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Disciplina: Ergonomia
Objetivos: esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja
capaz de:
1. conhecer as áreas da Ergonomia e suas interfaces;
2. estabelecer as etapas fundamentais à organização da pesquisa
ergonômica em um estudo investigativo;
3. apresentar os domínios da ergonomia.
4. A ergonomia e as áreas da saúde.
AULA 2
Áreas da Ergonomia
Diversas são as áreas do conhecimento que isoladamente, no
passado, apresentaram limitações em suas abordagens, deste modo, a
Ergonomia surgiu aproveitando a variedade das informações e integrando-as
em uma abordagem sistêmica em que o ser humano é o alvo principal da
abordagem. A ergonomia dialoga com conteúdos provenientes das áreas tais
com: Ciências da Vida, Ciências Humanas, Ciências Sociais, Ciências
Técnicas. Em cada uma dessas ciências há diversas áreas em que se
aplicam a ergonomia em maior ou menor contexto.
Entretanto, em todas as pesquisa nas quais se aplicam a Ergonomia, pode-
se dizer, considera-se o usuário como elemento central. Em alguns casos os
aspectos analisados referem-se a presença coletiva ou individual. As
relações coletivas estão associadas as áreas como: Psicologia, Linguística e
a Sócio-Técnica. Já os aspectos individuais associam-se as áreas da
Medicina do Trabalho, Higiene e Segurança do Trabalho e Fisiologia.
Pesquisas em Ergonomia
A pesquisa na área ergonômica é, como já dissemos, bastante ampla
e complexa, uma vez que estuda essencialmente a pessoa humana em suas
diversas relações sócio-técnicas. Neste sentido, busca-se conhecer as
capacidades limites do ser humano, seja no campo neurológico, muscular,
biomecânicos psicológico e todos os assuntos correlacionados a relação da
pessoa ao ambiente ou equipamento em sua atividade de trabalho
(MORAES; MONTÁLVÃO, 2000).
Ainda que a solução não possa ser alcançada por completo, encontrar uma
maneira de reduzir os impactos é fundamental e em muitos casos o suficiente
para a situação. Obviamente alcançar a solução plena aumentará as chances
de se atingir o conforto e consequente desempenho para o operador. “A
vocação da Ergonomia é recuperar o sentido antropológico do trabalho, gerar
o conhecimento atuante e reformador que impede a alienação do trabalhador
[...]”.MORAES, MONT’ALVÃO, 2000, p. 16).
Atividade 1
Atende ao Objetivo 1: conhecer as áreas da Ergonomia e suas interfaces.
Resposta Comentada:
Ainda que o posto não tenha em sua atividade produtiva a presença humana,
não quer dizer que em algum momento não haverá. A atividade humana
poderá ser requisitada para a manutenção ou mesmo por motivos
relacionados de reiniciação de um sistema, caso possua um. Paradas
emergenciais também poderão ser requisitadas e isso faz do posto, alvo dos
estudos ergonômicos. Considerando a dinâmica do mercado por solicitar
modelos personalizados ou customizados acabam por influenciar os atuais
processos de produção, geralmente requerendo ajustes constantes dos
postos, seja pela mudança das máquinas e ferramentas e inclusive no ajuste
da produção. Ver Produção Puxada e Empurrada.
Uma estação de trabalho que já tenha sofrido uma Ação Ergonômica estará
sujeita a novos prejuízos, caso haja alguma mudança no ambiente, no
processo, ou produto/serviço aplicados, exigindo, portanto, uma atualização
da equipe de ergonomia. As novas tecnologias aplicadas aos processos de
produção aumentam a dinâmica no setor produtivo e consequentemente as
intervenções ergonômicas serão mais requeridas.
Atividade 2
Atende ao Objetivo 2: estabelecer as etapas fundamentais à organização da
pesquisa ergonômica em um estudo investigativo.
Resposta Comentada:
Conhecer os parâmetros permitirá ao ergonomista identificar o problema,
sem a visão crítica do posto de trabalho será muito difícil se estabelecer
correlações que levem ao diagnóstico. A tipificação dos parâmetros permitirá
encontrar informações que possam auxiliar na construção do diagnóstico.
Domínios da Ergonomia
Atividade Final
Atende aos Objetivos 3 e 4: apresentar os domínios da ergonomia; a
ergonomia e as áreas da saúde.
Resumo
Nesta aula, pode ser percebido que a Ergonomia e suas interfaces
permitiram relacionar os assuntos do conhecimento que isoladamente, no
passado, apresentaram limitações em suas abordagens, deste modo, a
ergonomia surgiu aproveitando a variedade das informações e integrando-as
em uma abordagem sistêmica em que o ser humano é o alvo principal da
abordagem. Para que os estudos ergonômicos aconteçam foi fundamental
estabelecer etapas e nelas o profissional reconheceu os parâmetros
encontrados em cada relação homem x máquina. Quanto aos domínios da
Ergonomia, Física, Cognitiva e Organizacional, pode-se dizer que cada um
deles ofereceu experimentos próprios em que se aplicam ferramentas de
análise e investigação, muitas delas no próprio local da investigação,
permitindo apreender sobre a situação estudada. Por fim, o leitor irá ter
percebido que há grande importância nas diversas conexões estabelecidas
com as outras áreas da ciência e conhecimento, especialmente a área da
saúde, e que muitos casos as análises ergonômicas do trabalho precisarão
de conhecimentos específicos da medicina, psicologia entre outras para que
possa estabelecer as análises e consequentemente as tomadas decisão.
Referências
ALMEIDA, Rodrigo Gomes de. A ergonomia sob a ótica anglo-saxônica e a
ótica francesa. Disponível em: Vértices, Campos dos Goytacazes, RJ, v. 13,
n. 1, p. 115-126 , jan./abr. 2011.