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A subalternidade na obra “a morte de Ivan Ilitch”

Spivak trata a questão da subalternidade derivando de um conceito marxista de proletariado,


aonde o subalterno é todo aquele que se encontra na base, alimentando o topo e ao mesmo
tempo procurando sua própria ascensão a ele. Ao longo da obra desenha-se um contexto
hierárquico social aonde as relações de poder estaram emaranhadas nas relações efetivas e
profissionais.

Quando Ivan se casa sua vida domiciliar se organiza de forma hierárquica de forma que a voz
de Fiódorovna se torna secundária nas decisões da família, Bruna Valença vai explicar em seu
artigo que “o sujeito subalterno feminino está ainda mais na obscuridade, considerando
que sofre também com a dominação masculina perpetuada pela construção ideológica de
gênero” sendo assim a mulher sofrera duas vezes a condição de sulbalterno.Ele casa-se por
puro interesse e ao longo da obra o casamento vai se esvaindo pois a relação de ambos é
material e não emotiva. Ambos vivem em cadeias sociais e sofrem com elas mesmo que Ilitch
esteja no topo dessa hierarquia familiar.

Depois vem sua relação com o servo que é de total desumanização ele não é nada além de um
objeto que serve para sastifazer a vontade do seu chefe ( a ideia de chefe é muito respeitada
nessa obra) o que constitui um ambiente sem emoções, movido pelo dinheiro e demais
entereces.

A obra retrata uma forma de vida positivista onde é movida pelo: Racionalismo, reservas
econômicas, ambição de poder, dinheiro e materialização do ser. Com a doença do
protagonista esses conceitos vão se desfazendo na cabeça do personagem dando lugar a novas
emoções antes não percebida chegando ao ponto de se sentir feliz com o carinho e afeto do
servo que antes era tratado com impessoalidade, apesar de o mundo continuar o mesmo a
noção de Ivan para o mundo já não é mais a mesma.

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