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Bom... a idéia básica é a seguinte: suponha uma coincidência real entre duas transições
que se alimentem diretamente (por enquanto vamos deixar o Compton de lado) vista por
um par de detectores (A, B); nesse caso, a taxa de eventos reais é dada por:

Treal = k · εA (E1 ) · εB (E2 ) · Iγ (γ1 ) · Iγ (γ2 ) (1)

onde ε é a eficiência do detector X para a energia da transição N, Iγ é a intensidade da


transição e k é uma constante de normalização que leva em conta a atividade da fonte, etc...
Agora, no caso de eventos acidentais, a taxa de eventos deve ser menor, mas ainda
respeitando a mesma equação... dessa forma, supondo-se que a taxa de eventos acidentais
seja diretamente proporcional à taxa de eventos total, temos:

Tacidental = a · k · εA (E1 ) · εB (E2 ) · Iγ (γ1 ) · Iγ (γ2 ) (2)

E, dessa forma, a taxa total de eventos seria:

Ttotal = Treal + Tacidental = (i + a) · k · εA (E1 ) · εB (E2 ) · Iγ (γ1 ) · Iγ (γ2 ) (3)

onde i é uma “constante de acoplamento” entre os dois gamas, que vale 0 se as transições
são totalmente independentes e 1 se elas se alimentarem diretamente.
Dessa forma, analisando-se algumas coincidências totalmente acidentais (por exemplo,
152 152
no caso do Eu, entre o 121, 1408, 964 ou 1112 keV - provenientes do Sm e o 344 ou
152
779 keV - provenientes do Gd) pode-se determinar o valor de a · k; da mesma forma,
analisando-se algumas coincidências REAIS (344 x 778 e 121 x 244, por exemplo) pode-se
determinar (1 + a) · k e, subtraindo-se daı́ o valor de a · k, tem-se diretamente o valor de k
(e, por conseqüência, o valor de a)...
Zahn
P.S.: O valor de k deve ser diferente para fontes – ou runs – diferentes!

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