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- Premissa maior: Se a Bíblia é Palavra de Deus, então não pode ensinar erro
nenhum;
- Premissa menor: Mas a Bíblia contém muitos textos que ensinam coisas
contraditórias entre si ou com as verdades demonstradas pelas ciências naturais ou
históricas;
- Conclusão: Logo, a Bíblia não é Palavra de Deus.
Como escreveu Santo Agostinho no início do séc. V, "a Bíblia não ensina como vai o
céu, mas como se vai para o céu". Se os críticos querem emitir um juízo sobre a
veracidade da Bíblia, devem elevar o seu olhar e apontar para o verdadeiro objetivo
do ensino bíblico: uma verdade propriamente religiosa.
- Premissa maior: Se a Bíblia é Palavra de Deus, então não pode ter autores
humanos;
- Premissa menor: Mas a Bíblia tem autores humanos (como se demonstra, p.ex., pelas
influências dos mitos babilônicos nos relatos bíblicos da Criação e do Dilúvio);
- Conclusão: Logo, a Bíblia não é Palavra de Deus.
A Bíblia é um conjunto de livros escritos por autores humanos inspirados por Deus.
Deus é o autor principal da Bíblia; não obstante, os hagiógrafos ou escritores
sagrados, ainda que tenham escrito tudo e apenas o que Deus quis que escrevessem,
são também verdadeiros autores.
Os cristãos não creem que a Sagrada Escritura tenha sido escrita no céu, como creem
os muçulmanos em relação ao Corão e os mórmons em relação ao Livro de Mórmon;
tampouco imaginamos a inspiração bíblica como uma espécie de transe espírita. Ainda
que Deus seja a causa principal da Bíblia e os hagiógrafos sejam suas causas
instrumentais, estes não foram usados por Deus da mesma maneira que um músico usa
seu instrumento musical. Os hagiógrafos agiram como instrumentos de Deus, porém
conscientes e livres. Cada autor sagrado escreveu seguindo um plano determinado,
conforme seu próprio estilo de pensamento e escrita, empregando alguns gêneros
escolhidos por ele dentro do marco da cultura de sua época e do seu ambiente. A
inspiração bíblica consiste no fato de o Espírito Santo ter iluminado as mentes dos
hagiógrafos e os tenha assistido para que transmitissem por escrito e sem erro a
Divina Revelação. Nem sequer é necessário que os autores sagrados fossem sempre
conscientes desta inspiração divina enquanto redigiam a Bíblia.
- Premissa maior: Se a Bíblia é Palavra de Deus, então não pode aprovar o pecado;
- Premissa menor: Mas a Bíblia aprova o pecado (p.ex., no relato do incesto das
filhas de Lot, em Gênesis 19);
- Conclusão: Logo, a Bíblia não é Palavra de Deus.
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