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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO

DE ENGENHARIA - SPE
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CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C REVISÃO GERAL WCJ RSF EMV EMV 05/10/07


ADEQUAÇÃO COMO DOCUMENTO
1 C PADRÃO PARA PROJETOS ETO WCJ EMV MP 29/02/08
REVISADO ITENS 2.0, 3.0, 5.0, 7.9, 9.9,10 e
2 C ETO GC RSF MP 04/07/08
11

3 C REVISADO ITEM 7.2 ETO GC RSF MP 17/07/08

4 C REVISÃO GERAL AGR RVM MB PP 18/05/12


REVISÃO GERAL PARA INCLUSÃO DE
REQUISITOS NOS PROJETOS DE
5 C AGR RVM MB PP 09/10/12
FERROSOS, FERTILIZANTES, COBRE E
ENERGIA

6 C REVISÃO GERAL LMM EMG MB GJ 22/05/13

Este documento somente poderá ser alterado/revisado pela equipe de gestão do SPE.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 4
2.0 APLICAÇÃO 4
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 5
5.0 DEFINIÇÕES 7
6.0 CÓDIGO DA FONTE 7
7.0 MATERIAIS 8
8.0 UNIDADES 9
9.0 CARREGAMENTOS 10
9.1 CARGAS PERMANENTES 10
9.2 SOBRECARGAS (CARGAS ACIDENTAIS) 10
9.3 IMPACTOS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 12
9.4 PONTES ROLANTES 12
9.5 MONOVIAS 13
9.6 AÇÃO DO VENTO 13
9.7 AÇÕES VIBRATÓRIAS 14
9.8 AÇÃO DA TEMPERATURA 15
9.9 COMBINAÇÕES DE CARGAS 15
9.10 COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO 16
10.0 DEFORMAÇÕES MÁXIMAS ADMISSÍVEIS 16
10.1 DEFORMAÇÕES VERTICAIS 16
10.2 DEFORMAÇÕES HORIZONTAIS 17
11.0 ESTRUTURAS E ELEMENTOS ESTRUTURAIS 18
11.1 CATEGORIA DE CORROSIVIDADE ATMOSFÉRICA 18

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11.2 SOBRE-ESPESSURA DE CORROSÃO 18


11.3 CUIDADOS PARA EVITAR A CORROSÃO PREMATURA DAS ESTRUTURAS 19
11.4 ESTABILIDADE TRANSVERSAL 19
11.5 ESTABILIDADE LONGITUDINAL 19
11.6 ESBELTEZ LIMITE 19
11.7 VIGA DE ROLAMENTO 20
11.8 CORRIMÃO, GUARDA-CORPO, PLATAFORMAS, RAMPAS E ESCADAS 20
11.9 ESCADAS MARINHEIRO 20
11.10 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA, CORRIMÃO E GUARDA-CORPO 21
11.11 PISOS 21
11.12 ESPESSURAS E DIÂMETROS MÍNIMOS 21
11.13 ESTRUTURAS DE ALMA CHEIA E TRELIÇADAS 22
12.0 LIGAÇÕES 22
12.1 LIGAÇÕES PARAFUSADAS 22
12.2 LIGAÇÕES SOLDADAS 23
13.0 DOCUMENTOS DO PROJETO 24
14.0 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO 24
15.0 SÍMBOLOS E CONVENÇÕES ESTRUTURAIS 25
16.0 CONDIÇÕES ESPECIAIS 25

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios mínimos para o desenvolvimento dos projetos de engenharia da


disciplina de Estruturas Metálicas. Este é um documento de consulta interna para o
desenvolvimento do projeto, planejamento de atividades, especificações, dimensionamento
estrutural, memórias de cálculo, desenhos e outros documentos necessários à execução de
projetos de implantação para empreendimentos da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos de capital da Vale.


Para a utilização, total ou parcial, do conteúdo deste CP, consultar o PR-E-027.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados foram utilizados na elaboração deste documento ou contêm


instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão mais
recente.

CP-M-501 Critérios de Projeto para Mecânica - Equipamentos


CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Projetos de Engenharia
DT-S-602 Detalhe Típico para Corrimão e Guarda-corpo para Plataformas e
Rampas
DT-S-603 Detalhe Típico para Corrimão e Guarda-corpo para Escada
DT-S-605 Detalhe Típico para Escada Marinheiro - Dimensões Gerais
DT-S-607 Detalhe Típico para Escada Marinheiro - Saída Lateral
DT-S-608 Detalhe Típico para Escada Marinheiro - Saída Frontal
DT-S-610 Detalhe Típico para Escada Inclinada
DT-S-611 Detalhe Típico para Fixação de Corrimão e Guarda-corpo em
Estrutura Metálica
DT-S-612 Detalhe Típico para Fixação de Corrimão e Guarda-corpo em
Concreto
DT-S-613 Fixação de Escada Inclinada
DT-S-614 Detalhe Típico Corrimão e Guarda Corpo para Plataformas e
Rampas para Saída de Emergência
DT-S-615 Detalhe Típico Corrimão e Guarda Corpo Escada – Saída de
Emergência
EG-A-415 Especificação Geral para Coberturas e Tapamentos Laterais

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EG-C-403 Especificação Geral de Construção para Chumbadores


EG-M-402 Especificação Geral para Tratamento de Superfície e Pintura de
Proteção e Acabamento
EG-S-401 Especificação Geral para Fabricação de Estrutura Metálica
ES-C-403 Especificação de Serviços para Chumbadores
GU-E-346 Guia para Desenvolvimento de Projeto Básico – Estrutura
Metálica
GU-E-362 Guia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado – Estrutura
Metálica
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados na Implantação de
Empreendimentos
GU-E-413 Guia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual - Estrutura
Metálica
GU-G-700 Guia de Referência para Gerenciamento de Saúde e Segurança
em Empreendimentos de Projetos de Capital
INS-0021 Instrução para Requisitos de Atividades Críticas
PE-C-601 Lista de Chumbadores
PE-C-602 Lista de Insertos
PR-E-005 Procedimento para Elaboração de PQPs e CMs
PR-E-027 Procedimento de Engenharia para a Elaboração de Critérios de
Projeto
SE-S-701 Simbologia para Desenhos e Documentos de Estrutura Metálica

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os critérios estabelecidos nos códigos e normas, padrões da indústria e de fabricação,


aplicáveis ao projeto, são considerados como requisitos mínimos. Devem ser aplicados
critérios mais conservadores e restritivos nas situações em que a Vale considere pertinente.

A menos que seja indicado especificamente, o projeto de todos os sistemas de estruturas


metálicas deve considerar a última edição dos códigos e normas publicados pelas seguintes
organizações:

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ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


AASHTO American Association of State Highway and Transportation
Officials
AISC American Institute of Steel Construction
AISI American Iron and Steel Institute
AIST Association for Iron and Steel Technology
ANSI American National Standards Institute
ASME American Society of Mechanical Engineers
ASTM American Society for Testing and Materials
AWS American Welding Society
CEMA Conveyor Equipment Manufacturers Association
DIN Deutsches Institut für Normung
GB Chinese Standards
ICC International Code Council
IFI Industrial Fastener Institute
ISO International Organization for Standardization
NFPA National Fire Protection Association
RCSC Research Council on Structural Connections
SSPC Steel Structure Painting Council

Os Códigos e/ou Normas relacionados foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento
NBR 6120 Cargas para o cálculo de estruturas de edificações
NBR 6123 Forças devidas ao vento em edificações
NBR 6323 Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido - Especificação
NBR 8681 Ações e segurança nas estruturas - Procedimento
NBR 8800 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios.
NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios

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NBR 14323 Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação


de incêndio - Procedimento
NBR 14432 Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de
edificações - Procedimento
NBR 14762 Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis
formados a frio
NBR 15421 Projeto de estruturas resistentes a sismos - Procedimento

• MTE – Ministério do Trabalho e Emprego


A Vale exige o atendimento integral às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho
e Emprego, conforme Portaria 3.214 de 08/06/1978.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos podem ser


encontradas no GU-E-400.

6.0 CÓDIGO DA FONTE

O código em letras listado abaixo para cada critério refere-se à fonte de informação utilizada
na execução deste documento. Em determinados casos podem ser citadas duas (2) fontes
de informação. Um determinado código junto ao título significa que todo o item possui o
mesmo código. Os seguintes códigos de letras serão utilizados nos itens e subitens destes
critérios de projeto da Vale:

Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

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7.0 MATERIAIS

Código da Fonte
F

A tabela abaixo relaciona e descreve os materiais a serem usados e as normas às quais


eles devem se conformar.

Tabela 7.1 – Descrição de materiais e normas associadas

DESCRIÇÃO NORMA

ASTM A36; GB Q235B;


Aço estrutural para perfis laminados
ASTM A572 Gr 50; GB Q345B

Aço estrutural para uso geral, referente a ASTM A36; GB Q235B;


chapas e perfis soldados. ASTM A572 Gr 50; GB Q345B

Aço estrutural para fabricação de perfis ASTM A36; GB Q235B;


dobrados a frio. ASTM A570 Gr 33, ASTM A588

Aço estrutural para chumbadores (Ver EG-C-403)


SAE 1020, ASTM A36,
Aço estrutural para tirantes
GB Q235B;

Aço para parafusos comuns (ligações


ASTM A307
secundárias)
Aço para parafusos de alta resistência, ASTM A325
Proteção: Galvanização a fogo
ASTM A490
Proteção: Zinc/Aluminum Coatings, ASTM
Aço para parafusos de alta resistência,
F1136; Dacromet ou equivalente, conforme
IFI-144 e RCSC-ASTM F1136 Bulletin.
AWS A5.1, AWS A5.5, AWS A5.17, AWS
Consumíveis e eletrodos para solda A5.18, AWS A5.20, AWS A5.23, AWS A5.28,
AWS A5.29
Chapa xadrez, galvanizada a fogo ASTM A36, GB Q235B

SAE 1020, ASTM A36, GB Q235B;


Grade de piso Alumínio comercial e naval,
Plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV)

SAE 1020, ASTM A36,


Chapa expandida
GB Q235B;

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DESCRIÇÃO NORMA

Telhas para cobertura e tapamento,


ASTM A36, GB Q235B
(Ver EG-A-415)

Calhas/Chapa galvanizada a fogo ASTM A588

Tubos com e sem costura ASTM A53, A500, A501

Perfis tubulares de seções não cilíndricas ASTM A53, A500, A501


Grade de Piso em Fibra de Vidro Reforçada Fiberglass Reinforced Plastic
Telhas em FRP, resinada em Vinilester, com
Fiberglass Reinforced Plastic, Fiber
inibidor de raios UV e em cor opaca.

As chapas com espessura acima de 31,5 mm devem ser 100% ensaiadas por ultrassom.
Essa indicação deve estar obrigatoriamente no projeto.

O acabamento das grades de piso e das chapas xadrez e expandidas, quando fabricadas
em aço carbono, deve ser feito por galvanização a fogo ou por eletrólise.

Aços especiais com proteção anticorrosiva, maior resistência, ou qualquer característica


diferente das indicadas na tabela acima, devem ser referenciados em condições especiais e
com as justificativas técnicas, sob a aprovação da Vale.

8.0 UNIDADES

Código da Fonte
A

Devem ser usadas, de um modo geral, unidades do Sistema Internacional, conforme GU-E-
404, exceto onde a tradição de uso ou disponibilidade de mercado, tenha consagrado o uso
de outras unidades. Assim, cotas, elevações e dimensões gerais, seguem o padrão métrico,
enquanto dimensões nominais de itens como parafusos, barras e chapas, podem ser
expressas em unidades inglesas.

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9.0 CARREGAMENTOS

Código da Fonte
F

As estruturas metálicas devem ser projetadas para os mais diversos tipos de cargas e
deformações que possam surgir em função de esforços previstos. A missão do engenheiro é
estabelecer, ordenar e seguir esse critério, de forma a projetar uma estrutura que atenda às
cargas previstas e resista a elas ao longo da vida útil esperada.

O dimensionamento das estruturas próximas às áreas de mina, locais onde ocorrem


detonações, deve considerar a influência de pequenos ou moderados abalos sísmicos em
função das detonações.

9.1 CARGAS PERMANENTES

Devem ser consideradas as cargas que sejam efetivamente permanentes, tais como:

• Peso próprio da estrutura;


• Peso das instalações, acessórios e equipamentos permanentes;
• Peso de todos os elementos de construção permanentes suportados pela
estrutura, tais como lajes, paredes fixas, telhas de cobertura e fechamentos,
forros de revestimento, acabamentos, proteção contra fogo, entre outros;
• Peso das tubulações e bandejas;
• Peso das correias, roletes, passarelas e guarda corpos.

9.2 SOBRECARGAS (CARGAS ACIDENTAIS)

Seguem abaixo as sobrecargas mínimas a serem adotadas, que devem ser avaliadas pela
engenharia do projeto, obter a aprovação da Vale, levando em conta as condições locais de
implantação.

Em casos especiais, a sobrecarga na cobertura deve ser determinada de acordo com a sua
finalidade.

Tabela 9.1 – Valores de sobrecargas de acordo com o local


SOBRECARGA
LOCAL
(kN/m²)
Coberturas – Áreas de processo, em geral (VER
1,0
NOTA 1)
Coberturas – Áreas auxiliares, em geral (VER NOTA
0,25
1)
Plataformas de manutenção em geral 5,0
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SOBRECARGA
LOCAL
(kN/m²)
Plataformas de manutenção sujeitas a cargas de
equipamentos móveis, em fase anterior a de projeto
10,0
básico, nos casos em que tais cargas ainda não
estejam definidas.
5,0 + carga acidental do
Plataformas de manutenção sujeitas a cargas de equipamento carregado,
equipamentos móveis (fase de projeto básico e considerada na posição
detalhado) mais crítica para cada
elemento estrutural
Plataforma de manutenção de moinhos e britadores,
considerando os respectivos componentes de 10,0
manutenção (VER NOTA 2)
Plataforma de manutenção para Transportadores de
10,0
Correias (VER NOTA 2)
Passadiço ao longo de Transportadores de Correias
3,0
(VER NOTA 2)
Cabines de controle 10,0

Plataforma de acesso, passadiço e outros (áreas


3,0
auxiliares)

Plataformas de operação 5,0


Escadas e passadiços de operação, em geral (VER
5,0
NOTA 3)
Salas de controle 5,0
5,0 + peso do maior
Plataformas de Salas Elétricas e passadiços equipamento previsto
sujeitos ao acesso de equipamentos elétricos para ser montado e que
utilizará a plataforma.
Salas de Cabos 5,0

NOTAS:

1. Nas estruturas metálicas em que a cobertura situe-se abaixo de equipamentos,


transportadores ou outras estruturas suscetíveis a derramamento de material, valores
superiores de sobrecarga devem ser adotados, especialmente em regiões suscetíveis ao
acúmulo de material, como no caso de coberturas em shed ou com regiões côncavas.

Coberturas ou partes de coberturas utilizadas para objetivos especiais como áreas de


montagem, manutenção ou armazenamento de equipamentos devem ser dimensionadas
considerando-se a existência de sobrecargas de plataformas nestas regiões.

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Para todos os tipos de cobertura, as regiões sujeitas a acesso de pessoas para realização
de pequenos reparos ou manutenção, devem ser dimensionadas para suportar também uma
carga concentrada de acordo com as normas de referência.

2. Para casos específicos consultar o CP-M-501.

3. Para as edificações: Sala Elétrica, Estação de Bombeamento, Inspeção e Manobra,


Galpão de Estocagem, Carregamento de Vagões, Resíduos e Compostagem, Pipe
Racks, Captação e Distribuição de Água, Ar Comprimido, Prevenção e Combate a
Incêndio, Almoxarifados e Armazéns, as sobrecargas devem ser:

• SC em Escadas = 3,0 kN/m²;


• SC em Passadiços = 4,0 kN/m².

As sobrecargas relacionadas na tabela 9.1 são mínimas e deverão ser consideradas caso
não exista outra indicação no projeto mecânico ou indicação em contrário da Vale.

9.3 IMPACTOS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Quando não especificados pela Vale, os impactos devem ser no mínimo iguais a:

• Máquinas rotativas (motores elétricos, redutores, transportadores,


misturadores, etc.): 20% a mais da carga estática vertical máxima;
• Suportes de equipamentos vibratórios, quando não estiver disponível a
magnitude da carga dinâmica:
- Vertical: 100% a mais da carga estática correspondente ao peso em
operação do equipamento;
- Horizontal: 25% a mais do peso em operação do equipamento;
- Veículos com pneus: 30% a mais da carga vertical máxima;
- Tirantes que suportam pisos: 33% a mais da carga vertical máxima.

9.4 PONTES ROLANTES

As estruturas que suportam pontes rolantes devem ser dimensionadas levando-se em


consideração os seguintes critérios, conforme NBR 8800, item B.7:

• A majoração das cargas verticais das rodas deverá ser de:


 Pontes Rolantes comandadas de cabine: 25%
 Pontes Rolantes comandadas por controle pendentes ou controle
remoto: 10%

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• Força Longitudinal ao caminho de rolamento, a ser aplicada no topo do trilho


de cada lado, deve ser igual a 10% da soma das cargas verticais máximas
das rodas motrizes (não majoradas pelo impacto);

Para pontes rolantes controladas por controle pendente ou controle remoto, a força
transversal ao caminho de rolamento a ser aplicada no topo do trilho, de cada lado, deve ser
igual a 10% da soma da carga içada com o peso do trole e dos dispositivos de içamento.

A força devido ao choque da ponte rolante com os batentes deve atender à recomendação
da AIST - Association for Iron and Steel Technology - Technical Report nº 6. A
recomendação do fabricante poderá ser aceita, desde que mais restritiva que a norma
citada;
• A força transversal em cada lado do caminho de rolamento deve ser igual
ao maior dos seguintes valores:
 10% da soma da carga a ser içada com o peso do trole e dos
dispositivos de içamento;
 5% da soma da carga içada mais o peso total da ponte, incluindo
trole e dispositivo de içamento;
 15% da carga içada;
 20% da carga içada para pontes siderúrgicas.

Nos casos em que a rigidez horizontal transversal da estrutura de um lado do caminho de


rolamento diferir da do lado oposto, a distribuição das forças transversais deve ser
proporcional à rigidez de cada lado.

Para os casos de galpões de uma nave onde houver mais de uma ponte rolante sobre o
mesmo caminho de rolamento, e galpões de duas ou mais naves com ponte rolante,
deverão ser adotados, para o cálculo e o dimensionamento, os procedimentos previstos na
NBR 8800:2008, item B.7.3.

9.5 MONOVIAS

As monovias devem ser projetadas como simplesmente apoiadas, considerando-se um


impacto vertical de 20% a mais sobre a carga máxima levantada, acrescido de 10% a mais
sobre a carga permanente referente às partes móveis (peso próprio + talha).

Para a verificação das deformações das monovias, a majoração das cargas não deve ser
considerada.

9.6 AÇÃO DO VENTO

Para análise e definição dos esforços do vento, devem ser seguidos os parâmetros da NBR
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9.7 AÇÕES VIBRATÓRIAS

Os elementos estruturais que suportam equipamentos que produzam cargas vibratórias,


bem como a estrutura no seu todo, devem ser dimensionados de forma que tenham as suas
frequências próprias convenientemente afastadas das frequências de funcionamento dos
equipamentos, levando-se em consideração os problemas devidos à fadiga das peças e aos
coeficientes de amplificação das cargas dinâmicas. A frequência própria do elemento que
suporta cargas vibratórias deve ser calculada para os seguintes carregamentos:

• Cargas permanentes + cargas dinâmicas do equipamento vazio;


• Cargas permanentes + cargas dinâmicas do equipamento carregado;
• Cargas permanentes + sobrecarga + cargas dinâmicas do equipamento
vazio;
• Cargas permanentes + sobrecarga + cargas dinâmicas do equipamento
carregado.

A frequência própria da estrutura, para cada um dos carregamentos indicados acima, deve
satisfazer preferencialmente ao estimado abaixo:

1,5 Nm > Ne > 1,25 Nm Frequência própria da estrutura suporte (Ne)


ou
Ne > 2,5 Nm Acima da frequência do equipamento (Nm)

NOTA: “Ne” não pode ser múltiplo de “Nm”.

Caso não seja possível usar elementos estruturais que obedeçam ao acima especificado,
devido a limitações de espaço, deve-se adotar o seguinte critério:

0,8 Nm > Ne > 0,575 Nm Frequência própria da estrutura suporte (Ne)


ou
Ne < 0,425 Nm Abaixo da frequência do equipamento (Nm)

NOTA: “Nm” não pode ser múltiplo de “Ne”.

Para o cálculo das tensões atuantes, os valores dos esforços devidos ao carregamento
dinâmico devem ser multiplicados pelo respectivo coeficiente dinâmico igual a:

ν= 1 , quando Nm < Ne
1 - Nm²
Ne²
ou

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ν= 1 , quando Nm > Ne
1 - Ne²
Nm²

• A amplitude máxima deve situar-se abaixo de determinado valor, para que


as peças estruturais não sejam super solicitadas, para não causar
desconforto aos usuários, e para que as amplitudes resultantes das ações
vibratórias se enquadrem dentro dos limites estabelecidos pelo fornecedor
dos equipamentos, de forma a garantir o bom funcionamento dos mesmos.
• Os limites das amplitudes de vibração vertical e horizontal devem atender
também aos limites abaixo:
- Av ≤ 240/n
- Ah ≤ 300/n

Em que:

Av = amplitude vertical admissível (mm)


Ah = amplitude horizontal admissível (mm)
n = velocidade angular do equipamento (rpm)

9.8 AÇÃO DA TEMPERATURA

Em estruturas hiperestáticas onde os esforços devidos às variações de temperatura tenham


que ser levados em conta, devem ser consideradas as variações uniformes de temperatura
de +30ºC ou de -30ºC.

A Projetista deve verificar se existem dados oficiais de variação de temperatura do local em


questão para se certificar dos valores a serem adotados.

9.9 COMBINAÇÕES DE CARGAS

Nos casos em que a NBR 8800 for adotada para dimensionamento estrutural, devem ser
considerados, no mínimo, os seguintes casos de combinação de cargas, com os coeficientes
de ponderação indicados na NBR 8800:

• Carga Permanente + Sobrecarga + Equipamento + PRV + Monovia;


• Carga Permanente + Sobrecarga + Equipamento + PRV +/- H T + Monovia;
• Carga Permanente + Equipamento vazio + Vento;
• Carga Permanente + Equipamento vazio + Sobrecarga + PRV + Monovia +
Vento;

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• Carga Permanente + Equipamento vazio + Sobrecarga + PRV +/- H T +


Monovia + Vento;
• H L + Vento (Para contraventamento vertical).

Em que:

PRV - Ponte Rolante Vertical.


H T - Ponte Rolante Horizontal Transversal.
H L - Ponte Rolante Horizontal Longitudinal.

Para regiões sujeitas a abalos sísmicos, neve ou temperatura de congelamento, devem ser
reavaliados os critérios de combinações de cargas.

9.10 COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

No dimensionamento das estruturas, o coeficiente de aproveitamento dos elementos


estruturais principais, deve ser tal que a relação entre as solicitações atuantes de
dimensionamento, em sua condição mais crítica, e as solicitações limites seja de, no mínimo
0,95, respeitando-se os limites de deformação globais da estrutura estabelecidos em norma.

Se forem utilizados agrupamentos de elementos no dimensionamento, visando a


padronização de perfis, o limite acima mencionado deve ser levado em conta somente para
o elemento mais solicitado do grupo, sendo que para os demais, poderão ser obtidas
relações menores do que 0,95, desde que não sejam inferiores a 0,7. Nos casos em que
esses limites sejam extrapolados, devem estar registradas as justificativas, sejam elas
decorrentes de deslocamentos próximos aos limites estabelecidos em norma ou de
limitações decorrentes da análise de estabilidade global da estrutura.

10.0 DEFORMAÇÕES MÁXIMAS ADMISSÍVEIS

Código da Fonte
F

10.1 DEFORMAÇÕES VERTICAIS

A tabela abaixo apresenta os principais elementos estruturais e as deformações verticais


máximas admissíveis.

Tabela 10.1 – Elementos estruturais e deformação vertical máxima


DESCRIÇÃO RELAÇÃO
Vigas de cobertura L/250
Vigas principais de piso L/350

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DESCRIÇÃO RELAÇÃO
Vigas secundárias de piso L/300 – L/200
Estruturas para apoio de Correias Transportadoras L/350
Vigas de rolamento para pontes rolantes capacidade nominal < 20tf L/600
Vigas de rolamento para pontes rolantes capacidade nominal > 20tf L/800
Vigas de rolamento para pontes rolantes siderúrgicas capacidade
L/1000
nominal > 20tf
Monovias L/500
Terças L/180 – Max. 30mm
Vigas que suportam equipamentos vibratórios (observar a condição
L/800
de ações vibratórias)

Notas:
1. “L” representa o vão livre da peça, ou o dobro do comprimento do balanço.
2. As flechas de monovias, vigas de rolamento e estruturas para apoio de correias
transportadoras, devem ser calculadas excluindo-se o coeficiente de impacto vertical.
3. As vigas de piso e de cobertura, que suportarem equipamentos cujas características
operacionais sejam incompatíveis com as deformações acima, devem ter as flechas
admissíveis reduzidas.

10.2 DEFORMAÇÕES HORIZONTAIS

A tabela abaixo apresenta os principais elementos estruturais e as deformações horizontais


máximas admissíveis.

Tabela 10.2 – Elementos estruturais e deformação horizontal máxima

DESCRIÇÃO RELAÇÃO

Vigas de rolamento L /400

Vigas de rolamento para P.R. siderúrgica L/600

Colunas, no nível da cobertura. H/300 - carga da ponte rolante ou vento

Colunas, no nível do topo do trilho H/400 - carga da ponte rolante ou vento


Travessas de fechamento L/180 - Máximo 30 mm
Deslocamento horizontal relativo entre dois pisos
H/500
consecutivos. Ver notas 3 e 4 abaixo.

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Notas:

1. L - representa o vão livre da peça, ou o dobro do comprimento do balanço.


2. Para pontes rolantes siderúrgicas, o deslocamento também deve ser inferior a 50 mm.
3. O diferencial do deslocamento horizontal entre pilares do pórtico que suportam as
vigas de rolamento não pode ser superior a 15 mm.
4. Considerar apenas o deslocamento devido às forças cortantes no andar considerado.
5. H é a altura total da coluna (do topo à base) ou a distância do nível da viga de
rolamento à base.
6. h é a altura do andar (distância entre centros das vigas de dois pisos consecutivos ou
entre centros da viga e a base no caso do primeiro andar).
7. Deslocamento perpendicular ao plano do fechamento.
8. Considerar apenas variáveis perpendiculares ao plano de fechamento (vento no
fechamento).
9. Para os casos não previstos, deverão ser utilizados os deslocamentos admissíveis
previstos nas normas/especificações técnicas.
10. Caso as recomendações dos fabricantes dos equipamentos sejam mais rigorosas,
estas deverão ser consideradas em detrimento das apresentadas.
11. Para limites de deslocamentos de vigas de apoio de galerias ou pontes treliçadas de
transportadores em edifícios, devem ser observadas as prescrições dadas pela norma
CEMA.

11.0 ESTRUTURAS E ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Código da Fonte
F

11.1 CATEGORIA DE CORROSIVIDADE ATMOSFÉRICA

Conforme o Anexo N da NBR 8800, os ambientes podem ser classificados em seis


categorias de corrosividade, podendo-se estimar a categoria por analogia aos exemplos de
ambientes, fornecidos na Tabela N.1, do referido Anexo.

11.2 SOBRE-ESPESSURA DE CORROSÃO

Todas as estruturas devem ter proteção contra a corrosão, conforme a EG-M-402.

Entretanto, em áreas de alta corrosividade, para proporcionar uma durabilidade adicional


das estruturas, poderá ser considerada uma sobre-espessura de corrosão, mediante análise
a ser feita pela engenharia de projeto, baseada em relatório técnico, sobre as condições de
corrosividade do local.

Deverá haver aprovação prévia da Vale para o uso de sobre-espessura de corrosão.

Essa informação deve ser indicada no projeto.

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11.3 CUIDADOS PARA EVITAR A CORROSÃO PREMATURA DAS ESTRUTURAS

As estruturas metálicas devem ser projetadas de modo a não permitir que a corrosão possa
se estabelecer em locais específicos, mais suscetíveis ao ataque corrosivo, principalmente
em componentes de ligação e conexões de partes da estrutura e, a partir daí, se espalhar
para outras partes da estrutura.

Para isso, devem ser observados os cuidados recomendados no Anexo N, item N.4, da NBR
8800.

11.4 ESTABILIDADE TRANSVERSAL

Os pórticos transversais, simples ou múltiplos, devem, preferencialmente, ser projetados


com colunas engastadas nas bases, desde que as condições do terreno não onerem
sobremaneira as fundações.

11.5 ESTABILIDADE LONGITUDINAL

A estabilidade longitudinal deve ser conseguida por meio de contraventamentos nos planos
da cobertura e nos eixos longitudinais. Devem ser usados, sempre que possível,
contraventamentos em “X”, com os membros trabalhando à tração.

A distância total entre os furos das duas extremidades de cada peça deve ser reduzida, em
função do comprimento da peça, para se conseguir uma efetiva protensão, como indicado
na tabela abaixo:

Tabela 11.1 – Redução da distância entre furos


COMPRIMENTO DA PEÇA REDUÇÃO

L ≤ 3000 Reduzir 1 mm.

3000 ≤ L ≤ 6000 Reduzir 2 mm.

6000 ≤ L ≤ 10000 Reduzir 3 mm.

Havendo previsão de passagem no vão contraventado, devem ser empregados outros tipos
de contraventamentos, como os treliçados ou quadro em alma cheia.

11.6 ESBELTEZ LIMITE

A esbeltez limite a ser aplicada deve estar em conformidade com os critérios abaixo:

• Barras tracionadas: λ ≤ 300. Não se aplica a barras redondas ou outras


barras pré-tensionadas;
• Barras comprimidas: λ ≤ 200.
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11.7 VIGA DE ROLAMENTO

O sistema estrutural a ser adotado para as vigas de rolamento é o de vigas em alma cheia,
isostáticas, devendo ser consideradas no topo do trilho, as cargas verticais, as horizontais
longitudinais e as horizontais transversais.

As cargas longitudinais são as decorrentes da aceleração ou frenagem da ponte rolante e


seu choque contra os batentes. As cargas transversais são as devidas à aceleração ou
frenagem do trole e à excentricidade na elevação e balanço da carga movimentada.

Os batentes das vigas de rolamento devem ser calculados para resistir ao impacto devido à
ponte rolante, mais desfavorável no vão, considerando-se a ponte descarregada, a uma
velocidade igual a 1/3 da sua velocidade nominal.

Para a determinação dos carregamentos a serem impostos às vigas de rolamento, devem


ser consideradas as definições apresentadas no item “Pontes Rolantes”.

As verificações devido à fadiga devem estar em conformidade com o AISC - Specification for
Structural Steel Buildings. Os apoios verticais e as ligações laterais da viga de rolamento
devem sempre permitir a rotação da viga nos apoios, decorrentes da flexão provocada pelo
peso próprio e pela passagem da ponte rolante.

A fixação dos trilhos deve ser tipo Gantrex: Boltable Clips, ou equivalente.

Os sistemas de segurança das Pontes Rolantes devem atender ao disposto no RAC 05 –


Movimentação de Cargas.

11.8 CORRIMÃO, GUARDA-CORPO, PLATAFORMAS, RAMPAS E ESCADAS

O projeto das estruturas para corrimão, guarda-corpo, plataforma e escadas deve estar em
conformidade com os Detalhes Típicos DT-S-602, DT-S-603 e DT-S-610 e conforme as NR
12, 18 e 35 e RAC 01.

Os detalhes para fixação devem estar em conformidade com os Detalhes Típicos DT-S-611,
DT-S-612 e DT-S-613.

Nas áreas sujeitas a substâncias corrosivas poderão ser utilizadas escadas, corrimãos e
guarda corpos construídos em perfis pultrudados de resina reforçada com fibra de vidro
(FRP) com degraus construídos com grades do mesmo material, dotadas de cobertura
antiderrapante.

11.9 ESCADAS MARINHEIRO

As escadas tipo marinheiro devem ser usadas somente quando não for possível a instalação
de escadas inclinadas, plataformas, passarelas, elevadores, ou quando o seu uso seja
reduzido. O projeto das estruturas dessas escadas deve estar em conformidade com os

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Detalhes Típicos DT-S-605, DT-S-607 e DT-S-608, atendendo o disposto nas Normas


Regulamentadoras do MTE números 12, 18 e 35 e o RAC 01 – Trabalho em Altura.

Nas áreas sujeitas a substâncias corrosivas poderão ser utilizadas escadas marinheiro em
perfis pultrudados de resina reforçada com fibra de vidro (FRP).

11.10 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA, CORRIMÃO E GUARDA-CORPO

Para saídas de emergência, corrimão e guarda-corpo nas plataformas, rampas e


instalações, o projeto estrutural deve estar em conformidade com os Detalhes Típicos DT-S-
614 e DT-S-615, atendendo ao disposto nas Normas Regulamentadoras do MTE números 8,
12, 18, 23, 26 e 35.

11.11 PISOS

O material aplicado no piso das estruturas metálicas deve atender às especificações do


projeto quanto à segurança e operação da área, podendo ser em chapa xadrez ou chapa
lisa, com espessura mínima de 6,35 mm, fixada com solda às vigas de apoio e entre cada
placa. Definir o tipo de chapa por tipo de prédio industrial.

Onde for permitido o uso de grades de piso eletrossoldadas, estas devem ser fixadas às
estruturas com clipes, no padrão do fornecedor das grades.

Os pisos devem atender às especificações das NRs 8 e 18. Nas áreas sujeitas à corrosão
deverão ser utilizadas grades pultrudadas de resina reforçada com fibra de vidro (FRP),
dotadas de cobertura antiderrapante.

Nas situações onde for possível a utilização de vigas mistas, deverá ser considerada no
dimensionamento a possibilidade de utilização de escoramento da viga metálica até a cura
total do concreto. Para vigas com vãos inferiores a 7,0 m deverá ser considerado, no
mínimo, um escoramento no meio da viga; para vãos maiores, escoramento a cada quarto
do vão.

11.12 ESPESSURAS E DIÂMETROS MÍNIMOS

As seguintes espessuras mínimas devem ser observadas:

Perfis Soldados 6,35 mm

Perfis Laminados 4,80 mm

Chapas de Ligação/Enrijecedores 6,35 mm

Cantoneiras 4,80 mm

Placas de Base 16,0 mm


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Chumbadores Ø 5/8”

Tirantes Ø 1/2”

Parafusos Ø 5/8”

Chapas de Piso 6,35 mm

Chapas para Perfis Dobrados a Frio 2,0 mm

Cordões de Solda 3,0 mm

11.13 ESTRUTURAS DE ALMA CHEIA E TRELIÇADAS

As estruturas de alma cheia devem ser preferencialmente utilizadas. Quando os vãos das
estruturas de cobertura forem superiores a 25 metros, podem ser estudadas estruturas em
treliças.

12.0 LIGAÇÕES

Código da Fonte
F

As ligações de campo devem ser de preferência parafusadas, sendo permitida a solda de


campo, desde que previamente aprovada pela Vale. Nesse último caso, devem ser previstas
peças auxiliares para facilitar o alinhamento e execução das soldas. As ligações de oficina
devem ser soldadas, sendo permitido o uso de parafusos em casos especiais.

Medidas de proteção adicionais devem ser adotadas para os pisos e atividades de soldagem
e fixação de estruturas metálicas, de acordo com a NR 18.

12.1 LIGAÇÕES PARAFUSADAS

Nas ligações principais, de elementos estruturais como vigas, colunas, contraventamentos,


etc., devem ser usados parafusos sextavados de alta resistência, ASTM A325, fabricados
em aço de médio carbono, temperado e revenido, com rosca parcial incluída no plano de
corte, conforme ASME B 1.1-2A, e com dimensões conforme ANSI B 18.2.1, de acordo com
a Specification for Structural Joints Using high-strength Bolts do RCSC - Research Council
on Structural Connections; com proteção por galvanização a fogo.

Em ligações especiais, de elementos estruturais como vigas, colunas, podem ser usados
parafusos sextavados de alta resistência, ASTM A490, com rosca parcial incluída no plano
de corte, de acordo com a Specification for Structural Joints Using high-strength Bolts do
RCSC - Research Council on Structural Connections, com proteção conforme ASTM F1136 -

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Zinc/Aluminum Coatings; Dacromet ou equivalente, conforme IFI-144 e RCSC-ASTM F1136


Bulletin.

Nos casos em que houver ligações sujeitas à reversão de esforços, severas flutuações de
tensões, ou em que o deslizamento das peças for indesejável, as ligações devem ser
calculadas como sendo do tipo atrito.

Nas ligações secundárias, tais como fixação de corrimãos, travessas de tapamento, terças e
escadas, podem ser usados parafusos ASTM A307.

As porcas devem ser fabricadas em aço de médio carbono ASTM A 563, temperado e
revenido, rosca UNC, conforme ANSI B 1.1-2B, e com dimensões conforme ANSI B 18.2.2.

Em ambientes sujeitos a alta taxa de corrosão, os parafusos e porcas devem ter


acabamento especial por galvanização a quente.

Todas as ligações devem ter no mínimo dois parafusos. Preferencialmente deve ser evitada
a utilização de parafusos acima de 1 (uma) polegada. A protensão no parafuso deve ser
proporcional à seção do diâmetro nominal, de no mínimo de 0,7 vezes a resistência à
ruptura do material do parafuso.

As conexões projetadas devem ser equivalentes às conexões padronizadas pelo AISC.

Em tesouras, treliças e contraventamentos, quando as peças forem dimensionadas pela


esbeltez ou não possuírem esforços indicados, a conexão deve possuir uma capacidade de
no mínimo 75% da resistência à tração da peça utilizada, e não inferior a 3 toneladas.

As conexões de extremidades das vigas devem possuir uma capacidade de, no mínimo 75%
da carga total, uniformemente distribuída, conforme as tabelas Allowable Loads on Beams
do AISC, exceto quando indicado em contrário nos desenhos de projeto.

As especificações dos materiais de parafusos, vigas e colunas, devem ser compatíveis,


principalmente, em caso de seleção de aço patinável, isto é, aço com alta resistência à
corrosão.

12.2 LIGAÇÕES SOLDADAS

Todas as soldas devem obedecer às especificações da American Welding Society –


Structural Welding Code Steel – AWS D1.1.

Os desenhos de projeto detalhado devem indicar a localização, o tipo, as dimensões e o


comprimento de todas as soldas. Também devem indicar as soldas de grande
responsabilidade, que devem ser submetidas a testes, definindo o tipo de teste a ser
executado (ultrassom, líquido penetrante, etc.).

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Todas as juntas de topo devem ser de penetração completa, usando-se para isso chanfro
duplo ou simples, ou cobre-junta, conforme as dimensões das peças e a posição da junta.

No caso de juntas com características particulares, que não podem ser enquadradas dentro
da simbologia padronizada, devem ser feitos detalhes ampliados nos desenhos, indicando
todas as dimensões dos chanfros e das soldas.

Atenção especial deve ser dada às juntas sujeitas à fadiga, para as quais devem ser
indicados os tipos de acabamento, esmerilhado ou arredondado, para evitar a concentração
de tensões.

12.2.1 Espessura de Solda

As espessuras mínimas dos filetes de solda devem estar em conformidade com a tabela
abaixo:

Tabela 12.1 – Espessura mínima do filete de solda


Espessura da chapa (mm) Filete mínimo (mm)

Até 6,3 inclusive 3


De 6,3 a 12,7 inclusive 5
De 12,7 a 19,0 inclusive 6
Acima de 19,0 8

13.0 DOCUMENTOS DO PROJETO

Os documentos do projeto a serem entregues estão listados nos guias: GU-E-413, GU-E-
346 e GU-E-362.

Todos os documentos do projeto devem ser verificados por profissionais com comprovada
experiência na disciplina de estruturas metálicas.

14.0 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

Código da Fonte
A

As estruturas metálicas devem ser protegidas contra a corrosão, por meio de pintura ou de
galvanização a fogo, conforme a especificação EG-M-402, da Vale.

A parte inferior das placas de base e chapas de ligação por atrito não podem ser pintadas
nem galvanizadas;

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Parafusos de alta resistência A 490 não podem ser galvanizados.

15.0 SÍMBOLOS E CONVENÇÕES ESTRUTURAIS

Código da Fonte
A

Os símbolos e convenções estruturais indicados nos desenhos e documentos do projeto


devem estar em conformidade com a simbologia SE-S-701, da Vale.

Sempre que forem utilizados símbolos ou abreviaturas não convencionais, ou não


normalizados pela ABNT, estes devem ser indicados nos desenhos e documentos do
projeto, não bastando estar na SE-S-701.

16.0 CONDIÇÕES ESPECIAIS

Nos casos em que for necessária a utilização de materiais diferentes dos listados neste
critério de projeto, o responsável pelo projeto deverá, previamente, submeter estas
melhorias à avaliação e aprovação da Vale.

CONTRIBUIÇÕES E SUGESTÕES
O SPE é um acervo de conhecimento de engenharia que visa padronizar e agregar valor a todo o
ciclo de vida dos empreendimentos da Vale. Por essa razão, é fundamental mantê-lo sempre vivo
e atualizado. Você também pode contribuir enviando críticas e sugestões sobre os documentos do
SPE para o endereço eletrônico spe@vale.com.

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