PREPARAR O
ENSINO
SECUNDÁRIO
NACIONAL
10.º e 11.º AN
OS
Jacinta Rosa
Moreira
Hélder Marti
ns
Revisão Cient
ífica
Deolinda Flor
es
Nuno Formig
o
Biologia
eG eologia
D
Índice
© AREAL EDITORES
Domínio procedimental:
conceitos transversais 4 BIOLOGIA
Exercícios 8 10.º ANO
GEOLOGIA
10.º ANO
A Geologia e métodos 12
A Biodiversidade 78
B
3. A medida do tempo e a idade da Terra 22
Obtenção de matéria 96
4. A Terra, um planeta em mudança 24
Exercícios resolvidos 2 28
Exercícios propostos 2 31 1. Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos 96
Prova-modelo 1 33 2. Obtenção de matéria pelos seres autotróficos 106
Exercícios resolvidos 2 111
B
Exercícios propostos 2 113
Estrutura e dinâmica da geosfera 41
Exercícios propostos 3 115
Prova-modelo 3 117
1. Métodos para o estudo do interior da geosfera 41
2. Vulcanologia
Exercícios resolvidos 3
42
45 C Distribuição de matéria 124
D Transformação e utilização de
energia pelos seres vivos 147
ISBN 978-989-767-436-5
2
ÍNDICE
BIOLOGIA GEOLOGIA
11.º ANO 11.º ANO
A A
Crescimento, renovação e Sedimentação e
diferenciação celular 170 rochas sedimentares 262
B Magmatismo e
B
rochas magmáticas 283
Reprodução 194
1. Formação de rochas magmáticas 283
Exercícios resolvidos 2 290
1. Reprodução assexuada 194
Exercícios propostos 2 293
2. Reprodução sexuada 196
3. Ciclos de vida: unidade e diversidade 202 Prova-modelo 8 296
Exercícios resolvidos 3 206
Exercícios propostos 2
Prova-modelo 6
210
212 C Deformação de rochas. Metamorfismo
e rochas metamórficas 305
D
Exercícios resolvidos 4 230 Exploração sustentada
Exercícios propostos 3 234 de recursos geológicos 321
3
Domínio procedimental: conceitos transversais
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EXEMPLO
Situação problemática:
? O Miguel decidiu cultivar feijão-comum (Phaseolus vulgaris) em sua casa.
Para tal, colocou sementes de P. vulgaris num vaso que continha solo pro-
veniente do jardim. De seguida, pôs o vaso próximo da janela da cozinha e
esperou que as sementes germinassem ao fim de alguns dias. Todavia,
após algumas semanas, não se verificou a emergência de plântulas de
feijão-comum a partir do solo.
Problema:
Por que razão não ocorreu a germinação das sementes de feijão-comum
(Phaseolus vulgaris)?
Na realidade, o Miguel esqueceu-se de regar os vasos no decurso da sua
experiência...
...refletiu e formulou a seguinte...
Hipótese:
As sementes de feijão-comum (Phaseolus vulgaris) não germinaram por
falta de água.
Experimentação:
O Miguel decidiu, então, realizar uma experiência com controlo de variáveis.
Preparou dois dispositivos: dois vasos com a mesma dimensão do usado
anteriormente, contendo o mesmo volume de solo oriundo do jardim. Em
cada um, colocou 10 sementes de feijão-comum (Phaseolus vulgaris) e
dispô-los próximos da janela da cozinha.
O Miguel decidiu variar uma das condições. O vaso A foi regado todas as
manhãs, ao longo de uma semana, e o vaso B não recebeu água durante
esse mesmo intervalo de tempo.
Respeitando a informação previamente disponibilizada é possível concluir-
-se, para o exemplo apresentado, que o vaso A foi submetido a um trata-
mento (rega ou irrigação), correspondendo ao grupo experimental, enquanto
que o vaso B, porque não recebeu esse mesmo tratamento, corresponde ao
grupo controlo (Figura 2).
Numa experiência com controlo de variáveis não é obrigatório que exista apenas
um grupo experimental e um grupo controlo.
6
Domínio procedimental: conceitos transversais
TIPOS DE VARIÁVEIS
É a variável que o investigador É a variável que o investigador vai É a variável que é mantida
manipula, é aquela em que os medir para avaliar diferenças nos constante para que o impacte de
grupos em estudo diferem e cujo grupos sujeitos à exposição (ou um outro fator possa ser melhor
efeito o investigador vai determinar. não) a um determinado tratamento compreendido. O seu efeito é
(variável independente). deliberadamente eliminado pelo
investigador.
EXEMPLO (continuação)
Variáveis experimentais (Figura 3): o fator que distingue o vaso A (grupo experimen-
tal) do vaso B (grupo controlo) – quantidade de água – corresponde à variável inde-
pendente. Esta não depende do que acontece no decurso da experiência,
encontrando-se apenas dependente da aplicação ou da escolha do investigador.
As variáveis controlo incluem tudo o que é mantido constante e sem qualquer varia-
ção ao longo da experiência, de modo a não interferir nos resultados. Na presente
situação problemática podem mencionar-se, como exemplos, o mesmo volume e tipo
de solo, o recurso a igual número de sementes de uma mesma espécie e a dimensão
dos vasos.
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7
GEOLOGIA 10.º ANO
2. Vulcanologia
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O estudo da atividade vulcânica tem contribuído para o conhecimento da composição
químico-mineralógica da Terra e para a compreensão da sua geodinâmica interna.
O vulcanismo pode ser central (Figura 1) ou fissural, consoante a erupção ocorre, respeti-
vamente, numa região circunscrita, associada a aparelhos vulcânicos com formato cónico ou
ao longo de fraturas que se estendem por quilómetros, como o que ocorre ao longo dos riftes.
Os gases e as partículas sólidas que os vulcões emitem para a atmosfera podem ser tão ou
mais poluentes do que a atividade industrial. Apesar deste malefício e dos riscos vulcânicos,
tais como perda de vidas humanas, destruição de habitats, de edifícios e de outros bens, a
atividade vulcânica é também fonte de benefícios económicos e sociais para o ser humano.
42
Estrutura e dinâmica da geosfera
CARACTERÍSTICAS
Básico e fluido Ocorre, tipicamente, ao Os cones vulcânicos são baixos e de base larga.
(teor em sílica longo dos riftes, em
Verifica-se a formação de lavas abundantes –
inferior a 52%). resultado da ascensão
correntes/rios de lava, que originam ao solidificar,
de magma vindo do
Temperatura em ambiente subaéreo3, lavas encordoadas ou
manto – vulcanismo
Efusivo elevada. pahoehoe – de superfície enrugada e aspeto de
interplaca –, ou em
cordas ou lavas escoriáceas ou aa – de superfície
Pobre em gases. “pontos quentes” –
irregular e mais rugosa; em ambiente subaquático/
vulcanismo intraplaca.
imerso geram-se lavas em almofada ou pillow lavas
– pois ao solidificarem em contacto com a água,
apresentam a forma arredondada de um travesseiro.
Intermédio Encontra-se associado Como, frequentemente, alternam episódios efusivos
(teor em sílica a zonas de subducção, com episódios explosivos, o cone vulcânico apresenta
entre 52% e em resultado da colisão camadas alternadas de lava e de piroclastos (vulcão
65%). de placas oceânicas ou composto ou estratovulcão).
Misto
de uma placa oceânica
Resulta na formação de cones moderadamente altos
com uma placa
e de base intermédia.
continental –
vulcanismo interplaca.
Ácido e viscoso Ocorre, tipicamente, Resulta na formação de cones altos e de base estreita,
(teor em sílica associado a zonas de devido à acumulação de piroclastos de queda ou tefra
superior a 65%). convergência (cinzas – de dimensão mais reduzida –, lapilli ou
continentais, em bagacina – de dimensão intermédia –, bombas e
Temperatura
resultado da fusão de blocos – de dimensão mais elevada).
mais baixa.
material
A solidificação do magma pode ocorrer dentro da
Rico em gases. intracontinental.
chaminé vulcânica, originando estruturas aguçadas –
Explosivo agulhas vulcânicas – ou ao nível da cratera,
cobrindo-a com uma estrutura arredondada – domo
ou cúpula.
A ascensão do magma é violenta e dá origem à
formação de massas densas de gases e cinzas
incandescentes, dotadas de movimento – nuvens
ardentes (exemplo de piroclastos de fluxo).
43
GEOLOGIA 10.º ANO
exercícios resolvidos 5
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As ilhas Aleutas fazem parte do Anel de Fogo do Pacífico, constituindo um alinhamento
encurvado de ilhas vulcânicas, também denominado arco insular ou arco vulcânico. O
arco insular das Aleutas ou arco Alasca-Aleutas, como é também designado, marca a
fronteira entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-americana. Apresenta, aproximada-
mente, vinte e quatro vulcões ativos e aí ocorrem frequentemente sismos. O mapa da
Figura 3 representa, de forma simplificada, o contexto tectónico das ilhas Aleutas.
Figura 2 – Ilhas
Quatro Montanhas
do arquipélago das
Aleutas (Fonte:
NASA).
1. As atividades sísmica e vulcânica verificadas na região das Ilhas Aleutas são resultado
da existência de um limite
(A) convergente, evidenciado pela presença de uma dorsal oceânica.
(B) convergente, evidenciado pela presença de uma fossa oceânica.
(C) divergente, evidenciado pela presença de uma dorsal oceânica.
(D) divergente, evidenciado pela presença de uma fossa oceânica.
62
Estrutura e dinâmica da geosfera
exercícios resolvidos 5
Proposta de resolução
✔ Compreender que, na região das Ilhas Aleutas, a Placa Pacífica (oceânica) subducta em relação à
placa Norte-americana (continental), o que origina uma depressão bordejada por um cordão de vul-
cões ativos, pelo que é de excluir a opção A que associa o limite convergente a uma dorsal oceânica
(estrutura típica de limites divergentes).
✔ Excluir a opção C por associar, erradamente, o contexto das Ilhas Aleutas a um limite divergente e a
uma dorsal oceânica.
✔ Excluir a opção D por associar, erradamente, o contexto das Ilhas Aleutas a um limite divergente na
dependência do qual não pode encontrar-se uma fossa associada.
✔ Selecionar a opção B, por afirmar que, na região das Ilhas Aleutas, a Placa Pacífica (oceânica) sub-
ducta a placa Norte-americana (continental), o que origina uma depressão bordejada por um cordão
de vulcões ativos.
Proposta de resolução
✔ Reconhecer que a escala de Richter avalia a magnitude de um sismo, isto é, a energia libertada no local
onde o sismo tem origem, pelo que é de excluir a opção A, que associa a escala de Richter à magni-
tude, mas afirma, erradamente, que esta avalia efeitos provocados pelos sismos nas construções.
✔ Excluir a opção B por associar, erradamente, a escala de Mercalli à medida da magnitude.
✔ Excluir a opção D por afirmar, erradamente, que a escala de Richter quantifica a energia libertada na
projeção vertical à superfície (epicentro) do local onde o sismo tem origem (hipocentro/foco).
✔ Selecionar a opção C, que menciona que a escala de Richter avalia a magnitude de um sismo, ou
seja, a energia libertada no local onde o sismo tem origem, isto é, no hipocentro.
3. O magma gerado numa zona de subducção, entre uma placa oceânica e uma placa
continental, é menos _______ do que o magma que ascende ao longo dos riftes oceâ-
nicos, originando erupções com carácter _______ explosivo.
(A) fluido … mais (C) viscoso … mais
(B) fluido … menos (D) viscoso … menos
Proposta de resolução
✔ Excluir a opção B por associar, erradamente, um magma menos fluido a uma erupção menos
explosiva.
✔ Excluir a opção C, por associar, erradamente, uma zona de subducção a um magma menos viscoso
do que o encontrado num rifte.
✔ Excluir a opção D, por associar, erradamente, uma zona de subducção a um magma menos viscoso
do que o encontrado num rifte e a uma erupção menos explosiva.
✔ Reconhecer que numa zona de subdução entre uma placa continental e uma placa oceânica ocorre
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a fusão de materiais de composição mais ou menos ácida (continentais e oceânicos), pelo que se vai
formar um magma menos fluido do que o que ascende nos riftes oceânicos, o que leva a erupções de
carácter mais explosivo, pelo que é de selecionar a opção A.
63
BIOLOGIA 10.º ANO
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O coração dos mamíferos é um órgão constituído por três camadas: o pericárdio, o mio-
cárdio e o endocárdio. O miocárdio corresponde a uma camada musculosa melhor desen-
volvida nos ventrículos do que nas aurículas, em particular no ventrículo esquerdo. As
diferenças de espessura do miocárdio nas cavidades cardíacas encontram-se relacionadas
com as distâncias para os quais o sangue é impulsionado (Figura 11).
Apesar da baixa pressão ao nível das veias, o regresso do sangue ao coração é possível
devido:
• à ação dos músculos esqueléticos que rodeiam as veias e que, durante os movimentos,
as comprimem, aumentando a pressão sobre o sangue;
• à existência de válvulas venosas que impedem o retrocesso do sangue;
• aos movimentos ventilatórios de inspiração e expiração;
• à diminuição da pressão nas aurículas aquando de momentos de diástole.
132
Distribuição de matéria
Figura 12 –
Representação A
esquemática da
estrutura dos vasos
sanguíneos (A) e da
relação entre a
pressão, a
velocidade do fluxo e
a área total dos
diferentes vasos (B).
Fluidos
Descrições
circulantes
• É formado pelo plasma (fração líquida maioritária) e elementos figurados (hemácias ou eritrócitos ou
glóbulos vermelhos; leucócitos ou glóbulos brancos e plaquetas sanguíneas ou trombócitos).
• É um fluido que circula no interior de vasos ou em cavidades corporais (neste caso mistura-se com
o fluido intersticial e passa a denominar-se hemolinfa), sendo bombeado pelo coração.
• Desempenha, essencialmente, função de transporte (de gases respiratórios, nutrientes, hormonas,
Sangue
produtos de excreção).
• Contribui para o equilíbrio osmótico, assim como para o equilíbrio ácido-base do organismo.
• Intervém na termorregulação (regulação da temperatura corporal), na medida em que distribui o
calor por todo o organismo.
• Possui papel protetor contra agentes estranhos, devido à ação dos glóbulos brancos.
• É um fluido rico em lípidos, com composição semelhante à do plasma sanguíneo, mas distinta da
do sangue (não apresenta hemácias, nem plaquetas sanguíneas).
• Ao nível dos tecidos, quando em contacto com as células, denomina-se linfa intersticial.
• A linfa intersticial forma-se a partir do sangue, interage com as células mediante troca de
substâncias e retorna direta ou indiretamente ao sangue.
• A linfa intersticial que não regressa ao sangue a partir dos capilares sanguíneos e que passa para o
Linfa interior de capilares linfáticos designa-se linfa circulante. Esta tem, portanto, origem na linfa
intersticial e é lançada na corrente sanguínea em veias que abrem na veia cava superior.
• Serve de intermediário entre as células e o sangue, pois muitas das células não se encontram em
contacto com capilares sanguíneos.
• Participa no transporte dos produtos resultantes da digestão dos lípidos absorvidos ao nível das
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vilosidades intestinais.
• Faz parte do sistema imunitário, estando associada à defesa do organismo.
133
GEOLOGIA 11.º ANO
exercícios propostos 4
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A designação de Pedra Património Mundial (em inglês: GHSR – Global Heritage
Stone Resource) visa o reconhecimento internacional das pedras naturais que enquanto
recurso geológico alcançaram uma utilização generalizada na cultura humana.
O processo de reconhecimento teve início no 33. º Congresso Geológico Internacio-
nal, em Oslo (agosto de 2008) e em janeiro de 2018 na Reunião do Comité Executivo da
International Union of Geological Sciences (IUGS), realizada em Potsdam, que decidiu
aprovar o “Mármore de Estremoz” como GHSR.
Os Mármores de Estremoz fazem parte do “Complexo Vulcano-Sedimentar-Carbona-
tado de Estremoz”, profusamente referido na bibliografia da especialidade. Este com-
plexo inclui-se no Sector de Estremoz–Barrancos da Zona de Ossa-Morena.
A macroestrutura geológica designada por “Anticlinal de Estremoz” está situada a
cerca de 180 km de Lisboa e compreende parte dos concelhos de Sousel, Estremoz,
Borba, Vila Viçosa e Alandroal (Figuras 2 – (A)). Apresenta uma forma alongada com
cerca de 40 km × 8 km.
A
318
Deformação de rochas. Metamorfismo e rochas metamórficas
exercícios propostos 4
319
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
prova-modelo global 1
Cotação
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(A) combinação temporária codogene-anticodão.
(B) excisão de sequências ribonucleotídicas não codificantes.
(C) polimerização de aminoácidos pela ação da RNA polimerase.
(D) a formação de moléculas de mRNA no hialoplasma.
7. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A à respetiva desig- 5
Coluna A Coluna B
(1) Nucleótido
(a) Sequência de desoxirribonucleótidos que contém informação
para a síntese de uma dada proteína. (2) Genoma
(b) Monómero que entra na constituição dos ácidos nucleicos. (3) Gene
(c) Ligação existente entre bases nitrogenadas de cadeias (4) Pontes de hidrogénio
desoxirribonucleotídicas complementares.
(5) Ligação fosfodiéster
FIM
350
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
prova-modelo global 2
GRUPO I
O Monte Agung é um estratovulcão1 localizado na ilha de Bali, na Indonésia. Trata-se do
ponto mais elevado da ilha, com 3142 metros de altitude.
A 24 de maio de 2019, ocorreu um evento eruptivo que durou cerca de 4 minutos e meio, com
emissão de lava e projeção de piroclastos até, aproximadamente, 2,5 km a 3 km de distância.
Registou-se queda de cinzas em dezenas de aldeias, não havendo registo de feridos, nem neces-
sidade de evacuação das populações. Alguns dos voos para a Austrália foram, no entanto,
cancelados.
O Agung tem vindo a ser monitorizado desde 2017, pois o registo crescente da atividade
sísmica indiciava que uma erupção de grandes proporções viria a acontecer. Durante o mês
de outubro de 2017, e apesar da contínua atividade sísmica, o vulcão expeliu apenas água sob
a forma de vapor devido ao aquecimento, por ação do magma, de água subterrânea.
A última grande erupção do Agung ocorreu em 1963, durou mais de um ano e os fluxos
piroclásticos vitimaram mais de 1600 pessoas na ilha.
O contexto geotectónico do Monte Agung está representado na Figura 1.
Baseado em S. Sennert, «Weekly Volcanic Activity Report, 27 december-2 january 2018», 2018
www.cvarg.azores.gov.pt
Cotação
5 1. O vulcão Monte Agung está associado a um limite _________ entre duas placas litosfé-
ricas, verificando-se movimento relativo da placa Indo-australiana, aproximadamente,
de _________.
(A) convergente … SO para NE (C) convergente … NE para SO
(B) divergente … SO para NE (D) divergente … NE para SO
351
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
prova-modelo global 2
Cotação
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5
lógico, nomeadamente, ao princípio
(A) da interseção. (C) das causas atuais.
(B) da identidade paleontológica. (D) da inclusão.
5
7. Na depressão que se encontra no topo do diapiro do Loulé encontram-se algumas
areias argilosas de cor vermelha que devem a sua cor à meteorização
(A) física por termoclastia. (C) física por esfoliação.
(B) química por carbonatação. (D) química por oxidação.
5
8. No Algarve, a deteção de sedimentos de origem marinha em séries estratigráficas cons-
tituídas, essencialmente, por depósitos continentais assinala a ocorrência, em determi-
nado momento, de um episódio de _________ marinha, associado ao _________ da
linha de costa.
(A) transgressão … recuo
(B) transgressão … avanço
(C) regressão … recuo
(D) regressão … avanço
5
9. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a
sequência cronológica dos acontecimentos geológicos relacionados com a formação do
complexo evaporítico da Bacia Algarvia.
A. Subsidência da camada de sal-gema por aumento da pressão litostática.
B. Instalação de corpos ígneos alcalinos no final do Cretácico.
C. Evaporação de água rica em sais devido ao aumento da temperatura ambiente.
D. Abertura de uma bacia de sedimentação.
E. Migração do sal-gema, no Jurássico médio, através de deformações descontínuas.
10
10. O cap-rock corresponde à parte superior de um diapiro e em Loulé é, essencialmente,
composto por gesso e anidrite. Trata-se de material litológico que envolve o topo e os bor-
dos do diapiro, impedindo o contacto com águas oriundas de aquíferos circundantes.
Explique em que medida a existência de cap-rock no diapiro de Loulé contribui para a
possibilidade de exploração do sal-gema na mina Campina de Cima, no Algarve.
358
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
prova-modelo global 2
GRUPO IV
A relação biótica existente entre a figueira (Ficus sp.) e a vespa-do-figo (Blastophaga pse-
nes) é das mais fascinantes da natureza.
O ciclo biológico das vespas-do-figo ocorre apenas no interior dos figos (Figura 4). Estes,
ao longo de dezenas de milhões de anos de evolução, acabaram por sofrer inúmeras altera-
ções, devido à interação com o referido inseto, ao ponto de hoje serem, habitualmente, consi-
derados como fruto. Na verdade, são meros invólucros que contêm, internamente, centenas
de minúsculas flores que produzem sementes, graças à polinização efetuada pelas vespas.
Uma dada vespa-mãe entra no figo a partir de uma pequena abertura (ostíolo), existente
na base do mesmo (1). De seguida, esta deposita os ovos em determinadas flores, polini-
zando as restantes (2). As flores onde foram depositados os ovos modificam-se, transfor-
mando-se em estruturas endurecidas denominadas galhas, as restantes geram sementes. As
galhas encerram as larvas de vespa durante dois a três meses (3).
As primeiras a saírem das galhas são as vespas-macho. Estes não têm asas e apresentam
olhos reduzidos, pelo que rastejam pelas flores até localizarem as galhas onde se encontram as
vespas-fêmea, prontas para a eclosão. Nesse momento, as vespas-macho introduzem o pénis
nas galhas e fecundam a fêmeas, que ainda se encontram no seu interior. Após acasalamento,
o macho, fazendo uso das suas mandíbulas, abre um buraco na parede do figo, através do qual
cai para o solo, acabando por morrer (4). Posteriormente, as fêmeas emergem das galhas, reco-
lhem grãos de pólen (5), atravessam as aberturas construídas pelos machos e voam em direção
a outro figo da mesma ou de outras figueiras, onde depositarão os seus ovos (6).
© AREAL EDITORES
Baseado em P. Moon, «Nova fase na relação entre figueiras e vespas é desvendada», 2018
359
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
propostas de solução
382
Propostas de solução
propostas de solução
mesma planta) e, consequentemente, confere maior apti- Grupo III
dão evolutiva (conquista do ambiente terrestre pelos seres 1. Opção C – De acordo com o segundo parágrafo do texto, a
eucariontes autotróficos). recolha de amostras visou a caracterização dos processos
4. A opção C é a correta, dado que: sedimentares que ocorreram na área e a determinação das
• as abelhas apresentam um sistema circulatório aberto, pe- principais fontes dos sedimentos.
lo que a mistura entre os fluidos circulante e intersticial 2. Opção A – Os dois crivos permitiram separar as areias dos
conduz à sua não distinção. sedimentos mais finos (o silte e a argila).
5. A opção B é a correta, dado que: 3. Afirmação I – As piroxenas sofreram maior alteração (de
• o ciclo de vida de C. maxima é haplodiplonte; 12,6% da amostra no local A passaram a 5% da amostra no
• os esporos são células haploides, resultantes de uma local B) do que as anfíbolas (que constituíam 14,6% da
meiose pré-espórica, numa entidade multicelular diploide amostra no local A e 13, 1% da amostra no local B) pelo que
– o esporófito; são menos resistentes. – Afirmação falsa. Afirmação II – Os
• para que haja fecundação (união de gâmetas) é fundamen- grãos de turmalina, de acordo com o texto, apresentam for-
tal que os grãos de pólen (esporos masculinos) sejam de- mas roladas a subroladas o que indicia erosão e transporte
positados numa planta/parte feminina de uma planta. A perlongados. – Afirmação verdadeira. Afirmação III – Os
germinação dos grãos de pólen assegura a formação dos grãos de estaurolite, de acordo com o texto, apresentam
gâmetas masculinos e o posterior encontro com os gâme- formas roladas a subroladas o que indicia um longo trans-
tas femininos. porte longo.– Afirmação Verdadeira – Opção B.
6. A opção B é a correta, dado que: 4. Opção D – As sondagens integram o conjunto de métodos
• as opções C e D relacionam-se com a translocação da sei- através dos quais se tem acesso a material constituinte da
va bruta/xilémica; Terra, enquanto o geomagnetismo fornece informações ob-
• a translocação da seiva elaborada para as reservas armaze- tidas por interpretação de manifestações geomagnéticas do
nadas na raiz decorre no sentido descendente; plneta.
• quando a translocação da seiva elaborada é efetuada para 5. Opção B – Os gabros são rochas básicas que na sua consti-
frutos (órgãos de reserva) localizados acima dos órgãos tuição apresentam plagióclase cálcica compatível com a
fotossintéticos acontece no sentido ascendente. cristalização de minerais máficos.
7. No gráfico A, o número de grãos de pólen depositados é di- 6. Opção A – As anfíbolas são aluminossilicatos de ferro e
retamente proporcional ao número de visitas de Bombus magnésio que apresentam clivagem pelo que se dividem ao
terrestris. Já no gráfico B, o número de grãos de pólen de- longo de superfícies definidas.
positados não é influenciado (significativamente) pelo nú- 7. Opção C – O metamorfismo de contacto é, tipicamente, as-
mero de visitas de Apis mellifera. Assim, os resultados vali- sociado a baixas pressões e temperaturas variáveis em fun-
dam a hipótese 1 para Bombus terrestris. ção da intrusão magmática que o origina. Estas condições
(A) O número de grãos de pólen depositados é diretamente são compatíveis com as condições de estabilidade da
proporcional ao (Ou está diretamente relacionado com o) andaluzite.
número de visitas de Bombus terrestris. 8. Opção D – Os micaxistos apresentam xistosidade – textura
(B) O número de grãos de pólen depositados não é influenciado foliada enquanto no quartzito não se distingue orientação
(significativamente) pelo número de visitas de Apis mellifera. preferencial de minerais – textura granoblástica – não
Ou O número de grãos de pólen depositados não está direta- foliada.
mente relacionado com o número de visitas de Apis mellifera. 9. Opção A – De acordo com o texto na região do Pulo do Lobo
(C) Os resultados validam a hipótese para Bombus terrestris. existe uma antiforma que, por definição, é uma estrutura
Ou Os resultados não validam a hipótese para Apis mellifera. encurvada com a concavidade voltada para baixo, desco-
8. Os nutrientes são transportados no fluido circulante, logo uma nhecendo-se a idade a atribuir às formações que se encon-
alteração na distribuição do fluido afeta a quantidade de nu- tram no seu núcleo.
trientes que chegam aos tecidos. Os gases respiratórios não 10. Os grãos de piroxenas apresentam-se angulosos ou suban-
são transportados pelo fluido circulante (os gases respiratórios gulosos, logo o local de colheita está próximo da fonte, pois
são transportados através das traqueias até aos tecidos, che- os clastos foram sujeitos a um curto transporte. Antes de
gando às células por difusão direta), logo uma alteração na atingir o local de colheita, o rio atravessa gabros, rochas que
distribuição do fluido não afeta a quantidade de oxigénio que apresentam piroxenas na sua composição.
chega aos tecidos. (A) Os clastos (Ou os grãos) de piroxenas apresentam-se
(A) Os nutrientes são transportados no fluido circulante, lo- angulosos ou subangulosos, logo o local de colheita está
go uma alteração na distribuição do fluido afeta a quantida- próximo da fonte (Ou a sedimentação ocorreu próximo da
de de nutrientes que chegam aos tecidos. fonte, Ou os clastos foram sujeitos a um curto transporte).
(B) Os gases respiratórios não são transportados pelo fluido (B) Antes de atingir o local de colheita, o rio atravessa gabros,
circulante (Ou os gases respiratórios são transportados rochas que apresentam piroxenas na sua composição (Ou
através das traqueias até aos tecidos ou os gases respirató- antes de atingir o local de colheita, o rio atravessa ofiolitos,
rios chegam às células por difusão direta), logo uma altera- rochas que apresentam piroxenas na sua composição).
ção na distribuição do fluido não afeta a quantidade de oxi-
génio que chega aos tecidos.
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