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APOSTILA DE TERMODINÂMICA
1 Introdução 1
2 Temperatura 4
2.1 Temperatura e Equilı́brio térmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Escalas de Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.1 Escala Kelvin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.2 Escala Celsius . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2.3 Escala Fahrenheit . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Dilatação Térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
2
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
3
Temperatura
2
2.1 Temperatura e Equilı́brio térmico
O conceito central da termodinâmica é a temperatura. Estamos tão familiarizados com
essa palavra que temos a tendência de sermos excessivamente confiantes. Começaremos
com a idéia do senso comum de que a temperatura seja uma medida de quão “quente”ou
“frio”está um sistema. Essa “sensação de temperatura”nem sempre é confiável.
Por exemplo, em um dia frio de inverno, um corrimão de ferro parece estar mais
frio ao toque do que uma estaca de uma cerca de madeira, apesar de ambos estarem a
mesma temperatura. Por quê? Esse erro na nossa percepção ocorre porque o ferro remove
energia dos nossos dedos mais rapidamente do que a madeira. Portanto, vamos entender
o conceito de temperatura mais profundamente.
Suponha que tivéssemos dois corpos, com temperaturas diferentes, um em contato com
o outro e isolados de influências externas. Você poderia perceber que o corpo mais quente
iria se esfriando, enquanto o mais frio iria se aquecendo. Depois de um certo tempo, você
perceberia, usando o seu tato, que os corpos atingiram uma mesma temperatura. A partir
desse momento, as temperaturas dos corpos não sofrerão alterações, isto é, eles atingirão
uma situação final, denominada estado de equilı́brio térmico.
Em linguagem menos formal, a mensagem da lei zero é: “Todo corpo possui uma
propriedade chamada temperatura”.
A lei zero surgiu no século XX, na década de 1930, muito depois da primeira e segunda
leis da termodinâmica terem sido propostas. Por ela servir de base para o conceito de
temperatura, a qual é fundamental para a primeira e segunda leis, recebeu um número
de ordem menor para designá-la.
4
2.2. ESCALAS DE TEMPERATURA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
A temperatura é uma das sete grandezas básicas do S.I. e está relacionada à energia
térmica de um sistema. Para que a temperatura possa ser considerada uma grandeza
fı́sica, é necessário que saibamos medi-la, para que se tenha um conceito quantitativo
desta grandeza. Esta medida é feita com termômetros.
Um dos termômetros cientı́ficos mais importantes é o termômetro de gás a vo-
lume constante. Esse termômetro se baseia no fato de que a pressão abosluta (e não a
pressão manométrica) de um gás em um recipiente vedado aumenta linearmente conforme
a temperatura cresce.
Um termômetro de gás (figura 3.3 - painel a), é primeiramente, calibrado registrando-
se a pressão do gás para duas temperaturas de referência, tais como os pontos de ebulição
e solidificação da água. Esses dois pontos são plotados em um gráfico da pressão versus
temperatura, e uma linha reta é traçada entre eles. O reservatório de gás, então, é posto
em contato com o sistema cuja temperatura deve ser medida. A pressão é medida e, a
seguir, a temperatura correspondente é lida com base no gráfico.
5
2.2. ESCALAS DE TEMPERATURA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
6
2.2. ESCALAS DE TEMPERATURA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
Tc − 0 TF − 32
=
100 − 0 212 − 32
Tc TF − 32
=
100 180
5
Tc = (TF − 32) (2.3)
9
Transformando ◦ F para K:
T − 273 TF − 32
=
373 − 273 212 − 32
T − 273 TF − 32
=
100 180
5
T − 273 = (TF − 32)
9
5
T = (TF − 32) + 273 (2.4)
9
7
2.3. DILATAÇÃO TÉRMICA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
Exercı́cios
1. A que temperatura as escalas Fahrenheit e Celsius coincidem? R: -40
2. A que temperatura as escalas Fahrenheit e Kelvin coincidem? R:574,25
3. A resistência de uma certa bobina de fio de platina aumenta um fator de 1,392 entre
o ponto trı́plice da água e o ponto de ebulição da água na pressão atmosférica. Qual
a temperatura medida por este termômetro para o ponto de ebulição normal da
água? 380,2K
4. Você deve se preocupar se o seu médico lhe disser que a sua temperatura é de 310
K? Explique sua resposta. R: 36,85◦ C
5. A que temperatura a leitura da escala Fahrenheit é igual a :
(a) duas vezes a da escala Celsius? R: 320 ◦ F
(b) metade da escala Celsius? R: -12 ◦ F
6. Em 1964, a temperatura no vilarejo siberiano de Oymyakon atingiu -71◦ C. Que
temperatura é esta na escala Fahrenheit e Kelvin? R: 202,15K; -95,8◦ F
7. Suponha que você encontre antigas anotações cientı́ficas que descrevem uma escala
de temperatura chamada ◦ Z, na qual o ponto de ebulição da água é 65◦ Z e o ponto de
congelamento é de -14◦ Z. A que temperatura na escala Farenheit uma temperatura
T= -98,0◦ Z corresponderia? R: -159,4 ◦ F
8. Supondo que em um livro de fı́sica muito antigo você encontre a referência a uma
escala P, cujos pontos fixos eram -20◦ P para a fusão do gelo e 130◦ P para a água
em ebulição. Determine:
(a) a relação entre a escala Celsius e essa escala e
(b) a temperatura em graus Celsius que corresponde a 70◦ P. R: (a) Tc = 2/3(Tp
+ 20) e (b) 60◦ C
9. Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina criou sua própria escala
linear de temperatura. Nessa nova escala, os valores 0 e 10 correspondem, respec-
tivamente, a 37◦ C e 40◦ C. Qual a temperatura em que o valor número de ambas
escalas coincidem? R: 52,9◦ C
8
2.3. DILATAÇÃO TÉRMICA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
A dilatação térmica também pode causar problemas. Ferrovias podem ser fortemente
danificadas se não forem planejadas adequadamente. A figura 2.3 mostra uma ferrovia
construı́da sem esse cuidado.
Também em casa, aplicamos o efeito do aumento da temperatura, por exemplo, para
abrirmos tampas de vidros de conserva, aquecendo-os de alguma forma.
O controle da temperatura feito através de termostatos com lâminas bimetálicas (veja
a figura 2.4) , utilizadas no ferro elétrico e em termopares que são os dispositivos que
constam em automóveis e outros tipos de termômetros, ocorre com base na dilatação de
certos materiais.
Figura 2.4: (a) Uma lâmina bimetálica, formada por uma tira de latão e uma tira de
aço soldadas entre si, à temperatura T0 . (b) A tira se enverga da forma mostrada para
temperaturas maiores que esta temperatura de referência. Abaixo da temperatura de
referência a tira se enverga no sentido oposto. Muitos termostatos funcionam com base
neste princı́pio, fazendo e desfazendo um contato elétrico de acordo com a temperatura.
9
2.3. DILATAÇÃO TÉRMICA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
Dilatação Linear
∆L = Lα∆T, (2.5)
onde α é uma constante chamada de coeficiente de expansão linear de um dado
material.
∆L = L − L0 (2.6)
substituindo 1.7 em 1.5, temos
L − L0 = L0 α∆T
L = L0 + L0 α∆T
L = L0 (1 + α∆T ) (2.7)
Para os comprimentos L1 e L2 , temos:
A = L1 L2 (2.11)
10
2.3. DILATAÇÃO TÉRMICA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
Como α∆T << 1, então α∆T >> (α∆T )2 , podemos assim desconsiderar o termo
(α∆T )2
A = A0 (1 + 2α∆T )
A = A0 + 2αA0 ∆T
A − A0 = 2αA0 ∆T
∆A = 2αA0 ∆T (2.13)
O mesmo procedimento pode ser feito em relação à dilatação volumétrica dos sólidos,
chegando a equação
∆V = 3αV0 ∆T (2.14)
dV
dV = dL = 3L2 dL (2.15)
dL
Substituı́mos agora L e V pelos valores iniciais L0 e V0 . Conforme a equação A.1, dL
é dado por
dL = αL0 dL (2.16)
Você pode ter a impressão de que, quando um objeto é aquecido, o material de que é
feito esse objeto se dilata de modo a diminuir o tamanho de um furo. Não é verdade!
Como o objeto se dilata em todas as direções, o furo aumenta de tamanho, como mostra
a Figura 2.5.
11
2.3. DILATAÇÃO TÉRMICA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
Figura 2.5: Quando uma placa com um furo é aquecida, tanto o bloco como o furo
aumentam de tamanho.
Exercı́cios
1. Quanto = dilata um trilho de ferro de 10 m de comprimento, quando aquecido de
0◦ C a 30 ◦ C? Dado: αF erro = 12×10−6 (◦ C)−1 . R: 3,6 mm
2. Uma régua métrica de aço está para ter a sua marcação gravada e deseja-se que os
intervalos de milı́metros apresentem uma exatidão de 5 × 10−5 a uma determinada
temperatura. Qual é a variação máxima da temperatura que pode ocorrer durante
a gravação? Dado: αaço = 11 × 10−6 (◦ C)−1 . R: 4,55◦ C
3. Uma barra feita com uma liga de alumı́nio mede 10 cm a 20◦ C e 10,015 cm no
12
2.3. DILATAÇÃO TÉRMICA CAPÍTULO 2. TEMPERATURA
5. Um cubo de latão tem aresta de 30 cm. Qual o aumento de sua área superficial, se
a temperatura subir de 20◦ C para 75◦ C? Dado: αlatão = 19 × 10−6 (◦ C)−1 . R: 11,
29 cm2
6. Uma barra de aço a 25 ◦ C tem 3 cm de diâmetro. Um anel de latão tem diâmetro in-
terior de 2,992 cm a 25◦ C. A que temperatura comum o anel se ajustará exatamente
a barra? R: 360,46◦ C.
8. Uma placa retangular de alumı́nio tem área de 40 cm2 a 0◦ C. Calcule a área final
da placa a (a) 50◦ C e (b) -20◦ C. R: (a) 40,096 cm2 ; (b) 39,9616 cm2
9. Uma barra de estanho tem a forma de um prisma reto de base 4 cm2 e comprimento
1 m à temperatura de 68◦ F. Determine o comprimento e o volume dessa barra à
temperatura de 518◦ F. Considere αestanho = 20 × 10−6 (◦ C)−1 . R: 100,5 cm e 406
cm3
13
Teoria Cinética dos Gases
3
3.1 O Gás Ideal
pV = N kT (3.1)
Aqui N é o número de moléculas contidas no volume V e k é uma constante chamada
constante de Boltzman. O seu valor medido é:
14
3.1. O GÁS IDEAL Teoria Cinética dos Gases
k = 1, 38 × 10−23 J/K
A temperatura T na equação acima será sempre expressa em Kelvins.
Frequentemente é útil expressar a quantidade de gás em termos do número de mols n:
N
n=
NA
onde NA é a constante de Avogrado, isto é, o número de moléculas contidas em um mol
de qualquer substância. O cientista italiano Amadeo Avogrado (1776-1856) sugeriu que
todos os gases contêm o mesmo número de átomos ou moléculas quando eles ocupam
o mesmo volume sob as mesmas condições de temperatura e pressão. O seu valor é
NA = 6, 02 × 1023 moléculas/mol
O mol é uma das sete unidades de base do SI e é definido como o número de átomos
em uma amostra de 12 g de carbono-12.
Em termos de número de mols, pode-se escrever a equação 3.1 como
pV = nRT (3.2)
onde R = k/NA é uma constante, chamada constante molar do gás. O seu valor é R = 8, 31
J/mol K.
Considerando somente gases contidos em recipientes lacrados, o número de mols (e o
número de moléculas) não mudará durante um problema deste tipo. Neste caso,
15
3.1. O GÁS IDEAL Teoria Cinética dos Gases
M = m · NA
A massa molar, medida em gramas é numericamente igual à massa molecular, medida
em u. Assim, a massa molar do SO2 é
Exercı́cios
1. Um cilindro isolado com um êmbolo montado contém oxigênio a uma temperatura
de 20◦ C e uma pressão de 15 atm em um volume de 22 litros. O êmbolo é baixado,
diminuindo o volume do gás para 16 litros e, simultaneamente, a temperatura é
aumentada para 25◦ C. Supondo que o oxigênio comporta-se como um gás ideal sob
estas condições, qual é a pressão final do gás? R : pf = 21atm
2. (a) Calcule o volume ocupado por 1 mol de um gás ideal em condições normais, isto
é, pressão de 1 atm e temperatura de 0◦ C. R : V = 2, 246 · 10−2 m3 = 22, 46l
(b) Mostre que o número de moléculas por cm3 em condições normais é 2, 68 × 1019 .
3. O melhor vácuo que pode ser obtido em laboratório corresponde a uma pressão de
aproximadamente 10−18 atm, ou, ou 1, 01 × 10−13 Pa. Quantas moléculas existem
por cm3 neste vácuo a 22 ◦ C. R : N = 24, 8 moléculas
4. Uma quantidade de gás ideal ocupa um volume de 2,47 m3 a 12,0◦ C e a 108 kPa.
(a) Quantos mols do gás estão presentes? R : n = 112, 64 mols
(b) Se a pressão é aumentada para 316 kPa e a temperatura é aumentada para 31,0
◦
C, qual é o novo volume ocupado pelo gás? R : Vf = 0, 900m3
5. Gás oxigênio com volume de 1130 cm3 a 42,0◦ C e a uma pressão de 101 kPa expande
até que o seu volume seja 1530 cm3 e sua pressão seja 106 kPa. Determine
(a) o número de mols de oxigênio no sistema. R : 0, 044 mols
(b) a sua temperatura final. R : 447, 62K
6. Certa massa gasosa sob pressão de 3 atm ocupa um volume de 20 l a temperatura
de 27 ◦ C. Determine:
(a) o volume ocupado pelo gás a 127 ◦ C, sob a mesma pressão.R : 26, 7litros
(b) a pressão que o gás exerce a 27◦ C quando ocupa o volume de 40 l. R : 1, 5litros
(c) em que temperatura o volume de 20 l do gás exerce a pressão de 5 atm. R : 500K
7. Uma seringa de injeção com o êmbolo na marca de 20 cm3 , à temperatura ambiente
de 27◦ C e à pressão de 1, 0 × 105 Pa, é vedado e colocado em um freezer a -13◦ C.
Verica-se que, ao atingir o equilı́brio térmico, o êmbolo está na marca de 18 cm3 .
Determine nessas condições a pressão do ar aprisionado na seringa. R: 9, 6 × 104
Pa
8. Um freezer, regulado para manter a temperatura em seu interior a -10◦ C, foi ligado
quando a temperatura ambiente estava 30◦ C. Calcule a pressão em seu interior após
certo tempo de funcionamento. R: 0,87atm
16
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
Nesta seção estudaremos o modelo de gás ideal do ponto de vista microscópico. Cons-
truiremos um modelo estrutural de um gás mantido em um recipiente. A estrutura ma-
temática e as previsões feitas por este modelo constituem a teoria cinética dos gases.
Em nosso modelo estrutural, faremos as seguintes suposições:
1. O número de moléculas no gás é alto e a separação média entre elas é grande quando
comparada com suas dimensões.
3. As moléculas interagem somente por meio de forças de curto alcance durante colisões
elásticas.
5. O gás ideal em consideração é uma substância puras, isto é, todas as moléculas são
idênticas.
A equação anterior nos dá a força que uma molécula exerce17 na face considerada.
Para se encontrar a força total exercida por todas as moléculas, devemos considerar as
contribuições de todas as N moléculas:
m 2
FX =
L
(
v X 1 + v X2 2 + ! + v 2XN )
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
vx → −vx .
Não haverá qualquer efeito sobre vy ou vz , de modo que a variação da quantidade de
movimento linear da molécula possui apenas uma componente na direção x, expressa por
(−mvx ) − (mvx ) =
−2mvx
Uma vez que a quantidade de movimento linear total é conservada durante a colisão,
a quantidade de movimento linear atribuı́da à sua área A1 é +2mvx .
Suponha que essa molécula atinja a área A2 sem colidir com qualquer outra molécula
ao longo de sua trajetória. O tempo necessária para cruzar o cubo é
L
∆t = .
vx
Em A2 ela novamente possui componente de velocidade na direção x invertida, re-
tornando para A1 . Admitindo que não haja colisão com outra molécula, a trajetória
completa leva um tempo igual a
2L
∆t = ,
vx
que é o tempo entre as colisões com a superfı́cie A1 . A força impulsiva média exercida
por essa molécula sobre A1 é igual à quantidade de movimento transferida dividida pelo
intervalo de tempo entre as transferências, isto é,
2mvx mvx2
Fx = = .
2L/vx L
2
Para obter a força total sobre A1 , deve-se somar as quantidades mv L
x
para todas as
moléculas
m 2 2 2
Fx = (v1x + v2x + v3x + ...).
L
Em seguida, para obter a pressão, divide-se essa força pela área A1 , ou seja, L2 . A
pressão é, portanto,
2 +v 2 +v 2 +...)
m(v1x 2x 3x
Fx L
p= =
área L2
m 2 2 2
= (v + v2x + v3x + ...).
L3 1x
Se N é o número total de moléculas do recipiente, então N m é a massa total, e a
massa especı́fica (ρ) será dada por
Nm
ρ= 3 ,
L
assim,
m ρ
3
=
L N
18
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
e
2 2 2
v1x + v2x + v3x + ...
p=ρ .
N
A quantidade entre parênteses é o valor médio de vx2 para as moléculas do recipiente,
que será representada por (vx2 )med . Assim,
p = ρ(vx2 )med .
(v 2 )med
(vx2 )med =
3
assim,
1
p = ρ(v 2 )med .
3
A raiz quadrada de (v 2 )med é chamada velocidade média quadrática das moléculas, e
vale
p
vrms = (v 2 )med
r
3p
vrms = .
ρ
Exercı́cios
1. Verifica-se que cinco moléculas escolhidas ao acaso possuem velocidades de 500, 600,
700, 800 e 900m/s.
(a) Ache sua velocidade média. R : vmed = 700m/s
(b) Qual a velocidade média quadrática das moléculas? R : vrms = 714m/s
19
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
(a)
(b)
(c)
v.!tv.t
Figura 3.2: a) Choque entre duas moléculas idênticas de diâmetro d. b) Descrição alter-
nativa: choque entre uma molécula com diâmetro 2d e outra pontual. c) Cilindro gerado
pelo deslocamento da partı́cula de diâmetro 2d.
20
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
Exercı́cios
1. Quais são (a) a trajetória livre média e (b) a taxa média de colisões para o nitrogênio
à temperatura ambiente (T = 300K) e à pressão atmosférica (p = 1, 01 · 105 P a)?
Uma molécula de nitrogênio possui diâmetro efetivo d = 3, 15 · 10−10 m e, para as
condições estabelecidas, uma velocidade média vmed = 478m/s.
R: a) λ = 9, 3 · 10−8 m; b) taxa = 5, 1 · 109 colisões/segundo
2. A 2500 km acima da superfı́cie da Terra, a massa especı́fica é de aproximadamente
1 molécula/cm3 . Qual a trajetória livre média prevista? Suponha o diâmetro mo-
lecular igual a 2, 0 · 10−8 cm. R: λ = 5, 6 · 1012 m
3. O livre percurso médio das moléculas de nitrogênio, a 0◦ C e 1atm, é 0, 80·10−5 cm. A
esta temperatura e pressão há 2, 7 · 1019 molécula/cm3 . Qual o diâmetro molecular?
R: 3, 2 · 10−10 m
21
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
O fı́sico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879) foi quem primeiro resolveu o pro-
blema da distribuição das velocidades em um gás contendo um grande número de moléculas.
A distribuição de moléculas de Maxwell para uma amostra de gás com temperatura T
contendo N moléculas, cada uma com massa m, é dada por
3/2
m 2 /2k T
N (v) = 4πN v 2 e−mv B
. (1)
2πkB T
A figura 3.3 mostra duas distribuições de velocidades para N = 105 moléculas de ni-
trogênio (N2 ), considerando as temperaturas de 300K (curva azul) e 900K (curva laranja).
Pode-se obter muitas informações úteis a partir da equação de distribuição das velo-
cidades moleculares (Eq. 1).
1. A velocidade mais provável (vm p): Essa é a velocidade para a qual (N (v))
apresenta seu valor máximo. Esse valor pode ser obtido impondo
N (v)
=0
dv
22
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
Evaporação
As curvas de distribuição da velocidade das moléculas em um lı́quido são semelhantes às
mostradas na Figura 3.3. O fenômeno de evaporação de um lı́quido pode ser entendido
a partir desta distribuição em velocidades, dado que algumas moléculas do lı́quido são
mais energéticas que outras. Algumas das moléculas mais ágeis no lı́quido penetram na
superfı́cie e até mesmo deixam o lı́quido em temperaturas bem abaixo do ponto de vapo-
rização. As moléculas que escapam do lı́quido por evaporação são aquelas que têm energia
suficiente para superar as forças atrativas das moléculas na fase lı́quida. Consequente-
mente, as moléculas deixadas para trás na fase lı́quida têm uma energia cinética média
mais baixa, fazendo com que a temperatura do lı́quido diminua. Assim, a evaporação é um
processo de resfriamento. Por exemplo, um pano embebido em álcool é frequentemente
colocado em uma cabeça febril para diminuir a temperatura e dar conforto ao paciente. O
álcool tem uma taxa alta de evaporação devido à sua alta pressão de evaporação e baixo
ponto de vaporização comparado com a água.
Exercı́cios
1. As velocidades de dez partı́culas em m/s são:
0,0; 1,0; 2,0; 3,0; 3,0; 3,0; 4,0; 4,0; 5,0 e 6,0.
Determine:
(a) a velocidade média; R: vméd = 3, 1 m/s
(b) a velocidade média quadrática; R: vrms = 3, 5 m/s
(c) a velocidade mais provável. R: vmp = 3, 0 m/s
2. Uma amostra de 0,500 mol de um gás hidrogênio está a 300 K.
(a) Encontre a velocidade média, a velocidade vmq, e a velocidade mais provável
das moléculas de hidrogênio. bf R: vméd = 1,78 ×103 m/s, vmp =1,93 ×103 m/s ,
vrms =1,57 ×103 m/s
(b) Encontre o número de moléculas com velocidades 400 m/s e 401 m/s. R: 2,61
×1019 moléculas .
3. Um tanque de volume de 0, 300m3 contém 2 mols de gás Hélio a 20, 0◦ C. Supondo
que o Hélio comporta-se como um gás ideal, encontre:
(a) a energia interna total do gás. R: K = 7, 30 · 103 J
(b) a energia média por molécula. R: Ktrans = 6, 07 · 10−21 J
4. Calcule a massa de uma molécula de nitrogênio, N2 . O peso molecular é 28 kg/kmol.
R: 4, 65 × 10−26 kg
5. Uma gotinha de mercúrio tem um raio de 0,5 mm. Quantos átomos de mercúrio
existem na gotinha? (Para Hg, M = 202 kg/ kmol e ρ = 13600 kg/m3 ). R: 2, 1×1019
6. Quantas moléculas existem em 70 cm3 de benzeno? (Para o benzeno, ρ = 0, 88 g cm−3
e M = 78 kg/K mol). R: 4, 8 × 1023 moléculas.
24
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
8. (a) Qual a velocidade média quadrática das moléculas de oxigênio (O2 ) à 27◦ C?
R: vrms = 483m/s
(b) Qual o caminho livre médio para estas moléculas, supondo que elas possuem
diâmetro de d = 4 · 10−10 m e estão à pressão de 1atm? R: λ = 5, 8 · 10−8 m
25
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
Uma descrição alternativa do movimento das moléculas pode ser obtida observando
a distribuição das energias ao invés da distribuição das velocidades. Isto é, observando
a distribuição de N (E), de modo que N (E) · dE fornece o número de moléculas com
energias entre E e E + dE.
Sendo o número de moléculas com energias cinéticas entre E e E + dE idêntico ao
número de moléculas com velocidades entre v e v + dv, matematicamente temos:
dv
N (E) = N (v) · (1)
dE
Considerando que as moléculas possuam apenas energia cinética, temos:
1
E = mv 2
2
1/2
2E
v= (2)
m
1/2
dv 1 −1/2 2
= E (3)
dE 2 m
3/2
m 2
Dado: N (v) = 4πN v 2 e−mv /2kB T (4)
2πkB T
Substituindo as equações (2), (3) e (4) na equação (1), temos:
2N 1
N (E) = √ E 1/2 e−E/kB T (5)
π (kB T )3/2
26
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
Lista de revisão I
1. Suponha que em uma escala linear de temperatura X, a água ferva a -53,5◦ X e se
congele a -170◦ X. Qual a temperatura de 340 K na escala X? R: -91,1 ◦ X
7. Uma barra retilı́nea é formada por uma parte de latão soldada em outra de aço. A
20 ◦ C, o comprimento total da barra é 30 cm, dos quais 20 cm de latão e 10 cm
de aço. Os coeficientes de dilatação linear são 1, 9 × 10−5 ◦ C−1 para o latão e
1, 1 × 10−5 ◦ C−1 para o aço. Qual é o coeficiente de dilatação linear da barra? R:
α = 1, 63 × 10−5 /◦ C
8. O comprimento de uma haste, medido com uma régua de aço (α = 1, 1 × 10−5 ◦ C−1 )
a temperatura ambiente de 20 ◦ C, é igual a 20,05 cm. Em seguida, a haste e a régua
são colocadas em um forno a 270 ◦ C. Dentro deste forno, o comprimento da haste
medida com a mesma régua é de 20,11 cm. Calcule o coeficiente de dilatação térmica
do material da haste. R: α = 2, 3 × 10−5 /◦ C. A haste é feita de alumı́nio.
9. Um gás ideal ocupa um volume de 100 cm3 a 20, 0 ◦ C e 100 Pa. (a) Encontre
o número de mols do gás no recipiente. (b) Quantas moléculas do gás estão no
recipiente? R: n = 4, 1 × 10−6 mols e N = 2, 47 × 1018 moléculas
10. Massa especı́fica é massa dividida pelo volume. Se o volume V depende da tem-
peratura, a massa especéfica ρ também depende. Mostre que a variação na massa
especéfica ∆ρ com uma variação de temperatura ∆T é dada por
∆ρ = −βρ∆T,
onde β é o coeficiente de dilatação volumétrica. Explique o sinal negativo.
27
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
11. Dado um tanque de hélio com volume de 0, 100 m3 e pressão 150 atm. Quantos
balões este tanque pode inflar se cada balão cheio for uma esfera de 0,300 m de
diâmetro em uma pressão absoluta de 1,20 atm? R: 884 balões
12. Um gás ideal é mantido em um recipiente de volume constante. Inicialmente, sua
temperatura é 10, 0 ◦ C e sua pressão 2,50 atm. Qual será sua pressão quando sua
temperatura for 80, 0 ◦ C? R: p = 3, 15 × 105 Pa
13. Um cilindro contém oxigênio é temperatura de 20 ◦ C, pressão de 15 atmosferas e
volume de 100 litros. Um êmbolo é deslocado no cilindro de modo a diminuir o
volume do gás para 80 litros e aumentando sua temperatura para 25 ◦ C. Supondo
que o oxigênio se comporte como gás ideal nestas condições, determinar sua pressão
final. R: p= 19,07 atm
14. Sendo a velocidade quadratica média das moléculas de um gás dada por
r
3p
vrms = ,
ρ
encontre uma equação que relacione a vrms com a temperatura (T ) e a massa molar
1/2
(M ). R: vrms = 3RTM
28
3.2. PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES Teoria Cinética dos Gases
21. (a) Quantos átomos de gás hélio enchem um balão de 30, 0 cm de diâmetro a 20, 0 ◦ C
e 1,00 atm? (b) qual é a energia cinética média dos átomos de hélio? (c) Qual é a
velocidade média quadrática dos átomos de hélio? R: (a) 3, 53×1023 moléculas;
(b) 6, 07 × 10−21 J; (c) 1,35 km/s
22. Um reservatório de aço contém 315 g de amônia (NH3 ) a uma pressão absoluta de
1, 35×106 Pa e a uma temperatura de 77, 0 ◦ C. (a) Qual o volume desse reservatório?
(b) Faz-se uma verificação posterior no reservatório quando a temperatura diminuiu
para 22 ◦ C e a pressão absoluta caiu para 8, 68 × 105 Pa. Quantos gramas de gás
escapou do reservatório? R: (a) 39,9 l; (b) 14,13 mols; (c) 74,71g
26. Calcule a velocidade média quadrática das moléculas de amônia (NH3 ) a 56, 0 ◦ C.
Um átomo de nitrogênio possui uma massa de 2, 33 × 10−26 kg e um átomo de
hidrogênio possui massa de 1, 67 × 10−27 kg. R: 694 m/s
29. Considere uma amostra de gás argônio a 35, 0 ◦ C e sob pressão de 1,22 atm. Suponha
que o raio de um átomo (esférico) de argônio seja de 0, 710×10−10 m. Calcule a fração
do volume do recipiente que é realmente ocupada pelos átomos. R:4, 34 × 10−5
29
Primeira Lei da Termodinâmica
4
Calor (Q) é a energia que flui entre um sistema e a sua vizinhança devido a uma
diferença de temperatura entre eles. Calor não é uma propriedade dos sistemas termo-
dinâmicos, e por tal não é correto afirmar que um corpo possui mais calor que outro, e
tão pouco é correto afirmar que um corpo ”possui”calor. O conceito de calor utilizado
pela população, em senso comum, de forma não cientı́fica, geralmente é apegado à ideia
do calórico. Assim, costuma-se ouvir casos como: “que calor!”, “que frio!”e outros. Per-
cebemos que isso é errado uma vez que o termo ”calor”é a transição de energia de um
corpo mais quente para um corpo mais frio.
Podemos transferir energia entre um sistema e o seu ambiente na forma de Trabalho
W por meio de uma força atuando sobre um sistema. Calor e trabalho , diferentemente
da temperatura, da pressão e do volume, não são propriedades intrı́nsecas de um sistema.
Eles possuem significado apenas quando descrevem a transferência do ambiente para o
sistema. O calor é positivo quando energia se transfere do seu ambiente para uma
energia térmica do sistema (dizemos que o calor é absorvido). O calor é negativo quando
se transfere energia de uma energia térmica do sistema para o seu ambiente (dizemos que
o calor é liberado ou perdido). Essa transferência de energia é mostrada na figura 4.1
Antes de os cientistas se darem conta de que o calor é energia transferida, o calor
era medido em termos da sua capacidade de aumentar a temperatura da água. Assim, a
caloria (cal) foi definida como a quantidadade de calor que elevaria a temperatura de 1
g de água de 14,5 ◦ C para 15,5 ◦ C .
Em 1948, a comunidade cientı́fica decidiu que já que o calor é energia transferida, a
unidade SI para o calor deveria ser a que usamos para energia, ou seja, o joule (J). As
relações entre as várias unidades de calor são:
30
4.1. A ABSORÇÃO DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
Q
C= ou Q = C∆T (4.2)
∆T
Desse modo poderemos calcular a capacidade térmica de 1 litro de água, de 2 litros de
água, 1 litro de azeite, etc. A capacidade térmica caracteriza o corpo, e não a substância
que o constitui. Dois corpos de massas e de substâncias diferentes podem possuir a mesma
capacidade térmica. Dois corpos de massas diferentes e de mesma substância possuem
capacidades térmicas diferentes.
A grandeza que caracteriza uma substância é o calor especı́fico.
Calor Especı́fico
É definido como sendo a quantidade de calor Q necessária para elevar em 1◦ C a massa de
1g de determinado material, ou seja:
Q
c=
m∆T
31
4.1. A ABSORÇÃO DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
Q = mc∆T (4.3)
A unidade no SI é J/(kg.K). Uma outra unidade mais usual para calor especı́fico é
cal/(g.◦ C). A tabela 4.1 lista o valor dos calores especı́ficos de alguns materiais.
Calores de Transformação
Como foi mencionado, uma substância altera a sua temperatura quando ela troca calor
com a sua vizinhança. No entanto, um corpo pode absorver certa quantidade de calor e
manter sua temperatura constante. Por exemplo, uma pedra de gelo a 0 ◦ C é retirada do
congelador e colocada dentro de um copo na temperatura ambiente de 30 ◦ C. Esse material
irá absorver calor da sua vizinhança e transformar-se em água a uma temperatura de 0◦ C.
No exemplo acima não houve mudança de temperatura, mas houve mudança de estado
fı́sico, do estado sólido para o lı́quido.
A propriedade fı́sica que define a quantidade de calor (Q) necessária para uma mudança
de fase de uma massa m de determinada substância é chamada calor latente, e é definida
como
Q
L= (4.4)
m
Q = Lm (4.5)
32
4.1. A ABSORÇÃO DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
Exercı́cios
1. Em um episódio de gripe, um homem de 80 kg tem 39◦ C de febre (cerca de 2
◦
C acima da temperatura normal de 37 ◦ C). Considerando que o corpo humano é
constituı́do essencialmente de água, qual seria o calor necessário para produzir essa
variação de temperatura? Dado: c =1,00 cal/g ◦ C R: 160 kcal.
Qagua + Qmetal = 0
5. Qual a energia total transferida para a água no exercı́cio anterior? R: 960 cal
6. Um estudante faz uma refeição que contém 2000 kcal de energia. Ele deseja realizar
uma quantidade equivalente de trabalho na academia levantando o objeto de 50,0
kg. Quantas vezes ele deve levantar o objeto para gastar esta quantidade de energia?
Considere que ele levanta o peso a uma distância de 2,00 m cada vez. R: 8542 vezes
W = P h = mgh
7. Que quantidade de calor deve ser absorvida por uma massa de gelo m = 720 g a
-10◦ C para levá-la ao estado lı́quido a 15 ◦ C? R: 71640 cal
8. Que massa de vapor d’água a 100 ◦ C deve ser misturada com 150 g de gelo no seu
ponto de fusão, em um recipiente isolado termicamente, para produzir água lı́quida
a 50◦ C? Dados: cagua = 1 cal/g◦ C, Lf = 79, 5 cal/g, Lv = 539 cal/g R: 32,97 g
33
4.2. TRABALHO Primeira Lei da Termodinâmica
4.2 Trabalho
Nesta seção, olhamos com algum detalhe como a energia pode ser transferida na forma de
calor (Q) e trabalho (W) entre um sistema e o seu ambiente. As grandezas Q e W não são
caracterı́sticas do estado de equilı́brio do sistema, mas sim dos processos termodinâmicos
pelos quais o sistema passa de um estado de equilı́brio para outro. Desse modo, se o
sistema vai de um estado de equilı́brio inicial i para outro estado de equilibrio final, por
dois caminhos diferentes, para cada caminho ele terá um valor de (Q) e (W) especı́fico.
Neste caso, Q e W são definidos como:
Figura 4.2: O trabalho infinitesimal realizado pelo sistema durante a pequena expansão
dW = F dx = P Adx (4.6)
Porém,
Adx = dV (4.7)
dW = P dV (4.8)
Para uma variação finita de volume entre o estado inicial e o final, temos
Z Vf
W = P dV (4.9)
Vi
34
4.3. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA Primeira Lei da Termodinâmica
Figura 4.3: O trabalho realizado é dado pela área embaixo da curva em um diagrama P V
Vf
W = N KT ln (4.10)
Vi
W =0 (4.12)
35
4.3. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA Primeira Lei da Termodinâmica
Figura 4.4: O trabalho realizado pelo sistema durante uma transição entre dois estados
depende do caminho escolhido.
Figura 4.3. Existe sempre uma infinidade de caminhos possı́veis. A Figura 4.5 mostra
três caminhos diferentes para ir do estado 1 para o estado 2.
Define-se uma grandeza, chamada energia interna E, caraterizada pelos diversos tipos
de energia possı́veis de existir em uma substância quando ela está em um determinado
estado.
No caso mais simples, de um gás monoatômico, a energia interna depende apenas do
movimento dos átomos (energia cinética de translação).
A diferença de energia interna entre os estados inicial e final ∆Eint = Ef − Ei é uma
grandeza de grande importância na termodinâmica, porque independe do percurso usado
para ir de um estado para outro. Assim temos que:
∆Eint = Q − W (4.13)
Q = ∆Eint + W (4.14)
36
4.3. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA Primeira Lei da Termodinâmica
∆Eint = −W (4.15)
Z f
Wif = P dV = 0 (4.16)
i
∆Eint = Q (4.17)
3. Processos Cı́clicos. Num processo cı́clico o sistema passa por várias transformações,
mas ao final do processo ele retorna ao estado inicial. Desse modo, temos que
Ei = Ef e portanto não existe variação de energia interna, logo:
Q=W (4.18)
Exercı́cios
1. Calcule o trabalho realizado por um gás ideal que se expande isotermicamente desde
o volume inicial Vi até o volume final Vf . R : Wif = NKT ln VfVi
2. Um mol de oxigênio (suponha que ele seja um gás ideal) se expande a uma tempera-
tura constante de T de 310 K de um volume inicial Vi de 12 l para um volume final
de Vf de 19 l. Qual o trabalho realizado pelo gás durante a expansão? R: 1184J
37
4.3. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA Primeira Lei da Termodinâmica
38
4.4. CALOR ESPECÍFICO MOLAR Primeira Lei da Termodinâmica
(b) Se W = −13 cal para a trajetória de volta f i, qual será Q para esta trajetória?
R: -43 cal
(c) Considere Eint,i = 10 cal. Qual é Eint,f ? R: 40 cal
(d) Se Eint,b = 22cal, qual o valor de Q para a trajetória ib e para a trajetória bf ?
R: 18 cal
3
Eint = nRT (4.19)
2
39
4.4. CALOR ESPECÍFICO MOLAR Primeira Lei da Termodinâmica
onde Cp é uma constante chamada calor especı́fico molar a pressão constante. Este
Cp é maior do que o calor especı́fico molar a volume constante CV , pois agora deve-se
fornecer energia não apenas para elevar a temperatura do gás, mas também para que o
gás realize trabalho.
40
4.5. TRANSFERÊNCIA DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
Exercı́cios
1. Encontre os valores dos calores especı́ficos molares para os casos isobárico e isovo-
lumétrico para um gás ideal a partir da Primeira Lei da Termodinâmica.
R : Cv = 12, 5J/mol K e Cp = 20, 8J/mol K
(a) Quanta energia deve ser transferida para o gás pelo calor para aumentar sua
temperatura para 500 K se ele for aquecido a volume constante? R: 7479 J
(b) Quanta energia deve ser transferida para o gás pelo calor a pressão constante
para aumentar a temperatura para 500 K? R: 12465 J
41
4.5. TRANSFERÊNCIA DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
4.5.1 Condução
Considere um bloco cujo material tem espessura ∆x e um corte transversal de área A
com as faces opostas a temperaturas diferentes T1 e T2 , onde T2 > T1 .
O bloco permite que a energia seja transferida da região de alta temperatura para a
de baixa temperatura por meio da condução térmica. A taxa de transferência de energia
pelo calor
Q
P=
∆t
T2
A
Fluxo de energia
T2>T1
T1
!x
42
4.5. TRANSFERÊNCIA DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
∆x
R= (4.23)
k
Quanto menor for a condutividade térmica do material do qual uma parede é feita,
maior será o valor de R, assim algo que possua um alto valor R é um mau condutor
térmico, portanto um bom isolante térmico.
A unidade normalmente usada para R (que nos Estados Unidos pelo menos, quase
nunca é indicada é: ft2 ◦ F h/Btu.
Para uma barra composta contendo diversos materiais de espessuras ∆x1 ,∆x2 , ... e
condutividade térmicas k1 , k2 , ... a taxa de trasnferência de energia pela barra no estado
estável é
A∆T
P = P (4.24)
R
4.5.2 Radiação
Radiação térmica é a radiação eletromagnética emitida por um corpo em qualquer tem-
peratura. A radiação é uma forma de transmissão de calor pela qual um segundo corpo
pode absorver as ondas que se propagam pelo espaço em forma de energia eletromagnética
aumentando sua temperatura.
A taxa de emissão de energia de um corpo por meio da radiação térmica a partir de
sua superfı́cie é proporcional à quarta potência de sua temperatura superficial absoluta.
Este princı́pio é conhecido como a Lei de Stefan e é expressa por:
P = σAeT 4 ,
onde:
P é a potência irradiada pelo corpo (W);
43
4.5. TRANSFERÊNCIA DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
Figura 4.9: As perdas térmicas de uma casa são indicadas nesta termografia por um
código de cores que vai do azul (baixas perdas) até o branco (altas perdas).
4.5.3 Convecção
Quase todas as substâncias se dilatam quando são aquecidas. Quando uma região que
contém ar ou outro fluido qualquer é aquecida, ela se dilata, passa a ter uma densidade
menor que as regiões vizinhas e, de acordo com o princı́pio de Arquimedes, é submetida
a uma força de empuxo. É como se o ar quente boiasse no ar frio e o ar frio afundasse no
ar quente.
As condições do tempo, tanto em termos locais como em termos globais, são contro-
ladas por corrente de convecção. Por exemplo, as pessoas que vivem em regiões costeiras
sabem que o vento costuma soprar do mar para a terra no final da tarde e da terra para o
mar no inı́cio da manhã (Figura 14-23). Como o calor especı́fico da terra é muito menor
que o calor especı́fico da água, a terra esquenta e esfria muito mais depressa que a água.
Durante o dia, especialmente nos dias de calor e céu claro, a terra esquenta mais que
a água, o ar que está acima da terra fica mais quente e menos denso e começa a subir,
sendo substituı́do por um ar mais frio que vem do mar. O resultado é uma corrente no
sentido mar-terra conhecida como brisa marinha. No inı́cio da manhã, depois que o ar foi
44
4.5. TRANSFERÊNCIA DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
submetido ao frio da noite, o ar que está sobre o mar permanece mais quente que o ar que
está sobre a terra, e a situação se inverte, produzindo uma corrente no sentido terra-mar
conhecida como brisa terrestre.
Figura 4.10: O clima é controlado por correntes de convecção. Como o calor especı́fico da
terra é muito menor que o calor especı́fico da água, a terra esquenta e esfria muito mais
depressa que a água. Isso faz com que o vento sopre da terra para o mar, no inı́cio da
manhã, e do mar para a terra no final da tarde.
Exercı́cios
1. Uma janela cuja área é de 2,0m2 é envidraçada com vidro de espessura de 4,0 mm. A
janela está na parede de uma casa e a temperatura externa é 10 ◦ C . A temperatura
no interior da casa é 25◦ C. Quanta energia é transferida através da janela pelo calor
em 1h? Dados: kvidro = 0, 8W/(m◦ C) R : 2, 16 × 107 J
3. Uma barra de ouro esá em contato térmico com uma barra de prata de mesmo
comprimento e área. Uma extremidade da barra composta de ouro é mantida a
80◦ C e a extremidade oposta está a 30◦ C. Quando a transferência de energia atinge
o estado estacionário, qual a temperatura da junção?
Dados: kAu = 314W/(m◦ C) e kAg = 427W/(m◦ C) R: 51,18 ◦ C
4. A figura abaixo mostra a seção transversal de uma parede feita de pinho branco
com espessura La e de tijolos com espessura Ld , envolvendo duas camadas de um
material desconhecido com espessuras e condutividades idênticas. A condutividade
térmica do pinho é ka e a do tijolo é kd . A área da face A da parede é desconhecida.
45
4.5. TRANSFERÊNCIA DE CALOR Primeira Lei da Termodinâmica
46
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da
5
Termodinâmica
47
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
A equação 5.2 mostra que uma máquina térmica tem 100% de eficiência (e = 1)
somente se |Qf | = 0, isto é se a energia não é expelida para o reservatório frio. Como as
eficiências de máquinas reais são bem abaixo de 100%, a seguinte versão alternativa da
Segunda Lei da Termodinâmica nos diz:
48
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
Lista de revisão II
1. Uma geóloga trabalhando no campo toma seu café da manhã em uma xı́cara de
alumı́nio. A xı́cara possui uma massa igual a 0,120 kg e estava inicialmente a 20 ◦ C
quando a geóloga a encheu com 0,300 kg de um cafe que estava inicialmente a uma
temperatura de 70 ◦ C. Qual é a temperatura final depois que o café e a xı́cara
atingem o equilı́brio térmico? (Suponha que o calor especı́fico do café seja igual
ao da água (cH2 O w 4190 J/kgK), e que não exista nenhuma troca com o meio
ambiente (cAl w 910 J/kgK)). Resp.: Tf = 66 ◦ C
6. Uma chaleira de alumı́nio contendo água em ebulição, a 100 ◦ C, está sobre uma
chama. O raio do fundo da chaleira é de 7,5 cm e sua espessura é de 2 mm. A
condutividade térmica do alumı́nio é 0, 49 cal/s cm ◦ C. A chaleira vaporiza 1 l de
água em 5 min. O calor de vaporização da água a 100 ◦ C é de 540 cal/g. A que
temperatura está o fundo da chaleira? Despreze as perdas pelas superfı́cies laterais.
Resp.: T = 104, 6 ◦ C
7. Uma caixa de isopor usada para manter as bebidas frias em um piquenique possui
área total (incluindo a tampa) igual a 0, 80 m2 , e a espessura de sua parede mede
2,0 cm. A caixa esté cheia de água, gelo e latas de Coca-Cola a 0 ◦ C. Qual é a taxa
de fluxo de calor para o interior da caixa, se a temperatura da parede externa for
de 30 ◦ C? Qual é a quantidade de gelo que se liquefaz durante um dia? Resp.:
H = 12 W = 12 J/s e m = 3, 1 kg
49
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
9. Uma placa quadrada de aço, com lado igual a 10 cm, é aquecida em uma forja até
uma temperatura de 800 ◦ C. Sabendo que a emissividade é igual a 0,60, qual é a
taxa de energia transmitida por radiação? Resp.: H = 900 W
10. Sabendo que a área total do corpo de uma pessoa é 1, 20 m2 , e que a temperatura
da superfı́cie é de 37 ◦ C, calcule a taxa total de transferência de calor do corpo
por radiação. Se o meio ambiente está a uma temperatura de 20 ◦ C, qual a taxa
resultante de calor perdido pelo corpo por radiação? A emissividade do corpo é
próxima da unidade. Resp.: H = 628 W e Htotal = 127 W
11. Você deseja comer um sundae com calda quente com um valor alimentı́cio de 900
Calorias (kcal) e a seguir subir correndo vários lances de escada para transformar
em energia a sobremesa ingerida. Até que altura terá de subir? Use a sua massa
como parâmetro de entrada. Resp.: uma pessoa com 60 kg teria que subir
∼ 6400 m
12. Um grama de água (1 cm3 ) se transforma em 1671 cm3 quando ocorre o processo de
ebulição a uma pressão constante de 1 atm. O calor de vaporizao para essa pressão
é Lv = 2, 256 × 106 J/kg. Calcule a) o trabalho realizado pela água quando ela se
transforma em vapor; b) o aumento de sua energia interna. Resp.: a) W = 169 J
e ∆E = 2087 J
14. Um quarto tı́pico contém cerca de 2500 mols de ar. Calcule a variação de energia
interna para essa quantidade de ar quando ele é resfriado de 23, 9 ◦ C até 11, 6 ◦ C
mantendo-se uma pressão constante igual a 1, 0 atm. Considere o ar um gás ideal
com γ = 1, 40. Resp.: ∆E = −6, 39 · 105 J
50
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
16. No exercı́cio anterior, qual é o trabalho realizado pelo gás durante a compressão,
sabendo que o volume inicial é de 1, 0 litro? Considere o CV igual a 20, 8 J/mol · K.
Resp.: W = −494 J
18. Calcule o trabalho por mol realizado por um gás ideal que se expande isotermica-
mente, quer dizer, à temperatura constante, desde o volume inicial Vi até o volume
final Vf . Obs.: O trabalho realizado pode ser representado como:
Z Vf
W = p dV
Vi
51
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
p (Pa)
f
a c
i b
0 V (m3)
20. O diagrama indicado da Figura abaixo, onde a pressão é medida em bar (1 bar =
105 Pa) e o volume em l, está associado com um ciclo descrito por um fluido ho-
mogêneo. Sejam W , Q e ∆E, respectivamente o trabalho, quantidade de calor e
variação de energia interna do sistema associados com cada etapa do ciclo e com o
ciclo completo, cujos valores (em J) devem ser preenchidos na tabela abaixo.
p (Bar)
c
Etapa W (J) Q (J) ∆E (J) 2
ab 800
bc
1 b
ca -100 a
Ciclo (abca)
0 5 10 V (l)
21. Quando centenas de abelhas japonesas formam uma bola compacta ao redor de uma
vespa gigante que tenta invadir a sua colmeia, elas conseguem aumentar rapidamente
a temperatura dos seus corpos da temperatura normal de 35 ◦ C para 47 ◦ C ou 48
◦
C . Essa temperatura mais alta é letal para a vespa, mas não para as abelhas.
Suponha o seguinte: que 500 abelhas formam uma bola de raio R = 2 cm por um
tempo t = 20 min, que a principal perda de energia pela bola seja por radiação
térmcia, que a superfı́cie da bola tenha emissividade e = 0.8 e que a bola apresente
temperatura uniforme. Em média, que energia adicional deve ser produzida por
cada abelha durante os 20 min para manter 47 ◦ C ? Resp.: 0,81 J
22. O teto de uma habitação familiar em um clima frio deveria ter um valor R de 30.
Para fornecer um isolamento como este, qual deveria a espessura de uma camada
de (a) de espuma de poliuretano e (b) de prata? Resp.: (a) 0,13 m e (b) 2,3
km.
52
5.1. REVISÃO E RESUMO
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
Temperatura e Termômetros
A temperatura é uma das grandezas fundamentais do SI e está relacionada às
nossas sensações de quente e frio. É medida com um termômetro, instrumento que
contém uma substância com uma propriedade mensurável, como comprimento ou
pressão, que varia de forma regular quando a substância se torna mais quente ou
mais fria.
53
5.1. REVISÃO E RESUMO
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
Tc = T − 273, 15◦ C
Transformando ◦ F para ◦ C:
5
Tc = (TF − 32)
9
Transformando ◦ F para K:
5
T = (TF − 32) + 273
9
Dilatação Térmica
Todos os objetos variam de tamanho quando a temperatura varia.
∆L = Lα∆T,
∆A = 2αA0 ∆T
∆V = βV0 ∆T
Número de Avogadro
Um mol de uma substância contém NA (número de Avogadro) unidades elementa-
res (átomos ou moléculas, em geral), em que NA é uma constante fı́sica cujo valor
experimental é
NA = 6, 02 × 1023 moléculas/mol
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5.1. REVISÃO E RESUMO
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
A massa molar M
A massa molar de uma substância é a massa de um mol da substância e está
relacionada à massa m de uma molécula da substância pela equação
M = m · NA
Gás Ideal
Um gás ideal é um gás para o qual a pressão p, o volume V e a temperatura T
estão relacionados pela equação
pV = nRT
onde R = k/NA é uma constante, chamada constante molar do gás. O seu valor
é R = 8, 31 J/mol K.
pV = N kT
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5.1. REVISÃO E RESUMO
Máquinas Térmicas, entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica
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Dilatação térmica dos sólidos
A
Objetivo
Estudar a dilatação térmica linear de barras metálicas cilı́ndricas de alumı́nio, cobre
e latão, determinando o coeficiente de dilatação linear para cada material.
Teoria
Os corpos sólidos modificam seu volume em resposta a uma variação de temperatura.
De um modo geral, um aumento de temperatura corresponde a um aumento de volume
(dilatação) e uma diminuição de temperatura coresponde a uma diminuição de volume
(contração).
Num corpo sólido em que uma dimensão geométrica predomina sobre as outras di-
mensões, a variação de temperatura modifica esta dimensão em maior proporção que as
outras.
Se a temperatura de uma haste metálica de comprimento L0 for elevada de uma
quantidade ∆T , verifica-se que o seu comprimento aumenta uma quantidade
∆L = Lα∆T, (A.1)
onde α é uma constante chamada de coeficiente de expansão linear de um dado
material.
Parte Experimental
Materiais utilizados
• dilatômetro linear
• paquı́metro
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Dilatação térmica dos sólidos
• trena
• mangueira
• rolha de borracha
Procedimentos Experimentais
Execute a montagem de acordo com a figura abaixo.
2. Meça o diâmetro do eixo do ponteiro (que serve de base de apoio ao tubo) com o
paquı́metro
5. Aqueça a água da caneca e aguarde que ela entre em ebulição. Assim que os vapores
da água em ebuliçào atravessam o tubo este começa a dilatar-se e o ponteiro imedi-
atamente acusa a rotação do eixo. Aguarde alguns segundos até que se estabeleça o
equı́brio térmico e cesse a rotação do eixo com o ângulo atingindo seu valor máximo.
R 2π∆θ
α= (A.2)
L0 ∆T 360◦
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Dilatação térmica dos sólidos
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Dilatação térmica dos sólidos
Turma:
Componentes:
Objetivo:
Materiais Utilizados:
Resultados/Conclusões:
60