MILEVIS (380 d.C)

Optato foi bispo na cidade de Milevi na Numídia, no século IV, ele é lembrado principalmente
por suas obras contra o donatismo. E é em uma destas obras contra o donatismo que ele cita a
lista dos bispos de Roma de Pedro até o seu tempo, nela temos:

“Você não pode, então, negar que você sabe que sobre Pedro pela primeira vez na
cidade de Roma foi concedido a Cathedra Episcopal, em que sentou Pedro, o chefe de
todos os Apóstolos (razão pela qual ele foi chamado Cefas), que, nesta Cathedra, a
unidade deve ser preservada por todos, se os outros Apóstolos pudessem alegar ----
cada um por si ---- separadas cátedras, de modo que aquele que colocasse uma
segunda Cathedra contra a única Cathedra já seria um cismático e um pecador.
Bem, então, por uma Cathedra, que é a primeira dos legados, Pedro foi o primeiro a
sentar.

A Pedro sucedeu Lino, a Lino sucedeu Clemente, a Clemente Anacleto, a Anacleto


Evaristo, a Evaristo Sisto, a Sisto Telesforo, a Telesforo Higino, a Higino Anaceto, a
Anaceto Pio, a Pio Sotero, a Sotero Alexandre, a Alexandre Victor, a Victor Zeferino, a
Zeferino Calisto, a Calisto Urbano, a Urbano Ponciano, a Ponciano Antero, a Antero
Fabiano, a Fabiano Cornélio, com Cornélio Lúcio, a Lúcio Estevão, a Estevão Sisto, a
Sisto Dionísio, a Dionísio Felix, a Felix Marcelino, a Marcelino Eusébio, Eusébio
Melquíades, a Melquíades Silvestre, a Silvestre Marcus, a Marcus Júlio, a Júlio Libério,
a Libério Dâmaso, a Dâmaso Sirício, que hoje é o nosso colega, com quem "o mundo
inteiro", através da relação sexual de cartas de paz, concorda com a gente em um
vínculo de comunhão.

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Agora você mostre a origem da sua Cathedra, vocês que pretendem reclamar a Santa
Igreja para si!” (Contra os Donatistas- Livro 2, Capítulo 2,3)

SÃO JERÔNIMO (396 d.C)

Jerônimo de Stridon (ou do latim: Eusebius Sophronius Hieronymus) viveu entre os séculos IV e
V. Nasceu em Stridon, uma cidade na Dalmácia e Pannonia, por volta do ano 340 d.C; morreu em
Belém, em 30 de setembro de 420.

Apesar de São Jerônimo não ter uma lista corrida de bispos de Roma, ele menciona a ordem de
alguns em seus escritos, o que nos mostra que a lista dos bispos de Roma era bem conhecida
dentre os primeiros Cristãos:
1º Pedro

“Simão Pedro, O filho de João, da Vila de Betsaida na província da Galiléia, irmão de


André o Apóstolo, e ele mesmo príncipe dos Apóstolos, depois do episcopado da Igreja
de Antioquia e pregando para a dispersão e os da circuncisão, que tinham acreditado
no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, no segundo ano de Cláudio vai a Roma
para se opor a Simão, o Mago, e lá por 25 anos ocupou a cadeira sacerdotal até o
último ano de Nero, isto é o décimo quarto.” (Dos homens ilustres - Capitulo 1)

4º Clemente

"Clemente, de quem o apóstolo Paulo escreve aos Filipenses diz: "Com Clemente e
outros de meus companheiros de trabalho, cujos nomes estão escritos no livro da vida",
(cf. Fl 4:3) o quarto bispo de Roma depois de Pedro, se de fato o segundo foi Lino e o
terceiro Anacleto, embora a maioria dos latinos pensam que Clemente foi o segundo
depois do apóstolo.” (Dos Homens Ilustres - Capítulo 15)

13º Victor

“Victor o décimo terceiro Bispo de Roma, escreveu: Sobre a controversa da pascoa e


algumas outras obras pequenas. Ele governou a Igreja por dez anos no reinado do
imperador Severo.” (Dos Homens Ilustres - Capítulo 34)

22º Estevão

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“Cipriano de abençoada memória tentou evitar as cisternas e não beber das águas
estranhas, e, portanto, rejeitando batismo herético, convocou seu Sínodo Africano em
oposição a Estevão que era o vigésimo segundo sucessor do bem-aventurado Pedro
na Sé de Roma. Eles se reuniram para discutir o assunto, mas a tentativa falhou. Por
último aqueles bispos que tinham se reunido com ele e determinado que os hereges
deveriam ser re-batizados, voltaram para o velho costume e publicaram um novo
decreto...” (Contra os Luciferianos 23)

Assim, São Jerônimo também confirma a lista de Eusébio e Santo Irineu.

AGOSTINHO DE HIPONA (400 d.C)

Agostinho foi bispo de Hipona (litoral noroeste da África). Nasceu em Tagaste (Numídia) em 13
de Novembro de 354 e morreu em Hipona em 28 de Agosto de 430. Ele é um dos mais
proeminentes doutores da Igreja. Em seu ministério combateu fortemente as heresias dos
Maniqueus e Pelagianos. Em sua Epístola 53, nos dá a lista de bispos de Roma:

“Se vamos considerar a ordem dos Bispos que se vão sucedendo, más certa e
consideradamente empezaremos a contar desde Pedro, figura de toda a Igreja, a quem
disse o Senhor: “sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela” (cf. Mt 16:18) - A Pedro Sucedeu Lino, Clemente, Anacleto,
Evaristo, Alexandre, Sisto, Telésforo, Higino, Aniceto, Pio, Sótero, Eleutério, Victor,
Zeferino, Calisto, Urbano, Ponciano, Antero, Fabiano, Cornélio, Lúcio, Estêvão,
Sisto, Dionísio, Félix, Eutiquiano, Caio, Marcelino, Marcelo, Eusébio, Miltíades,
Silvestre, Marcos, Júlio, Libério, Dâmaso e Sirício, cujo sucessor é o presente bispo
Anastácio. Em esta ordem de sucessão nenhum Bispo donatista é encontrado. Só
recentemente enviaram de Improviso uma pessoa ordenada que com alguns africanos
se ganhou em Roma o apelido de monenes ou cutzuptas.” (EPÍSTOLA 53, 1.2)

Vemos então acima o Santo afirmar que Pedro “portou a figura da Igreja inteira” e ainda citar a
ordem ininterrupta da sucessão apostólica a partir de São Pedro. O escrito acima foi feito pelo
Santo Bispo de Hipona principalmente para combater os donatistas.

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11/06/2020 A sucessão dos bispos de Roma segundo os padres da Igreja - Apologista Católicos

CONCLUSÃO

A verdade dos fatos testifica, portanto, a ininterrupta lista dos bispos de Roma, demonstrada e
confirmada pelos mais grandiosos Padres da Igreja que viveram pouco tempo após os apóstolos,
e cujo pensamento influenciou várias gerações até a modernidade.

É difícil imaginar como há quem, mesmo diante de tão claras provas, ainda queira objetar contra
a fundação petrina da Igreja de Roma, só mesmo a cegueira intelectual e espiritual para fazer com
que alguém negue o que é facilmente atestado por uma pessoa com um pouco de inteligência.
 

BIBLIOGRAFIA

A bibliografia a seguir, serve para o estudioso pesquisar a lista dos papas da Igreja em fontes
originais e históricas, a partir delas toda a sucessão dos bispos de Roma até poucos séculos atrás
pode ser traçada:

Liber Pontificalis, escrito provavelmente pelo Papa São Dámaso I (366-384) e que foi sendo
sucessivamente complementado no decorrer dos séculos; foi editado em termos críticos e
científicos por Louis Duchesne.
Chronicon Pontificum et Imperatorum, de Martinho de Tropau O. P. (+ 1278). A terceira
edição desta obra vai até Nicolau II (1277-1280). Cf. ed. L. Welland, em Monumenta
Germanie Historica, Scriptoros XXII, pp. 327-345;

Liber de Vita Christi ae omnium Pontificum, de Platina. Editio Princeps, Venetiis 1479.

Epitome Pontificum Romanorum a S. Pedro usque ad Paulum III. Gestorum electionis


singulorum et conclavium compandiaria narratio, de O. Panvínio, Roma 1557.

Annales de Barônio, Roma 1588. A cronografia de Barônio, que vai até 1198, foi
reconhecida por quase todos os historiadores até o século passado.

Conatus chronologico-historicus ad universam seriem Romanorum Pontificum - Daniel


Papebroch.

Mémoires - Tillemont, Paris 1693-1712.

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11/06/2020 A sucessão dos bispos de Roma segundo os padres da Igreja - Apologista Católicos

Chronologia Romanorum Pontificum in pariete australi basilicae S. Pauli Viae Ostiensis


depicta saee. V seu aetate S. Leonis Pp. Magni cum additione reliquorum Summorum
Pontificum nostra ad hace tempora perducta, - G. Marangoni, Roma 1751.

Regesta Pontificum - Jaffé até 1198, e de Potthast até 1304.

Hierarchia Catholica - Eubel, de 1198 em diante.

NOTAS

[1] Ler sobre a controvérsia da passagem aqui:


<http://apologistascatolicos.com.br/index.php/patristica/controversias/767-sao-jeronimo-
falsificou-os-25-anos-de-pedro-em-roma-nas-cronicas-de-eusebio>

PARA CITAR

RODRIGUES, Rafael. A sucessão dos bispos de Roma pelos padres da Igreja. Disponível em:
<http://apologistascatolicos.com.br/index.php/patristica/estudos-patristicos/775-a-sucessao-dos-
bispos-de-roma-segundo-os-padres-da-igreja>. Desde: 25/02/2015

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Rafael Kawai • 5 anos atrás


Eu não entendo. Você usa uma passagem que diz que Lino
foi o PRIMEIRO a obter o episcopado em Roma, mas põe
Lino como o SEGUNDO papa. O mesmo faz com Clemente.
Cadê a coerência?
www.apologistascatolicos.com.br/index.php/patristica/estudos-patristicos/775-a-sucessao-dos-bispos-de-roma-segundo-os-padres-da-igreja 25/29
11/06/2020 A sucessão dos bispos de Roma segundo os padres da Igreja - Apologista Católicos
Cadê a coerência?
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Apologistas Mod > Rafael Kawai


• 5 anos atrás • edited
Você realmente leu a matéria?

Se você prestar atenção vai ver que a citação fala


"PRIMEIRO DEPOIS' ou seja, Lino foi o PRIMEIRO
DEPOIS de PEDRO, juntamente com Clemente que
foi o TERCEIRO DEPOIS. Isso não quer dizer que
antes de Lino não existia um bispo em Roma, quer
dizer somente que depois de seu fundador e Apóstolo
Pedro, quem por primeiro assumiu a cátedra de
Roma foi Lino, é só você ler:

“...Lino, que é mencionado na II carta a Timóteo


indicando que se encontra com ele em Roma, já foi
demonstrado anteriormente que foi designado para o
episcopado da igreja de Roma, O PRIMEIRO
DEPOIS DE PEDRO...” (História Eclesiástica: Livro
III, capítulo 4 Versículo 8 )

A mesma coisa acontece com Alexandre que é dito


com QUINTO DEPOIS DE PEDRO.

“Neste tempo também, tendo Evaristo cumprido seu


oitavo ano, o episcopado de Roma passa para
Alexandre, quinto na sucessão a partir de Pedro e
Paulo.” (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 1,
versículo 1)

Fora que seria realmente uma incoerência ler que


Eusébio fala que Pedro foi quem fundou a Igreja de
Roma no início do império de Claúdio e depois achar
que antes de Lino não houve bispo em Roma, sendo
que Lino só assumiu o cargo em Roma no império de
Nero, isto é, 25 anos depois de Pedro ter fundado a
Igreja lá.
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Vinícius (JHS) > Apologistas • 6 meses atrás


Chega a ser cômico discutir esses FATOS 20
séculos depois e ter gente que ainda insiste
nessa teimosia. A sucessão apostólica é uma
questão, antes de tudo, de LÓGICA. Como a
religião cristã sobreviveria e permaneceria no
tempo sem continuadores da obra da
evangelização? Qual é a dificuldade, meu
Deus?
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11/06/2020 A sucessão dos bispos de Roma segundo os padres da Igreja - Apologista Católicos

Helbert Alves Correa Lima > Rafael Kawai


• um ano atrás
As origens do cristianismo em Roma não são claras.
Em Roma havia uma forte colonia de judeus, que
alguns autores calculam em torno de 50.000, e que
poderia ter sido o ponto de partida para a expansão
do cristianismo. Paulo esteve prisioneiro em Roma
(conf. Atos 28:15-16; 30-31), enquanto que as
tradições sobre a permanência de Pedro e seu
posterior martírio com Paulo, sob o governo de Nero,
remontam à segunda metade do século II. Não
conhecemos nada de sua vida em Roma, de sua
pregação e das circunstâncias de seu martírio, a não
ser das alusões esporádicas de alguns escritores do
século III cujo valor histórico é pouco confiável, já que
nelas se misturam lendas, devoções e comentários
de segunda mão. A maioria dos cristãos conhecem
as lendas apócrifas como os Atos de Pedro, que
narram as aventuras de Pedro em Roma, sua luta
contra Simão o Mago, sua tentativa de fuga até
reencontrar Cristo e sua volta para ser crucificado de
cabeça para baixo. Estes relatos carecem de valor
histórico e pertencem melhor à religiosidade popular
do século III.
Não conhecemos quando se deu a passagem de um
governo colegial presbíteros-bispos ao de um bispo
monárquico que presidira a igreja. Já sabemos que a
Carta de Clemente consiste em uma carta da igreja
de Deus em Roma à de Corinto sem que faça a
menor referência ao bispo. O mesmo ocorre nas
cartas de Inácio de Antioquia que não nomeia o bispo
quando se dirige a Roma, apesar de sua insistência
em ressaltar a importância do bispo em cada igreja.
O primeiro testemunho que alude ao bispo de Roma
é o Fragmento Muratori, de fins do século II, que
afirma que Hermas é o irmão do bispo de Roma, Pio.
Porém esse suposto bispo tão pouco se menciona
nunca nos escritos de Hermas e resulta pouco
provavel que sendo Hermas um escravo tivesse um
irmão bispo. Nem Irineu, nem Tertuliano, nem
Orígines fazem a menor alusão, embora
conhecessem os escritos de Hermas.
As diversas listas episcopais romanas que
conhecemos são tardia e não coincidem nem nos
nomes nem na cronologia. Possivelmente
construíram-se para mostrar a continuidade episcopal
a partir de personagens conhecidos dessa igreja, aos
que se apresentam como bispos. Irineu coloca como
primeiro bispo de Roma a Lino e Tertuliano a
Clemente, segundo ele, ordenado pelo próprio Pedro.
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11/06/2020 A sucessão dos bispos de Roma segundo os padres da Igreja - Apologista Católicos
g
Outras listas de meados do século III, colocam Pedro
como primeiro bispo da igreja romana, com o que o
apóstolo se converteria no primeiro hierarca de uma
igreja local. A afirmação de são Jerônimo, recolhida
por Eusébio, de que Pedro viveu durante 25 anos em
Roma, tendo Lino e Cleto como auxiliares que lofo
foram seus sucessores é incompatível com a tradição
histórica que data sua morte sob o império de Nero
na década dos anos 60. Há muitas listas sucessórias
parecidas em outras igrejas importantes, como
Antioquia, Alexandria e Jerusalém, sem que tenham
um valor histórico confiável ao enumerar os
personagens e sua cronologia.
Em Roma, a sucessão episcopal surgiu
provavelmente na segunda metade do século II. A
comunidade judia romana carecia de um governo
centralizado e estava dispersa em uma dezena de
sinagogas. Não há portanto uma sucessão episcopal
inicial, nem a sucessão apostólica pode entender-se
de forma mecânica. A importãncia da igreja romana
está em ser a igreja da capital, por seus aspectos
políticos e econômicos; por ser uma igreja muito
conhecida e com vínculos com outras igrejas; por sua
hospitalidade e generosidade e sobretudo por sua
dupla relação com os apóstolos Pedro e Paulo. [...] é
ainda uma igreja que conta com importantes recursos
econômicos que emprega para atender aos pobres e
visitantes de outras igrejas e sua famosa e excelente
administração e eficiência como corresponde a
capital de um grande império.
Contudo, daí não se pode deduzir nem uma primazia
jurídica nem apostólica dessa igreja. Nem há tão
pouco nela a menor alusão a Pedro para sustentar
direitos sobre outras igrejas. Como outras igrejas
principais intervem nos assuntos que afetam a todos
os cristãos e mantem relações epistolares com outras
igrejas, sem que se possam deduzir daí direitos e
privilégios algum. Vítor ( (180-198) intervenho em um
conflito com as igrejas da Ásia Menor, que não
aceitavam o calendário litúrgico que se utilizava em
Roma. Já antes houve tensões pelo mesmo motivo
entre Policarpo e e Aniceto. Vítor manda que se
realizem sínodos para resolver esta questão,
ameaçando com excomunhão às igrejas que não
aceitem seu calendário. Há aqui uma clara
intervenção autoritária fora de Roma sua intervenção
não foi aceita pelas outras igrejas. O mesmo Irineu,
que falara sobre a importãncia da igreja romana,
rechaçou esta intervenção do papa Vítor e não lhe
concedeu direito algum para intervir autoritariamente
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11/06/2020 A sucessão dos bispos de Roma segundo os padres da Igreja - Apologista Católicos
concedeu direito algum para intervir autoritariamente
em outras igrejas. Fonte: Para comprender como
surgiu la iglesia Juan Antonio Estrada
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