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GUIA DO

PROFESSOR
• APRESENTAÇÃO DO PROJETO

• PROGRAMA E METAS CURRICULARES


• TRANSCRIÇÃO DOS RECURSOS ÁUDIO
• SOLUÇÕES DO MANUAL
• GRELHAS DE AVALIAÇÃO DA ORALIDADE
E DA ESCRITA

SENTIDOS

10
PORTUGUÊS

ANA CATARINO
CÉLIA FONSECA
ISABEL CASTIAJO
MARIA JOSÉ PEIXOTO

SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


Índice
01. Apresentação do projeto ........................................................ 3

02. Programa e Metas Curriculares ....................................... 11

3. Transcrição dos recursos áudio ...................................... 27

4. Soluções do Manual........................................................... 29

05. Grelhas de avaliação da Oralidade


e da Escrita (géneros textuais) ....................................... 35
01.
APRESENTAÇÃO
DO PROJETO
01. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

APRESENTAÇÃO DO PROJETO SENTIDOS - 10.O ANO

Este projeto disponibiliza os componentes a seguir elencados e descritos:

Manual

Para além das duas grandes partes em que se estrutura, intituladas “Autores medievais e de transição”
e “Época Clássica”, o Manual abre com quatro páginas destinadas à diagnose, seguindo-se, então:

Parte 1 – “Autores medievais e de transição”, onde se procede à apresentação de um friso cronológico,


com datas associadas a eventos relevantes e ocorridos no período temporal em que se inscreve a Idade
Média, seguido de uma seleção de textos de referência com informação pertinente sobre acontecimen-
tos histórico-culturais e literários de relevo, destacando-se nestes os aspetos mais marcantes. Poste-
riormente, surgem as unidades/sequências de ensino-aprendizagem, estruturando-se, em interação, os
diferentes domínios descritos no Programa.
As unidades iniciam com o domínio da Oralidade (compreensão e/ou expressão), seguido da Leitura e/
ou da Escrita, com atividades exemplificativas dos géneros contemplados no Programa e em articu-
lação com as temáticas a desenvolver na Educação Literária. Este domínio é sempre antecedido de
textos de referência que contextualizam a obra e/ou fornecem informações/esclarecimentos relativos
aos tópicos de conteúdo listados e associados a este domínio. A Gramática é testada nos questionários
que acompanham os textos, mas em todas as unidades se apresentam, em dupla página, sistematiza-
ções dos conteúdos específicos para este ano de escolaridade – “Aprender” –, seguidas de exercícios
para treino – “Aplicar”.
Todos os textos, independentemente do domínio em que são trabalhados, incluindo os textos de con-
textualização/informação, são acompanhados de questionários/exercícios para registo e tratamento
da informação.

O domínio da Educação Literária está assim distribuído:


• Unidade 1 – Poesia trovadoresca, onde se apresenta uma seleção de textos mais alargada do que a
indicada no Programa, de modo a facilitar a escolha por parte do professor.
• Unidade 2 – Fernão Lopes, Crónica de D. João I, com os excertos programáticos explorados através
de questionação pertinente e oportuna.
• Unidade 3 – Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira (integral), acompanhada de itens de tipologia diversa,
e uma proposta de exploração do Auto da Feira.

Parte 2 – “Época Clássica” - é apresentada num formato em tudo semelhante à Parte 1, surgindo, de novo,
o friso cronológico e os textos de referência com destaques para os aspetos de conteúdo mais relevantes.
E, tal como na primeira parte, são trabalhados todos os domínios, antecedendo a Educação Literária os
textos de autores de referência, que fornecem informações pertinentes sobre as obras que serão objeto
de análise bem como sobre os tópicos de conteúdo do Programa. Assim, nesta parte surgem as:
• Unidade 4 – Camões, Rimas, com uma seleção textual também mais ampla, de modo a que o professor
possa selecionar os textos que melhor se adequem ao grupo turma.
• Unidade 5 – Camões, Os Lusíadas, com propostas de trabalho que incidem em todas as estâncias e
tópicos de conteúdo indicados no Programa.
• Unidade 6 – História trágico-marítima, com uma exploração detalhada de excertos do Cap. V – “As
terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”.

Todos os textos, quer os utilizados para Contextualizar/Informar bem como os relativos à Leitura ou à
Educação Literária, são acompanhados de atividades de compreensão, e de itens gramaticais que convo-
cam aprendizagens desenvolvidas no 3.o CEB e os conteúdos explorados nas unidades anteriores.

4 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Para além das rubricas “Contextualização” − a abrir as duas épocas e as partes do Manual, sur-
gem ainda outras, designadas por “Contextualizar” e “Informar”, especificamente direcionadas para
as obras ou géneros textuais preconizados no Programa. E, para além da Compreensão do Oral e
Expressão Oral, Leitura, Educação Literária e Gramática, subdividida em “Aprender” e “Aplicar”
para se proceder à análise dos conteúdos gramaticais e respetiva exercitação, os diferentes géneros
da Escrita são explorados, sistematizados e exemplificados nas primeiras unidades, de modo a permi-
tir que os alunos estejam na posse das aprendizagens necessárias ao desenvolvimento deste domínio,
reclamado posteriormente e nas unidades subsequentes.

Todas as unidades terminam com:


• Consolidar, correspondendo à sistematização dos conteúdos temáticos trabalhados;
• Verificar, onde se colocam exercícios de verificação de conhecimentos;
• Avaliar, disponibilizando-se um teste para avaliação formativa e com estrutura semelhante à que tem
sido usada em exame nacional.

O Manual encerra com um Bloco Informativo, no qual se sistematizam conteúdos de natureza gra-
matical (tanto do 3.o Ciclo como do 10.o ano), se elencam e exemplificam os recursos expressivos, as
características do texto dramático, as noções de versificação e os géneros textuais relativos a este ano
de escolaridade e trabalhados ao longo das unidades.

Caderno de Atividades

Este componente, de grande utilidade quer para o aluno quer para o professor, permite ao primeiro
desenvolver um trabalho autónomo e ao segundo um trabalho complementar ou de consolidação.

Integra as seguintes rubricas:


• “Como ler um texto”, com orientações sobre a forma de ler conscientemente.
• Leitura, com textos dos diferentes géneros (exposição, artigo de divulgação científica, artigo de
apreciação crítica e relato de viagem) acompanhados de questões com diferentes tipologias.
• Educação Literária, com excertos textuais das obras/conteúdos preconizados no Programa e propos-
tas de exploração que contemplam os objetivos e descritores definidos para este ano de escolaridade.
• Escrita, com propostas que passam pela planificação, redação e revisão, abarcando todos os géneros
indicados no Programa e sendo sempre antecedidas de uma descrição e exemplificação, que permiti-
rão rever os aspetos menos consolidados. Dá-se ainda a possibilidade de avaliar a produção escrita,
disponibilizando-se grelhas por género textual, destinadas a registar a autoavaliação das produções
realizadas, passando pelas etapas: Para recordar/Para praticar/Para avaliar.
• Fichas de gramática por conteúdos convocados pelo Programa para o 10.o ano, servindo de reforço
às aprendizagens efetuadas durante a lecionação.
• Fichas de gramática globalizantes, semelhantes às usadas no grupo II do que têm sido os exames
nacionais, que permitirão avaliar a compreensão e os conteúdos gramaticais trabalhados antes e neste
ano de escolaridade.
• Soluções, com picote, de modo a serem geridas pelo Encarregado de Educação ou pelo Professor.

Diz-se! Não se diz!

• Guia de consulta, com 32 páginas, através do qual se pretende apoiar o aluno ao nível da expressão
oral e escrita, e que integrará o Caderno de Atividades na versão do aluno.

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01. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Auto da Feira

• Componente, com 16 páginas, que apresenta o texto integral do Auto da Feira, de Gil Vicente. Inte-
grará o Caderno de Atividades na versão do aluno.

Guia do Professor

• Tabelas com o Programa e Metas Curriculares do Ensino Secundário.


• Transcrição de recursos áudio.
• Soluções mais extensas e não integradas na banda do professor do Manual.
• Grelhas de avaliação da oralidade e da escrita, por género textual.

Planificações e Planos de Aula

• Planificação anual e trimestral.


• Planos de aula.

Livro de Testes

• Matrizes de conteúdos, com distribuição por itens e tipologia de questões, e cotações dos testes.
• 2 testes de diagnóstico.
• 11 testes de avaliação, organizados por sequência e com a estrutura do atual exame nacional.
• Cenários de resposta.

CD Áudio

Registos áudio das atividades de compreensão do oral.

O é uma ferramenta inovadora que possibilita, em sala de aula, a fácil exploração do


projeto Sentidos 10 através das novas tecnologias. Permite o acesso a um vasto conjunto de conteúdos
multimédia associados ao Manual, nomeadamente,

• áudios;
• vídeos;
• apresentações em PowerPoint® (nas vertentes de contextualização, exposição de conteúdos, síntese
e galeria de imagens);
• fichas;
• testes interativos.

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

GUIÃO DE EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MULTIMÉDIA (versão de demostração)


Versão completa disponível em

Este documento constitui uma proposta de exploração dos conteúdos multimédia presentes na versão
de demonstração (com a indicação dos descritores abordados). Apresenta, igualmente, a listagem de
todos os recursos do projeto, agrupados por tipologia, que estarão disponíveis em .

A partir de setembro de 2015, encontrará, na plataforma – Professor, o Guia de Ex-


ploração de Recursos Multimédia que integra este projeto, na sua versão integral.

DVD – Farsa de Inês Pereira

O projeto Sentidos disponibiliza, em DVD, a


representação integral da peça Farsa de Inês
Pereira, de Gil Vicente. Esta produção audiovi-
sual foi concebida especialmente para o con-
texto pedagógico da disciplina de Português.
De forma apelativa, o aluno poderá seguir a
interação entre as personagens e toda a dinâ-
mica que um texto dramático implica.
Na versão de demonstração estará disponível,
apenas, um excerto da peça, na plataforma
.

ÁUDIOS

Recursos multimédia que complementam o


estudo dos vários textos de Educação Literária
(poesia trovadoresca, Rimas e Os Lusíadas, de
Luís Vaz de Camões) e que permitem o desen-
volvimento de atividades do domínio da Com-
preensão do oral.

Disponibilizando-se registos áudio de recitações de poemas com fundo musical das épocas em
estudo e músicas contemporâneas, pretende-se motivar o aluno para o diálogo que se pode esta-
belecer entre o passado e o presente.

Total de áudios disponíveis no projeto: cerca de 30 (11 na versão de demonstração)

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

VÍDEOS

Recursos multimédia úteis para o desenvolvimento do domínio da Oralidade enquanto documentos-


-base para a Compreensão e/ou Expressão oral.

São recursos que servem também o propósito de sintetizar, em poucos minutos, conteúdos relevantes
em análise.

Página Recurso Metas Curriculares / Sugestões de exploração

22 Viagem Medieval em Terra de Metas Curriculares


Santa Maria Oralidade
1.1 Identificar o tema dominante, justificando.
1.4 Fazer inferências.
1.5 Distinguir diferentes intenções comunicativas.
1.6 Verificar a adequação e a expressividade dos recursos verbais
e não verbais.
1.7 Explicitar, em função do texto, marcas dos seguintes géneros:
Vídeo de uma reportagem, reportagem.
da SIC, sobre a tradicional
feira medieval, que decorre
anualmente em Santa Maria
Sugestões de exploração
da Feira.
• Utilizar o vídeo, numa primeira fase, para o aluno se adaptar
à estrutura e à linguagem específicas de uma reportagem.
• Fazer o levantamento das características de uma reportagem.
• Tomar notas e organizá-las.
• Propor, para trabalho de pares, a redação de um sumário sobre esta
reportagem.

55 Vídeos na Internet Metas Curriculares


Leitura
7.1 Identificar o tema dominante, justificando.
7.2 Fazer inferências, fundamentando.
7.4 Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
9.2 Analisar a função de diferentes suportes em contextos específicos
de leitura.

Vídeo de uma cantiga


apresentada no programa
Estado de Graça, da RTP1. Sugestões de exploração
• Utilizar o vídeo, numa primeira fase, para o aluno poder apontar
as ideias principais da cantiga.
• Promover um debate com a turma sobre as diferenças
e semelhanças entre a cantiga apresentada no programa
e as cantigas de escárnio e maldizer.

Total de vídeos disponíveis no projeto: 7 (1 na versão de demonstração)

8 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

APRESENTAÇÕES EM POWERPOINT®

Recursos multimédia que apresentam os conteúdos de aprendizagem abordados no Manual.


Possuem diferentes finalidades: contextualização, exposição de conteúdos e síntese. Através deste
recurso, pode ainda projetar-se, de forma isolada, as diferentes imagens/ilustrações do projeto.

Página Recurso Metas Curriculares / Sugestões de exploração

26 Poesia Trovadoresca – Metas Curriculares


Contextualização Educação literária
histórico-literária 15.1 Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos
textos.
16.1 Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos
previstos no Programa.
16.2 Comparar diferentes textos no que diz respeito a temas, ideias
e valores.

Sugestões de exploração
Idade Média
• Utilizar o primeiro diapositivo como forma de apresentar a definição
de Idade Média e explicar que esta não é uma “época obscura”, mas
sim a ponte entre a Antiguidade Clássica e a Idade Moderna.
Valores culturais da Idade Média
Apresentação que
• Utilizar o segundo diapositivo para dar a conhecer as ideias
contextualiza histórica
e os principais valores vigentes na Idade Média.
e literariamente a poesia
trovadoresca. O papel da religião na Idade Média
• Explorar a informação dos diapositivos 4 e 5 para demonstrar
a importância da Igreja durante a Idade Média (local do culto religioso,
de manifestações culturais, …).
As origens de poesia trovadoresca – I e II
• Explorar a informação dos diapositivos 6 e 7, questionando os alunos
acerca dos motivos pelos quais a poesia surge mais cedo do que a
prosa literária.
As origens de poesia trovadoresca – III e IV
• Explorar a informação dos diapositivos 8 a 10, levando os alunos
a recordar os factos históricos que permitiram a convivência
entre diferentes povos em território galaico-português, bem como
identificar as marcas de outras literaturas na poesia trovadoresca.
Momento pós-exploração do recurso
• Redigir uma síntese do conteúdo em análise após apresentação do
recurso.

64 Síntese da unidade 1 Metas Curriculares


Educação literária
14.3 Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos
de referência, justificando.
14.4 Fazer inferências, fundamentando.
14.7 Estabelecer relações de sentido
a) entre as diversas partes constitutivas de um texto;
b) entre características e pontos de vista das personagens.
14.8 Identificar características do texto poético no que diz respeito a:
a) estrofe (dístico, terceto, quadra, oitava);
b) métrica (redondilha maior e redondilha menor; decassílabo);
c) rima (emparelhada, cruzada, interpolada);
d) paralelismo (cantigas de amigo);
e) refrão.
Apresentação dos conteúdos 14.9 Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos
da unidade 1, de forma sumária mencionados no Programa.
e objetiva.

SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA 9


1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Página Recurso Metas Curriculares / Sugestões de exploração

64 15.1 Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados


nos textos.
16.2 Comparar diferentes textos no que diz respeito a temas, ideias
e valores.

Sugestões de exploração
• Sistematizar, em trabalho de pares, os tópicos essenciais
da unidade 1.

64 Galeria de imagens 1 Metas Curriculares


Educação literária
14.3 Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos
de referência, justificando.
15.1 Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados.

Sugestões de exploração
• Estabelecer uma ligação visual com a apresentação teórica
de conteúdos para uma melhor aprendizagem e aquisição de
conhecimentos.

Apresentação das imagens


e ilustrações relacionadas
com a poesia trovadoresca.

Total de apresentações em PowerPoint® disponíveis no projeto: 27 (3 na versão de demonstração)

FICHAS

Fichas de avaliação, em formato editável, apresentadas no final de cada unidade.

Total de fichas no projeto: 6 (1 na versão de demonstração)

TESTES INTERATIVOS

Testes interativos, compostos por 10 questões, que permitem a revisão dos conteúdos de cada
unidade.

Total de testes interativos no projeto: 6 (1 na versão de demonstração)

10 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


02.
PROGRAMA
E METAS
CURRICULARES

OBJETIVOS GERAIS
ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA: DISTRIBUIÇÃO DOS GÉNEROS
METAS CURRICULARES DO ENSINO SECUNDÁRIO
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 10.O ANO
PROGRAMA / METAS E MANUAL
PROJETO DE LEITURA
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

OBJETIVOS GERAIS

1. Compreender textos orais de complexidade crescente e de diferentes géneros, apreciando a sua


intenção e a sua eficácia comunicativas.

2. Utilizar uma expressão oral correta, fluente e adequada a diversas situações de comunicação.

3. Produzir textos orais de acordo com os géneros definidos no Programa.

4. Ler e interpretar textos escritos de complexidade crescente e de diversos géneros, apreciando cri-
ticamente o seu conteúdo e desenvolvendo a consciência reflexiva das suas funcionalidades.

5. Produzir textos de complexidade crescente e de diferentes géneros, com diversas finalidades e em


diferentes situações de comunicação, demonstrando um domínio adequado da língua e das técnicas
de escrita.

6. Ler, interpretar e apreciar textos literários, portugueses e estrangeiros, de diferentes épocas e


géneros literários.

7. Aprofundar a capacidade de compreensão inferencial.

8. Desenvolver a consciência linguística e metalinguística, mobilizando-a para melhores desempenhos


no uso da língua.

9. Desenvolver o espírito crítico, no contacto com textos orais e escritos e outras manifestações cul-
turais.

ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA: DISTRIBUIÇÃO DOS GÉNEROS

10.0 Ano 11.0 Ano 12.0 Ano


Géneros
CO EO L E CO EO L E CO EO L E
Reportagem

Documentário

Anúncio publicitário

Relato de viagem
Artigo de divulgação
científica
Diário
Memórias

Discurso político

Síntese

Exposição

Apreciação crítica

Texto / artigo de opinião

Diálogo argumentativo

Debate
CO: Compreensão do Oral; EO: Expressão Oral; L: Leitura; E: Escrita.

12 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


METAS CURRICULARES – ENSINO SECUNDÁRIO
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA

OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

1. Interpretar textos orais de diferentes géneros. 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros. 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
1. Identificar o tema dominante, justificando. 1. Identificar o tema dominante, justificando. 1. Identificar tema e subtemas, justificando.
2. Explicitar a estrutura do texto. 2. Explicitar a estrutura do texto. 2. Explicitar a estrutura do texto.
3. Distinguir informação subjetiva de informação 3. Distinguir informação subjetiva de informação 3. Fazer inferências.
objetiva. objetiva. 4. Apreciar a qualidade da informação
4. Fazer inferências. 4. Fazer inferências. mobilizada.
5. Distinguir diferentes intenções comunicativas. 5. Reconhecer diferentes intenções 5. Identificar argumentos.
6. Verificar a adequação e a expressividade dos comunicativas. 6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
recursos verbais e não verbais. 6. Verificar a adequação e a expressividade dos 7. Identificar marcas reveladoras das diferentes
7. Explicitar, em função do texto, marcas recursos verbais e não verbais. intenções comunicativas.
dos seguintes géneros: reportagem, 7. Explicitar, em função do texto, marcas 8. Explicitar, em função do texto, marcas dos
documentário, anúncio publicitário. dos seguintes géneros: discurso político, seguintes géneros: diálogo argumentativo
exposição sobre um tema e debate. e debate.
2. Registar e tratar a informação.
1. Tomar notas, organizando-as. 2. Registar e tratar a informação. 2. Registar e tratar a informação.
2. Registar em tópicos, sequencialmente, 1. Selecionar e registar as ideias-chave. 1. Diversificar as modalidades de registo da
a informação relevante. informação: tomada de notas, registo de
3. Planificar intervenções orais.
tópicos e ideias-chave.
3. Planificar intervenções orais. 1. Pesquisar e selecionar informação
Oralidade 1. Pesquisar e selecionar informação. diversificada. 3. Planificar intervenções orais.
2. Planificar o texto oral, elaborando tópicos 2. Planificar o texto oral, elaborando tópicos 1. Planificar o texto oral elaborando um plano
de suporte à intervenção. e dispondo-os sequencialmente. de suporte, com tópicos, argumentos
3. Elaborar e registar argumentos e respetivos e respetivos exemplos.
4. Participar oportuna e construtivamente em
exemplos.
situações de interação oral. 4. Participar oportuna e construtivamente em
1. Respeitar o princípio de cortesia: formas 4. Participar oportuna e construtivamente situações de interação oral.
de tratamento e registos de língua. em situações de interação oral. 1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
2. Utilizar adequadamente recursos verbais 1. Respeitar o princípio de cortesia: pertinência 2. Considerar pontos de vista contrários
e não verbais: postura, tom de voz, na participação. e reformular posições.
articulação, ritmo, entoação, expressividade. 2. Mobilizar quantidade adequada de
5. Produzir textos orais com correção

02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES


informação.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
3. Mobilizar informação pertinente.
e pertinência. 1. Produzir textos orais seguindo um plano
4. Retomar, precisar ou resumir ideias, para
1. Produzir textos seguindo tópicos fornecidos. previamente elaborado.
facilitar a interação.
2. Produzir textos seguindo tópicos elaborados 2. Produzir textos linguisticamente corretos,
autonomamente. 5. Produzir textos orais com correção com riqueza vocabular e recursos expressivos
3. Produzir textos linguisticamente corretos, e pertinência. adequados.
com diversificação do vocabulário e das 1. Produzir textos seguindo tópicos elaborados 3. Mobilizar adequadamente marcadores
13

estruturas utilizadas. autonomamente. discursivos que garantam a coesão textual.


Os objetivos e descritores são de concretização obrigatória no ano de escolaridade a que se referem. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
14

02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES


OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

6. Produzir textos orais de diferentes géneros 2. Estabelecer relações com outros 6. Produzir textos orais de diferentes géneros
e com diferentes finalidades. conhecimentos. e com diferentes finalidades.
1. Produzir os seguintes géneros de texto: 3. Produzir textos adequadamente estruturados, 1. Produzir os seguintes géneros de texto: texto
síntese e apreciação crítica. recorrendo a mecanismos propiciadores de de opinião e diálogo argumentativo.
2. Respeitar as marcas de género do texto coerência e de coesão textual. 2. Respeitar as marcas de género do texto
a produzir. 4. Produzir textos linguisticamente corretos, a produzir.
3. Respeitar as seguintes extensões temporais: com diversificação do vocabulário e das 3. Respeitar as seguintes extensões temporais:
síntese – 1 a 3 minutos; apreciação crítica – estruturas utilizadas. texto de opinião – 4 a 6 minutos; diálogo
2 a 4 minutos. argumentativo – 8 a 12 minutos.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros
Oralidade 4. Participar ativamente num debate (duração
e com diferentes finalidades.
média de 30 a 40 minutos), sujeito a tema e
1. Produzir os seguintes géneros de texto:
de acordo com as orientações do professor.
exposição sobre um tema, apreciação crítica
e texto de opinião.
2. Respeitar as marcas de género do texto
a produzir.
3. Respeitar as seguintes extensões temporais:
exposição sobre um tema – 4 a 6 minutos;
apreciação crítica – 2 a 4 minutos; texto
de opinião – 4 a 6 minutos.

7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
e graus de complexidade. e graus de complexidade. e graus de complexidade.
1. Identificar o tema dominante, justificando. 1. Identificar tema e subtemas, justificando. 1. Identificar tema e subtemas, justificando.
2. Fazer inferências, fundamentando. 2. Fazer inferências, fundamentando. 2. Explicitar a estrutura interna do texto,
3. Explicitar a estrutura do texto: organização 3. Explicitar a estrutura do texto: organização justificando.
interna. interna. 3. Fazer inferências, fundamentando.
4. Explicitar o sentido global do texto, 4. Identificar universos de referência ativados 4. Identificar universos de referência ativados
fundamentando. pelo texto. pelo texto.
Leitura 5. Relacionar aspetos paratextuais com o 5. Explicitar o sentido global do texto, 5. Explicitar o sentido global do texto,
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA

conteúdo do texto. fundamentando. fundamentando.


6. Explicitar, em textos apresentados em 6. Relacionar aspetos paratextuais com o 6. Relacionar aspetos paratextuais com
diversos suportes, marcas dos seguintes conteúdo do texto. o conteúdo do texto.
géneros: relato de viagem, artigo de 7. Explicitar, em textos apresentados em 7. Explicitar, em textos apresentados em
divulgação científica, exposição sobre um diversos suportes, marcas dos seguintes diversos suportes, marcas dos seguintes
tema e apreciação crítica. géneros: artigo de divulgação científica, géneros: diário, memórias, apreciação crítica
discurso político, apreciação crítica e artigo e artigo de opinião.
de opinião.
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA

OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

8. Utilizar procedimentos adequados ao registo 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informação. e ao tratamento da informação. e ao tratamento da informação.
1. Selecionar criteriosamente informação 1. Selecionar criteriosamente informação 1. Selecionar criteriosamente informação
relevante. relevante. relevante.
2. Elaborar tópicos que sistematizem as 2. Elaborar tópicos que sistematizem as 2. Elaborar tópicos que sistematizem as
ideias-chave do texto, organizando-os ideias-chave do texto, organizando-os ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente. sequencialmente. sequencialmente.
Leitura
9. Ler para apreciar criticamente textos 9. Ler para apreciar criticamente textos 9. Ler para apreciar criticamente textos
variados. variados. variados.
1. Exprimir pontos de vista suscitados por 1. Exprimir pontos de vista suscitados por 1. Exprimir pontos de vista suscitados por
leituras diversas, fundamentando. leituras diversas, fundamentando. leituras diversas, fundamentando.
2. Analisar a função de diferentes suportes
em contextos específicos de leitura.

10. Planificar a escrita de textos. 10. Planificar a escrita de textos. 10. Planificar a escrita de textos.
1. Pesquisar informação pertinente. 1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos 1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos
2. Elaborar planos: de elaboração de planos de texto. de elaboração de planos de texto.
a) estabelecer objetivos;
11. Escrever textos de diferentes géneros 11. Escrever textos de diferentes géneros
b) pesquisar e selecionar informação
e finalidades. e finalidades.
pertinente;
1. Escrever textos variados, respeitando as 1. Escrever textos variados, respeitando
c) definir tópicos e organizá-los de acordo
marcas do género: exposição sobre um tema, as marcas do género: exposição sobre um
com o género de texto a produzir.
apreciação crítica e texto de opinião. tema, apreciação crítica e texto de opinião.
11. Escrever textos de diferentes géneros
12. Redigir textos com coerência e correção 12. Redigir textos com coerência e correção
e finalidades.
linguística. linguística.
1. Escrever textos variados, respeitando as
Escrita 1. Respeitar o tema. 1. Respeitar o tema.
marcas do género: síntese, exposição sobre
2. Mobilizar informação adequada ao tema. 2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
um tema e apreciação crítica.
3. Redigir um texto estruturado, que reflita 3. Redigir um texto estruturado, que reflita
12. Redigir textos com coerência e correção uma planificação, evidenciando um bom uma planificação, evidenciando um bom
linguística. domínio dos mecanismos de coesão textual:

02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES


domínio dos mecanismos de coesão textual:
1. Respeitar o tema. a) texto constituído por três partes a) texto constituído por três partes
2. Mobilizar informação adequada ao tema. (introdução, desenvolvimento e (introdução, desenvolvimento e
3. Redigir um texto estruturado, que reflita conclusão), individualizadas e conclusão), individualizadas e
uma planificação, evidenciando um bom devidamente proporcionadas; devidamente proporcionadas;
domínio dos mecanismos de coesão textual b) marcação correta de parágrafos; b) marcação correta de parágrafos;
com marcação correta de parágrafos c) utilização adequada de conectores.
e utilização adequada de conectores.
15
16

02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES


OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

4. Mobilizar adequadamente recursos da 4. Mobilizar adequadamente recursos da c) articulação das diferentes partes por meio
língua: uso correto do registo de língua, língua: uso correto do registo de língua, de retomas apropriadas;
vocabulário adequado ao tema, correção na vocabulário adequado ao tema, correção na d) utilização adequada de conectores
acentuação, na ortografia, na sintaxe e na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na diversificados.
pontuação. pontuação. 4. Mobilizar adequadamente recursos da
5. Observar os princípios do trabalho 5. Observar os princípios do trabalho língua: uso correto do registo de língua,
intelectual: identificação das fontes intelectual: identificação das fontes vocabulário adequado ao tema, correção
utilizadas; cumprimento das normas de utilizadas; cumprimento das normas de na acentuação, na ortografia, na sintaxe
citação; uso de notas de rodapé; elaboração citação; uso de notas de rodapé; elaboração e na pontuação.
da bibliografia. da bibliografia. 5. Observar os princípios do trabalho
6. Explorar as virtualidades das tecnologias 6. Utilizar com acerto as tecnologias de intelectual: identificação das fontes
Leitura
de informação na produção, na revisão e na informação na produção, na revisão e utilizadas; cumprimento das normas de
edição do texto. na edição de texto. citação; uso de notas de rodapé; elaboração
da bibliografia.
13. Rever os textos escritos. 13. Rever os textos escritos.
6. Utilizar com acerto as tecnologias de
1. Pautar a escrita do texto por gestos 1. Pautar a escrita do texto por gestos
informação na produção, na revisão e
recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, recorrentes de revisão e aperfeiçoamento,
na edição de texto.
tendo em vista a qualidade do produto final. tendo em vista a qualidade do produto final.
13. Rever os textos escritos.
1. Pautar a escrita do texto por gestos
recorrentes de revisão e aperfeiçoamento,
tendo em vista a qualidade do produto final.
14. Ler e interpretar textos literários. 14. Ler e interpretar textos literários. 14. Ler e interpretar textos literários.
1. Ler expressivamente em voz alta textos 1. Ler expressivamente em voz alta textos 1. Ler expressivamente em voz alta textos
literários, após preparação da leitura. literários, após preparação da leitura. literários, após preparação da leitura.
2. Ler textos literários portugueses de 2. Ler textos literários portugueses de 2. Ler textos literários portugueses do século
diferentes géneros, pertencentes aos diferentes géneros, pertencentes aos XX, de diferentes géneros.
séculos XII a XVI. séculos XVII a XIX. 3. Identificar temas, ideias principais,
3. Identificar temas, ideias principais, 3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA

Educação pontos de vista e universos de referência, pontos de vista e universos de referência, justificando.
Literária justificando. justificando. 4. Fazer inferências, fundamentando.
4. Fazer inferências, fundamentando. 4. Fazer inferências, fundamentando. 5. Analisar o ponto de vista das diferentes
5. Analisar o ponto de vista das diferentes 5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
personagens. personagens. 6. Explicitar a forma como o texto está
6. Explicitar a estrutura do texto: organização 6. Explicitar a estrutura do texto: organização estruturado.
interna. interna. 7. Estabelecer relações de sentido entre
situações ou episódios.
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA

OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

7. Estabelecer relações de sentido 7. Estabelecer relações de sentido: 8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre
a) entre as diversas partes constitutivas a) entre as diversas partes constitutivas as características dos textos poéticos
de um texto; de um texto; e narrativos.
b) entre características e pontos de vista b) entre situações ou episódios; 9. Identificar e explicitar o valor dos recursos
das personagens. c) entre características e pontos de vista expressivos mencionados no Programa.
8. Identificar características do texto poético das personagens; 10. Reconhecer e caracterizar textos quanto
no que diz respeito a: d) entre obras. ao género literário: o conto.
a) estrofe (dístico, terceto, quadra, oitava); 8. Reconhecer e caracterizar os elementos
b) métrica (redondilha maior e redondilha constitutivos do texto poético anteriormente 15. Apreciar textos literários.
menor; decassílabo); aprendidos e, ainda, os que dizem respeito a: 1. Reconhecer valores culturais, éticos
a) estrofe (quintilha); e estéticos manifestados nos textos.
c) rima (emparelhada, cruzada, interpolada);
b) métrica (alexandrino). 2. Valorizar uma obra enquanto objeto
d) paralelismo (cantigas de amigo);
e) refrão. 9. Reconhecer e caracterizar os elementos simbólico, no plano do imaginário individual
9. Identificar e explicitar o valor dos recursos constitutivos do texto dramático: e coletivo.
expressivos mencionados no Programa. a) ato e cena; 3. Expressar pontos de vista suscitados pelos
10. Identificar características do soneto. b) didascália; textos lidos, fundamentando.
11. Reconhecer e caracterizar textos quanto c) diálogo, monólogo e aparte. 4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos)
ao género literário: epopeia e auto ou farsa. 10. Reconhecer e caracterizar os seguintes sobre obras, partes de obras ou tópicos do
Educação elementos constitutivos da narrativa: Programa.
Literária 15. Apreciar textos literários. 5. Escrever exposições (entre 130 e 170
a) ação principal e ações secundárias;
1. Reconhecer valores culturais, éticos palavras) sobre temas respeitantes às
b) personagem principal e personagem
e estéticos manifestados nos textos. obras estudadas, de acordo com um plano
secundária;
2. Valorizar uma obra enquanto objeto previamente elaborado pelo aluno.
c) narrador:
simbólico, no plano do imaginário individual 6. Ler uma ou duas obras do Projeto de
– presença e ausência na ação;
e coletivo. Leitura relacionando-a(s) com conteúdos
– formas de intervenção: narrador-
3. Expressar pontos de vista suscitados pelos programáticos de diferentes domínios.
-personagem; comentário ou reflexão;
textos lidos, fundamentando. 7. Analisar recriações de obras literárias
d) espaço (físico, psicológico e social);
4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) do Programa, com recurso a diferentes
e) tempo (narrativo e histórico).
sobre obras, partes de obras ou tópicos do linguagens (por exemplo, música, teatro,
11. Identificar e explicitar o valor dos recursos
Programa. cinema, adaptações a séries de TV),
expressivos mencionados no Programa.

02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES


5. Escrever exposições (entre 120 e 150 estabelecendo comparações pertinentes.
12. Reconhecer e caracterizar textos quanto
palavras) sobre temas respeitantes às obras
ao género literário: o sermão, o drama
estudadas, seguindo tópicos fornecidos.
romântico e o romance.
6. Ler uma ou duas obras do Projeto de
Leitura relacionando-a(s) com conteúdos 15. Apreciar textos literários.
programáticos de diferentes domínios. 1. Reconhecer valores culturais, éticos
e estéticos manifestados nos textos.
17
18

02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES


OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

7. Analisar recriações de obras literárias 2. Valorizar uma obra enquanto objeto 16. Situar obras literárias em função de grandes
do Programa, com recurso a diferentes simbólico, no plano do imaginário individual marcos históricos e culturais.
linguagens (por exemplo, música, teatro, e coletivo. 1. Reconhecer a contextualização histórico-
cinema, adaptações a séries de TV), 3. Expressar pontos de vista suscitados pelos -literária nos casos previstos no Programa.
estabelecendo comparações pertinentes. textos lidos, fundamentando. 2. Comparar temas, ideias e valores expressos
4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) em diferentes textos da mesma época e de
16. Situar obras literárias em função de
sobre obras, partes de obras ou tópicos do diferentes épocas.
grandes marcos históricos e culturais.
Programa.
1. Reconhecer a contextualização histórico-
5. Escrever exposições (entre 130 e 170
-literária nos casos previstos no Programa.
palavras) sobre temas respeitantes às obras
2. Comparar diferentes textos no que diz
estudadas, seguindo tópicos fornecidos.
respeito a temas, ideias e valores.
6. Ler uma ou duas obras do Projeto de
Leitura relacionando-a(s) com conteúdos
Educação
programáticos de diferentes domínios.
Literária
7. Analisar recriações de obras literárias
do Programa, com recurso a diferentes
linguagens (por exemplo, música, teatro,
cinema, adaptações a séries de TV),
estabelecendo comparações pertinentes.
16. Situar obras literárias em função de
grandes marcos históricos e culturais.
1. Reconhecer a contextualização histórico-
-literária nos casos previstos no Programa.
2. Comparar temas, ideias e valores expressos
em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.

17. Conhecer a origem e a evolução 17. Construir um conhecimento reflexivo sobre 17. Construir um conhecimento reflexivo sobre
do português. a estrutura e o uso do português.
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA

a estrutura e o uso do português.


1. Referir e caracterizar as principais etapas 1. Consolidar os conhecimentos gramaticais 1. Consolidar os conhecimentos gramaticais
de formação do português. adquiridos no ano anterior. adquiridos nos anos anteriores.
2. Reconhecer o elenco das principais línguas
Gramática
românicas.
3. Explicitar processos fonológicos que
ocorrem na evolução do português.
4. Identificar étimos de palavras.
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA

OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

5. Reconhecer valores semânticos de palavras 18. Reconhecer a forma como se constrói 18. Reconhecer a forma como se constrói
considerando o respetivo étimo. a textualidade. a textualidade.
6. Relacionar significados de palavras 1. Demonstrar, em textos, a existência 1. Demonstrar, em textos, a existência
divergentes. de coerência textual. de coerência textual.
7. Identificar palavras convergentes. 2. Distinguir mecanismos de construção 2. Distinguir mecanismos de construção
8. Reconhecer a distribuição geográfica do da coesão textual da coesão textual.
português no mundo: português europeu; 3. Identificar marcas das sequências textuais.
19. Reconhecer modalidades de reprodução
português não europeu. 4. Identificar e interpretar manifestações
ou de citação do discurso.
9. Reconhecer a distribuição geográfica dos de intertextualidade.
1. Reconhecer e fazer citações.
principais crioulos de base portuguesa.
2. Identificar e interpretar discurso direto, 19. Explicitar aspetos da semântica
18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe discurso indireto e discurso indireto livre. do português.
do português. 3. Reconhecer e utilizar adequadamente 1. Identificar e interpretar formas
1. Identificar funções sintáticas indicadas diferentes verbos introdutores de relato de expressão do tempo.
no Programa. do discurso. 2. Distinguir relações de ordem cronológica.
3. Identificar orações coordenadas. 3. Distinguir valores aspetuais.
20. Identificar aspetos da dimensão
4. Identificar orações subordinadas. 4. Identificar e caracterizar diferentes
pragmática do discurso.
5. Identificar oração subordinante. modalidades.
1. Identificar deíticos e respetivos referentes.
2. Dividir e classificar orações.
Gramática
19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
do português.
1. Identificar arcaísmos.
2. Identificar neologismos.
3. Reconhecer o campo semântico de uma
palavra.
4. Explicitar constituintes de campos lexicais.
5. Relacionar a construção de campos lexicais
com o tema dominante do texto e com a
respetiva intencionalidade comunicativa.

02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES


6. Identificar processos irregulares de
formação de palavras.
7. Analisar o significado de palavras
considerando o processo de formação.
19
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 10.O ANO

DOMÍNIOS TÓPICOS DE CONTEÚDO TEMPOS


ORALIDADE 14
Compreensão do Oral (6)

Reportagem Marcas de género comuns:


Documentário Tema, informação significativa, encadeamento lógico dos tópicos tratados;
Anúncio publicitário recursos verbais e não verbais (e.g. postura, tom de voz, articulação,
ritmo, entoação, expressividade, silêncio e olhar).
Marcas de género específicas:
– reportagem: variedade de temas, multiplicidade de intervenientes,
meios e pontos de vista (alternância da 1.a e da 3.a pessoa), informação
seletiva, relação entre o todo e as partes;
– documentário: variedade de temas, proximidade com o real, informação
seletiva e representativa (cobertura de um tema ou acontecimento,
ilustração de uma perspetiva sobre determinado assunto), diversidade
de registos (marcas de subjetividade);
– anúncio publicitário: caráter apelativo (tempos e modos verbais,
entoação, neologismos), multimodalidade (conjugação de diferentes
linguagens e recursos expressivos, verbais e não verbais), eficácia
comunicativa e poder sugestivo.
Expressão Oral (8)

Síntese Marcas de género comuns:


Apreciação crítica Tema, informação significativa, encadeamento lógico dos tópicos tratados,
(de reportagem, de recursos verbais e não verbais (e.g. postura, tom de voz, articulação, ritmo,
documentário, de entoação, expressividade, uso adequado de ferramentas tecnológicas de
entrevista, de livro, suporte à intervenção oral), correção linguística.
de filme, de exposição Marcas de género específicas:
ou outra manifestação – síntese: redução de um texto ao essencial por seleção crítica das ideias-
cultural) -chave (mobilização de informação seletiva, conectores);
– apreciação crítica: descrição sucinta do objeto, acompanhada de
comentário crítico.
LEITURA 14
Relato de viagem Marcas de género comuns:
Artigo de divulgação Tema, informação significativa, encadeamento lógico dos tópicos
científica tratados, aspetos paratextuais (e.g. título e subtítulo, epígrafe, prefácio,
Exposição notas de rodapé ou notas finais, bibliografia, índice e ilustração).
Apreciação crítica Marcas de género específicas:
(de filme, de peça de – relato de viagem: variedade de temas, discurso pessoal (prevalência
teatro, de livro, de da 1.a pessoa), dimensões narrativa e descritiva, multimodalidade
exposição ou outra (diversidade de formatos e recursos);
manifestação cultural) – artigo de divulgação científica: caráter expositivo, informação seletiva,
hierarquização das ideias, explicitação das fontes, rigor e objetividade;
– exposição sobre um tema: caráter demonstrativo, elucidação evidente
do tema (fundamentação das ideias), concisão e objetividade, valor
expressivo das formas linguísticas (deíticos, conectores…);
– apreciação crítica: descrição sucinta do objeto, acompanhada de
comentário crítico.
ESCRITA 18
Síntese Marcas de género comuns:
Exposição Tema, informação significativa, encadeamento lógico dos tópicos
Apreciação crítica tratados, aspetos paratextuais (e.g. título e subtítulo, notas de rodapé ou
notas finais, bibliografia, índice e ilustração), correção linguística.

A presente proposta indica apenas o peso relativo dos cinco domínios. A sua concretização terá em conta o facto de, em cada aula, dever
existir uma articulação entre os vários domínios considerados pertinentes.

20 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

DOMÍNIOS TÓPICOS DE CONTEÚDO TEMPOS


Marcas de género específicas:
– síntese: redução de um texto ao essencial por seleção crítica das ideias-
-chave (mobilização de informação seletiva, conectores);
– exposição: caráter demonstrativo, elucidação evidente do tema (fun-
damentação das ideias), concisão e objetividade, valor expressivo das
formas linguísticas (deíticos, conectores…);
– apreciação crítica: descrição sucinta do objeto, acompanhada de
comentário crítico.

EDUCAÇÃO LITERÁRIA 46
1. Poesia trovadoresca Contextualização histórico-literária. (8)

Cantigas de amigo Representações de afetos e emoções:


(escolher 4) – variedade do sentimento amoroso (cantiga de amigo);
Cantigas de amor – confidência amorosa (cantiga de amigo);
(escolher 2) – relação com a Natureza (cantiga de amigo);
Cantigas de escárnio – a coita de amor e o elogio cortês (cantiga de amor);
e maldizer – a dimensão satírica: a paródia do amor cortês e a crítica de costumes
(escolher 2) (cantigas de escárnio e maldizer).
Espaços medievais, protagonistas e circunstâncias.
Linguagem, estilo e estrutura:
– cantiga de amigo: caracterização temática e formal (paralelismo
e refrão);
– cantiga de amor: caracterização temática;
– cantiga de escárnio e maldizer: caracterização temática;
– recursos expressivos: a comparação, a ironia e a personificação.

2. Fernão Lopes, Contexto histórico. (4)


Crónica de D. João I: Afirmação da consciência coletiva.
– excertos de 2 capítulos Atores (individuais e coletivos).
(11, 115 ou 148 da 1.a
Parte)

3. Gil Vicente, (8)


Farsa de Inês Pereira Caracterização das personagens.
(integral) Relações entre as personagens.
A representação do quotidiano.
OU A dimensão satírica.

Auto da Feira Caracterização das personagens.


(integral) Relações entre as personagens.
A representação do quotidiano.
A dimensão religiosa.
A representação alegórica.

Linguagem, estilo e estrutura:


– características do texto dramático;
– o auto ou a farsa: natureza e estrutura da obra;
– recursos expressivos: a alegoria, a comparação, a interrogação retórica,
a ironia, a metáfora e a metonímia.

4. Luís de Camões, Contextualização histórico–literária. (9)


Rimas

Redondilhas A representação da amada.


(escolher 4) A representação da Natureza.
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.
Sonetos A reflexão sobre a vida pessoal.
(escolher 8) O tema do desconcerto.
O tema da mudança.

SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA 21


2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

DOMÍNIOS TÓPICOS DE CONTEÚDO TEMPOS


Linguagem, estilo e estrutura:
– a lírica tradicional;
– a inspiração clássica;
– discurso pessoal e marcas de subjetividade;
– soneto: características;
– métrica (redondilha e decassílabo), rima e esquema rimático;
– recursos expressivos: a aliteração, a anáfora, a antítese, a apóstrofe e
a metáfora.
5. Luís de Camões, Imaginário épico: (15)
Os Lusíadas: – matéria épica: feitos históricos e viagem;
– visão global; – sublimidade do canto;
– mitificação do herói.
– a constituição da Reflexões do poeta.
matéria épica: canto I, Linguagem, estilo e estrutura:
ests. 1 a 18; canto IX, – a epopeia: natureza e estrutura da obra;
ests. 52, 53, 66 a 70, – o conteúdo de cada canto;
89 a 95; canto X, ests. – os quatro planos: viagem, mitologia, História de Portugal e reflexões do
75 a 91; poeta. Sua interdependência;
– reflexões do Poeta: – estrofe e métrica;
canto I, ests. 105 e – recursos expressivos: a anáfora, a anástrofe, a apóstrofe, a comparação,
106; canto V, ests. 92 a enumeração, a hipérbole, a interrogação retórica, a metáfora, a
a 100; canto VII, ests. metonímia e a personificação.
78 a 87; canto VIII,
ests. 96 a 99; canto IX,
ests. 88 a 95; canto X,
ests. 145 a 156.

6. História Aventuras e desventuras dos Descobrimentos. (2)


Trágico-Marítima:
“As terríveis aventuras
de Jorge de Albuquerque
Coelho (1565)”
(excertos).1

GRAMÁTICA 18
1. O português: génese, variação e mudança
1.1. Principais etapas da formação e da evolução do português (2)
a) do latim ao galego-português:
– o latim vulgar e a romanização;
– substratos e superstratos;
– as principais línguas românicas.
b) do português antigo ao português contemporâneo:
– o português antigo (séculos XII-XV);
– o português clássico (séculos XVI-XVIII);
– o português contemporâneo (a partir do século XIX).
1.2. Fonética e fonologia (3)
a) processos fonológicos de inserção: prótese, epêntese e paragoge;
b) processos fonológicos de supressão: aférese, síncope e apócope;
c) processos fonológicos de alteração: sonorização, palatalização, redução vocálica, contração
(crase e sinérese), vocalização, metátese, assimilação e dissimilação.
1.3. Etimologia (2)
a) étimo;
b) palavras divergentes e palavras convergentes.
1.4. Geografia do português no mundo (1)
a) português europeu e português não europeu;
b) principais crioulos de base portuguesa.

1
No caso da História Trágico-Marítima, indica-se a adaptação de António Sérgio (Lisboa: Sá Costa, várias edições), tendo em conta as
características da obra e a adequação pedagógica do relato selecionado.

22 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

GRAMÁTICA TEMPOS
2. Sintaxe
2.1. Funções sintáticas (4)
a) retoma e consolidação das funções sintáticas estudadas no Ensino Básico, a saber: sujeito,
predicado, vocativo, complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo,
predicativo do sujeito, complemento agente da passiva, modificador, modificador do nome
(restritivo e apositivo);
b) predicativo do complemento direto, complemento do nome e complemento do adjetivo.
2.2. A frase complexa: coordenação e subordinação (3)
a) retoma e consolidação dos seguintes conteúdos estudados no Ensino Básico:
– orações coordenadas copulativas, adversativas, disjuntivas, conclusivas e explicativas;
– orações subordinadas substantivas (relativas e completivas), adjetivas (relativas restritivas e
explicativas) e adverbiais (causais, temporais, finais, condicionais, consecutivas, concessivas
e comparativas);
– oração subordinante;
b) divisão e classificação de orações.

3. Lexicologia
3.1. Arcaísmos e neologismos. (1)
3.2. Campo lexical e campo semântico. (1)
3.3. Processos irregulares de formação de palavras: extensão semântica, empréstimo, amálgama, (1)
sigla, acrónimo e truncação.

Avaliação escrita 18
Total 128

PROGRAMA / METAS E MANUAL

DOMÍNIOS/OBJETIVOS CONTEÚDOS PÁGINAS DO MANUAL

1. Interpretar textos orais  COMPREENSÃO DO ORAL


de diferentes géneros. • Reportagem • 22, 179, 219, 233, 264
COMPREENSÃO DO ORAL

2. Registar e tratar a informação.


• Documentário • 101, 287, 293
E EXPRESSÃO ORAL

3. Planificar intervenções orais.


4. Participar oportuna e • Anúncio publicitário • 202
construtivamente em situações
de interação oral.  EXPRESSÃO ORAL
5. Produzir textos orais com • Síntese • 41, 72, 73, 101, 265
correção e pertinência. • Apreciação crítica • 100, 179, 181, 293
6. Produzir textos orais de diferentes
géneros e com diferentes
finalidades.

7. Ler e interpretar textos de • Relato de viagem • 297


diferentes géneros e graus • Artigo de divulgação científica • 48, 237
de complexidade.
• Exposição • 23, 82, 126, 172, 208, 256
LEITURA

8. Utilizar procedimentos adequados


ao registo e ao tratamento da • Apreciação crítica • 37, 136, 150, 197, 248, 292
informação.
9. Ler para apreciar criticamente
textos variados.

10. Planificar a escrita de textos. • Síntese • 23, 24, 37, 83, 122, 189, 286
11. Escrever textos de diferentes
ESCRITA

géneros e finalidades. • Exposição • 33, 34, 55, 75, 173, 181, 183,
12. Redigir textos com coerência 187, 253, 261, 295
e correção linguística. • Apreciação crítica • 88, 89, 137, 281
13. Rever os textos escritos.

SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA 23


2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

DOMÍNIOS/OBJETIVOS CONTEÚDOS PÁGINAS DO MANUAL

14. Ler e interpretar textos  UNIDADE 1


literários. Poesia trovadoresca
15. Apreciar textos literários. Contextualização
16. Situar obras literárias em histórico-literária • 26-27
função de grandes marcos • Cantigas de amor • 28-32
históricos • Cantigas de amigo • 40-47
e culturais. • Cantigas de escárnio e maldizer • 58-61
UNIDADE 2
Contextualização
histórico-literária • 74, 90, 91
Fernão Lopes – Crónica • 76-86
de D. João I (Excertos)
 UNIDADE 3
Contextualização
histórico-literária • 102-105, 135, 147, 153
EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Farsa de Inês Pereira (integral) • 106-130


Auto da Feira • 148
(integral – Brochura)
 UNIDADE 4
Contextualização
histórico-literária • 170-171
Luís de Camões, Rimas
• Redondilhas e Sonetos • 174-203
 UNIDADE 5
Contextualização
histórico-literária • 220-223; 242-243, 249, 257,
Luís de Camões, Os Lusíadas: 266
• Visão global • 267-269
• A constituição da matéria épica • 224-226, 244, 246, 250, 258
• Reflexões do poeta • 230-231, 234, 240, 246, 258
 UNIDADE 6
Contextualização
histórico-literária • 282-283, 286
História Trágico-Marítima • 284-296
Capítulo V, “As terríveis aventuras
de Jorge de Albuquerque Coelho
(1565)”

17. Conhecer a origem e a evolução  O português: género variação


do português. e mudança
18. Explicitar aspetos essenciais da • Principais etapas da formação • 50
sintaxe do português e da evolução do português
19. Explicitar aspetos essenciais da • Fonética e fonologia • 62 e (58, 77, 109, 195, 261)
lexicologia do português. • Etimologia • 63 e (31, 45, 60, 195)
• Geografia do português no Mundo • 299

 Sintaxe
• Funções sintáticas • 78, 206 e (39, 41, 45, 83, 85,
GRAMÁTICA

115, 127, 175, 177, 188, 191,


225, 229, 230, 232, 252, 261,
285)
• A frase complexa:
Coordenação • 238 e (45, 185, 188, 193,
261, 289)
Subordinação • 254, 262 e (33, 58, 127, 175,
185, 188, 191, 193, 225, 230,
 Lexicologia 256, 261, 285)
• Arcaísmos e neologismos • 116
• Campo lexical e campo semântico • 110 e (198, 229)
• Processos irregulares de • 128 e (55)
formação de palavras

24 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


02. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

PROJETO DE LEITURA

O Projeto de Leitura, assumido por cada aluno, deve ser concretizado nos três anos do Ensino Secundá-
rio e pressupõe a leitura, por ano, de uma ou duas obras de literaturas de língua portuguesa ou traduzi-
das para português, escolhida(s) da lista apresentada no Programa.

Este Projeto tem em vista diferentes formas de relacionamento com a Educação Literária, tais como:
confronto com autores coetâneos dos estudados; escolha de obras que dialoguem com as analisadas;
existência de temas comuns aos indicados no Programa. Podem ainda ser exploradas várias formas de
relacionamento com o domínio da Leitura, nomeadamente a proposta de obras que pertençam a alguns
dos géneros a estudar nesse domínio (por exemplo, relatos de viagem, diários, memórias). A articulação
com a Oralidade e a Escrita far-se-á mediante a concretização de atividades inerentes a estes domínios,
consoante o ano de escolaridade e de acordo com o estabelecido entre professor e alunos.

Obras propostas para o Projeto de Leitura — 10.0 Ano

AA.VV. Antologia do Cancioneiro Geral (poemas escolhidos)


Alves, Adalberto O Meu Coração é Árabe (poemas escolhidos)
Amado, Jorge Capitães da Areia
Anónimo Lazarilho de Tormes
Andresen, Sophia de Mello Breyner Navegações
Brandão, Raul As Ilhas Desconhecidas
Calvino, Italo As Cidades Invisíveis
Carey, Peter O Japão é um Lugar Estranho
Castro, Ferreira de A Selva
Cervantes, Miguel D. Quixote de la Mancha (excertos escolhidos)
Chatwin, Bruce Na Patagónia
Dante Alighieri A Divina Comédia (excertos escolhidos)
Defoe, Daniel Robinson Crusoé
Dinis, Júlio Serões da Província
Eco, Umberto O Nome da Rosa
Énard, Mathias Fala-lhes de Batalhas, de Reis e de Elefantes
Faria, Almeida O Murmúrio do Mundo: A Índia Revisitada
Ferreira, António Castro
Gedeão, António Poesia Completa (poemas escolhidos)
Homero Odisseia (excertos escolhidos)
Lispector, Clarice Contos
Lopes, Baltazar Chiquinho
Maalouf, Amin As Cruzadas Vistas pelos Árabes
Magris, Claudio Danúbio
Marco Pólo Viagens (excertos escolhidos)
Meireles, Cecília Antologia Poética (poemas escolhidos)
Moraes, Vinicius de Antologia Poética (poemas escolhidos)
Nemésio, Vitorino Vida e Obra do Infante D. Henrique
Ondjaki Os da Minha Rua
Pepetela Parábola do Cágado Velho

SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA 25


2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

Obras propostas para o Projeto de Leitura — 10.0 Ano


Pérez-Reverte, Arturo A Tábua de Flandres
Petrarca Rimas (poemas escolhidos)
Poe, Edgar Allan Contos Fantásticos
Rui, Manuel Quem me dera ser Onda
Scott, Walter Ivanhoe
Shakespeare, William A Tempestade
Swift, Jonathan As Viagens de Gulliver
Telles, Lygia Fagundes Ciranda de Pedra
Virgílio Eneida (excertos escolhidos)
Zimler, Richard O Último Cabalista de Lisboa

26 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


03.
TRANSCRIÇÃO
DOS RECURSOS
ÁUDIO
3. TRANSCRIÇÕES DOS RECURSOS ÁUDIO

TRANSCRIÇÃO DOS RECURSOS ÁUDIO


Unidade 2, página 73

Fernão Lopes

Cronista oficial da corte e guarda da Torre do Tombo, durante os reinados de D. João I e D. Duarte,
e a regência do infante D. Pedro, autor das Crónicas de D. Pedro, de D. Fernando e de D. João I. […] A
sua vida pública está documentada a partir de 1418, data em que foi nomeado guarda das escrituras do
Tombo e em que tinha o cargo de escrivão dos livros do infante D. Duarte; no ano seguinte era também
escrivão dos livros de D. João I, e foi “escrivão da puridade” do infante D. Fernando pelo menos a partir
de 1422. Em 1437 redigiu o testamento deste, documento em que aparece como tabelião-geral do reino,
isto é, a categoria superior na profissão que começou por exercer. […] É de 1459 a última notícia conhe-
cida da sua vida […]. Em 1454, por estar demasiado velho e talvez doente, fora oficialmente substituído
no Tombo por Gomes Eanes de Zurara, mas desde 1450 que este lhe sucedera já como cronista.

A carta de 1434 em que D. Duarte lhe concedeu uma tença de catorze mil reais porque ele “ha assaz
trabalho e ha muito de trabalhar” na tarefa que lhe confiou, de escrever as crónicas dos reis portugue-
ses até aos “grandes feitos e altos” de seu pai, é um marco fundamental da biografia de Fernão Lopes e
da historiografia portuguesa. Não representando o princípio da sua investidura como cronista do reino,
segundo indicam os termos usados para justificar a concessão, é um indício importante sobre a ampli-
tude do trabalho que realizou e as condições em que lhe foi encomendado. Como autor das crónicas de
todos os reis anteriores refere-o também o seu contemporâneo Zurara, chamado pelo rei para continuar
a sua última crónica e bom conhecedor da sua obra. […] Alusões feitas pelo próprio Fernão Lopes, nos
textos de que é seguramente o autor, a crónicas suas anteriores, dos primeiros reis, completam os
argumentos que generalizaram a certeza de o seu trabalho historiográfico ter começado pelo primeiro
reinado português, prosseguindo depois de acordo com a cronologia histórica. Interpretando a evolução
político-cultural que se dera a partir da revolução de 1383-85 e do começo da nova dinastia, o infante
primogénito de Avis promoveu, pois, pela primeira vez, a composição duma história estritamente na-
cional.

Os manuscritos da Crónica de Portugal de 1419 encontrados em meados deste século [XX] têm
sido considerados por alguns autores (Cintra, nomeadamente) como representantes prováveis dessa
primeira parte da obra do cronista, não só porque correspondem, pelas circunstâncias da realização
e pelo conteúdo, à obra conjeturável a partir das informações existentes como por se afigurar difícil
admitir que outro autor estivesse como ele, naquela data, em posição de a redigir. No entanto, a falta
de indicações mais definitivas e os problemas levantados pela discrepância entre esses textos e os das
três últimas crónicas, mesmo reconhecendo a pertinência de explicações como a inexperiência do cro-
nista, a escassez de fontes úteis e o possível caráter inacabado das versões recolhidas nessas cópias
quinhentistas, aconselham a manter a questão indecidida.

Giulia Lanciani e Giuseppe Tavani (coord.), Dicionário da literatura medieval galega e portuguesa,
trad. José Colaço Barreiros e Artur Guerra, Lisboa, Caminho, 1993, pp. 271-272.

28 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


04.
SOLUÇÕES
DO MANUAL

Material disponível em .
4. SOLUÇÕES DO MANUAL

SOLUÇÕES DO MANUAL

Unidade 1 Unidade 2
Página 45 Página 77
1. “Poys nossas madres van a San Simon” 1. O facto de o pajem entrar em cena, exclamando que
a. (Assunto) A donzela incentiva as amigas a acom- matavam o Mestre, fez desenrolar todos os aconte-
panharem as mães a San Simon de Val de Prados, cimentos. Na verdade, a mensagem por si proferida
como pretexto para verem os amigos e poderem mobilizou todo o povo de Lisboa e impeliu-o a sair
dançar, mostrando-se perante eles. à rua. As suas palavras fizeram também despertar
na população um sentimento de revolta e de grande
b. (Estado de espírito do sujeito lírico) A donzela
animosidade em relação àqueles que se assumiam
está entusiasmada porque aquele será um meio
como os protagonistas da tentativa de assassinato
para estar com o seu amado.
do mestre de Avis. Por isso, o povo muniu-se de
c. (Relação da donzela com o amigo) O entusiasmo armas e, apressadamente e em magote, dirigiu-se
demonstrado pela donzela evidencia uma possível aos paços da rainha.
correspondência amorosa ou, pelo menos, uma
2. Para incentivar a população a aderir à sua causa, no
relação que ela sente como possível, na medida
seu pregão, o pajem serve-se da anáfora “Matam o
em que acredita que a dança possa funcionar
mestre” e do presente do indicativo, como forma de
como um instrumento de sedução.
explicitar que essa era uma situação real. Utiliza,
“Sedia-m’ eu na ermida de San Simión” depois, o imperativo para apelar à intervenção da
a. (Assunto) A donzela espera ansiosamente pelo população: “Acorrei”.
amado na igreja de San Simión, até que as ondas a 3. Álvaro Pais relembrou que o mestre era filho de um
cercam e a deixam num estado de desespero por rei – o rei D. Pedro – e declarou não haver qualquer
temer morrer afogada, já que não tem ninguém razão que justificasse a sua morte.
que a socorra, o que evidencia também o seu re-
4. O povo atribuía a responsabilidade ao conde João
ceio de que o amigo não chegue a comparecer ao
Fernandes, que estaria a cumprir a vontade da
encontro marcado.
rainha.
b. (Estado de espírito do sujeito lírico) Inicial-
5. O povo não tinha uma opinião muito favorável em re-
mente, a donzela manifesta estar apaixonada e
lação à Rainha, pois considerava-a responsável pelo
ansiosa por ver o amigo; depois expressa aflição
que estava a acontecer: “dizendo muitos doestos
e desespero quando se apercebe dos perigos que
contra a rainha”, Era ainda opinião generalizada que
enfrenta e, simultaneamente, desilusão pelo
esta era uma mulher adúltera e traidora: “Ó, que mal
atraso do amado, o que pode ser indicativo da sua
fez! Pois que matou o treedor do Conde, que nom
não comparência.
matou logo a aleivosa com ele!”, pelo que se dese-
c. (Relação da donzela com o amigo) Apesar de a java a sua morte: “E sem duvida, se eles entrarom
donzela se mostrar apaixonada, é evidente alguma dentro, nom se escusara a Rainha de morte…”
insegurança em relação ao seu amado, já que o seu
6. Quando o Mestre surgiu à janela, no início, houve
tardar a faz duvidar do seu amor, ao mesmo tempo
quem duvidasse dessa realidade. No entanto, e de-
em que a coloca numa situação de perigo.
pois de o reconhecerem, todos se regozijaram pelo
facto de ele estar vivo e lamentaram aquilo que
Página 49 acreditavam ser uma traição da rainha.
5.1 Se, por um lado, o amor pode provocar dor, também 7. É evidente o afunilamento do espaço neste excerto,
é verdade que este sentimento pode eliminá-la ou porquanto o mesmo se inicia nas ruas por onde o
suprimi-la. pajem lança o pregão, centra-se depois nos paços da
5.2 Os investigadores concluíram que, quando se está rainha e termina focando-se na janela onde o Mestre
apaixonado ou se sente dor, os circuitos ativados no fez a sua aparição. Fernão Lopes parece, pois, assu-
cérebro são praticamente os mesmo. Concluíram, mir o papel de um repórter que vai acompanhando
também, através de testes que fizeram aos volun- o tumulto e o percurso da multidão até chegar ao
tários, que a dor causada por uma madeira aquecida local alvo das suas atenções, para depois se deter
era atenuada, quando estes observavam a fotografia na janela onde surge a figura central de todos os
dos seus namorados. acontecimentos.
6. Na verdade, tal como diz Fisher, o facto de conhe- 8. Para a consumação do plano do Mestre de Avis e de
cermos as manifestações que o cérebro evidencia Álvaro Pais, o povo assume um papel de extrema
quando estamos apaixonados não invalida que nos importância, na medida em que era necessária a
sintamos felizes, quando amamos, e que se mante- sua conivência para se executar a morte do conde
nha o mistério, já que nenhum de nós pode saber Andeiro. Assim sendo, foi intencional levar o povo a
quando, porquê ou por quem se vai apaixonar. acreditar que o Mestre estava a ser vítima de uma
traição, para que este se solidarizasse com D. João,
7. (A); (E); (F).
aprovando o seu ato e revoltando-se contra a rainha.

30 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


04. SOLUÇÕES DO MANUAL

9. a. crase; – decisão da realização de uma feira em honra da


b. sinérese; Virgem no dia de Natal;
c. metátese; – indicação do mercador-mor (o Tempo).
d. epêntese.
(Parte II)
• Organização da feira:
Unidade 3 – armação de duas tendas, respetivos mercadores
Página 148 – anjo e diabo − e objetivos.
TRABALHO DE GRUPO – Auto da Feira • Chegada da primeira cliente – Roma e motivos
da visita:
Proposta de desenvolvimento do trabalho do grupo I – pretende obter Paz, Verdade e Fé, pois está can-
sada de guerras, incluindo com cristãos;
O aluno deve referir ou desenvolver os seguintes tópicos:
– tem para oferecer perdões e indulgências, con-
1. Tempo – o dia de Natal; espaço – uma feira (a ale- cedidos a troco de dinheiro.
goria da “Feira”).
Intenção crítica:
2. Tema/assunto:
• crítica ao Papado e à Igreja e ao modo “material”
– organização de uma feira em honra da Virgem – a como encara a religião;
Feira das Virtudes – onde se trocarão graças;
• Roma oferece “mercadorias” de caráter material
– sátira aos comportamentos dos homens e da que contrastam com as de caráter imaterial que o
Igreja, mais preocupados com o mundo material
Serafim tem para trocar;
do que com os valores morais.
• é aconselhada a levar “santa vida” para obter a paz
3. Ações centrais: desejada.
a) armação de duas “tendas”:
• a do Tempo – onde se poderão obter graças e
(Parte III)
virtudes;
Visita de outros clientes:
• a do Diabo – onde se vende malícia, mentira, tor-
pezas e ruindade. a) lavradores – casais desavindos
b) visita à feira de diversos compradores e seus – vêm à feira por motivos comezinhos e fúteis ou
objetivos: à procura de bens materiais;
• Roma (em representação do papado, da corte – os homens pretendem trocar as esposas (por
pontifícia) quer comprar virtudes – Paz, Ver- não gostarem do seu modo de ser);
dade e Fé −, mas só as obterá se tiver – as mulheres pretendem comprar utilidades
“santa vida”; para o dia a dia.
• dois lavradores e respetivas mulheres – os ho- b) nove moças dos montes e três mancebos e outros
mens querem trocar as esposas; as esposas compradores.
pretendem comprar bens materiais; – não percebem o objetivo nem a utilidade da
• doze moças e mancebos (nove raparigas e três feira;
rapazes) – pretendem vender bens diversos, mas – não entendem a linguagem simbólica dos mer-
não querem comprar virtudes, pois essas a Virgem cadores;
dá-as de graça às boas pessoas;
– pretendem divertir-se de forma ingénua.
• dois compradores pretendem ver e comprar “bens
Intenção crítica:
materiais”.
• as personagens estão ao serviço da sátira social e
da representação do quotidiano;
Proposta de desenvolvimento do trabalho do grupo II
• aos lavradores Amâncio Vaz e Dinis Lourenço cri-
O aluno deve referir e desenvolver os seguintes tópicos: tica-se a ausência de tolerância para com as suas
1. Divisão em três partes: mulheres; às mulheres critica-se a preocupação
I − introdução ou prólogo – monólogo de com as necessidades básicas à vida diária.
Mercúrio; II – a alegoria − visita de Roma à feira; Aparentemente, as moças dos montes não são alvo
de críticas. Destaca-se a sua ingenuidade.
III – a representação do quotidiano – visita à feira
das figuras humanas representativas da realidade
social.
2. Síntese dos acontecimentos e intenção crítica:
(Parte I)
– introdução do Auto; ridicularização da astrologia e
crítica ao clero;

SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA 31


04. SOLUÇÕES DO MANUAL

Proposta de desenvolvimento do trabalho do grupo III a) Estas personagens representam o povo:


O aluno deve: • através da identificação das suas preocupações,
Identificar e caraterizar as personagens: censura-se o modo como está desligado de uma
vida moralmente mais aceitável;
a) as de dimensão religiosa e alegórico-simbólica
• pelo que se depreende do diálogo entre o Sera-
Mercúrio:
fim e as esposas todos são censurados pelo seu
• introduz o auto e assume-se como deus das mer- comportamento.
cadorias, organizador da feira;
b) Estas personagens apresentam-se com os ces-
• é crítico em relação aos que acreditam na astrolo- tos, representativos do seu estrato social:
gia como meio de solucionar problemas;
• aparentemente, os moços e moças dos montes
• toma a decisão relativamente ao pedido de Roma.
não são censurados pelo Serafim, ao contrário
O Tempo, o Serafim e o Diabo: dos casais desavindos;
• são os mercadores; • revelam ingenuidade ao pensarem que a Virgem
• o Diabo é maldoso e traiçoeiro; também será pastora e o céu uma planície.
• pretende trocar maldades e mentiras; Verifica-se, portanto, um contraste entre o que há
• assegura que encontrará clientes; para trocar – paz, harmonia, moral, característicos
do mundo imaterial, e o que se quer comprar – ob-
• o Tempo e o puro Serafim pretendem trocar gra-
jetos do dia a dia, úteis ao ser humano e à sua vida
ças;
material.
• chamam a atenção para a necessidade de uma vida
2. Linguagem e processos de cómico:
pura e sã, baseada na justiça e na verdade.
• ao longo de todo o texto a linguagem é viva e com
Roma:
marcas reveladoras de coloquialidade;
• belígera; representa o papado e o comportamento
dos representantes da Igreja; • o discurso e o seu conteúdo apresentam indícios e
particularidades característicos, e denunciadores,
• pretende comprar Paz, Verdade e Fé, o que só con- do estrato social das personagens, algumas das
seguirá se levar santa vida.
quais se apresentam com símbolos caracterizado-
b) as de caráter profano res.
Os lavradores – maridos e mulheres; as moças Os processos de cómico de linguagem e de situa-
dos montes, os mancebos e os “dous” compra- ção são mais evidentes na 3.a parte:
dores:
• na situação embaraçosa em que os maridos ficam
• apresentam-se na feira para comprar e se diverti- quando chegam à feira as respetivas mulheres;
rem ou procurarem bens materiais;
• no diálogo entre Marta Dias e Branca Anes;
• contrastam com a atitude de Roma, uma vez que
• no diálogo entre as “moças dos montes” e “os dous
apresentam traços de ingenuidade e singeleza;
compradores”;
• não percebem o objetivo nem o conteúdo da feira;
• no modo ingénuo como os pastores percecionam a
• os homens pretendem “desfazer-se” das suas mu- Virgem e o Céu.
lheres;
• as mulheres, de quem os maridos se queixam, re-
cusam a oferta do Serafim, que lhes quer vender
“consciência”, e pretendem comprar objetos e
Unidade 5
utensílios úteis. Página 222
As moças dos montes: 6. Sugestões de destaques operados no texto para
sistematização das ideias-chave.
• não pretendem comprar nada daquilo que existe
para vender ou trocar;
Texto E
• alegam que as graças são dadas pela Virgem a
quem for boa pessoa, razão pela qual lhe entoam A epopeia: natureza e estrutura da obra
um cântico (com o qual termina o auto). Os Lusíadas são um poema épico, género narrativo
que remonta, na cultura ocidental, à antiga Grécia, com
Proposta de desenvolvimento do trabalho do grupo IV Homero, e a Roma, com Virgílio. Trata-se de um género
narrativo em verso, destinado a “cantar”, celebrar fei-
1. A representação do quotidiano e a intenção satí-
tos grandiosos, reais ou fictícios, praticados por heróis
rica observada
fora do comum, em estilo “elevado”; os heróis, reais ou
O aluno deve referir e desenvolver os seguintes mais frequentemente míticos, têm normalmente repre-
tópicos: sentatividade coletiva, exprimindo valores, sonhos e ca-
na 3.a parte – a de caráter profano − o dramaturgo pacidade de realização do povo ou grupo étnico a que
estende as críticas a outros estratos da sociedade, pertencem. É o caso de Aquiles e Ulisses, para os Gre-
concretamente ao povo. gos, ou de Eneias, para os Romanos.[…]

32 SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA


04. SOLUÇÕES DO MANUAL

Estruturação externa e interna de Os Lusíadas: no Página 269


caso de Os Lusíadas, Camões decidiu, na parte introdutó- 1. a. Reflexão a propósito do desprezo a que os portu-
ria, incluir uma Dedicatória e, na Conclusão, um apelo gueses votam as artes e da incapacidade destes
ou invetiva – nos dois casos tendo como recetor o rei em aliar as armas às letras.
que então governava e preparava mesmo uma ação mi-
b. Na estância 2, surge nova intervenção do poeta
litar contra Marrocos, D. Sebastião, que nos apresenta,
a elogiar o espírito de cruzada dos portugueses.
na Dedicatória, como futuro rei, predestinado a grande
Na estância 78, o poeta invoca as Ninfas do Tejo e
realizações no domínio da expansão da fé, e que é já rei,
do Mondego e lamenta a situação em que se en-
no final – rei a quem aconselha no sentido de bem rei-
contra, tendo já sido vítima de vários infortúnios.
nar e de conduzir o seu povo, que agora se encontra em
Critica os opressores e aqueles que não prezam
período de crise que define como de “austera, apagada e
quem os canta, afugentando assim outros escri-
vil tristeza”, a novo empreendimento épico, que o Poeta
tores. Por isso, pede o favor das Ninfas para que,
se dispõe desde já vir a celebrar em “novo canto”.
no seu canto, enalteça apenas os que o mereçam.
Realizou o seu poema em 10 Cantos, todos em oita-
c. As reflexões centram-se no incitamento à ação
vas [de 10 sílabas métricas], segundo o esquema rimá-
daqueles que pretendem alcançar a imortalidade,
tico ab ab ab cc, no total, 1102 estrofes, numa média de
devendo, para isso, recusar a tirania, lutar contra
110 por canto, havendo cantos mais longos, como o III
os sarracenos, pois só deste modo se alcançarão
e o X, e cantos mais curtos. […]
as verdadeiras honras e o direito a serem recebi-
Ao nível da estruturação interna, Os Lusíadas in- dos na ilha de Vénus.
tegram quatro planos, o da Ação central – viagem de
Vasco da Gama em busca da Índia, realizada em 1497-
-98; o da ação secundária – História de Portugal, narrada Unidade 6
por narradores participantes, Vasco da Gama, Paulo da
Página 286 − Escrita
Gama, e, em relação aos acontecimentos posteriores à
viagem e anteriores a 1572, data da publicação do poema, 1. Segundo a autora, em geral, os relatos apresenta-
por deuses, com relevo para uma Ninfa e para Tétis, sob vam um antefacto, centrado na apresentação da
a forma de profecias; o do imaginário mitológico pagão – preparação da partida e chegada à Índia. Porém, o
plano dos deuses, que se articula intimamente com a início do relato relativo à nau Santo António segue
narração da ação central, dela sendo agentes motores, um modelo narrativo diferente, pois envolve a rota
como oponentes – no caso de Baco, que funciona, de do Brasil e apresenta factos biográficos dos irmãos
certo modo, como a voz dos povos orientais, mas tam- Duarte Coelho de Albuquerque e Jorge de Albuquer-
bém de Neptuno e outras divindades do mar; – ou como que Coelho, referindo-se a ida para Pernambuco
adjuvantes – Vénus, sobretudo, e Júpiter, a seu pedido; e para controlar uma revolta indígena e o regresso,
um plano não narrativo, constituído por considerações e após cinco anos, à pátria para repouso. Não se trata,
excursos filosóficos, sociológicos, políticos, autobiográfi- portanto, de uma viagem de ida, mas antes do re-
cos do poeta e autor-narrador Luís de Camões. gresso de uma nau com características militares.
Para além disto, a narrativa centra-se num herói
Amélia Pinto Pais, História da Literatura em Portugal – uma individual. (105 palavras)
perspetiva didática. Época medieval e época clássica, vol. I, Porto,
Areal Editores, 2004, pp. 152-153.

SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA 33


shyyarjyutu
05. GRELHAS
DE AVALIAÇÃO
DA ORALIDADE
E DA ESCRITA
(géneros textuais)

Este material encontra-se disponível,


em formato editável, em .
06. GRELHAS DE AVALIAÇÃO DA ORALIDADE E DA ESCRITA (GÉNEROS TEXTUAIS)

Guião de Verificação da Escrita: EXPOSIÇÃO

Ano letivo _______ Nome do aluno: __________________________________________________________ Ano/Turma: ____________ N.o: __________

Data de realização do texto


Fases Parâmetros
PLANIFICAÇÃO

Pesquisa e seleção da informação


significativa.

Elaboração do plano.

Respeito pelo tema e pelo género textual:


– apresentação do tema de forma
elucidativa;
– fundamentação das ideias;
– concisão e objetividade.

Mobilização de informação adequada


REDAÇÃO/TEXTUALIZAÇÃO

e pertinente.

Respeito pela estrutura, género textual


e número de palavras.

Utilização correta de mecanismos de


coesão, de conectores e de vocabulário
diversificado.

Marcação correta de parágrafos e respeito


pelas regras de pontuação, de acentuação,
de ortografia e de citação.

Uso de registo(s) de língua adequado(s).


REVISÃO

Revisão e reformulação do texto.

Total

E D I T Á V EL
36 FOTOCOPIÁVEL SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA
06. GRELHAS DE AVALIAÇÃO DA ORALIDADE E DA ESCRITA (GÉNEROS TEXTUAIS)

Guião de Verificação da Escrita: SÍNTESE

Ano letivo _______ Nome do aluno: __________________________________________________________ Ano/Turma: ____________ N.o: __________

Data de realização do texto


Fases Parâmetros
PLANIFICAÇÃO

Seleção de informação significativa.

Elaboração do plano.

Respeito pelo tema e pelo género textual:


– manutenção das ideias-chave;
– redução do texto original.
REDAÇÃO/TEXTUALIZAÇÃO

Mobilização de informação adequada


e pertinente.

Respeito pela estrutura, género textual


e número de palavras.

Utilização correta de mecanismos de


coesão, de conectores e de vocabulário
diversificado.

Marcação correta de parágrafos e respeito


pelas regras de pontuação, de acentuação,
de ortografia e de citação.

Uso de registo(s) de língua adequado(s).


REVISÃO

Revisão e reformulação do texto.

Total

E D I T Á V EL
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA FOTOCOPIÁVEL 37
06. GRELHAS DE AVALIAÇÃO DA ORALIDADE E DA ESCRITA (GÉNEROS TEXTUAIS)

Guião de Verificação da Escrita: APRECIAÇÃO CRÍTICA

Ano letivo _______ Nome do aluno: __________________________________________________________ Ano/Turma: ____________ N.o: __________

Data de realização do texto


Fases Parâmetros
PLANIFICAÇÃO

Pesquisa e seleção de informação


significativa.

Elaboração do plano.

Respeito pelo tema e pelo género textual:


– respeito pelo tema e o género textual:
– descrição sucintamente do objeto.
– avaliação crítica.
REDAÇÃO/TEXTUALIZAÇÃO

Mobilização de informação adequada


e pertinente.
Respeito pela estrutura, género textual
e número de palavras.
Utilização correta de mecanismos de
coesão, de conectores e de vocabulário
diversificado.
Marcação correta de parágrafos e respeito
pelas regras de pontuação, de acentuação,
de ortografia e de citação.
Uso de registo(s) de língua adequado(s).
REVISÃO

Revisão e reformulação do texto.

Total

Ficha de Auto e Heteroavaliação: COMPREENSÃO DO ORAL

Ano letivo _______ Data: _____________ Nome do aluno: ___________________________________________ Ano/Turma: ___________ N.o: ________

PARÂMETROS + – +/–
Esteve atento(a).
Tomou notas.
Identificou o tema.
Registou a informação de forma sequencial.
Compreendeu a estrutura do texto / documento.
Distinguiu a informação objetiva da subjetiva.
Distinguiu diferentes intenções comunicativas.
Verificou a adequação dos recursos verbais e não-verbais.
Explicitou marcas dos géneros textuais apresentados.
Fez inferências.

E D I T Á V EL
38 FOTOCOPIÁVEL SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA
Grelha de avaliação da EXPRESSÃO ORAL
SENTIDOS 10 • Guia do Professor • ASA

Ano letivo _______ Ano/Turma: ____________ Período: __________

NOMES DOS ALUNOS

PARÂMETROS

10 –
11 –

13 –
14 –

16 –

20 –

24 –

30 –
31 –
12 –

15 –

18 –
19 –

21 –

23 –

26 –
22 –

25 –

28 –
29 –
17 –

27 –
1–

3–
4–

6–
2–

5–

8–
9–
7–
Pesquisa/
seleção da informação
Planificação da intervenção
Contemplação dos tópicos
(fornecidos ou elaborados)

06. GRELHAS DE AVALIAÇÃO DA ORALIDADE E DA ESCRITA (GÉNEROS TEXTUAIS)


Respeito pelos princípios de
cortesia
Adequação do registo de língua
e formas de tratamento
Utilização de recursos verbais
e não-verbais
Intervenção correta, com
diversidade vocabular
Respeito pela estrutura e género
textual
Qualidade e pertinência da
informação
FOTOCOPIÁVEL
E D I T Á V EL

Respeito pela extensão temporal


AVALIAÇÃO FINAL
39

Nota: A ficha deve passar por cada um dos alunos de modo a que cada um proceda à sua autoavaliação. / Cada parâmetro deve ser classificado na escala de 0 a 20 pontos
Título
Sentidos 10
Guia do Professor
Português

Autoras
Ana Catarino
Célia Fonseca
Isabel Castiajo
Maria José Peixoto

Execução Gráfica
CEM

Depósito Legal
N.o 387 140/15

ISBN
978-888-89-0431-3

Ano / Edição / Tiragem / N.o Exemplares


2015 / 1.a Edição / 1.a Tir. / 6000 Exs.

© 2015, ASA, uma editora do Grupo Leya

E-mail: apoio@asa.pt
Internet: www.asa.pt

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