Você está na página 1de 1

O Período Entre Guerras é caracterizado pelas ainda muito recentes cicatrizes

originadas pela Primeira Guerra Mundial, a Europa se encontrava destruída e em


profundo clima de luto e descontentamento, a superinflação, o desemprego, e o
devastamento das cidades, sem contar os fantasmas dos 30 milhões de mortos
contribuam para a o clima de total destruição, e após algum tempo de tranquilidade o
liberalismo sofreria sua crise mais devastadora após o crash da bolsa de Nova York, não
à toa tal período é denominado por Eric Hobsbawm de “A Era da Catástrofe”.

Nesse cenário surgem os movimentos conservadores de ultradireita, mais a


frente denominados fascistas ou nazifascistas, que em características bem gerais se
utilizavam de nacionalismo exacerbado, antiliberalismo, anticomunismo, militarismo,
centralismo, culto ao líder e totalitarismo, assim como um eficiente, complexo e
inovador sistema de propaganda a fim de circular seus valores e ideologia e ganhar a
simpatia e adesão das massas.

Observar o quadro internacional nos ajuda a compreender melhor o surgimento


de movimentos de caráter similar, influenciados ou extensões dos movimentos de
extrema direita correntes na Europa da época em território nacional. Plinio Salgado
surge como um dos primeiros expoentes da extrema direita conservadora no Brasil.
Atuante desde o Movimento Modernista onde era defensor do Movimento Verde e
Amarelo, afirma através do Nhengaçu Verde Amarelo em 1929:

“Aceitamos todas as instituições conservadoras, pois é dentro delas mesmo que faremos a
inevitável renovação do Brasil, como o fez, através de quatro séculos, a alma da nossa gente,
através de todas as expressões históricas. Nosso nacionalismo é 'verdamarelo' e tupi”

Plínio era autodidata e publicou diversas obras literárias, incluindo literatura


infantil, sociológicas e poemas. Em especial se destaca a obra “O Estrangeiro” onde fica
claro seu caráter anticomunista.

Você também pode gostar