Você está na página 1de 59

Universidade Federal da Bahia

Biomassa e
Aproveitamento Energético do Lixo

ENGC52 – Geração de Energia


Prof. Paulo Bastos (05/2014)
Colaboradores: alunos Karin Barbosa, Carla,
Rebeca e Roberto Bonfim, Raphael Amorim e
Lorena Barreto, Emanuella Dias
1
Introdução
 Importância da biomassa:
 fontes alternativas de energia frente ao
panorama energético nacional atual.
 reaproveitamento do lixo devido ao volume e
problemas dos aterros sanitários e lixões.
 Desenvolvimento sustentável e redução das
emissões.
2
Definição
• Toda matéria vegetal produzida pela fotossíntese.
Inclusive os resíduos florestais, animais, agrícolas
e municipais que contenham matéria orgânica,
• Contem energia química armazenada pelos vegetais ao
absorverem CO2 da atmosfera, água e sais minerais,
desencadeando reações, sob o efeito da energia solar
• Biocombustíveis – biomassa com fins de queima para
produção de energia.

3
Definição

4
Biomassa: tipos
 Madeira (dendrocombustíveis)
 Diretos: Reflorestada, lenha e carvão vegetal
 Indiretos: De atividades não energéticas

 Resíduos
 Urbanos, industriais e agrícolas
 Óleos vegetais
 Etanol: álcool
5
Biomassa: introdução
 Tecnologias de uso da biomassa
 Tecnologias da combustão

 Poder calorífico

 Indicadores (GJ/ha, empregos/tep, etc)

 Insumos

 Emissões

6
Tecnologias
• Combustão direta dos combustíveis sólidos
• Redução e densificação, prensagem, transporte
• Queima para vapor de processo, centrais com TV
• Gaseificação
• obtenção de gás reduz emissões
• facilita a queima
• Processos: leito fluidizado, leito em movimento,
IGCC
• Pirólise
Tecnologias
Aproveitamento direto ou indireto
 Combustão direta
 Fogões (Cocção), Fornos (Metalurgia) e Caldeiras (Vapor)
 Pouco eficiente: Alta umidade e baixa densidade energética

 Gaseificação
 Reações termoquímicas: vapor quente e ar ou oxigênio.
 Mistura de monóxido de carbono, hidrogênio, metano, dióxido
de carbono e nitrogênio.

 Pirólise (Carbonização)
 Conversão para um combustível de melhor qualidade e valor
energético
 Exemplo: Lenha  Carvão
Tecnologias
• Biológicos:
• fermentação (elevada umidade e temperatura
próxima a ambiente conduzem um processo
biológico com produção de etanol),
• digestão anaeróbica
• Óleos vegetais:
• in natura ou misturado ao óleo diesel (MCI ou TV),
• craqueamento catalítico,
• transesterificação
Aproveitamento
• Madeira reflorestada
• Fins não energéticos: aparas, resíduos industriais
• Resíduos agrícolas
• Álcool
• Óleos vegetais
Aproveitamento: madeira e carvão
• Uso não energético em siderurgia (ferro-gusa,
ferro-ligas e aço), papel e celulose
• lenha
• Carvão vegetal: processos de carbonização
(fornos de alvenaria, massa) ou pirólise,
• Brasil é o maior produtor mundial
• Inovações tecnológicas de pirólise rápida de
biomassa otimizam a produção de alcatrão – bio-
petróleo ou bio-óleo
Aproveitamento: óleos vegetais
 Alternativa ao óleo diesel em motores de combustão
interna, automotivos e estacionários
 Exemplos de espécies vegetais oleaginosas – Babaçu,
Buriti, Amendoim, Coco, Dendê, Mamona, Milho,
Soja...
 “In Natura” é queimado em motores multicombustíveis
para geração de eletricidade - cuidados
 Grande utilidade em eletrificação de comunidades
isoladas e para diminuição de emissão de gases de efeito
estufa
Aproveitamento: outros industriais

 Industrias do setor madeireiro: serrarias, mobiliários


– cascas, cavaco, pó de serra, maravalha e aparas.
 Industrias do setor alimentos e bebidas – laranja,
caju, abacaxi, cana de açúcar, café, trigo, milho...
Aproveitamento: resíduos agrícolas
 Resíduos agrícolas são deixados no próprio terreno de
cultivo
 Milho,
 cocô,

 arroz (RG)

 Resíduos florestais são deixados nas atividades de


extração de madeira
 Resíduos de pecuária são estercos e produtos da
atividade biológica dos gados
 TFG de Arthur Uchoa (SBSE e CLADE)
Aproveitamento: cana de açucar
 Principal tipo de biomassa energética no Brasil: álcool,
misturado à gasolina e bagaço de cana
 PROÁLCOOL – Programa Nacional do Álcool
 Reduzir a importação do Petróleo
 Viabilizou o abastecimento de combustíveis automotivos baseados
no uso da biomassa.
 Épocas com a baixa do preço do Petróleo, ficou pouco competitivo.
 Hoje está sendo reconhecido como uma das possíveis soluções aos
problemas ambientais, apoiado com financiamentos – Protocolo de
Quioto Resíduos florestais são deixados nas atividades de extração
de madeira
 EUA, China, Índia e outros copiaram ou se mostram
interessados
 Motores multicombustíveis (flex)
Tipos de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)

Resíduos: diversos objetos utilizados pelo homem que


tenham perdido sua utilidade, não cumprem mais a
finalidade inicial, diferente de “sujeira”.
São classificados pela ABNT (NBR 10.004/87):
 Resíduos Classe I – Perigosos: resíduos sólidos ou
mistura que em função de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade, podem apresentar riscos à saúde
pública, provocando ou contribuindo para um
aumento da mortalidade ou incidência de doenças. 16
Tipos de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)

 Resíduos Classe II – Não inertes: resíduos sólidos ou


misturas que não se enquadram na Classe I (perigosos)
nem na Classe III (inertes).

 Resíduos Classe III – Inerte: resíduo sólido ou mistura,


que submetidos a testes de solubilização não tenham
nenhum de seus constituintes solubilizados. Exemplo:
rochas, tijolos, vidros.

17
Classificação dos resíduos quanto a sua origem:
RESÍDUOS
SÓLIDOS

URBANOS AGRÍCOLAS RADIOATIVOS OUTROS

DOMÉSTICO

COMERCIAL

VARRIÇÃO

INDUSTRIAL

DE SERVIÇO DE SAÚDE

DE AEROPORTOS
E PORTOS 18
Outra Classificação

 Grupo 1 – papéis, plásticos, vidros e metais oriundos


de embalagens. (35% subdesenv. e 60% desenv.)

 Grupo 2 – material orgânico, oriundo de restos


alimentícios (cascas e sobras) e poda de árvores, têxteis
e borrachas. (60% subdesenv. e 35% desenv.)

 Grupo 3 – Inertes. (5%)

19
Variação na composição de resíduos sólidos
na Região Metropolitana de São Paulo (%)

TIPOS DE MATERIAL 1965 1972 1990


PAPEL & PAPELÃO 16,8 25,9 29,6
TRAPO /COURO 3,1 4,3 3,0
PLÁSTICO - 4,3 9,0
VIDRO 1,5 2,1 4,2
METAIS 2,2 4,2 5,3
LATAS
MATÉRIA ORGÂNICA 76,0 47,6 47,4
20
Rotas para o destino final dos RSU

 Redução da geração na fonte

 Reutilização do material produzido

 Reciclagem

 Transformação com Geração de energia

 Aterro sanitário
Vantagens da reciclagem

 Geração de empregos diretos para a população de


baixa renda
 Expansão da vida útil das reservas de matéria prima
 Economia de energia que deixa de ser gasta para
produção da matéria prima substituída pela
reciclagem
 Diminui as áreas requeridas para novos aterros
sanitários
 Ampliação da vida útil dos aterros sanitários
22
Exemplo da eficiência da Reciclagem

 Uma única lata de alumínio reciclada economiza o equivalente


a três horas de televisão ligada. Uma tonelada de latinhas
recicladas (67 mil unidades), proporciona economia de energia
elétrica suficiente para alimentar 201 mil televisores durante 1 h
 Economia de energia da ordem de 90%
 O país recicla cerca de 85% das latinhas de alumínio (há fontes
que citam 93% para latas de cerveja)
 O papel tem um potencial de conservação de energia de 3,5
MWh/ton reciclada e o plástico de 5,3 MWh/ton
 Reciclagem na indústria automobilística
23
24
Geração de Energia com RSU (lixo)

Destaque para 4 tecnologias de geração de energia com


RSU:
 Tecnologia de aproveitamento de Gás de Lixo (GDL) – aplicável a
curto prazo para recuperar o biogás oriundo da decomposição
natural dos restos orgânicos nos aterros sanitários. Abastece
motores ciclo Otto, acoplados a geradores. Vários países e aqui.
 Tecnologia da incineração controlada do lixo – Caracteriza-se por
recuperar os gases de escape do processo. Em geral atingem mais
de 1000oC; inicia-se com a caldeira de recuperação de calor,
produzindo vapor d’água que aciona uma TV acoplada ao gerador
- Rankine. Há incineração com alta tecnologia o hemisfério Norte;
25
Geração de Energia com RSU

 Tecnologia DRANCO (Dry Anaerobic Composting) –


Compostagem seca anaeróbica: dois estágios, um produzindo
adubo orgânico e simultaneamente o biogás; este é aproveitado
em Ciclo Otto. Apesar de ser mais recente, esta tecnologia já é
utilizada em diversos países da Europa.
 Tecnologia BEM (Biomassa – Energia – Materiais) – Utiliza
um processo de pré-hidrólise ácida que separa as frações seca e
líquida do RSU, segue pro sistema de queimadores externos de
turbina a gás (ciclo Brayton, ou combinado – se há a caldeira
de recuperação). Tecnologia não disponível comercialmente,
desenvolvida por pesquisadores brasileiros, em fase de
construção uma planta piloto no interior de São Paulo.
26
Gás de aterro (GDL)

 Composição – 50% de metano (CH4), 45% de CO2, 3% de


nitrogênio e 2% de outros gases.
27
Incineração Controlada

 Dados recentes: incineração de 100% do lixo


municipal do Japão, 80% do lixo da Suíça e
Alemanha.
 No Brasil, a incineração é utilizada somente para
resolver a questão da disposição final de resíduos
perigosos e parte dos resíduos hospitalares.
 Em Paris, 100% do lixo é incinerado, dentro da
própria cidade, fornecendo água aquecida para cerca
de 70 mil apartamentos.
28
Incineração controlada

29
Incineração controlada

30
DRANCO (Dry Anaerobic Composting)

 Desenvolvido pelo grupo de pesquisa da


Universidade de Gent, na Bélgica, em 1980, e em
operação desde 1982.
 Hoje esta tecnologia está sendo implementada em
duas cidades do Sul: Farroupilha e Caxias do Sul

31
DRANCO

32
BEM (Biomassa – Energia – Materiais)

 Tem por objetivo desenvolver as tecnologias dos


materiais lignocelulósicos (madeira, bagaço de cana,
resíduos agrícolas, parte orgânica do lixo, etc) e de
digestão de material (monazita, zirconita, etc).
 A biomassa presente nos resíduos sólidos é picada e
compactada. Uma rosca helicoidal comprime a
biomassa dentro de uma reator piloto. Os dois frutos
dessa reação são: uma parte hidrolisada sólida
(celulignina) e uma parte líquida pré-hidrolisada
(solução de açúcares que foi digerida no processo)
33
BEM (Biomassa – Energia – Materiais)

34
Custo x Benefício das tecnologias
ÍNDICE CUSTO BENEFÍCIO (US$/MWh).

GÁS DO LIXO 46,34

DRANCO 45,70

INCINERAÇÃO 43,61
35
Emissões evitadas por cada tecnologia

G do Lixo INCINERAÇÃO DRANCO

Ton lixo/MWh 4,2 1,3 2,8

Emissão Evitada 5,87 1,95 4,06


(tCO2/MWh)

36
Tipos de usinas a RSU
Aproveitamento energético dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)

Tipo de Geração Energia Gerada


Biogás de aterro (basicamente metano) 0,1 - 0,2 MWh /ton RSU

Digestão anaeróbica acelerada 0,1 - 0,3 MWh /ton RSU

Incineração RSU com geração de 0,4 - 0,6 MWh /ton RSU


energia
Ciclo combinado: RSU + Gás Natural 0,8 - 0,9 MWh /ton RSU
Fonte: www.usinaverde.com.br
37
Funcionamento Biogás RSU, etapas
 Sistema de Captação do biogás do aterro
 Drenagem e transporte
 Adequação de pressão e umidade
 Condensação
 Separação de líquido

 Compressão

 Geração de energia elétrica


 Combustão
 Realização de trabalho 38
Funcionamento Incineração RSU
 Pré-tratamento
 Recepção de resíduos e segregação de recicláveis

 Tratamento térmico
 Fornos de Incineração
 Recolhimento de cinzas para o decantador

 Geração
 Turbo-geradores

 Tratamento de Gases
 Sistema de lavagem
 Torres de refrigeração
39
Funcionamento Incineração RSU

40
Pontos positivos e negativos do RSU
+ Redução da emissão de gases estufa (CO, CO2, CH4)
+ Fonte de combustível gratuita

 Preço: entre R$ 100 e R$ 150/MWh


(podendo aumentar bastante para usinas de incineração)

− Fonte de combustível limitada (ton RSU/dia)


− Tecnologia nova
− Baixo rendimento (15 % ≤ η ≤ 30 %)
− PCI do lixo no Brasil menor que na Europa e nos EUA (1850, 2400 e
2600 kcal/kg, respectivamente) 41
Biogás x Incineração
 Biogás (aterros sanitários)
 Risco de contaminação de mananciais
 Um novo aterro a cada 20 anos (estabilidade da montanha de
lixo)
 Banida pela União Européia (limite 2020)

 Incineração
 Menor emissão de gases estufa
 Menor área ocupada
 Custo mais elevado
42
Modelo para implantação de uma CTL
(Central Termelétrica a Lixo)
 Investimento ≈ 1500 a 2500 US$/kW instalado.

43
Barreiras atuais à penetração das
tecnologias no Brasil

 Falta de uma política para viabilização deste tipo de


aproveitamento energético.
 Custos da disposição final do lixo comparado com
outros países.
 Inexistência de metas de redução de emissão de gases
do efeito estufa ao Brasil.
 Falta de difusão de informações entre a população e
governantes.
44
Panorama mundial

 Região francesa tem usina desde 92


A exemplo de diversas cidades norte-americanas e européias,
a comunidade francesa de Cergy-Pontoise (11 pequenas vilas
a 25 km de Paris) tem, desde 1992, uma grande usina de
reaproveitamento de lixo, onde os resíduos orgânicos são
usados como fonte alternativa de energia.
A tecnologia, porém, é diferente: chama-se "waste to energy"
(do lixo à energia); consiste da queima direta do material nas
casas, e não o uso do metano produzido na sua degradação.
Com a combustão do lixo, são gerados 150 mil MWh,
suficientes para abastecer a própria usina e mais 30 mil casas
na região, que tem 200 mil habitantes.
45
Panorama mundial - 2005
INCINERAÇÃO DE
RESÍDUOS COMO FRAÇÃO COM RECUPERAÇÃO DE
PAÍS TRATAMENTO DO ENERGIA
LIXO URBANOS
DINAMARCA 65 100 (maioria aquecimento)
FRANÇA 42 68
JAPÃO 72 Poucas plantas
HOLANDA 40 50
SUÉCIA 55 100 (maioria aquecimento)
EUA 16 60
REINO 8 Poucas plantas
UNIDO 46
Panorama mundial - 2011

Usinas em
301 130 61 189 98
Operação
Capacidade de
tratamento (ton 50,2 milhões 12 milhões 13,88 milhões 39 milhões 29,4 milhões
RSU/ano)
Potência Instalada 8 800 MW ― ― 847 MW 2 760 MW

Fonte: www.usinaverde.com.br (à partir de diversos órgãos internacionais responsáveis)

47
Panorama mundial
 Algumas plantas de incineradores e suas capacidades
instaladas de processamento e geração de energia.
Localização Capacidade de Produção de
tratamento t/dia energia bruta MW
Tsurumi, Japan 600 12
Tomida, Nagoya, Japan 450 6
Dickerson, Maryland, USA 1800 63
Alexandria, Virginia, USA 975 22
Isvag, Antuérpia, Bélgica 440 14
Savannah, USA 690 12
Izmit, Turquia 96 4
UIOM Emmenspitz, Suíça 720 10
Wells, Áustria 190 7 48
PANORAMA BRASILEIRO

 De acordo com pesquisa do IBGE em maio de 2002, a geração


de resíduos no Brasil totalizou 228 mil toneladas/dia, cerca de
83 milhões de toneladas de lixo por ano. Com isto pode-se
produzir cerca de 112 TWh, cerca de 30% do consumo nacional
e gerar receitas superiores a US$22,4 bilhões por ano.
 A lei 10.438, de abril de 2002, estabeleceu mercado cativo de
3.300MW, até 2006, divididos igualmente entre PCH, energia
eólica e biomassa; biomassa ficou menor que 700MW após a
segunda chamada; eólica superou 1.500MW mas até 12/2010
nem 1 mil MW desta havia entrado em operação
 Biomassa como PCH precisam de políticas específicas e
incentivos; bem podem contribuir na matriz
49
PANORAMA BRASILEIRO: recursos
1. Valor pago pelas prefeituras pela disposição adequada dos
RSU (entre R$ 6 e R$ 40/tonelada, no Brasil)*
2. Venda de créditos de carbono (R$ 40/ton eq. CO2)
3. Isenção das tarifas de transmissão (TUST) e de distribuição
(TUSD), para usinas de incineração de potência exportada
até 30 MW na qual ao menos 50 % da energia é proveniente
da queima de RSU
4. Financiamento do BNDES
Fonte: Sérgio Guerreiro Ribeiro, “Geração de energia elétrica com resíduos sólidos urbanos – Usinas waste-to-
energy (WTE)”.
50
*R$ 250/tonelada na Europa e no Japão.
PANORAMA BRASILEIRO
Usina Potência (kW) Município UF Fonte do Biogás

Termoverde 19 730 Salvador BA Aterro sanitário

Bandeirante 20 000 São Paulo Aterro sanitário

São João Biogás 24 640 São Paulo Aterro sanitário


SP
Ambient 1 500 Ribeirão Preto Tratamento de esgoto

Energ-Biog 30 Barueri Tratamento de esgoto

Asja BH 4 280 Belo Horizonte Aterro sanitário


MG
Arrudas 2 400 Belo Horizonte Tratamento de esgoto

Unidade Industrial de Aves 160 Matelândia Restos da criação de aves

Unidade Industrial de Vegetais 40 Itaipulândia Restos de vegetais


PR
ETE Ouro Verde 20 Foz do Iguaçu Tratamento de esgoto

Granja São Pedro/Colombari 112 São Miguel do Iguaçu Restos da criação de suínos

Fonte: www.aneel.org.br 51
Obs.: Essa tabela contém todas as usinas a biogás do Brasil devidamente registradas na ANEEL. Neste caso, as
usinas a RSU são aquelas cujo biogás é produzido no aterro sanitário.
Usina a RSU na Bahia
 Usina termelétrica a biogás de aterro, opera desde
23.03.11, primeira do NE,
(3ª do país), está no Aterro
Metropolitano Centro de Salvador (São Cristóvão),
recebe mais que 2.500t/dia de RSU
 Investimento de R$ 50 milhões e Área de 7000 ha
 Potência Instalada 19,7 MW (19 geradores, 1,04 MW)
 TFG de Emanuella, potencial do Estado da Bahia 52
Biomassa com fins energéticos

 Plantio e queima Eucalipto, Pinho


 Trabalho do SNPTEE/2005
 Capim Elefante
 São Desidério, Sukyé, 33 MW de capacidade instalada – Ver
SCHTUZ/COGEN, 2010
 Resíduos Agrícolas na Bahia – TFG Arthur Uchoa, SBSE, 2012
 3.909 GWh/ano e capacidade instalada acima de 740MW
 Resíduos de milho no oeste
 Resíduos de algodão e soja, São Desidério, Luiz Eduardo e Barreiras
 Coco da baia em Esplanada (Acajutiba, Conde e Jandaíra), 42 MW
 Laboratório de Energia (DEQ/UFBA)
 Gaseificação da Madeira
 Biodiesel

53
Experiências em curso
No campus da Ilha do Fundão (UFRJ) há uma usina de incineração de lixo
acoplada a sistema de recuperação de calor para geração de energia elétrica.
Consome 30 toneladas diárias de lixo (toda a produção do campus), sem
necessidade de outros custos para tratamento do lixo da UFRJ.

54
Experiências em curso
No Centro de Tratamento de Resíduos de Jardim Gramacho, o vazadouro
metropolitano do Rio de Janeiro consorcia o aproveitamento de biodiesel
oriundo de óleos vegetais usados, cedidos pela McDONALDs, gerando
através de um grupo Diesel de 180 kW (há semelhante aqui). O uso do
biogás recuperado no aterro é suficiente para o abastecimento próprio.

55
Curiosidades relativas a RSU

 Cada pessoa gera cerca de 1,6 kg de lixo por dia, quase 0,6 ton de
lixo por ano, nas áreas urbanas.
 No Brasil são produzidas 120.000t/dia de lixo, dos quais
72.000t/dia (60%) de lixo orgânico, permitiriam implantar uma
usina com potência instalada de 1.080 MW. Aos municípios, traria
uma economia anual de R$ 1 bilhão, e mais R$ 500 milhões de
custos evitados de disposição final em Aterros Sanitários
 Em números aproximados pode-se afirmar que 1 tonelada de RSU
equivale a 200 kg da carvão ou 250 kg de combustível, 30 t de água
quente ou ainda 500 kWh de energia elétrica
 Uma residência poderá ser abastecida com a energia gerada pelo
lixo de 2,2 a 4 residências apenas; assim, cada 3 ou 4 famílias
podem abastecer as necessidades de uma outra.
56
Referências bibliográficas
 Oliveira, Luciano Bastos – Potencial de aproveitamento
energético de lixo e biodiesel de insumos residuais no Brasil;
Henriques, Rachel Martins – Geração de energia com
resíduos sólidos urbanos
http://www.pick-upau.com.br/mundo/lixo/energia.htm
visualizado em 09/05/05
http://russula.com.br/page13.html visualizado em
09/05/05
http://www.reciclaveis.com.br/noticias/0801006ene3.htm
visualizado em 10/05/05
http://www.reciclaveis.com.br/sabetai1.htm visualizado em
set/05 57
Referências bibliográficas
 CENBIO – Nota Técnica VII: Geração de energia à partir do
biogás gerado por resíduos urbanos e rurais
 Sérgio Guerreiro Ribeiro, “Geração de energia elétrica com resíduos
sólidos urbanos – Usinas waste-to-energy (WTE)”
 BIG – Banco de Informações de Geração
http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadeb
rasil.asp
 SCHUTZ, Jayme P. COGEN/DEDINI – Apresentação no ELEC
2010, I Taller Regional de Electricidade, Asunción, mayo, 2010
 CORTEZ, L. A. B.; LORA, E. S.; GÓMEZ, E. O. (Organizadores)
Biomassa para Energia. Campinas. Editora da Unicamp, 2008.
 Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da
Bahia (SEAGRI). Disponível em www.seagri.ba.gov.br. Acesso em
19.07.11. 58
Bibliografia
 UsinaVerde – A Luz no Fim do Lixo www.usinaverde.com.br
 VAN WYLEN, G.J. & SONNTAG, R.E. Fundamentals of
Classical Thermodynamics, John Wiley, New York, 1985
 http://www.bahiatodahora.com.br/noticias/bahia/termeletric
a-e-movida-a-biogasg/
 http://www.luftech.com.br/art07.htm visualizado em set/05
 http://www.kompac.com.br/engenharia/alternativa.htm
visualizado em 10/05/05

FIM 59

Você também pode gostar