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Lição 39
A Revolução Francesa (1789 – 1791) (págs. 150 – 151)
Tópicos
- Nas décadas de 1770 e 1780 a França viveu uma grave crise económica (maus anos
agrícolas, concorrência da indústria inglesa, mais moderna) e financeira (gastos excessivos do
Estado, devido ao luxo da corte e às guerras), provocando défice nas contas do Estado.
- Sucessivos ministros das finanças do rei Luís XVI chagavam sempre à mesma conclusão: a
crise só tinha solução se as ordens sociais privilegiadas (clero e nobreza) também pagassem
impostos. Um a um, todos estes ministros acabavam demitidos pela pressão dos membros
dessas ordens sociais que não estavam dispostos a abdicar dos seus privilégios.
- Perante o impasse, o rei Luís XVI fez «ressuscitar» uma instituição política que não
funcionava há quase 200 anos: a Assembleia dos Estados Gerais. Cada uma das ordens
sociais elegeu os seus representantes e, ao mesmo tempo, redigiram-se «cadernos de
queixas», com as propostas e reivindicações de cada grupo social [documento 3, página 151,
exemplo de um caderno de queixas do 3º Estado]
- A 5 de Maio de 1789 começa a reunião dos Estados Gerais, mas logo surgiu o
desentendimento sobre a forma de votação: o clero e a nobreza pretendiam o voto tradicional,
por ordem social; o terceiro estado, cujos deputados representavam metade do total e que
sabia poder contar com o apoio de alguns nobres e alguns clérigos, defendia o voto por
deputado.
- A Assembleia Constituinte vai estar reunida entre 1789 e 1791, estabelecendo, com as suas
decisões, inspiradas nas ideias iluministas, as bases de um novo regime social e político.
Entre estas decisões destacam-se:
1 – A abolição dos direitos senhoriais [documento 4, página 151].
2 – A declaração dos direitos do Homem e do cidadão (note-se que as pessoas deixavam de
ser «súbditos» para se tornarem «cidadãos», recuperando uma velha palavra grega e romana
para marcar que todos tinham os mesmos direitos, passando a existir igualdade perante a lei.
3 – A elaboração e aprovação de uma Constituição (concluída e votada em 1791) que
confirmava os direitos dos cidadãos, definia a separação entre os poderes executivo (para o
rei Luís XVI), legislativo (para uma Assembleia Legislativa eleita) e judicial (para tribunais
independentes). [ver esquema, documento 5, página 151]
- A França tornava-se assim, por agora, uma monarquia constitucional, em que Luís XVI
continuava a reinar, mas em que o poder estava dividido e limitado por uma Constituição. O
rei jurou a Constituição, mas sem nunca aderir a ela verdadeiramente. Continuava a sonhar
restaurar o seu poder absoluto e entrava frequentemente em conflito com a Assembleia
Legislativa. A transformação revolucionária da França iria prosseguir e passar por um
período de grande radicalismo e violência.
Tarefa:
Pergunta 1: Refere como ocorreu a transformação dos Estados Gerais em Assembleia
Constituinte.
Diante das sucessivas crises políticas, os Estados gerais foram convocados para se reunirem,
para discutirem os problemas do reino.Nessa assembleia em cada estado tinha direito apenas
a um voto, o clero e a nobreza se uniram para derrotar o terceiro estado( povo) nas votações,
havendo sempre dois votos contra um. A reacção do terceiro estado começou justamente
nessa Assembleia, o que deu início à Revolução Francesa quando o terceiro estado
transformou os Estados Gerais em Assembléia Nacional Constituinte.
Pergunta 2: Explica a expressão «a nobreza esvazia o tesouro real, o terceiro estado enche-o»
[documento 3, página 151]
A nobreza esvazia o tesouro real, o terceiro estado enche-o, numa palavra o terceiro estado
paga tudo e não beneficia de nada.
Página Pergunta 3:
As medidas importantes tomadas pela Assembleia Constituinte para estabelecer um novo
regime social e político foram:
Alexandre Silva 8º B