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INTRODUCÃO
Algumas considerações sobre a sua profissão
Agora que a sua escolha está feita, você será empregado de mesa. Mas ao certo
porquê?
Simplesmente porque é uma profissão onde você pensa ganhar bem a sua vida? Ou
porque parece uma profissão interessante, que o atrai firmemente? A sua escolha ou
casualidade dependem da sua resposta, se abordar as dificuldades com entusiasmo e
optimismo, ultrapassa-as facilmente, senão cada dia pode bem parecer como um
interminável sucessão de problemas.
Nesta profissão como noutras, estamos sempre a aprender. A vantagem é que o seu
progresso será manifestado por vós e pelos vossos chefes. Os conhecimentos profissionais
nunca são suficientes, as qualidades pessoais desenvolver-se-ão à medida da experiência
adquirida. É pois uma profissão que favorece a expansão da personalidade, as prestações
individuais aparecem imediatamente perante os clientes e perante o chefe. Se estiver
consciente terá já dado o seu primeiro passo nesta actividade profissional.
É com este espírito que nós desejamos que encontre bastantes atractivos neste livro,
bem como na sua profissão.
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Technologie du Service / Sylvia Meyer, Edy Schmid, Christel Spuhler / Edição FSCRH / Suiça / 1988
A Mise-en-place
É dela que depende a fluidez do serviço. Engloba todos os trabalhos preliminares que
facilitam o serviço. Exige um sentido rigoroso de ordem e de higiene irreprimível. A perfeição
da mise-en-place é condição rigorosa para um bom serviço.
Relação com os clientes
Neste domínio as qualidades pessoais do colaborador, são mobilizadas.
Nomeadamente a mestria de trato e a intuição que comandam todo o seu comportamento.
A relação com a clientela revela a concepção que o empregado tem da sua profissão.
Quer ele se aplique com o mínimo de esforço, quer ele se sinta plenamente responsável do
bem estar dos seus clientes com quem vai estabelecer um contacto pessoal, criar uma
corrente de simpatia, esforçar-se por discernir os seus gostos e satisfazer os seus desejos,
faze-los sentir nesta atmosfera de sorridente cumplicidade, onde se entendem por meias
palavras. Visto sob este ângulo, o contacto com a clientela, é certamente decisivo na escolha
da sua profissão.
A Venda
A venda está ligada ao serviço, pelo que o empregado deve ser também conselheiro
do cliente. Considere-se a organização de um restaurante: constatará também a importância
das tarefas de que está incumbido. Com efeito nem a cozinha (produção), nem a gestão
(administração) podem exercer qualquer influência directa sobre as receitas. Só o serviço
(venda) toca o cliente (compra).
A venda da ao empregado a ocasião de tirar partido da sua bagagem profissional, ele
deve conhecer na ponta da língua todas as iguarias e bebidas propostas pelo seu
estabelecimento. Mas não é tudo. Graças a ele se, se engana no copo: cada bebida exige o
seu copo, a sua temperatura; presta um serviço incorrecto. É preciso que tenha tudo
presente.
Espera-se igualmente que ele seja capaz de aconselhar ao cliente os vinhos que se
combinam melhor com as iguarias escolhidas. E também, deverá conhecer, com certeza, o
método e tempo de confecção das diferentes iguarias. Enfim, é preciso que esteja convicto
da qualidade das iguarias e das bebidas. Desta forma se ele sabe vender com competência
o produto do estabelecimento, sustentará activamente os esforços da brigada de cozinha.
Esta breve descrição dos três domínios da sua actividade, mostram bem que a arte de
bem servir vai além de um bom serviço.
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Especialidades
Segundo a importância e tipo estabelecimento, existem de outros colaboradores
especializados
- Chefe de Banquetes - Responsável pela organização de banquetes
- Food & Beverage Manager - Responsável pela gestão das compras e vendas para comidas e bebidas
- Escanção - Responsável pelo serviço de vinhos e outras bebidas
- Barman - Responsável pelo serviço de Bar
- Chefe de Andares - Responsável do serviço de quartos (room-service)
Recepcionista - Encarregada de receber os clientes e sentar
2- O CONHECIMENTO DO MATERIAL
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Roupa de mesa bem limpa, um mesa bem posta, eis o que é sempre de bom agoiro.
Se a tolha está manchada (com nódoas), o cliente não precisa de ter o olfacto apurado para
se aperceber destas falhas. Claro que a qualidade da roupa e o desdobramento dos talheres
varia segundo o tipo de estabelecimentos. Mas qualquer que seja o estabelecimento, uma
higiene impecável e uma apresentação harmoniosa, devem ser rigorosos. Não se trata de
um luxo mas de um imperativo absoluto.
Se é responsável do restaurante, então é assim que deve exercer as suas qualidades.
Não existe em trocar uma toalha de mesa. Independentemente de tudo isto, uma toalha
custa demasiado caro, pelo que só devem ser lavadas em caso de extrema necessidade, e
nunca lava-las prematuramente, já que as lavagens frequentes as gastam. Cuide-as
convenientemente.
Flanela ou Bancal
Na origem os bancais eram de tecido de lã ou de cotão parecido ao da flanela. Hoje é,
quase sempre, de matéria sintética, e já não conservam o seu nome. O bancal, coloca-se
sempre em primeiro lugar nas mesas. Se é em flanela, fixa às quatro pernas da mesa. Mas
também e frequente encontrar os seus cantos com um elástico para o ajustar mais facilmente
à mesa. As tolhas inferiores de fibra sintética, em borracha, ou munidas de um revestimento
correspondente com as dimensões da mesa. O bancal:
- Impede a toalha de escorregar;
- Dá à toalha um toque de macieza;
- Protege a mesa do calor e absorve os líquidos entornados;
- Amortece os barulhos do serviço e contribui para uma atmosfera agradavelmente fortuita.
- Aumenta a duração das toalhas.
As toalhas
Expostas ao olho crítico do cliente elas, merecem a vossa vigilância. Devem estar com
uma limpeza irreprimível e bem sempre passadas. A sua colocação correcta é abordada
mais à frente.
Os toalhetes
São uma toalha 80x80 em. Colocada sobre a toalha serve geralmente para disfarçar
os ligeiros traços do uso, de cinza ou outro tipo de nódoas. Consoante o tipo de
estabelecimento, pode ter uma função decorativa, tom sobre tom numa toalha de cor.
É preciso salvaguardar o uso abusivo dos toalhetes. Bem como evitar coloca-los sobre
uma toalha suja (a higiene acima de tudo). Também podem ser colocados de uma forma
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assimétrica, uma mesa standard (80x120 em) onde se torna um elemento decorativo. Bom
fica a seu gosto.
Os guardanapos
Nos restaurantes, os guardanapos (em tecido ou em papel) são evidentemente
mudados para cada cliente. Nas salas de jantar das pensões, ao contrário, o uso é
geralmente mantido e colocado aos clientes numa bolsa com o seu nome, dentro da qual se
colocam os seus guardanapos. Estes são mudados periodicamente segundo as normas do
estabelecimento.
Toalhetes.
Nos restaurantes de bairro das cidades, os toalhetes individuais de papel ou de tecido,
tomam o lugar da toalha. Se bem que sejam, evidentemente, mudados para cada cliente.
Pano de serviço
O pano de serviço, que faz parte integrante do seu equipamento pessoal, conta
igualmente como se fosse roupa de mesa do estabelecimento. Traga-o sempre consigo, mas
porque está exposto à vista do cliente, está submetido a regras, particularmente, severas
tanto do ponto de vista higiénico, como do ponto de vista estético. Se estiver sujo, substitua-
o mesmo durante o serviço. Nunca o utilizar para fins aos quais não está destinado. Traz-se
sempre no antebraço esquerdo e utiliza-se apenas para servir as travessas quentes e os
pratos escaldantes.
O guardanapo para o serviço de vinhos
Em inúmeros estabelecimentos dispõe-se de guardanapos especiais para o serviço de
vinhos. Senão utiliza-se para este fim, os guardanapos de mesa fora de serviço, é necessário
reforçar esta utilização para evitar toda a confusão. Dobrados no sentido do comprimento,
servem apenas, para no momento do desarrolhar as garrafas de vinho e vinhos espumantes,
limpar o gargalo antes e depois da saída da rolha.
mesmo que dizer, exclusivamente nas mesas principescas. A sua utilização propagou-se no
século XVI, conservando as características luxuosas e extravagantes que não paravam de
proporcionar zombaria (situações de gozo).
Mostram-se de seguida os talheres que são o resultado de urna longa evolução. E
para concluir, esta parte a forma de os limpar e polir.
1- Faca a carne. Para os pratos de resistência/pratos principais.
2- Faca de sobremesa. Para o pequeno-almoço, as entradas, frutas, queijos, peixes fumados
(salmão, e enguia), pão, tostas caviar e coxas de rã.
3- Faca de peixe. Para os pratos de peixe e Espinhagem para o pessoal de serviço
4- Garfo a carne. Para os pratos de resistência, certos legumes
(espargos, alcachofras), patés, corno talher de serviço juntamente com urna colher a sopa.
5-Garfo a sobremesa. Para entradas, sobremesas, das, peixes fumados (salmão crustáceos,
e eventualmente sobremesas queijos, frutas, salada de enguias), cocktail de pastelaria.
6- Garfo a peixe. Para os pratos de peixe e Espinhagem para o pessoal de serviço.
7-Garfo de pastelaria. Para bolos, tortas e outras pastelarias
8- Colher a sopa. Para as sopas servidas em prato a sopa, esparguete, para os molhos,
corno talher de juntamente com um garfo a carne para os serviço
9- Colher a sobremesa. Para as sopas em tigela, sobremesas, caracóis e meias meloas.
10- Espátula a peixe. Colher achatada (espátula), pode ser utilizada no lugar da faca a peixe:
conveniente para peixes com molho.
11- Colher a chá. Para o chá e alguns doces servidos em taça (leite creme, mousse de
chocolate, etc.)
12- Colher a café. Para o café, chá, chocolate quente, cocktails de crustáceos e de frutas,
meias toranjas, gelados e sopas de tartaruga.
13-Colher a café expresso. Para o café expresso e"ristretto", para limpar o tutano (do
ossobuque), por exemplo da perna de vitela.
14-Colher de gelado. Para as taças de gelado e para os cafés gelados.
15-Pinça de caracóis. Exclusivamente reservada para os caracóis.
16-Garfo a caracóis. Exclusivamente reservado para os caracóis.
17-Alicate para lagosta. Exclusivamente reservado para lagostas.
18-Garfo para lagosta. Exclusivamente reservado para lagosta.
19-Garfo a ostras. Exclusivamente reservado para as ostras
20-Garfos para "fondue". Exclusivamente reservado a par "fondue"
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velhos de Itália
7- Fluts de Champanhe. Para Champanhes e cocktails com Champanhe.
8- Fluts a espumosos. Para os vinhos espumosos, alemães, espanhóis, portugueses.
9- Taça a champanhe. Para o asti espumante
10- Copo a vinho do Reno. Copo alto com pé utilizado unicamente para os vinhos do Rêno,
de Moselle e de Alsacia.
11- "Roemer". Copo espesso e pesado, de corpo abaulado, utilizado para os vinhos abertos,
tintos e brancos (medida obrigatória 2 dl).
12- Balão de Conhaque. Unicamente para o Conhaque (marcação obrigatória)
13- Balão Grande a espirituosos. Para os Conhaques de marca e para as aguardentes
envelhecidas em cascos (marcação obrigatória).
14- Balão pequeno de espirituosos. Para as aguardentes: Calvados, bagaceiras, e
aguardentes de frutos envelhecidas. (marcação obrigatória.)
15- Cilindro a espirituosos. Cilindro para todos os espirituosos tais como: bagaceiras,
aguardentes de frutos, cereais e vegetais bebidas simples sem serem envelhecidas.
16- Taça a cocktail. Taça pequena para cocktails (Short-Drink)
17- Copo a vinhos de sobremesa. Copo pequeno com pé para os vinhos de sobremesa e
certos licores (marcação obrigatória)
18- Copo a vinhos aperitivos. Copo grande sem pé para os "Long-Drink" e aperitivos.
(marcação obrigatória).
19- Copo de Whisky. Copo largo e cilíndrico para o whisky. (marcação obrigatória).
20- Copo a Irish Coffee. Copo com pé em forma de tulipa para o Irish coffee (café adicionado
de whisky irlandês e natas).
21- Copo a café. Copo resistente ao calor, para o café elaborado. Colocar uma colher dentro
do copo, antes de encher com que o liquido salte ou o liquido quente para evitar copo parta.
22- Copo a chá. Reservado ao chá e aos "grogs". Coloca-lo sempre sobre um pires forrado
com um guardanapo de papel absorvente.
23- Copo a leite. Copo para leite frio (marcação obrigatória)
24- Taça para gelados. Copo espesso para sobremesas e gelados
25- Jarro agua. Para servir o vinho aberto ou a agua fresca. (marcação obrigatória)
26- Decanteur. Em cristal para decantar os vinhos tintos velhos. (separar o liquido do
depósito).
27- Standard. Para as cervejas de pressão e latas (marcação obrigatória).
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28- Fluts a cerveja. Para as cervejas abertas (de pressas). Marcação obrigatória.
29- Copo a Pilsener. Reservado a cerveja Pilsener (marcação obrigatória).
30- Tulipa a cerveja. Para as cervejas aberta ou em lata (marcação obrigatória).
31- "Chope". Copo espesso ou recipiente geralmente em grés para as cervejas abertas ou
latas. O nome varia de acordo com a forma do copo, (marcação obrigatória).
Pratos e chávenas
Cerca do século VII, antes de Cristo, já os chineses tinham descoberto a porcelana.
Foi introduzida na Europa no século XIII e o seu preço foi, durante muito tempo, inacessível
ao comum dos mortais. Os objectos em porcelana tinham então um grande valor.
O caso, ainda hoje, dos produtos provenientes das celebres fábricas de: Meissem,
Nyphemburg Worcester, Sevres) e sobretudo se, se trata de porcelanas antigas. No exercício
da sua profissão, raramente terá ocasião de encontrar destas relíquias. Nos nossos dias a
porcelana de mesa, bem mais simples, não dispensa menos a nossa atenção e cuidados.
1- Prato de fundo (20-23 cm). Para sopas, conquilagem, caracóis e especialidades de
massas
2- Prato raso (24-28 cm). Para os pratos principais, entradas frias diversa, sobremesas
flambeados (creppes), como prato de suporte com um guardanapo para as iguarias
gratinadas (caneloni), e para as iguarias servidas em prato fundo: sopas caracoletas,
massas, etc.
3- Prato a sobremesa (19-20 cm). Para o pequen6-almoço, saladas, sobremesas e entradas
frias. Como prato de suporte com um guardanapo (em papel ou pano), para os frutos
cocktails de crustáceos, timbaletes, legumeiras, molheiras, taças de gelado e baldes de gelo.
Para recolher os restos (ossos, espinhas, etc.).
4- Prato a pão. Para o pão, como suporte de contendo: manteiga, açúcar, os dedos
(lavabos), os cinzeiros, as compotas, recipientes condimentos, os lava contas, etc.
5- Chávena a consommé. Para os caldos e consommés em tigela, para sopas frias com
frutos.
6- Chávena de café. Para o café, o chá, as bebidas quentes com leite
7 - Chávena de expresso. Para café expresso, restretto e caldos servidos em pequena
quantidade.
recipientes.
Ainda estes utensílios e chegaremos ao fim deste capitulo dedicado às travessas e
outros recipientes.
Vamos agora conhecer todos os acess6rios dos quais necessitamos para o serviço,
ou mais exactamente a uso em quase todo o lado.
1- Travessas. Existem dentro das dimensões mais diversas: ovais, redondas, e
rectangulares, com ou sem tampa. As travessas são utilizadas, nomeadamente para servir
carnes e peixes que não nadem em molho. Aço cromado com níquel é o material mais
conveniente para às travessas de carne. Existem também as que são douradas ou em
porcelana.
2- Caçarolas. Recipiente redondo ou oval para as carnes com molho.
3- Legumeira. As legumeiras são utilizadas não só para servir os legumes, mas igualmente o
arroz, as massas e as batatas. Qualquer que seja a sua forma, redonda ou rectangular vem
sempre munida com tampa. Em princípio é apresentada sobre um prato forrado com um
guardanapo de papel.
4- Caçarola oval. Faz as vezes de uma legumeira, de travessa para os estufados com
bastante molho e acompanhados de uma guarnição. Traz também uma tampa que permite
conservar o calor.
5- Peixeira. Utiliza-se particularmente para servir trutas "au blue" ou peixes escalfados. A
peixeira está munida com um fundo duplo perfurado que se pode elevar com a ajuda das
duas pegas laterais. Desta forma, é só à mesa que se tira o peixe do "court bouillon" caldo
em que foi cozido lentamente ao vapor.
6- Terrina de sopa. No serviço à carta, a terrina é utilizada para servir as sopas. De qualquer
forma e dada a composição actual dos menus, perdera a sua importância.
7- Campânulas. As campânulas servem para manter a comida entre quente a cozinha e a
sala.
8- Prato de caracóis. Existem dois tipos concebidos para os dois modos de preparação. Nos
de forma mais achatada, as caracoletas são cozidas em manteiga no forno mas com a sua
carapaça.
9- Prato a caracóis em porcelana. Nos de porcelana com alvéolos mais perfurados, são
igualmente cozidas em manteiga mas sem a sua carapaça. Ambos são servidos sobre um
prato coberto com um guardanapo em papel.
10- Molheiras. No serviço à carta que propõe pratos de carne, o molho ou o suco, são
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servidos à parte numa molheira, colocada sobre um prato a sobremesa com um guardanapo
de papel por baixo ou sobre outro suporte do mesmo material da molheira acompanhada
com uma concha para molhos ou uma colher a sobremesa. Recipiente geralmente alongado
em forma de barco, a molheira pode ter igualmente outras formas e variados tamanhos.
11- Lava-dedos. Os lava-dedos (lavabos) são pequenos recipientes arredondados (meia
bola) com agua quente e uma rodela de limão, apresentados sobre um prato a pão forrado
com um guardanapo (papel ou pano) e acompanhado de um guardanapo para o cliente
limpar as mãos após utilizar o lava-dedos. São colocados do lado esquerdo, em frente ao
garfo a carne, quando se serve: frango, espargos, crustáceos e todas as iguarias em que o
cliente tenha necessidade de usar as mãos. Podem ser substituídos por guardanapos
embebidos em produtos de limpeza e refrescantes (ex: os utilizados na primeira classe de
algumas carreiras de certas companhias aéreas).
12- Cafeteira. Em inox, metal ou porcelana, para o café servido em porções, como é o caso
do café do pequeno-almoço.
13- Bules. Em inox, metal ou porcelana, para o chá em porção como é o caso do chá do
pequeno-almoço
14- Leiteira. Em metal ou porcelana, para o lei te servido com o pequeno-almoço ou para as
doses individuais.
15- Balde para gelo. Quase cheio de água e cubos de gelo, é utilizado para servir o vinho
branco, rose e o Champanhe para os refrescar e conservar frescos. É apresentado sobre um
prato a sobremesa forrado com um guardanapo.
16- Cesto porta garrafas. Para servir os vinhos tintos velhos e evitar a turvação dos depositas
(sedimentos) do vinho.
3- A MISE EN PLACE
Esta parte trata da mise-en-place, que permitirá o desenvolvimento do serviço sem
problemas. Parte muito importante das suas funções, é dela que depende a reputação do
serviço do seu estabelecimento. Em duas palavras, trata -se do controlo quotidiano de todos
os acessórios e utensílios dos quais tenha necessidade. Então comece, logo de manha, bem
atento, com os olhos bem abertos, para que nada escape. E sobretudo não seja, calão. Só
uma mise-en-place meticulosa assegura um serviço cuidado.
As tarefas menos importantes à vista do cliente, executadas no oficio,
contribuem para a qualidade do serviço no restaurante.
Se por assim dizer um hotel possuir um oficio, o que não é o caso de todos os
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Talheres prateados
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las com a ajuda de agua quente e uma faca. Assegure-se igualmente, se as superfícies não
apresentam asperezas: baixos-relevos, fios puxados, ver os botões da farda portadora de
uma verdadeira simpatia para os clientes do estabelecimento, para evitar todas as desculpas
que possamos dar.
2- Jornais. Tê-los actuais, guardando os da véspera e tê-los a disposição do cliente.
3- Menus e listas. Troca-los pontualmente sem esquecer a vitrine.
4- Plantas. Colocar as plantas em jarras, quanto às flores cortar os pés, mudar a água
e trocar as flores velhas.
5- Temperatura. Controlar e corrigir eventualmente, regulando o aquecimento ou a
ventilação. A ordem e a higiene são essenciais: mas a impressão visual é igualmente
determinante. Esforce-se por ver o restaurante com os olhos do cliente, para imaginar a sua
reacção.
4. O BUFFET
O Buffet ou a roda é mais ou menos o centro nervoso da sua solução de serviço. É á
que se organiza a maior parte da sua actividade, onde vai pedir e buscar as iguarias e as
bebidas, onde encontra o material necessário à mise-en-place. É lá, que se encontra também
a caixa registadora. Antigamente dizia-se que o buffet, era o posto de comando, o local onde
batia o coração do restaurante.
O buffet, centro de distribuição e posto de controlo do serviço
É no buffet que são distribuídas as iguarias e as bebidas pedidas. Tradicionalmente
constitui a ligação entre a cozinha e a sala. Aí entregam-se os pedidos dos clientes, vão-se
buscar as travessas e as bebidas. Nos dois sentidos, o ticket tem um papel importante:
conforma o pedido dos clientes transmitido à cozinha e serve de ticket de controle para quem
faz a recepção do pedido.
À parte da sua função intermediaria, entre a cozinha e a sala, o buffet tem igualmente
à sua guarda as reservas para o dia seja as bebidas e em geral tudo o que é necessário em
função do menu e da carta do dia, depois o pão, o queijo ralado, passando pelo leite, a
manteiga, as natas, etc. O empregado do buffet e os empregados do restaurante assumem
uma grande responsabilidade: completar as reservas, transmitir os pedidos da cozinha,
distribuir e controlar após a recepção dos Tickets: os pratos, as bebidas (preparar e servir
estas ultimas).
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1- Ponto de convergência
Neste ponto o cliente retém o conjunto dos olhares. Do ponto de vista da venda
representa a localização mais judiciosa para as ofertas que assegurem uma boa margem de
lucro. Seria um erro colocar ai os pratos que se vendem bem, mas cuja margem de lucro é
reduzida. O ponto de convergência, convêm particularmente às promoções de vendas
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suplementares desejadas.
2- O ângulo visual favorável
É para aqui que se olha em segundo lugar. Do ponto de vista da venda, este local é
indicado para anunciar os pratos e as especialidades da casa prometendo uma boa margem
de lucro.
3- O ângulo visual desfavorável
Ai pode-se colocar os pratos que façam obrigatoriamente parte da oferta do
restaurante com estreita margem de lucro. É o canto das "saucisses à rôtir " e dos
"entrecôtes, pommes frits" que se vendem por assim dizer, por si próprios.
Elaboração da lista. Alguns pontos importantes:
- Oferecer separadamente os pratos frios e os pratos quentes.
- Agrupar separadamente os acepipes, sopas, peixes e pratos principais.
- Em cada rubrica mencionar as iguarias ligeiras antes das iguarias substanciais.
- Fazer sobressair as saladas.
- Precisar a quantidade de calorias Joules para as iguarias pobres em calorias.
- Designar clara e simplesmente cada prato sem renunciar a uma descrição pr6pria de fazer
crescer água na boca.
- Renovar as especialidades da casa e os pratos de estação, segundo a época do ano e
evidenciar em papel agrafado à oferta anual, standard.
- Apresentar as sobremesas separadamente numa lista sedutora, assinalando claramente
com letra grandes na lista de iguarias.
- A numeração das iguarias facilita o serviço e o trabalho da cozinha. Algumas caixas
registam o rendimento se necessário. No entanto, não incitam ao consumo. Solução,
frequentemente adoptada, um exemplar da lista que tenha esta numeração é fixada à caixa
registadora. Assim o cliente designa a iguaria desejada pelo seu nome, mas o seu pedido
(ticket/buffet/cozinha) efectua-se à base de um número.
A lista de bebidas é o espelho da cave/adega
Se as bebidas não figuram na lista de iguarias, apresentam-se separadamente aos
clientes na carta dos vinhos. Quando temos um casal, a lista de vinhos é remetida ao senhor,
a menos que ele exprima um desejo diferente.
A imagem de marca de um estabelecimento é como um puzzle: a lista de vinhos é
uma peça tão importante como a lista de iguarias. são de evitar todas as razuradelas e
correcções manuscritas ou outras. Se a apresentação se deve distinguir pela sua
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