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Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Universidade Federal do Espírito Santo
Departamento de Ciências Fisiológicas

Prof. Dr. Leonardo dos Santos

Características morfo‐funcionais
dos rins

Filtração glomerular
Controle da osmolaridade 
Controle do volume

Uma importante função do rim é depurar o plasma de substâncias 
indesejáveis, em sua maior parte restos de nosso metabolismo;

Entretanto, são também responsáveis por outras funções:

Órgão  Órgão  Órgão 


Depurador Regulador Endócrino
¾ Volume dos líquidos  ¾ Renina                                      
¾Excreção de substâncias  corpóreos (músculo liso vascular) 
em excesso;
¾ Osmolaridade dos 
líquidos corpóreos ¾ Eritropoetina
¾Excreção de resíduos; ¾ Composição dos  (hematopoiese)
líquidos corpóreos
¾Eliminação de  ¾ Pressão arterial ¾ Ativa a vitamina D 
substâncias exógenas; ¾ Gliconeogênese (metabolimo ósseo)
¾ Equilib. Ácido/base

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Órgãos responsáveis pela manutenção do meio interno

Pele Pulmões

sangue

Sistema espaço intercelular Rins


digestivo

Principais funções do rim

9Regulação do balanço de água e eletrólitos;
9Excreção de metabólitos e substâncias estranhas;
9Regulação da pressão arterial;
9Regulação do equilíbrio ácido‐básico;
9Regulação da eritropoiese;
9Regulação da vitamina D

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Regulação do balanço de água e eletrólitos:

9Eliminação de água e eletrólitos  =  Ingestão de água e eletrólitos.

Excreção de restos metabólicos e substancias 
químicas estranhas;

Os rins constituem os principais elementos para a excreção dos restos


metabólicos não necessários para o organismo;

Principalmente:

• Uréia (metabolismo dos aminoácidos)


• Ácido úrico (originado dos ácidos nucléicos)
• Creatinina (proveniente da creatina dos músculos)
• Produtos finais da degradação(hemoglobina, hormônios, etc.)
•Toxinas e substâncias ingeridas (pesticidas, fármacos, aditivos alimentícios)

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Regulação da pressão arterial

Controle do volume plasmático (água e eletrólitos)
Secreção de fatores vasoativos (ex.: renina).

↑ Volume de sangue circulante;


↑ Pressão arterial
↑ Resistência dos vasos sangüíneos

Liberação de  Regulação a 
substâncias  curto/médio 
vasoativas prazo da PA
RIM
Excreção/retenção de  Regulação a longo 
Na+ e água prazo da PA

9Regulação do equilíbrio ácido‐básico;

¾O pH influencia grandemente na atividade enzimática e no estado das


proteínas;

¾Geralmente o metabolismo celular tende a produzir mais ácidos como


produtos catabólicos;

¾Os rins normalmente tendem a:

facilitar a excreção de ácidos


ions H+
Ác. Sulfúrico
Ác. Fosfórico
Amônia

preservar as bases
Principalmente bicarbonato - HCO3-

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Regulação da eritropoiese;

Os rins secretam a eritropoetina que estimula a produção de hemácias;

‐ Rins (90%)
‐ Fígado (10%)

Células‐tronco
hematopoiéticas
Pró‐eritroblastos eritrócitos

IRC = anemia

9Regulação a ativação da vitamina D

A metabolização da vitamina D pelo fígado + rim é essencial


para sua ativação:

25-hidroxicolecalciferol 1,25-dihidrocolicalciferol
o
çã VITAMINA D ATIVA
ila
ox
dr
Hi

Responsável pela absorção 
gastrintestinal e óssea de 
fosfato e cálcio

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Os rins são órgãos retroperitoneais

‐Cápsula (tec. conjuntivo denso)
‐Hilo (ureter, vasos e nervos, pelve)
‐Córtex (glomérulos)
‐Medula (pirâmides, papila)

As unidades funcionais do rim são os néfrons
Partes do néfron

Córtex

Medula

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Classificação do néfron conforme sua localização

Corticais (30%)
Localizam‐se na parte cortical com alças de Henle
curtas que aprofundam pouco na medula

Mediocorticais (50%)
Mais profundos no córtex com alças curtas e 
longas

Justamedulares (20%)
Os seus glomérulos estão na transição córtex‐
medula e as alças são longas e mergulham 
profundamente na medula.

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A membrana filtrante

9 Endotélio do capilar glomerular;
9 Membrana basal;
9 Camada de células epiteliais (podócitos).

O endotélio do capilar glomerular

9 Filtra muito mais que os outros 
capilares do organismo.

9 Possui milhares de pequenos poros 
(fenestras);

9Permitem a passagem de 
substâncias relativamente grandes, 
mas não de células sanguíneas;

9 Permitem a passagem de proteínas

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9Membrana basal
(colágeno e proteolicanos)

Principal determinante da
permeabilidade

Tem muitas cargas
negativas

Limitam a filtração de
Moléculas negativas

9 Camada de células epiteliais (podócitos);

Camada descontínua, com prolongamentos (pedicélios) formando 
poros ou fendas de filtração

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Pedicélios

A membrana filtrante (capilar glomerular)
9 Endotélio fenestrado (com grandes poros)
9 Membrana basal (rede de fibras carregadas negativamente)
9 Camada de células epiteliais (fendas de filtração)

A filtrabilidade de um soluto é determinada 


por seu tamanho

A filtrabilidade de um soluto também é
determinado por sua carga elétrica

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Síndrome 
nefrótica por 
alterações 
mínimas

Perda da 
Maior passagem 
negatividade da  Proteinúria e 
de proteínas 
membrana  hipoproteinemia
para urina
filtrante

EDEMA

A circulação renal
9 Fluxo sangüíneo renal  corresponde a 20‐25% 
do que o coração ejeta

Cerca de 1.200 ml/min

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A circulação renal Capilares peritubulares
Suprem o sistema tubular dos 
néfrons corticais;

Vasa recta
Suprem o sistema tubular dos 
néfrons jutamedulares.

Importante no processo 
de concentração da 
urina

Inervação renal
9 Inervado por ramos do S. N. simpático

9 Não possui inervação parassimpática

Ativação simpática causa:

Vasoconstrição (↓ fluxo sangüíneo renal)
Aumento na reabsorção de sódio
Secreção de renina (↑ angiotensina II)

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A formação
de urina

Excreção depende:

Filtração glomerular

Reabsorção da substância 
pelos túbulos

Secreção dessa substância
para os túbulos renais.

Filtração, secreção e reabsorção

Quantidade  Quantidade  Quantidade 


excretada Quantidade 
excretada excretada
MENOR excretada
= MAIOR
=
Quantidade  Quantidade  ZERO Quantidade 
filtrada Filtrada filtrada

Ex.: creatinina Ex.: eletrólitos Ex.: Glu e AA Ex.: maioria dos 


xenobióticos

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A FILTRAÇÃO PELO GLOMÉRULO RENAL

Ritmo de filtração glomerular (RFG)
É a quantidade de plasma (ml/minuto) que é filtrado por todos 
os glomérulos dos dois rins.

Depuração renal ou Clearance renal

É a quantidade (ml/min) com a qual o plasma é “limpo”
(depurado, cleared) de uma substância;

Cada substância possui um clearance diferente

Depuração renal ou Clearance renal

Consideremos aquelas 4 substâncias hipotéticas:

CA = RFG CB < RFG CC = ZERO CD > RFG

O clearance de creatinina é muito utilizado em clínica para 


acompanhar ou estimar o ritmo de filtração glomerular

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CREATININA:
‐ Resultande do metabolimo da creatina no músculo esquelético
‐ Portanto, é uma substância endógena (não precisa ser injetada)
‐ Tem produção relativamente constante (não varia a [ ] no plasma)
‐ É livremente filtrada e não é reabsorvida;
‐ É secretada em pouquíssima quantidade (insignificante)

A medida da depuração de creatinina (clearance de creatinina)

Dá uma idéia bem próxima da taxa de filtração glomerular

e é bastante útil no acompanhamento clínico da função renal

A filtração glomerular é o processo que inicia a 
formação da urina

Fatores que influenciam
a taxa de filtração:

‐ Característica das membranas;
‐ Tamanho e carga do soluto;
‐ Forças de Starling.

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Pressão efetiva de filtração:
forças de Starling

Pressão hidrostática capilar
Pressão na cápsula de Bowman
Pressão oncótica capilar

RFG = Kf ∙ Puf

Coeficiente de ultrafiltração:

Permeabilidade efetiva da parede capilar;
Tamanho dos poros e fenestras;
Carga nas membranas de filtração
Superfície total disponível para filtração

Fatores que influenciam a filtração 
glomerular
Alterações na concentração 
SN simpático e substâncias  de proteínas plasmáticas 
vasoativas podem alterar o  (ex. hepatopatias, 
tônus desnutrição protéica)

↑ da pressão arterial ou 
do Fluxo de sangue
Hipotensão, Insuficiência 
cardíaca, choque 
circulatório, hemorragia, 
hipertensão, expansão  Obstrução de ureter ou 
volêmica pelve renal

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Mecanismos de concentração da 
urina

Papel do rim no controle da 
osmolaridade do líquido extracelular

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Osmose
• Difusão líquida a partir de uma região de maior concentração 
de água para uma região de menor concentração de água.
• A osmolaridade de uma solução é proporcional a força 
difusional da água que esta condiciona

No

● Pressão Osmótica
Pressão necessária para impedir a osmose.

● Quanto  maior  a  pressão  osmótica,  maior  a  concentração  de  solutos  e 


menor quantidade de água.

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O sódio e seus ânions são responsáveis por 94% da osmolaridade 
total do plasma e líquido intersticial (~300 mOsm/L)

O movimento de líquido entre os compartimentos é o principal 
que mantém um equilíbrio osmótico no organismo

Variações relativamente pequenas da osmolaridade podem levar a


deformações catastróficas.

2 princípios básicos
no equilíbrio osmótico:
9A  água  move‐se  de  forma  relativamente  rápida  através  das 
membranas;

Osmolaridade dos líquidos é igual

9As membranas celulares são quase completamente impermeáveis 
a muitos solutos;

Os solutos (osmóis) permanecem mesmos

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Como o organismo regula 
a osmolaridade do meio interno?
2.100 mL 200 mL
Ingestão Metabolismo

300
mOsm/L

~800 mL
Perdas insensíveis
(pele e pulmões);
Suor e fezes
Urina
1.400 mL

Como o organismo regula 
a osmolaridade do meio interno?

Aumento da osmolaridade (líquido < solutos):

diminui a excreção de água (conservação de água)
concentração urinária (pequeno vol. de urina concentrada)

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Como o organismo regula 
a osmolaridade do meio interno?
Ingestão Ingestão

↑ osmolarid.

Urina

Urina

Quando há défict de água, o rim pode excretar a urina com 


concentração de até 1.200 a 1.400 mOsm/L.

Como o organismo regula 
a osmolaridade do meio interno?

Redução da osmolaridade (líquido > solutos)

aumenta a excreção de água (eliminação de água)
diurese aquosa (grande volume de urina diluída)

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Como o organismo regula 
a osmolaridade do meio interno?
Ingestão Ingestão

↓ osmolarid.

Urina Urina
No excesso de água no corpo, o rim pode excretar grandes 
volumes de urina com osmolaridade de até 50mOsm/L;

O filtrado glomerular recém‐formado tem uma 
osmolaridade semelhante à do plasma (~300 mOsm/L)

A diluição ou concentração é obtida nos segmentos 
posteriores do néfron:

Diluição (eliminação de grande volume): 
1. Grande reabsorção de solutos e em maior escala que de água nos segmentos 
tubulares iniciais;
2. Alguma reabsorção de solutos e NENHUMA reabsorção de água nos túbulos 
distais e coletores.

Concentração (eliminação de pequeno volume): 
1. Reabsorção de solutos em escala equilibrada com a de água nos segmentos 
tubulares;
2. Alguma reabsorção de solutos com MUITA reabsorção de água nos túbulos 
distais e coletores.

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Eliminação de água pela excreção de urina diluída

ALÇA DE HENLE
Porção ascendente:

No ramo ascendente, especialmente 
segmento espesso, ocorre reabsorção 
de Na+, K+ e Cl‐

SEM REABSORÇÃO DE ÁGUA
pois este segmento
é impermeável à água

O fluido torna‐se diluído

Eliminação de água pela excreção de urina diluída

TÚBULOS DISTAIS E
COLETORES

Há uma reabsorção adicional de NaCl

Na ausência de HORMÔNIO 
ANTIDIURÉTICO na circulação,
estes segmentos são
impermeáveis a água

Urina diluída (grandes volumes)

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Conservação de água pela excreção de urina concentrada

9A capacidade do rim em formar uma urina mais concentrada que o plasma é
essencial para a sobrevivência dos mamíferos terrestres;

9Principalmente em condições de escassez de água ou perda excessiva desse 
líquido.

Quanto há déficit hídrico, o rim humano continua a excretar 
solutos ao mesmo tempo que aumenta a reabsorção de água, 
reduzindo o volume de urina formada e aumentando a 
osmolaridade da urina em até 1.200 mOsm/L.

Camundongo saltitante australiano (“rato do deserto”)
Conseguem eliminar urina com osmolaridade de até 10.000 mOsm/L

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Volume urinário obrigatório
1.100 mL
1.200 mL Perdas insensíveis
Produção de  +
água  Fezes e suor ‐ 400 mL
(metabolismo) 
+ Défict hídrico
ingestão de 
alimentos 500 mL
Volume urinário 
obrigatório

Seguimos numa tendência constante à DESIDRATAÇÃO a não 
ser que se tenha água disponível para ingestão.

Conservação de água pela excreção de urina concentrada

9 Quando o filtrado passa pela medula hiperosmolar, temos um grande 
gradiente osmótico para a reabsorção da água.

9 Se o Hormônio Antidiurético (ADH) estiver presente, o túbulo coletor torna‐se 


permeável a água, permitindo esta reabsorção de água, eliminando urina 
concentrada em pequenos volumes, e dessa forma conservando água no 
organismo.

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Condições essenciais para excreção de uma urina concentrada:

1. Alto nível de hormônio antidiurético (ADH)
(estimular absorção de água)

2. Hiperosmolaridade do interstício da medula renal
(proporciona gradiente osmótico para ação do ADH)

Hiperosmolaridade da medula renal

Sistema de 
contracorrente $100
$ $
$100
1º passo $ $ $ $
2º passo $100
$ $ $ $ $ $
3º passo $100
$ $ $ $ $ $ $ $
4º passo
$100
5º passo $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
.. $100
... $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
.... $100
Multiplicador $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
$100
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
$100
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
$100
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
$100
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $
$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $$

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Sistema de 
contracorrente

50 oC 50 oC

70 oC 70 oC

75 oC 75 oC

78 oC 78 oC

80 oC 80 oC

80 oC 80 oC

A porção espessa da alça de Henle é a principal responsável 
pela geração de energia para o funcionamento do sistema de 
contracorrente medular

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Que evento é responsável por criar o mecanismo de contracorrente?

Reabsorção de solutos (Na, K e Cl) sem reabsorção de água na 
porção espessa do ramo ascendente da alça de Henle. 

Papel da URÉIA na formação e manutenção da hipertonicidade medular:

CP Mas a [ ] ↑ pois sua 
o no T
rea bsorvid permeab. é menor 
50% é
do que da água

[ ] ↑ devido:
Reabsorção de água  [ ] ↑ muito:
e secreção de uréia  Reabsorção de água 
(proveniente do  (condicionada pelo 
interstício com  ADH) e difusão de uréia 
(facilitada pelo ADH)
muita uréia)

Dieta rica em proteína
x
Desnutrição protéica

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Vasa recta na manutenção da hipertonicidade medular:

Difusão de 
água para o 
interstício

Difusão de 
solutos para 
o sangue

9Fatores que contribuem para geração da hiperosmolaridade
do interstício medular:

1. Transporte  de íons no ramo ascendente espesso da alça de Henle e 
ductos coletores SEM TRANSPORTE DE ÁGUA;

2. Difusão facilitada de grande quantidade de uréia dos ductos 
coletores medulares internos para o interstício;

3. Fluxo lento nos capilares do vasa recta reduzindo a lavagem 
medular.

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Hormônio Antidiurético (ADH)
É sintetizado no hipotámo
Paraventriculares (PVN)
Supra‐ópticos (SON)

Liberado através da neurohipófise para a circulação;

Ações (através dos receptores):
V1 ↑ Resistência vascular periférica 
V2 ↑ reabsorção água;

Hiperosmolaridade

Retração (“murchamento”) de neurônios 
sensíveis a osmolaridade
OSMOCEPTORES no hipotálamo

Despolarização desses osmoceptores

Estimulam os neurônios produtores de ADH
Núcleos supra‐óptico e paraventricular
Exocitose dos grânulos secretórios 
contendo ADH

O ADH cai na corrente sangüínea
↑ REABSORÇÃO DE ÁGUA NOS RINS E CONSERVAÇÃO 
DE ÁGUA NO ORGANISMO

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Efeitos do ADH
↓ ADH                                                ↑ ADH

• Aumenta reabsorção de água na porção terminal do T. C. distal
• Aumenta a reabsorção nos túbulos coletores corticais e medulares
• Facilita a difusão da uréia via UT1
• Efeito vasoconstrictor (redução da filtração e do fluxo pelo vasa recta)

O ADH é insuficiente para garantir o 
balanço de H2O

Ingestão de água

MECANISMO DE SEDE!

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Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Papel do rim no controle do

VOLUME
do líquido extracelular

Prof. Dr. Leonardo dos Santos

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O objetivo é a manutenção do volume/tonicidade do LEC,
apesar das variações diárias na ingestão de água e sal.

Osmolaridade Volume
Regulação do balanço  Regulação do balanço de 
hídrico sódio

Perfusão adequada e 
Regulação do volume Pressão sangüínea função normal dos 
tecidos

Os rins mantêm o volume do LEC


por meio do ajuste da excreção de sódio

O sódio é o principal determinante da pressão


osmótica do compartimento extracelular

Quando se acumula ou depleta o Na+ , a água tende a 


acompanhá‐lo, modificando o volume do líquido

Pois o organismo controla finamente a osmolaridade 


dos fluidos corporais. 

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Balanço de sódio
Quantidade ingerida = quantidade excretada

Absorção do sódio ingerido é feita principalmente por 
via intestinal, no jenuno (pouco no íleo e cólon);

Eliminação se dá através da urina, fezes e suor

‐ Sudorese intensa;
‐ Diarréia.

Desbalanço de sódio
9 Quando a ingestão excede a excreção, há um balanço positivo 
de Na+ e ocorre expansão do volume do FEC.

Expansão do volume 
Ingestão de Na+ ↑ osmolaridade do LEC
e
Excreção de Na+ retenção de água Volume circulatório 
efetivo

9 Quando a excreção excede a ingestão, há um balanço negativo 
de Na+ e ocorre depleção de volume.  

Ingestão de Na+
↓ osmolaridade Contração do LEC
e
Excreção de Na+ Eliminação de água
Vol. Circ. efetivo

Prof. Leonardo
Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Balanço de sódio

O equilíbrio é atingido graças a ajustes renais, neurais e hormonais que levam os rins a 


excretar mais/menos sódio para equiparar à sua ingestão.

Qualquer modificação no RFG ou da REABSORÇÃO TUBULAR
pode modificar o BALANÇO DE SÓDIO;

Mudanças na ingestão de sódio e/ou do volume do LEC
devem ser corrigidas por ajustes no
RFG ou na TAXA DE REABSORÇÃO TUBULAR

Filtração
Mecanismos
ƒIntra‐renais; Reabsorção
ƒNeurais;
ƒHormonais.

Excreção

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Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Diurese e Natriurese por pressão
9Aumento da pressão sanguínea:
↑ Pressão hidrostática capilar = ↑ filtração
↑ Fluxo fluido tubular = ↓ reabsorção 
↑ Fluxo sanguíneo medular = ”lavagem” tubular

É um mecanismo INTRA-RENAL de controle da excreção de sódio

Alterações no
Volume Circulatório Efetivo

RIM CORAÇÃO
Barorreceptores CORAÇÃO, VASOS, FÍGADO E CÉREBRO Miócitos atriais
E sensores de Na+ Barorreceptores

Sistema renina‐angiotensina‐ Peptídeos
Sistema nervoso Neuro‐hipófise
aldosterona natriuréticos
simpático ADH

Controle do RFG e da taxa de reabsorção de Na+

Regulação da excreção de Na+

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Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Sensor renal
Aparelho Justaglomerular:

Mácula Densa (células especiais no T.C.D.)


Células Mesangiais
Células Granulares da a. aferente (liberam
renina quando são estimuladas)

Sensor renal
Aparelho Justaglomerular

Diminuição da carga 
Redução da pressão
filtrada de sódio que 
chega à mácula 
densa
Diminuições na perfusão renal 
Atividade 
simpática
Secreção de renina.

Sistema Renina‐Angiotensina‐
Aldosterona.
A renina é Sintetizada, Armazenada e Liberada
pelas Células Granulosas da AA.

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Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Sistema Renina‐Angiotensina‐Aldosterona
Frente a redução da pressão e/ou do sódio

Principais moléculas efetoras: ANGIOTENSINA II e ALDOSTERONA

Ações da Angiotensina II

Aumento do volume por retenção de Na+:
‐ ↑ transportadores de sódio nos túbulos renais
‐ ↑ filtração oferecendo mais sódio para ser reabsorvido
‐ ↑ aldosterona = reabsorção de Na+

Aumento do volume por maior ingestão e retenção de água
‐ Ação no hipotálamo estimulando a sede e secreção do  ADH;
‐ ↓ fluxo sangüíneo medular e ↓ lavagem medular;

Aumento da resistência periférica total (aumento da pressão):
‐ Ação vasoconstrictora
‐ Ação no tônus simpático e na sensibilidade barorreceptor

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Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Aldosterona

Hormônio produzido e liberado pelo córtex da glândula suprarrenal

Ação nos túbulos renais:

↑ síntese de  canais de sódio na membrana da luz do túbulo
(p/ absorver sódio)
↑ atividade de canais de sódio na membrana da luz do túbulo
(p/ absorver sódio)
↑ síntese de bomba de sódio na memb. Basolateral
(p/ esvaziar a célula de sódio ‐> interstício = absorver sódio)

Ações da Aldosterona

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Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Sistema renina‐angiotensina‐aldosterona

Participação do mecanismo neural
REDUÇ
REDUÇÃO DO VOLUME CIRCULATÓ
ÃO DO VOLUME CIRCULATÓRIO EFETIVO 
REDUÇÃO DO VOLUME CIRCULATÓRIO EFETIVO 
(HEMORRAGIA)

Vasos pulmonares e outras regiões de baixa pressão
Barorreceptores arteriais de alta pressão

Ativação simpática reflexa                estimulam
liberação de
Rins             Coração      vasos                AHD

Retenção de Na+ Aumento da pressão

Aumento no volume

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Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Peptídeos natriuréticos

AUMENTO DO VOLUME CIRCULATÓRIO
ESTIRAMENTO DAS CÉLULAS MUSCULARES DO CORAÇÃO
Liberação DE PEPTÍDEOS NATRIURÉTICOS

• VASODILATAÇÃO (AUMENTO DA FILTRAÇÃO)
• REDUÇÃO DA REABSORÇÃO DE SÓDIO (NATRIURESE)

Prof. Leonardo
Fisiologia ‐ Psicologia UFES 2011

Universidade Federal do Espírito Santo
Departamento de Ciências Fisiológicas

Prof. Dr. Leonardo dos Santos

FIM

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Prof. Leonardo

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