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PARA INSPETOR DE
PINTURA INDUSTRIAL
Nível 1
Módulo VI
Corrosão
1. CORROSÃO.............................................................................................................................................................................. 7
2. IMPORTÂNCIA DA CORROSÃO..........................................................................................................................................10
5. MEIOS CORROSIVOS.......................................................................................................................................................... 20
7. TIPOS DE CORROSÃO..........................................................................................................................................................23
15. EXERCÍCIOS.........................................................................................................................................................................57
Lista de figuras
Figura 01 – Ciclo dos Metais...................................................................................................................................................8
Figura 02 – Pilha de Corrosão Eletroquímica..................................................................................................................13
Figura 03 – Pilha Galvânica..................................................................................................................................................14
Figura 04 – Pilha de Ação Local.......................................................................................................................................... 17
Figura 05 – Pilha Ativa – Passiva.........................................................................................................................................18
Figura 06 – Pilha de Concentração Iônica Diferencial..................................................................................................18
Figura 07 – Pilha de Concentração Diferencial de Oxigênio (Aeração Diferencial)..............................................19
Figura 08 – Esquemas das Formas de Corrosão ...........................................................................................................22
Figura 09 – Princípios Básicos de Proteção Catódica...................................................................................................52
Figura 10 – Proteção Catódica com Anodos Galvânicos de uma estrutura enterrada........................................53
Figura 11 – Esquema de um Sistema de Proteção Catódica por Corrente Impressa............................................55
Lista de tabelas
TABELA 01 – Potenciais Eletroquímicos de Oxidação de Alguns Metais.................................................................15
TABELA 02 – Série Galvânica de Materiais no Solo.......................................................................................................15
TABELA 03 – Série Galvânica de Materiais na Água do Mar........................................................................................16
TABELA 04 – Diferenças entre Proteção Catódica e Anódica..................................................................................... 50
APRESENTAÇÃO
A corrosão consiste na deterioração dos materiais, principalmente metálicos, pela ação química ou
eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos.
Ao se considerar o emprego de materiais na construção de equipamentos ou instalações é necessário
que estes resistam à ação do meio corrosivo, além de apresentar propriedades mecânicas adequadas
e características de fabricação apropriadas.
A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de materiais, sejam metálicos como os aços ou as ligas
de cobre, por exemplo, ou até mesmo não metálicos, como plástico, cerâmico ou concreto. A ênfase
deste trabalho será sobre a corrosão dos materiais metálicos. Esta corrosão é denominada corrosão
metálica.
Dependendo do tipo de ação do meio corrosivo sobre o material, os processos corrosivos podem ser
classificados em dois grandes grupos, abrangendo todos os casos deterioração por corrosão:
◼ Corrosão Eletroquímica;
◼ Corrosão Química.
Os processos de corrosão eletroquímica são mais frequentes na natureza e, portanto, os mais
importantes, principalmente para finalidade deste trabalho, caracterizando-se basicamente por
ocorrerem:
◼ Necessariamente na presença de água no estado líquido;
◼ Em temperaturas abaixo do ponto de orvalho da água, sendo a grande maioria na temperatura
ambiente;
Figura
Figura 0101–– Ciclo
Ciclo dos
dosMetais
Metais
Os processos de corrosão química são por vezes, denominados corrosão ou oxidação em altas
essos de corrosão química são por vezes, denominados corrosão ou oxidação em altas temperaturas. Estes p
temperaturas. Estes processos são menos frequentes na natureza, envolvendo operações onde
equentes as
na temperaturas
natureza, envolvendo operações
são elevadas, onde no
especialmente asinterior
temperaturas são elevadas,
de equipamentos especialmente
que trabalham em no in
que trabalham em temperaturas
temperaturas elevadas elevadas como:
como: fornos, fornos, caldeiras,
caldeiras, motores demotores de combustão
combustão interna,dentre
interna, turbinas, turbinas, dentr
outros. se caracterizam basicamente por:
cessos corrosivos
Tais
ncia da água processos corrosivos se caracterizam basicamente por:
líquida;
◼ Ausência
eraturas, em geral, da água
elevadas, líquida;
sempre acima do ponto de orvalho de água;
◼ Temperaturas, em geral, elevadas, sempre acima do ponto de orvalho de água;
◼ Interação direta entre o metal e o meio corrosivo.
Como na corrosão química não se necessita de água líquida, ela também é denominada de corrosão
em meio não aquoso ou corrosão seca.
Existem processos de deterioração de materiais que ocorrem durante a sua vida em serviço, que
não se enquadram na definição de corrosão. Um deles é o desgaste devido à erosão, que remove
Os problemas da corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas atividades, como por
exemplo, nas indústrias químicas, petroquímicas, petrolíferas, naval, construção civil, mineração e
metalurgia, automobilísticas, nos meios de transporte aéreo, ferroviário e marítimo, em sistemas de
telecomunicações, na odontologia (restaurações metálicas, aparelhos de prótese), na medicina (uso
em implantes cirúrgicos na ortopedia), na preservação de monumentos históricos e em todas as
circunstâncias onde houver material metálico e possibilidade de ação do meio.
Com o avanço tecnológico custo da corrosão se eleva, tornando-se um fator de grande importância.
Essa importância pode ser traduzida pelo custo da corrosão, que é avaliado em cerca de 3,0% a 3,5%
do PIB de um determinado país (Produto Interno Bruto).
Para se ter uma ideia mais precisa destes custos, nos Estados Unidos, por exemplo, o custo anual da
corrosão aproxima-se dos 300 bilhões de dólares, enquanto que no Brasil poderíamos estimar em
cerca de 200 bilhões de reais.
Na avaliação econômica dos processos corrosivos não devem ser levadas em considerações apenas
as perdas diretas, mas também as indiretas.
São perdas diretas: custo de substituição de peças ou equipamentos que sofreram corrosão,
incluindo-se energia e mão de obra, e custo e manutenção dos métodos de proteção (revestimentos
anticorrosivos, proteção catódica, etc.).
As perdas indiretas são mais difíceis de serem avaliadas, por esta razão são chamadas de intangíveis,
mas pode-se afirmar que em muitos casos totalizam custos mais elevados do que aqueles causados
por perdas diretas. Pode-se citar, por exemplo, de perdas indiretas:
DE CÉLULAS OU PILHAS
ios desaerados – caso comum em águas doces industriais
H2O + 1 / 2 O2 + 2 e → 2 OH-
2 H2O + 2 e → H2 + 2 OH-
cutidas a seguir as principais causas de aparecimento de pilhas de corrosão com as respectivas denominaçõ
S TIPOS DE CÉLULAS
Pilhas OUdiferente:
de eletrodo PILHASesta pilha é também denominada de pilha galvânica e surge sempre
eletrodo que dois metais
diferente: esta ou ligas
pilha metálicasdenominada
é também diferentes sãodecolocados em contato
pilha galvânica elétrico
e surge na presença
sempre demetais
que dois um ou liga
eletrólito. A diferença de potencial da pilha será tão mais acentuada quanto mais distante estiverem
diferentes são colocados em contato elétrico na presença de um eletrólito. A diferença de potencial da pilha será
os materiais nas tabelas de potenciais no eletrólito considerado. A figura 03 mostra os potenciais
tuada quanto mais
de dois distantemuito
materiais estiverem os materiais
diferentes nas tabelas
com possibilidade de potenciais
de formação de umanoforte
eletrólito
pilha considerado.
galvânica e as A figura 0
potenciaistabelas 01,materiais
de dois 02 e 03 apresentam séries com
muito diferentes galvânicas de algunsdemateriais,
possibilidade formação dade
seguinte forma:
uma forte Tabela
pilha 01
galvânica e as ta
- Potenciais Eletroquímicos Padrões de Oxidação, Tabela 02 - Série Galvânica de Materiais no Solo,
3 apresentam séries galvânicas de alguns materiais, da seguinte forma: Tabela 01 - Potenciais Eletroquímicos Pad
Tabela 03 - Série Galvânica de Materiais na Água do Mar.
Tabela 02 - Série Galvânica de Materiais no Solo, Tabela 03 - Série Galvânica de Materiais na Água do Mar.
Figura
Figura 0303–– Pilha
PilhaGalvânica
Galvânica
TABELA 01 – Potenciais Eletroquímicos de Oxidação de Alguns Metais
Pilhas de ação local: esta pilha é provavelmente a mais frequente na natureza, ela aparece em um
mesmo metal devido a heterogeneidades diversas, decorrentes de composição química, textura do
material, tensões internas, dentre outras. As causas determinantes da pilha de ação local são:
a. Inclusões, segregações, bolhas, trincas;
Pilhas de concentração iônica diferencial: esta pilha surge sempre que um material metálico é
lhas de concentração iônica diferencial: esta pilha surge sempre que um material metálico é exposto a concentrações
exposto a concentrações diferentes de íons, principalmente de seus próprios íons. Ela ocorre porque
ns, principalmente de seus próprios íons. Ela ocorre porque o eletrodo torna-se mais ativo quando decresce a concentra
o eletrodo torna-se mais ativo quando decresce a concentração de seus íons no eletrólito. Esta pilha
ns no eletrólito. Estafrequente
é muito pilha é muito
em frequente em frestas
frestas quando o meioquando o meio
corrosivo corrosivoNeste
é líquido. é líquido.
caso,Neste caso,da
o interior o interior
fresta da fresta r
ovimentação de eletrólito,
recebe tendendo a ficardemais
pouca movimentação concentrado
eletrólito, em íons
tendendo de metal
a ficar (área catódica),
mais concentrado emenquanto que a parte exte
íons de metal
(área catódica),
a menos concentrada (áreaenquanto
anódica),que
comaconsequente
parte externacorrosão
da frestadafica menos
fresta. concentrada
A figura (área
06 mostra de anódica), com
forma esquemática uma
consequente corrosão da fresta. A figura 06 mostra de forma esquemática uma pilha iônica.
FiguraFigura
07 –07Pilha
– Pilha
dedeConcentração
Concentração Diferencial de Oxigênio
Diferencial (Aeração Diferencial)
de Oxigênio (Aeração Diferencial)
S CORROSIVOS
meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis pelo aparecimento do eletrólito. O eletrólito é u
te condutora constituída de água contendo sais, ácidos ou bases.
a. Atmosfera: o ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais, poeira, etc. O eletrólito
constitui-se da água que condensa na superfície metálica, na presença de sais ou gases presentes
no ambiente. Outros constituintes como poeira e poluentes diversos podem acelerar o processo
corrosivo;
b. Solos: os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns solos apresentam também,
características ácidas ou básicas. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais
dissolvidos;
c. Águas naturais (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter sais minerais, eventualmente
ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases dissolvidos. O
eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos. Os outros constituintes
podem acelerar o processo corrosivo;
d. Água do mar: a água do mar em virtude da presença acentuada de sais é um eletrólito por
excelência. Outros constituintes como gases dissolvidos, podem acelerar os processos corrosivos;
e. Produtos químicos: os produtos químicos, desde que em contato com água ou com umidade e
formem um eletrólito, podem provocar corrosão eletroquímica.
As formas segundo as quais a corrosão pode manifestar-se são definidas principalmente pela
aparência da superfície corroída, sendo as principais:
◼ Corrosão uniforme: quando a corrosão se processa de modo aproximadamente uniforme
em toda a superfície atacada. Esta forma é comum em metais que não formam películas
protetoras, como resultado do ataque;
◼ Corrosão por placas: quando o produto de corrosão forma-se em placas que se desprendem
progressivamente. É comum em metais que formam película inicialmente protetora, mas que,
ao se tornarem espessas, fratura e perde aderência, expondo o metal a novo ataque;
◼ Corrosão alveolar: quando o desgaste provocado pela corrosão se dá de forma localizada,
com o aspecto de crateras. É frequente em metais formadores de películas semi-protetoras ou
quando se tem corrosão sob depósito, como no caso da corrosão por aeração diferencial;
◼ Corrosão por pite: quando o desgaste se dá de forma muito localizada e de alta intensidade,
geralmente com profundidade maior que o diâmetro e bordos angulosos. A corrosão por pite
é frequente em metais formadores de películas protetoras, em geral passivas, que, sob a ação
de certos, agentes agressivos, são destruídas em pontos localizados, os quais tornam-se ativos,
possibilitando corrosão muito intensa. Exemplo comum é representado pelos aços inoxidáveis
austeníticos em meios que contêm cloretos;
DE CORROSÃO
QUALIFICAÇÃO PARA INSPETOR DE PINTURA INDUSTRIAL Nível 1
22 Módulo VI Corrosão
ocessos corrosivos de natureza eletroquímica apresentam mecanismos idênticos porque sempre serão const
e elétron e uma corrente de íons. Entretanto a perda de massa e modo de ataque sobre o material dá-se
7
TIPOS DE CORROSÃO
A corrosão uniforme consiste no ataque de toda a superfície metálica em contato com o meio
corrosivo com a consequente diminuição da espessura. Este tipo de corrosão ocorre em geral devido
a micro pilhas de ação local e é, comum nos processos corrosivos de estruturas expostas à atmosfera
e outros meios que ensejam uma ação uniforme sobre a superfície metálica.
A corrosão uniforme é uma forma de desgaste de mais fácil acompanhamento, em especial quando
se trata de corrosão interna em equipamentos ou instalações, tendo em vista que a perda de
espessura é aproximadamente a mesma em toda a superfície metálica.
É um tipo de corrosão importante do ponto de vista de desgaste, podendo levar o equipamento ou
instalação a falhas significativas, limitando a sua vida útil.
Os outros tipos de ataque corrosivo onde há um local preferencial para a ocorrência da corrosão,
resultando numa perda localizada de espessura são denominados corrosão localizada.
A corrosão por pites e alvéolos são tipos de corrosão localizada que consistem na formação de
cavidades, de pequena extensão e grande profundidade no caso dos pites e maior extensão e
razoável profundidade no caso dos alvéolos. Ocorre em determinados pontos da superfície enquanto
que o restante pode permanecer praticamente sem ataque.
É um processo corrosivo característico dos materiais metálicos formadores de películas protetoras
(passiváveis) e resulta, de modo geral, da atuação da pilha ativa passiva nos pontos nos quais a
camada passiva é rompida.
Constitui-se em um processo de corrosão de mais difícil acompanhamento quando ocorre no interior de
equipamentos e instalações já que o controle da perda de espessura não caracteriza o desgaste verificado.
Nos materiais passiváveis a quebra da passividade ocorre, em geral, pela ação dos chamados íons
halogenetos (Cl-, Br-, I-, F-) e esta dissolução localizada da película gera uma área ativa que diante
do restante passivado provoca uma corrosão muito intensa e localizada. Uma grandeza importante
neste caso é o potencial em que haja a quebra de passividade. Na verdade o que ocorre é a alteração
na curva de polarização anódica.
A presença dos íons halogenetos, principalmente os cloretos, provoca alteração nas curvas de
polarização anódica, tornando a quebra da passividade mais provável.
Outro aspecto importante é o mecanismo de formação dos pites já que a falha se inicia em pontos
de fragilidade da película passivamente (defeitos de formação) e o pH no interior do pite se altera
substancialmente no sentido ácido o que dificulta a restituição da passivação inicial. Resulta daí que a
pequena área ativa formada diante de uma grande área catódica provoca a corrosão intensa e localizada.
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de íons do metal no
eletrólito. Como resultado ter-se-á potenciais eletroquímicos diferentes e consequentemente uma
pilha onde a área em contato com menor concentração funcionará como anodo e a área em contato
com maior concentração como catodo.
c) CORROSÃO EM FRESTAS
As festas estão sujeitas a formação de pilhas de aeração diferencial e de concentração iônica
diferencial. Quando o meio é líquido ocorre preferencialmente as pilhas de concentração iônica
diferencial e quando o meio é gasoso tende a ocorrer as pilhas de aeração diferencial. Frestas
ocorrem normalmente em juntas soldadas com chapas sobrepostas, em juntas rebitadas, em ligações
flangeadas, em ligações rosqueadas, em revestimentos com chapas aparafusadas, e em outras
situações geradores de frestas. De qualquer forma as frestas deverão ser evitadas ou eliminadas por
serem regiões preferenciais de corrosão.
Fe + Cu++ → Fe²+ Cu
Havendo, portanto, a correção do ferro e a redução (deposição) de Cu.
Os processos corrosivos denominados de corrosão seletiva são aqueles em que se tenha a formação
de um par galvânico devido a grande diferença de nobreza entre dois elementos de uma liga
metálica. Os dois principais tipos de corrosão seletiva são a grafítica e a dezincificação.
a) CORROSÃO GRAFÍTICA
Designa-se corrosão grafítica o processo corrosivo que ocorre nos ferros fundidos cinzentos e no ferro
fundido nodular. O ferro fundido é normalmente usado para tubulações de água, de esgotos, drenagem,
dentre outras. Sendo o grafite um material muito mais catódico que o ferro, os veios ou nódulos de grafite
do ferro fundido agem como área catódica enquanto o ferro age como área anódica transformando-se em
produto de corrosão. Observa-se então em tubos velhos de ferro fundido, que se pode com uma faca ou
canivete desagregar com facilidade a parede do tubo à semelhança de um bloco de grafite.
A corrosão grafítica, em geral, não contraindica a utilização dos tubos de ferro fundido para os
usos normais, porque as exigências de pressões pequenas e o tubo suportam bem, mesmo quando
corroído. Para minimizar os problemas de corrosão grafítica é prática usual revestir os tubos,
internamente com argamassa de cimento e externamente com um revestimento adequado por
tubulações enterradas.
A corrosão intergranular acontece quando existe um caminho preferencial para a corrosão na região
dos contornos de grão. Observando-se que os grãos vão sendo destacados à medida que a corrosão se
propaga. O principal fator responsável pela diferença na resistência à corrosão da matriz (material no
meio do grão) e do material vizinho ao contorno é a diferença que apresentam na composição química
nestes locais. Deste modo, mesmo que a alteração na composição química não seja suficiente para
eliminar totalmente a capacidade de formação da camada passiva, verifica-se que existe uma concorrente
de corrosão devido à diferença de potencial ocasionada pelas características diferentes dos materiais.
As trincas formadas pela corrosão intergranular, como visto no item anterior, não requerem a ação
de esforços externos. Neste caso a fissuração decorre da corrosão segundo um estreito caminho
preferencial.
Neste item são abordados mecanismos de corrosão que produzem trincas e que estão associados
com esforços mecânicos, sejam aplicados sobre o material, sejam decorrentes do processo de
fabricação, como tensões residuais, ou seja, ainda consequência do próprio processo corrosivo.
Os tipos de trincas podem ser intergranular ou transgranular, e podem ou não estar associadas a
inclusões ou segundas fases presentes.
A propagação das trincas associadas aos processos de corrosão é geralmente lenta, até que seja
atingido o tamanho crítico para a ocorrência da fratura frágil. Nesta situação, em função dos esforços
atuantes, pequenas trincas podem nuclear fraturas de grandes proporções, deflagradas de modo
praticamente instantâneo.
c) CORROSÃO-FADIGA
A fadiga de um material é a progressão de uma trinca a partir da superfície até a fratura, quando
o material é submetido a solicitações mecânicas cíclicas. A fadiga inicia-se em uma imperfeição
superficial que é um ponto de concentração de tensões e progride perpendicularmente a tensão.
A progressão da trinca dá-se pela deformação plástica verificada na base da trinca associada ao
constante aumento de concentração de tensões. Após atingir um tamanho crítico na trinca, este se
rompe bruscamente causando a falha por fadiga dos equipamentos.
Os materiais metálicos podem ter resistência própria à corrosão ou tê-la ampliada pela utilização
dos métodos ou técnicas de proteção anticorrosiva. A tecnologia hoje existente permite a utilização
dos materiais em praticamente todos os meios corrosivos com a durabilidade dentro da extensão
desejada.
Os materiais metálicos podem possuir resistência própria a determinados meios corrosivos. Esta
resistência está associada à passivação do material em um determinado meio corrosivo, a qual é
função da composição química do material.
Dentre os elementos que formam a camada passiva podemos citar: alumínio, cromo, titânio, níquel,
entre outros.
Desta forma um material é resistente à corrosão em certo meio, quando ele é capaz de passivar e de
se manter passivado no referido meio.
◼ Prever sobre espessura de corrosão: equipamento devem ser projetado prevendo-se uma
sobre espessura de material a ser consumida durante a vida útil do equipamento em virtude
dos processos corrosivos. A sobre espessura de corrosão é importante quando o equipamento
ou instalação sofre um processo corrosivo uniforme e generalizado. Quando a corrosão
se processa de forma localizada, a sobre espessura perde totalmente o significado, não
oferecendo qualquer garantia de funcionamento ao equipamento;
◼ Prever fácil acesso ás áreas susceptíveis à corrosão para inspeção e manutenção: o
equipamento ou instalação deve possuir acesso às regiões sujeitas a corrosão, a fim de
que possam ser inspecionados periodicamente e realizados os trabalhos de manutenção
necessários;
◼ Prever soldas bem acabadas: soldas com falta de penetração e outros defeitos superficiais
poderão propiciar o acúmulo de fluidos, depósitos de sólidos, além de contribuírem ao
aparecimento de concentração de tensões. Como se sabe as soldas são regiões mais propensas
à corrosão por três aspectos principais: em primeiro lugar o metal de adição possui quase
sempre características diferentes de metal de base e em segundo lugar as tensões introduzidas
pela soldagem junto ao cordão de solda tornam essa região mais propensa à corrosão e
finalmente há alterações na microestrutura do matéria na zona termicamente afetada (ZTA);
◼ Prever drenagem de águas: as águas pluviais, ou de qualquer outra origem, quando retidas em
contato com a superfície metálica aceleram os processos corrosivos. A fim de evitar a presença
de água deve-se prever declividade nas chaparias planas e perfis, posicionar corretamente os
perfis a fim de não coletarem água, prever furos para escoamento da água, etc.;
◼ Prever a aplicação das técnicas de proteção cabíveis e adequadas a cada caso.
O aumento da resistência à corrosão pelo uso dos inibidores de corrosão constitui-se em uma técnica
muito utilizada, especialmente quando o meio corrosivo é líquido e trabalha em circuito fechado.
Os inibidores são compostos químicos que, quando adicionados ao meio corrosivo, diminuem a sua
agressividade, por um dos seguintes mecanismos:
◼ Inibição anódica (inibidores anódicos): são compostos que formam produtos insolúveis nas
áreas anódicas, produzindo uma polarização anódica. Estes inibidores são também chamados
de passivadores.
Exemplos: hidróxidos, carbonatos, fosfatos, silicatos, boratos de metais alcalinos, nitrito de
sódio e cromatos de potássio e sódio.
◼ Inibição catódica (inibidores catódicos): são compostos que formam produtos insolúveis nas
áreas catódicas, produzindo uma polarização catódica.
Exemplos: sulfatos e zinco, magnésio ou níquel.
◼ Inibição por barreira (inibidores por adsorção): são compostos que têm a propriedade de
formar películas por adsorção à superfície metálica, criando uma película protetora sobre as
áreas anódicas e catódicas.
Exemplos: sabões de metais pesados, aminas, ureia, etc.
Além dos inibidores que agem através do meio corrosivo há outras técnicas importantes de
modificação do meio, dentre elas vale destacar a desaeração e o controle do pH. A desaeração
consiste na retirada de oxigênio do meio, sendo o oxigênio um agente despolarizante, com a sua
retirada favorece-se a polarização catódica com a consequente diminuição da intensidade do
processo corrosivo.
Os processos de retirada do oxigênio podem ser químicos ou mecânicos. O processo químico é
realizado pelos sequestradores de oxigênio, enquanto que a retirada do processo mecânico é feita
em desaeração por arraste do oxigênio por um outro gás, comumente vapor, ou em câmara de vácuo
onde a descompressão, propicia a saída de gases.
O controle de pH visa favorecer a passivação dos metais, que se tornam passivos com o pH
ligeiramente básico. Cuidados especiais deve-se ter com o metais anfóteros que perdem a resistência
à corrosão em meios muito básicos e com a precipitação de compostos de cálcio e magnésio que se
tornam insolúveis em pH elevado, podendo trazer problemas de incrustação. Estes dois métodos de
aumento da resistência à corrosão são muito utilizados em sistemas de água de refrigeração, água de
caldeira, água de injeção em poços de petróleo, em fluidos diversos como os de perfuração de poços
de petróleo e os de complementação.
Destacam-se ainda, como métodos que reduzem as taxas de corrosão o controle de velocidade
relativa metal/eletrólito e o controle de temperatura.
Consistem na interposição de uma película metálica entre o meio corrosivo e o metal que se quer
proteger. Os mecanismos de proteção das películas metálicas podem ser: por formação de produtos
insolúveis, por barreira, por proteção catódica, dentre outros. As películas metálicas protetoras,
quando constituídas que o metal de base, devem ser perfeitas, ou seja, isentas de poros, trincas, etc.,
para que se evite que diante de uma eventual falha provoquem corrosão na superfície metálica do
metal de base ao invés de evitá-la.
As películas mais anódicas podem ser imperfeitas porque elas conferem proteção catódica à
superfície do metal de base. Os processos de revestimentos metálicos mais comuns são:
◼ Deposição por imersão a quente: pela imersão a quente obtém-se, entre outras, as superfícies
zincadas e as estanhadas. O processo de zincagem por imersão é também denominado de
galvanização;
◼ Metalização: o processo por meio do qual se deposita sobre uma superfície previamente
preparada camadas de materiais metálicos. Os metais de deposição são fundidos em uma
fonte de calor gerada no bico de uma pistola apropriada, por meio de combustão de gases, arco
elétrico, plasma e por detonação. O metal fundido é pulverizado e aspergido sobre o substrato
Consistem na interposição de uma película não-metálica inorgânica entre o meio corrosivo e o metal
que se quer proteger. Os mecânicos de proteção são, essencialmente, por barreira e por inibição
anódica.
◼ Anodização: consiste em tornar mais espessa a camada protetora passivante existente
em certos metais, especialmente no alumínio. A oxidação superficial pode ser por banhos
oxidantes ou processo eletrolítico. O alumínio é um exemplo muito comum da anodização;
◼ Cromatização: consiste na reação da superfície metálica com soluções ligeiramente ácidas
contendo cromatos. A camada de cromatos passivante aumenta resistência à corrosão da
superfície metálica que se quer proteger;
◼ Fosfatização: consiste na adição de uma camada de fosfatos à superfície metálica. A camada de
fosfatos inibe processos corrosivos e constitui-se, quando aplicada em camada fina e uniforme,
em uma excelente base para pintura, em virtude da sua rugosidade. A fosfatização é um
processo largamente empregado nas indústrias automobilísticas e de eletrodomésticos. Após o
processo de desengraxe da superfície metálica, aplica-se a fosfatização, seguindo-se a pintura;
◼ Revestimento com argamassa de cimento: consiste na colocação de uma camada de
argamassa de cimento, com espessura da ordem de 3 a 6 mm, sobre a superfície metálica.
Este revestimento é muito empregado na parte interna de tubulações e, neste caso, é aplicado
normalmente por centrifugação. Em tubulações de grande diâmetro é comum usar-se um
reforço com tela metálica. O revestimento interno com cimento é empregado em tubulações
para transporte de água salgada, em água de refrigeração, tubulações de água de incêndio
e água potável. Se considerados os aspectos técnicos e econômicos, o revestimento com
argamassa de cimento e areia é a melhor solução para tubulações transportando água salgada;
Consiste na interposição de uma camada de natureza orgânica entre a superfície metálica e o meio
corrosivo. Os principais revestimentos orgânicos são os seguintes:
◼ Pintura Industrial: é um revestimento, em geral orgânico, largamente empregado para o
controle da corrosão em estruturas aéreas e, em menor escala, em superfícies enterradas ou
submersas. O revestimento por pintura é empregado para estruturas submersas que possam
sofrer manutenção periódica em dique seco, tais como navios, embarcações, boias, etc. Só
em casos especiais é empregado em estruturas enterradas, pela dificuldade de manutenção
apresentada nesses casos. Em se tratando de estruturas aéreas, é normalmente a melhor
alternativa em termos técnicos e econômicos para proteção anticorrosiva. A pintura é um
revestimento de pequena espessura, situando-se na faixa de 120 a 500 mm, sendo que,
somente em casos muito especiais, pode-se chegar a 1000 mm.
O conceito de pintura industrial, é desta forma estendido, de modo geral, a revestimentos com
espessuras inferiores a 1mm, aplicados em instalações industriais, instalações portuárias,
embarcações, estruturas metálicas diversas etc. Os revestimentos orgânicos de espessura
superior a 1mm têm emprego mais específico, para condições de maior agressividade.
A pintura industrial é aquela cuja finalidade principal é a proteção anticorrosiva. Apresenta,
porém, outras finalidades complementares, tais como:
◼ Finalidade estética: torna a apresentação agradável;
◼ Auxílio na segurança industrial;
◼ Impermeabilização;
◼ Diminuição de rugosidade de superfícies;
◼ Facilitar a identificação de fluidos em tubulações ou reservatórios;
◼ Impedir a aderência de vida marinha ao casco das embarcações e bóias;
◼ Permitir maior ou menor absorção de calor;
◼ Identificação promocional.
Quando uma instalação metálica encontra-se enterrada ou submersa, existe sempre um fluxo de
corrente, através do eletrólito, desde a área anódica até a área catódica, sendo que o retorno da
corrente se processa por intermédio do circuito externo, que no caso das tubulações enterradas é
constituído pelos próprios tubos.
Na região onde a corrente deixa o anodo ou área anódica e penetra no eletrólito, produz uma reação
eletroquímica na sua superfície. Essa reação envolve íons positivos do metal nas áreas anódicas e os
íons negativos existentes no eletrólito, resultando, como produto de corrosão, no composto do metal.
A corrente migra através do eletrólito e penetra na área catódica, sendo que nessa região os íons
positivos provenientes da solução são liberados, geralmente sob a forma de hidrogênio atômico.
Em uma etapa posterior o hidrogênio atômico passa a molecular e consequentemente há o
desprendimento de hidrogênio gasoso, podendo, ainda, através de reações secundárias, haverá
formação de outros compostos tais como hidróxidos, carbonatos e cloretos.
Assim sendo, nas áreas catódicas as reações não se processam com o material metálico e, sim, com o
eletrólito, razão pela qual existe ausência de corrosão. A formação de hidrogênio e outros compostos
sobre a superfície do catodo é conhecida como “polarização catódica”, fenômeno que tende a
reduzir a atividade da pilha de corrosão. Entretanto, agentes despolarizantes, tais como o oxigênio,
combinam-se com o hidrogênio, formando íons hidroxila ou água, o que mantém a atividade das
pilhas de corrosão.
As reações típicas que ocorrem, para o caso do aço, são as seguintes:
◼ Reação que ocorre com o metal:
Fe → Fe2+ + 2e
◼ Reações que podem ocorrer no meio:
Meio neutro desaerado
2H2O + 2e → H2 +2 0H-
Meio ácido desaerado
2H+ + 2e → H2
ssas considerações,
2 Fe (OH0)3 pode-se
→ 2FeO.OHconcluir
ou Fe2O3.Hque,
2O fazendo-se com que toda a superfície de uma
Em função dessas considerações, pode-se concluir que, fazendo-se com que toda a superfície de
sa, adquira comportamento catódico, a estrutura não sofrerá ataque corrosivo, ficando com
uma instalação metálica, enterrada ou submersa, adquira comportamento catódico, a estrutura não
o catódica”.
sofrerá ataque corrosivo, ficando completamente protegida pela ação da “proteção catódica”.
conseguido provendo-se
Isso pode a estrutura
ser conseguido provendo-sede um fluxo
a estrutura de de corrente
um fluxo de proteção,
de corrente de proteção,proveniente
proveniente de um
de uma fonte externa, com uma intensidade tal que seja capaz de anular as correntes de corrosão das
ue seja capaz
diversasde anular
pilhas as correntes
existentes na superfíciede corrosão das diversas pilhas existentes na superfície
metálica.
utura ficar totalmente
Quando polarizada,
a estrutura a corrosão
ficar totalmente polarizada,cessará.
a corrosãoNa realidade,
cessará. as reações
Na realidade, dedeoxidação
as reações
ara umaoxidação não são eliminadas, mas sim transferida para uma área anódica artificial adequadamente
área anódica artificial adequadamente projetada para essa finalidade.
projetada para essa finalidade.
ntender oPara
fenômeno da proteção catódica, examinemos a equação fundamental da corrosão, m
melhor entender o fenômeno da proteção catódica, examinemos a equação fundamental da
corrosão, mostrada abaixo:
Ea െ Ec
Iൌ
R
Onde:
ão, que flui do anodo
I = corrente para oque
de corrosão, catodo (A); para o catodo (A);
flui do anodo
e potencial
Ea – entre o anodo
Ec = diferença e o catodo
de potencial entre (V);
o anodo e o catodo (V);
Pela equação, verificamos que quando existe a diferença de potencial “Ea - Ec” sobre a superfície de
verificamos que quando
uma estrutura existe
enterrada a diferença
e quando de“R”potencial
a resistência “Ea finito,
possui um valor - Ec”a sobre
correnteadesuperfície
corrosão “I” de uma
flui, com o aparecimento do processo corrosivo, na área anódica. Portanto, proteger catodicamente a
“R” possui um significa
estrutura valor finito, a corrente
evitar que de corrosão
a corrente continue “I” flui,com
fluindo, fazendo com queoa diferença
aparecimento do process
de potencial
entre as áreas anódica e catódica seja nula.
Raciocinando-se de outra maneira, podemos dizer que a proteção catódica consiste em tornar
positivo o potencial do solo ou água que envolve a estrutura metálica que a proteger, de tal maneira
que as correntes de corrosão não possam mais abandonar, diretamente para o solo, a superfície do
metal. A figura 09 ilustra o mecanismo de proteção catódica.
Existem dois métodos para a aplicação de um sistema de proteção catódica: o método galvânico,
ou por anodos de sacrifício, e o método por corrente impressa. Em qualquer dos dois existe um
suprimento de corrente contínua em quantidade tal que, penetrando, por exemplo, em uma
tubulação enterrada, é suficiente para eliminar as pilhas de corrosão normalmente nela existentes.
A escolha, na prática, do método a ser utilizado, depende da análise de várias considerações técnicas
e econômicas, sendo que cada qual tem suas vantagens e desvantagens.
Os sistemas de proteção catódica por corrente impressa aplicados para prevenção da corrosão de
instalações metálicas enterradas ou submersas utilizam uma fonte externa de força eletromotriz.
As fontes externas de força eletromotriz, largamente utilizadas na prática são os retificadores,
equipamentos extremamente simples que alimentados por intermédio de um circuito de corrente
s externas alternada
de força eletromotriz, largamente utilizadas na prática são os retificadores, equipamentos extremamen
fornecem a quantidade de corrente contínua necessária para a eliminação das pilhas de
dos por intermédio de um na
corrosão existentes circuito de corrente
superfície alternada
metálica que se desejafornecem
proteger. a quantidade de corrente contínua nec
ão das pilhas dedos
Além corrosão existentes
retificadores na superfície
de corrente, podemmetálica
tambémque ser se deseja proteger.
utilizadas, como fontes de f.e.m. embora
menos comuns,
ém dos retificadores de as unidades
corrente, geradoras
podem alimentadas
também a gás, os geradores
ser utilizadas, como fontestermoelétricos, os geradores
de f.e.m. embora menos comun
movidos a vento, ou outro tipo qualquer de equipamento capaz de fornecer a corrente contínua
s alimentadas a gás, os geradores termoelétricos, os geradores movidos a vento, ou outro tipo qualquer de equi
necessária ao sistema de proteção catódica.
cer a corrente contínua necessária ao sistema de proteção catódica.
Em conjunto com a fonte de corrente contínua, o método por corrente impressa usa anodos, tanto
m conjuntoquanto
com apossível
fonte deinertes
corrente contínua, o método por corrente impressa usa anodos, tanto quanto possível
no solo ou na água. A figura 11 mostra de forma esquemática um sistema por
ua. A figura 11 mostra
corrente de forma esquemática um sistema por corrente impressa.
impressa.
Figura
QUALIFICAÇÃO PARA INSPETOR11 – Esquema
DE PINTURA INDUSTRIALdeNível
um1 Sistema de Proteção Catódica por Corrente Impressa
55 Módulo VI Corrosão
As vantagens para a aplicação do método por corrente impressa são as possibilidades de:
◼ Fornecer maiores quantidades de corrente às estruturas;
◼ Controlar as quantidades e correntes fornecidas;
◼ Ser aplicáveis em qualquer meio, mesmo, mesmo naqueles cujo eletrólito seja de elevada
resistividade elétrica;
◼ Ser aplicável com eficácia, para a proteção de estruturas nuas ou pobremente revestidas;
◼ Ser aplicável com economia, para a proteção de instalações metálicas de grande porte;
◼ Ser aplicável com eficácia onde há correntes de interferência.
As desvantagens para a utilização desse método são as necessidades de manutenção periódica, ainda
que de fácil realização, o dispêndio com a energia elétrica consumida, embora de pouca monta, e a
possibilidade de criar problemas de interferência com muitas estruturas metálicas enterradas nas
proximidades, o que pode ser evitado com facilidade.
No sistema por corrente impressa, uma pilha eletrolítica é gerada, na qual se faz com que a estrutura
a ser protegida funcione como catodo e o leito de anodos utilizado libere corrente para o meio. Os
metais utilizados na prática são construídos de grafite ou de ligas metálicas, como as de ferro e
silício, e as de chumbo, antimônio e prata, sendo que as hastes de titânio ou nióbio com revestimento
muito fino de platina ou de óxidos especiais são também utilizadas.
A grande vantagem desse método é a possibilidade de poder-se regular, com extrema facilidade, em
função das medições dos potenciais estrutura/meio, a corrente de proteção liberada pelos anodos,
mediante ajuste na saída do retificador.
O retificador constitui-se, basicamente, de um transformador que abaixa a tensão de alimentação para
o valor desejado no circuito de proteção catódica. Possui ainda uma coluna retificadora, construída
com placas de diodos de silício, de instrumentos para as medições das voltagens e das correntes de
saída de um horímetro. Finalmente contém dispositivos de proteção elétrica, como para-raios, fusíveis
e disjuntores, além de relés, para a regulagem da tensão de saída em corrente contínua.
Os anodos são instalados na posição vertical ou horizontal, sendo comum, no caso de solos o uso
de enchimento condutor de coque metalúrgico moído ou preferencialmente coque calcinado de
petróleo. Quando o coque é convenientemente compactado em torno do anodo, obtém-se menor
resistência de saída da corrente para o solo, além da diminuição do consumo do anodo, uma vez que
boa parte da corrente é descarregada através do enchimento.
8 – Quais são as diferenças entre as pilhas de concentração iônica diferencial e a pilha de aeração
diferencial?
14 – Por que as soldas são regiões mais propensas à corrosão e por que devem ser bem acabadas e
sem defeitos superficiais?
15 - Cite três práticas de projeto que devem ser evitadas e três que devem ser previstas.
19 – Quais são revestimentos mais anódicos e mais catódicos em relação ao aço – Explique o porquê
de serem assim considerados.
20 – Quais são os métodos mais frequentemente utilizados para aplicação de revestimento com
zinco e com alumínio?
25 – Quais os mecanismos de proteção presentes nas tintas de acabamento e nas tintas de fundo?
28 – Quais os anodos galvânicos mais indicados nas seguintes situações: Tanque enterrado,
Permutador de calor (água doce), Tanques de lastro (água salgada)?
29 – Apresente duas vantagens dos sistemas galvânicos e dos sistemas por corrente impressa.
30 – Do ponto de vista de proteção anticorrosiva há diferença entre proteger com sistema galvânico
ou por corrente impressa? Justifique a resposta.