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Ficha de Apoio
OBJETIVOS
QUÍMICA DE AMINOÁCIDO
Os 20 aas (aminoácidos) comumente encontrados como produtos da hidrólise de proteínas, contêm grupos - carboxilo,
um grupo amino e um grupo R distinto, substituintes ligados ao átomo de carbono ()alfa.
O carbono dos aas (exceto da glicina) é assimétrico e assim pode existir em pelo menos duas formas esterioisoméricas.
Apenas os L-estereoisômeros, os quais estão relacionados com o L- gliceraldeído, são encontrados em proteínas.
Os aminoacidos (aas) são classificados com base na polaridade do seu grupo R. Aminoácidos monoamino-
monocarboxílicos são ácidos dipróticos (+NH3CHRCOOH) em pH baixo, menor de 5. A medida que o pH aumenta até
perto de 6, do ponto isoelétrico, o prótão da carboxila é perdido para formar a espécie polar ou Zwitterion
(+NH3CHRCOO-), a qual é eletricamente neutra. Aumentando o pH provoca a perda do segundo prótão e liberta a espécie
NH2CHRCOO-. Aminoácidos com grupos R ionizáveis podem existir em espécies iônicas adicionais, dependendo do pH.
Embora tanto o R_COOH quanto o R_NH3+ sejam ácidos fracos, o R_COOH é muito mais forte que o R_NH3+. Assim, em
pH fisiológico (7,4), os grupamentos carboxila existem quase totalmente como R_COO-, e grupamentos amino
predominantemente como R_NH3+. A Figura abaixo ilustra o efeito do pH sobre o estado carregado do ácido aspártico.
As moléculas que contêm um número igual de grupamentos ionizáveis de carga oposta e que, por conseguinte, não
comportam nenhuma carga global, são denominadas “zwitterions”. Os aminoácidos no sangue e na maioria dos tecidos
devem ser assim representados como em A, abaixo.
Para os ácidos polipróticos, o pI também é o pH a meio caminho entre os valores da pKa em ambos os lados da espécies
isoiônicas. Por exemplo, o pI para o ácido aspártico é
Considerações similares se aplicam a todos os ácidos polipróticos (p. ex., proteínas), independentemente do número de
grupamentos dissociativos existente.
Peptideos
Os aas podem ser unidos covalentemente para formar peptídeos, através de ligações peptídicas; os peptídeos podem
formar-se também pela hidrólise incompleta de proteínas. O comportamento ácido-base de um peptídeo é função do seu
grupo amino-terminal, seu grupo carboxila-terminal e dos grupos R que ioniza. Peptídeos podem ser hidrolisados, por
enzimas como a tripsina e quimotripsina, para produzir aas.
O resíduo amino-terminal de um peptídeo pode reagir com 1-fluoro 2,4-dinitrobenzeno produzindo um derivado
característico de cor amarelo. Alguns peptídeos ocorrem livres em células e tecidos e têm funções biológicas específicas,
incluem neste processo os hormônios, antibióticos e outros agentes com intensa atividade biológica.
As abreviaturas com três letras ligadas por linhas retas representam uma estrutura primária ímpar. As linhas são omitidas
para as abreviaturas de uma única letra.
FIGURA: Glutationa (δ-glutamil-cisteinil-glicina). Observe a ligação peptídica não α que liga a Glu à Cys.
PROTEÍNAS
Proteínas são moléculas que consistem em uma ou mais cadeias polipeptídicas. Esses polipeptídeos
apresentam um comprimento variável, indo de aproximadamente 40 a aproximadamente 34.000 resíduos de
aminoácidos (embora poucos tenham mais de 1.500 resíduos) e, uma vez que a massa média de um resíduo de
aminoácido é aproximadamente 110 D, apresentam massas moleculares que variam entre aproximadamente 40
e 3.700 kDa.
Principais Funções
As proteínas exercem funções cruciais em todos os processos biológicos, algumas das principais funções são:
1 - catálise enzimática. As proteínas catalisam tanto as reações complicadas, como as simples. Ex: replicação de todo um
cromossomo ou hidratação do dióxido de carbono, respectivamente. As enzimas aumentam a velocidade das reações em
até um milhão de vezes. Todas as enzimas conhecidas são proteínas.
2 - transporte e armazenamento. Moléculas e iontes são transportados por proteínas específicas. Ex: hemoglobina
transporta o oxigênio nas hemácias, a mioglobina transporta oxigênio nos músculos e a transferrina transporta o ferro no
As proteínas são constituídas a partir de um repertório de 20 aas, que podem ou não serem ligados por ligações
peptídicas para formar cadeias polipeptídicas, sendo estas cadeias ramificadas ou não. As seqüências particulares de aas
são especificadas por genes, que podem vir a forma algumas das mais importantes estrutura molecular – DNA. Se uma
proteína for submetida a modificação ou clivagem molecular, isto lhe conferira uma nova capacidade molecular de
interação com o meio. Sendo que as cadeias peptídicas podem se dobrar em estruturas regulares, tais como a-hélice.
Essas conformações só são possíveis devido algumas características das proteínas em fazer determinados tipos de
ligação como, por exemplo, ligação de pontes de hidrogênio, ligação iônica e ligação de Vander Waals.
Outra característica das proteínas é a solubilidade. Estas, quando são hidrossolúveis, têm a capacidade de se envolvem
em estruturas compactas com o interior apolar, tornando-se solúvel em meio polar. E quando, as proteínas, projetam para
o interior de sua estrutura molecular, a parte polar, estas têm agora uma capacidade de interagir com o meio apolar.
Desta forma as proteínas podem ter várias conformações estruturais, a qual pode lhe conferir diferentes tipos de
atividades, estas conformações ou níveis básicos de estruturas, são descritos em quatro níveis de estruturas.