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Fichamento – Memórias do Subsolo – Dostoieviski

1 – O autor aloca um elemento de limitação à conduta moral, uma critica à


intelectualidade do séc XIX, também um inicio de um enaltecimento do “ homem de
ação”

2 – Referência à Kant, esboço de uma critica da consciência, explicitaçãoi do conflito


entre as vontades e pensamentos.

3 - Apresentação do “ homem da inteligência” (camundongo) e “l’homme de La nature


et de La vérite”; relação do prazer no homem de consciência elevada com o
resentimento.

4 – Predominância da determinação do corpo sobre a consciência-sofrimento.

5 – Tom de irrealidade da consciência e privilégio à perspectiva das leis da natureza,


invenção e criação de sentido (?) em contraposição ao tédio; impossibilidade da ação
por falta de causas (ex: Justiça)

6 – Possível crítica à uma “era negativa”.

7 – Explicação da contradição das vontades nos homens, possível crítica à ideia do Bem
como fim último da ação humana, consciente ou não. Possível referência a
Schopenhauer e à vontade “ meu amigo é uma pessoa coletiva”

8 – Caráter diabólico da consciência/razão, uma impossibilidade de alinha, fazer


concordar razão e emoção. A razão enquanto parte constituinte do ser humano,
porém, apenas uma parte. Em contraposição à razão, a vontade, “manifestação da
vida, impulso que caracteriza a natureza humana”; Insensatez da razão, que volta-se
contra si mesma, ingratidão humana, homem querendo provar que é homem (falho,
ingrato e contraditório)

9 – Caráter criador do homem, entretanto sem uma finalidade. Dicotomia entre


caráter criador e o amor pela destruição e o caos; necessidade de se ter um objetivo
entretanto apenas tê-lo, realiza-lo é o fim do objetivo, um “processo ininterrupto
obtenção”.
Preferir o sofrimento ao invés de nada. Consciência como fruto do sofrimento, maior
que a razão por isso incontrolável por ela.

10 – Impossibilidade de realização do desejo, pois desejar no subsolo é melhor e


impossível de parar de desejar, pouco importa se o desejo se efetuará.
11 – Dentre a contrariedade abrangida pela consciência, o “si” (sujeito) aparece como
uma narrativa, muitas vezes por pura vaidade, estilo; algo como um ser para outros
que não existem, somente para se ter o que fazer.

(p. 49) – O personagem menciona a vontade de uma “briga de verdade” mais


“literária”; traços da consciência afugentada para o “subsolo” o lugar onde se
“realizam” as “perversõezinhas” “paixõezinhas”, característica de um niilismo passivo.

(p.53) – O personagem reverbera as cenas e os acontecimentos passados sem digeri-


los, ao pensar no acontecimento fica com raiva, se diminui, fica ressentido; porém, se
entretêm com seu sofrimento, inclusive o sofrimento o põe em movimento, dá sentido
as suas ações.

“Sonhava com isso o tempo todo de forma terrível, ia mais a Névski, com o propósito
de imaginar com maior frequência como o faria, quando o fizesse. Entrava em êxtase”
Memórias do Subsolo – Dostoiesviski. P.53

(p.65) – Ao incomodar os outros com sua presença, o personagem diminui-se, se


entristece, fica com raiva, irrita os outros e ao fazer isto encontra seu prazer.

(p.67) – O personagem encontra na humilhação e na exclusão dos colegas o seu


impulso para construir a sua personalidade, seus gostos e sua individualidade.
“Ansiava o tempo todo por sua humilhação. Para me livrar das zombarias, comecei
deliberadamente a estudar o melhor possível.” Memórias do Subsolo – Dostoieviski,
p.67

(p.84) – “Exatamente por me mostrar a ela repulsivo; isso me agrada” (D, Memórias do
subsolo. P.84) o personagem encontra seu prazer na repulsa de si mesmo.

Gabriel Domingues

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