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Resumo
O artigo analisa elementos da educação no Brasil, historicizando algumas políticas educa-
cionais e analisando a sua presença nos processos de escolarização, especialmente aqueles
que se realizam nos espaços escolares contemporâneos. Discute as ideias de formação do
povo brasileiro e de identidade nacional, assim como a noção de caráter público das relações
sociais que se estabelecem por meio da educação. Para tanto, aborda questões de acesso, da
função social da educação escolar e de práticas culturais na escola. No encerramento aponta
algumas tendências e desafios atuais sobre o tema.
1 Introdução
geral: afinal, quem somos nós? Que país é esse? Destacamos aqui que, assim como a diversidade,
a desigualdade social é outro elemento a ser tematizado e que constitui historicamente as relações
entre indivíduos e grupos sociais em nosso País.
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da ciência e seu ensinamento. Destacamos que, no Brasil, esse processo
tem suas especificidades e realiza-se no contexto da diversidade cultural
e da desigualdade social.
Martins (2000, 2002) discute conceitos de exclusão e de moderni-
dade no caso específico do desenvolvimento da sociedade brasileira, a
partir dos quais se pode pensar a escola. Para o autor, a experiência da
modernidade, no Brasil e nos países latino-americanos em geral, tem ca-
racterísticas específicas e diferenciadas daquelas da experiência europeia,
configurando-se como um processo incerto e inacabado, produzido pelo
desenvolvimento capitalista dependente e marcado pelo acirramento da
desigualdade social. É uma modernidade constituída por distintas tem-
poralidades que se combinam em realidades nas quais a industrialização
tardia convive com a permanência de estruturas tradicionais; assim como
a emergência de requintados processos tecnológicos convive com a misé-
ria, o desemprego, o subemprego, ou até mesmo a persistência do trabalho
escravo. Nessa espécie de modernidade anômala, constituída sob o signo
da desigualdade de possibilidades de escolha, o tema da exclusão social
ganha outros contornos. Ele não concerne apenas à pobreza ou às condi-
ções materiais, embora esteja delas indissociado, mas diz respeito também
a “uma multiplicidade de dolorosas experiências cotidianas de privações,
de limitações, de anulações e, também, de inclusões enganadoras” (MAR-
TINS, 2002, p. 21). A sociedade que exclui é a mesma que integra, mas de
forma precária, patológica. Essa situação está presente nos processos de
escolarização que desenvolvemos.
Enquanto na Europa do século XIX nascem os sistemas públicos de
educação de massas como base comum de cidadania e formação do ide-
ário de nação; no Brasil não experimentamos essa correlação entre cons-
trução de sistemas educacionais para todos e formação de nação, uma vez
que nos formamos em bases escravistas e em projetos de desenvolvimento
desiguais. O fenômeno do acesso da maioria dos jovens à escola é recente
no Brasil e vem igualmente acompanhado pelas dificuldades de perma-
nência e rendimento escolar. Hoje temos o acesso consolidado, mas as ex-
periências da evasão, do analfabetismo funcional e da baixa qualidade da
educação brasileira2 permanecem instigando nossas análises.3
2
Algumas dessas análises estão presentes no Relatório para a UNESCO da Comissão In-
ternacional sobre Educação para o Século XXI, de DELORS, J. et al. Educação um Tesouro a
Descobrir. Cortez: UNESCO; MEC: São Paulo, 1998.
3
A situação pode ser visualizada, na atualidade, para além da ampliação da escolarização,
em dados como os expostos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), indi-
cativos das possíveis causas da redução das matrículas no ensino médio regular, ocorrida
em nível nacional a partir de 2005. Os dados demonstram que há uma diminuição do
número de concluintes do ensino fundamental, assim como uma redução da distorção
idade-série no ensino médio; há, além disso, um aumento das matrículas no ensino mé-
dio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os dados encontram-se disponí-
veis no Texto para Discussão Número 1421, de autoria de Paulo Roberto Corbucci, publi-
cado pelo IPEA com o título “Sobre a redução das matrículas no ensino médio regular”,
em setembro de 2009.
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Optamos por fazer aqui um debate reflexivo a partir de algumas
perguntas ao nosso passado enquanto nação; por isso, o leitor não encon-
trará aqui os detalhes das políticas públicas em diferentes momentos, mas
algumas especificidades de cada período em relação às perguntas que fa-
zemos.
4
As universidades católicas, que se desenvolveram a partir da segunda metade dos anos
1940, formaram-se como um setor “semigovernamental”, já que, em diferentes graus,
dependiam do financiamento estatal. Ao invés de garantir e incentivar o processo que vinha
ocorrendo até então, com a criação de universidades estaduais, o governo federal opta por
privilegiar os recursos às instituições de ensino superior privadas (SAMPAIO, 2000).
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Anísio Teixeira (1956, p. 12), sempre na defesa da educação pública
com qualidade e acessível ao ‘povo brasileiro’, na década de 1950, registra,
com poucos números, a situação da escola no Brasil:
5
O índice mostra que, em 2009, o desempenho das Séries Iniciais foi em média de 4,6; as
Séries Finais do Ensino Fundamental teve média de 4 pontos e o Ensino Médio, 3,4. As in-
formações estão acessíveis no site do INEP: http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/.
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Esses conceitos estão presentes a partir da Constituição Federal de
1988, que afirma a natureza universalista do direito à educação como um
direito básico para a cidadania. Nesse sentido, o Art. 205 afirma: “A edu-
cação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desen-
volvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.” A contradição entre a intenção universalista
e a prática excludente e desigual, sabemos, persiste ao longo da história
e, de maneira especial, na contemporaneidade. Inspirado na nova carta
constitucional e nos conceitos contemporâneos relativos à noção de inclu-
são, ocorre um esforço por reconhecimento da diversidade cultural e da
necessidade de políticas compensatórias aos históricos limites de acesso,
permanência e qualidade da educação formal no Brasil, sendo constituída
uma série de iniciativas políticas e legais que tentam responder a alguns
desses problemas.
Assim, as políticas que visam à afirmação e ao reconhecimento da
diversidade cultural e de outras diversidades no campo da educação esco-
lar têm sido produzidas de forma expressiva e, efetivamente, têm repercu-
tido. Entre as leis que possuem caráter de reconhecimento de direitos, por
um lado, mas também de ação compensatória, estão especialmente aque-
las posteriores à LDB de 1996, que, sendo fruto de aprimoramentos legais,
podem ser relacionadas à noção de cidadania ampliada que se inspira na
análise de Santos e, especialmente, são compreensões contemporâneas so-
bre as relações sociais democráticas que evidenciam ações positivas frente
a temas de exclusões e discriminações historicamente realizadas. No caso
brasileiro, essas leis definem atenção especial aos conteúdos e práticas es-
colares destinados aos povos indígenas e aos afrodescendentes.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei Nº 9.394, de
1996, determina, em seu Art. 3º, que o ensino será ministrado com os prin-
cípios de igualdade de condições para o acesso e permanência; liberdade;
pluralismo; respeito à liberdade e apreço à tolerância; coexistência de ins-
tituições públicas e privadas; gratuidade do ensino público em estabeleci-
mentos oficiais; valorização do profissional; gestão democrática; qualida-
de; valorização da experiência extra-escolar; vinculação entre a educação
escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Entretanto, os direitos educacionais, sociais e individuais aí im-
plicados e vinculados à noção de cidadania ampliada,6 em relação ao perí-
odo histórico da modernidade, desde o século XVIII, têm encontrado difi-
6
Sociólogos como Boaventura de Souza Santos permitem ver que a ideia de cidadania
política em relação ao Estado, originada na modernidade, é limitada para entendermos
processos de participação político-sociais e culturais da contemporaneidade (SANTOS,
2000). Nesse caso, os movimentos sociais e as manifestações de grupos organizados
multiplicam-se por meio de demandas variadas, cuja origem vem da transformação de
questões antes consideradas privadas para o universo de temáticas públicas, debatidas
pela sociedade e, por fim, reconhecidas pelo Estado. Essa ideia de cidadania com caráter
ampliado, para além de relações com o Estado nacional, é contemporânea e está no campo
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culdades para efetivar-se. O reconhecimento da diversidade de modos de
vida; de histórias culturais; étnicas; de formação ético-religiosa e de inte-
resses e características individuais têm tido repercussão lenta no cotidiano
escolar – seja no ensino superior, seja no ensino fundamental.
A Lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001, que aprova o Plano Na-
cional de Educação e dá outras providências, apresenta registros quanto a
interesses em tratar da valorização etnocultural. É com a Lei nº 10.639, de
09 de janeiro de 2003, porém, que se estabelecem as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Ainda,
posteriormente, a Lei nº 11.645, de 2008, altera e aprimora a anterior, in-
cluindo no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temáti-
ca “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Evidentemente que os textos legais, nesses casos, não têm simples-
mente origem nas instâncias estatais, mas evidenciam a capacidade da
sociedade em mobilizar-se a partir do desenvolvimento de maneiras re-
novadas de interpretar as relações sociais nas quais está imbricada. Desse
modo, as políticas educacionais devem ser compreendidas como políticas
públicas relacionadas aos contextos políticos, sociais e econômicos do país
em que se gestam.
A criação de demandas sociais e culturais é parte fundamental des-
se contexto contemporâneo no qual as instituições do sistemzação de esco-
lar está envolta. As questões políticas e a atuação do Estado – proposições
que têm origem anterior aos textos legais – também se constituem em prá-
ticas no cotidiano da educação. Temos aí um caminho para republicanizar
ou fortalecer espaços públicos estatais e não estatais. Nesse sentido, avan-
çamos na compreensão dos dilemas atuais da educação em nosso País, em
que a própria função social da educação formal e a projeção de uma iden-
tidade nacional entram na pauta das políticas e das práticas cotidianas.
de novas regras legais, mas também está no cotidiano das relações sociais e educacionais
na escola.
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colidiram frequentemente na demarcação de áreas de cumplicidade/com-
plementaridade e de domínio exclusivo, numa espécie de jogo de cumpli-
cidade e antagonismo que dura até hoje e que, desde o início, desenrola-se
primordialmente no campo do Direito. No caso brasileiro, as disputas en-
tre educação pública e privada, o difícil acesso, a permanência e também
a qualidade da educação escolar, desde os primórdios da nação até a con-
temporaneidade, permitem afirmar que o direito à educação universalista,
aspecto da primeira fase da organização do estado-nação, não se cumpre.
Segundo Santos (2000), a segunda fase estatal na relação com a so-
ciedade e o mercado data do final do século XIX e, com muito mais clareza,
no pós-1930 e pós-1945, tem o Estado como agente central. Duas mudanças
básicas ocorrem na relação entre Estado e sociedade civil: a necessidade de
intervenção estatal para regular mercados e a sua intervenção para pro-
duzir infraestrutura para o desenvolvimento empresarial. Essas ações sin-
tetizam a gestão econômica que é produzida. Outro tipo de dinâmica diz
respeito à gestão política ou à politização das questões sociais, que tem ori-
gem na necessidade de reforma por parte do Estado capitalista e que está
presente também nas lutas dos trabalhadores associados em sindicatos e
partidos políticos. As políticas sociais e, entre elas, a educacional, ganham
força na forma de direitos dos indivíduos e da sociedade nos países ditos
desenvolvidos. Nessa fase, no caso brasileiro, as políticas são populistas e
seguidas de políticas autoritárias que reprimem possibilidades de refor-
mas sociais, fato que torna as políticas educacionais maneiras de gerar pro-
dutivamente o desenvolvimento econômico mais do que de implementar
educação, cultura e formação na realidade de um ‘povo brasileiro’ diver-
sificado etnicamente, regionalmente, socioeconomicamente, entre outros.
Santos (2000, p. 174) afirma ainda que, ao contrário do que aparece
num primeiro momento, na contemporaneidade estaria havendo “expan-
são do Estado na forma de sociedade civil”. A ação estatal apresenta-se no
sentido de desregulamentar e desmantelar organizações típicas da segun-
da fase. Em geral, a desregulamentação vem acompanhada de ‘re-regu-
lações’ em outras áreas. Em tese, a educação seria oferecida pelo Estado,
mas os cidadãos teriam a liberdade de optar pelo mercado e seus produtos
privados. Subsistem a exclusão e variadas formas de discriminação social.
Isso também ocorre no campo da educação formal, embora haja crescentes
avanços políticos promovidos a partir de movimentos sociais e de necessi-
dades de legitimação internacional quanto às condições de vida e escolari-
zação da população em países ditos em desenvolvimento.7
Através da realidade histórica, vê-se também que um elemento de
exclusão da modernidade é a nacionalização da identidade cultural (SANTOS,
1999). Esta funciona apoiando as constelações institucionais e o sistema
de inclusão/exclusão, limitando a identidade dos grupos sociais e cultu-
7
Praticamente atingiu-se a universalização do ensino fundamental obrigatório (93,8% em
2003) – INEP, Ministério da Educação, 2003.
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rais formadores de nações. Ela impede que se visualizem questões que
atingem grupos parciais e faz ocorrer o fenômeno da despolitização da
esfera não estatal. É justamente para fazer frente à histórica omissão da
sociedade brasileira diante da escolarização de importantes segmentos so-
ciais na periferia do sistema socioeconômico, ou do reconhecimento étni-
co, de gênero, de orientação sexual, que a ideia de identidades amplia-se,
reduzindo a de identidade nacional e remetendo à compreensão de que
a noção de cidadania só pode ser válida se ampliada. Hoje em dia, esses
segmentos sociais discriminados na sociedade e no ambiente escolar estão,
efetivamente, na escola pública de nível fundamental. Muitos ainda não
chegaram ao nível médio, mas não há mais volta no sentido de que, no es-
paço público da escola, esses ditos novos alunos8 têm exigido mudança de
comportamento dos mais variados sujeitos e têm contribuído para colocar
o desafio de transformação do cotidiano escolar em ambiente que abriga
relações sociais de caráter público. Se as novas relações nem sempre são
realidade na escola atual, elas se têm colocado como desafio permanente-
mente.
Há, na perspectiva de Santos (2000), possibilidades de ampliação da
esfera pública ao lado de um novo mapa de estruturação social, emergindo
na transição paradigmática e societal. Em substituição ao esquema dicotô-
mico da relação entre esfera pública e privada e entre Estado e sociedade
civil, apresenta um mapa que trata de seis formas de poder, de conheci-
mento e de direito, as quais comporiam as sociedades como formações ou
constelações políticas. Sua análise considera não existir apenas um poder
como privilegiado. Estaria sendo superada a centralidade de poder no Es-
tado, no direito estatal e na ciência moderna.
Nessa perspectiva, existiriam seis espaços estruturais em torno dos
quais se organiza a sociedade: espaço doméstico, da produção, de mer-
cado, da comunidade, da cidadania e o espaço mundial. Cada um deles
– através de suas instituições, práticas sociais, formas de poder, de direito
e de conhecimento, e de modo entrelaçado com os demais – constitui-se
como espaço de manifestação e/ou realização de interesses. Há contradi-
ções e assimetrias que perpassam as dinâmicas dentro de cada um e entre
os espaços estruturais e, em maior ou menor proporção, há tendências a
manifestações de identidades e de ações de caráter público e de caráter
privado no interior de cada um dos espaços sociais.
Finalmente, diante disso, como pensar quem chega à escola, quem
fica e por que, ou seja, como pensar o acesso, a permanência e a qualidade
da educação brasileira? Há espaço para a diversidade e para aceitação de
relações de caráter público, capazes de cumprir e também superar o traba-
lho com conhecimentos formais, a fim de contribuir para o fortalecimento
8
Sobre o tema relacionado à ideia de novos públicos na escola, mostrando que, “quanto
mais amplia o seu raio de ação, mais ela exclui, apesar das políticas que visam a atenuar
esse fenômeno”, ver DUBET, François. A escola e a exclusão. Cadernos de Pesquisa. n. 119,
p. 29-45, jul., 2003.
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de relações de caráter público na escola e com repercussão nos espaços
sociais ou estruturais que se intercomunicam? O que a noção de povo brasi-
leiro nos diz nesse contexto?
Se nos propomos pensar o ideário escolar através de três variáveis
que se interpenetram no tecido social – as projeções sociais manifestadas
por determinados grupos, as políticas públicas construídas em distintos
momentos e as práticas cotidianas experimentadas nas instituições escola-
res –, compreenderemos um pouco da crise atual de sentido na educação
enquanto projeto nacional. Tal crise de sentido não muda o fato de que
diariamente milhares de jovens estão em sala de aula, dentro dos mais di-
ferenciados contextos escolares presentes na realidade brasileira, e criando
maneiras de viver a escola em sua dimensão de educação formal e também
como espaço de formação e convivência sociocultural, ou seja, como es-
paço público. A ressignificação dos espaços, com ênfase na dimensão da
sociabilidade, é ressaltada por estudiosos como Dayrell (1996, p. 147):
5 Conclusão
Abstract
The article examines elements of education in Brazil, by historicizing some educational
policies and analyzing their presence in the schooling process, especially those that take place
in the contemporary school environments. It also discusses ideas on the formation of the
Brazilian people and on the national identity, as well as the notion of the public character of
the social relations that are established through education. Thus, it discusses issues of access,
the social function of education, and cultural practices at school. The article ends by pointing
out some trends and challenges on this topic.
Referências
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.