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EXAME

PREPARAR O
ENSINO
SECUNDÁRIO

NACIONAL
10.º e 11.º AN
OS
Jacinta Rosa
Moreira
Hélder Marti
ns
Revisão Cient
ífica
Deolinda Flor
es
Nuno Formig
o

Biologia
eG eologia

D
Índice

© AREAL EDITORES
Domínio procedimental:
conceitos transversais 4 BIOLOGIA
Exercícios 8 10.º ANO

GEOLOGIA
10.º ANO

A Geologia e métodos 12
A Biodiversidade 78

1. A Geologia, os geólogos e os seus métodos 12 1. A biosfera 78


2. As rochas, arquivos que relatam a história da terra 13 2. A célula 82
Exercícios resolvidos 1 16 Exercícios resolvidos 1 91
Exercícios propostos 1 19 Exercícios propostos 1 94

B
3. A medida do tempo e a idade da Terra 22
Obtenção de matéria 96
4. A Terra, um planeta em mudança 24
Exercícios resolvidos 2 28
Exercícios propostos 2 31 1. Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos 96
Prova-modelo 1 33 2. Obtenção de matéria pelos seres autotróficos 106
Exercícios resolvidos 2 111

B
Exercícios propostos 2 113
Estrutura e dinâmica da geosfera 41
Exercícios propostos 3 115
Prova-modelo 3 117
1. Métodos para o estudo do interior da geosfera 41
2. Vulcanologia
Exercícios resolvidos 3
42
45 C Distribuição de matéria 124

Exercícios propostos 3 49 1. Transporte nas plantas 124


3. Sismologia 52 2. Transporte nos animais 129
4. Estrutura interna da geosfera 58 Exercícios resolvidos 3 134
Exercícios resolvidos 4 59 Exercícios propostos 4 136
Exercícios resolvidos 5 62 Exercícios propostos 5 138
Exercícios propostos 4 65 Prova-modelo 4 140
Prova-modelo 2 69

D Transformação e utilização de
energia pelos seres vivos 147

1. Fermentação e respiração aeróbia 148


2. Trocas gasosas nos seres multicelulares 152
Exercícios resolvidos 4 157
Exercícios propostos 6 159
Exercícios propostos 7 161
Prova-modelo 5 162

ISBN 978-989-767-436-5

2
ÍNDICE

BIOLOGIA GEOLOGIA
11.º ANO 11.º ANO

A A
Crescimento, renovação e Sedimentação e
diferenciação celular 170 rochas sedimentares 262

1. Crescimento e renovação celular 170 1. Formação de rochas sedimentares 262


2. Crescimento e diferenciação celular 182 2. Rochas sedimentares 266
Exercícios resolvidos 1 183 Exercícios resolvidos 1 276
Exercícios resolvidos 2 187 Exercícios propostos 1 279
Exercícios propostos 1 191

B Magmatismo e

B
rochas magmáticas 283
Reprodução 194
1. Formação de rochas magmáticas 283
Exercícios resolvidos 2 290
1. Reprodução assexuada 194
Exercícios propostos 2 293
2. Reprodução sexuada 196
3. Ciclos de vida: unidade e diversidade 202 Prova-modelo 8 296
Exercícios resolvidos 3 206
Exercícios propostos 2
Prova-modelo 6
210
212 C Deformação de rochas. Metamorfismo
e rochas metamórficas 305

1. Deformação frágil e dúctil 305

C Evolução biológica 220 2. Metamorfismo


Exercícios resolvidos 3
Exercícios propostos 3
308
313
316
1. Unicelularidade e multicelularidade 220 Exercícios propostos 4 318
2. Mecanismos de evolução 223

D
Exercícios resolvidos 4 230 Exploração sustentada
Exercícios propostos 3 234 de recursos geológicos 321

D Sistemática dos seres vivos 237 1. Recursos hidrogeológicos 321


2. Recursos energéticos 324
3. Recursos minerais 324
1. Sistemas de classificação 237 Exercícios resolvidos 4 326
2. Sistema de classificação de Whittaker modificado 240 Exercícios propostos 5 330
Exercícios resolvidos 5 243 Exercícios propostos 6 332
Exercícios propostos 4 248 Prova-modelo 9 333
Prova-modelo 7 251 Prova-modelo global 1 341
Prova-modelo global 2 351
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Exame Final Nacional 2019, 1.ª Fase 362


Proposta de soluções 373
Proposta de resoluções Escola Virtual

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Domínio procedimental: conceitos transversais

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EXEMPLO

Situação problemática:
? O Miguel decidiu cultivar feijão-comum (Phaseolus vulgaris) em sua casa.
Para tal, colocou sementes de P. vulgaris num vaso que continha solo pro-
veniente do jardim. De seguida, pôs o vaso próximo da janela da cozinha e
esperou que as sementes germinassem ao fim de alguns dias. Todavia,
após algumas semanas, não se verificou a emergência de plântulas de
feijão-comum a partir do solo.

Problema:
Por que razão não ocorreu a germinação das sementes de feijão-comum
(Phaseolus vulgaris)?
Na realidade, o Miguel esqueceu-se de regar os vasos no decurso da sua
experiência...
...refletiu e formulou a seguinte...

Hipótese:
As sementes de feijão-comum (Phaseolus vulgaris) não germinaram por
falta de água.

Experimentação:
O Miguel decidiu, então, realizar uma experiência com controlo de variáveis.
Preparou dois dispositivos: dois vasos com a mesma dimensão do usado
anteriormente, contendo o mesmo volume de solo oriundo do jardim. Em
cada um, colocou 10 sementes de feijão-comum (Phaseolus vulgaris) e
dispô-los próximos da janela da cozinha.
O Miguel decidiu variar uma das condições. O vaso A foi regado todas as
manhãs, ao longo de uma semana, e o vaso B não recebeu água durante
esse mesmo intervalo de tempo.
Respeitando a informação previamente disponibilizada é possível concluir-
-se, para o exemplo apresentado, que o vaso A foi submetido a um trata-
mento (rega ou irrigação), correspondendo ao grupo experimental, enquanto
que o vaso B, porque não recebeu esse mesmo tratamento, corresponde ao
grupo controlo (Figura 2).

Figura 2 – Procedimentos centrais da experiência.

Numa experiência com controlo de variáveis não é obrigatório que exista apenas
um grupo experimental e um grupo controlo.

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Domínio procedimental: conceitos transversais

As variáveis de um trabalho de investigação correspondem a todos os fatores que podem


modificar a experiência e podem ser de vários tipos:

TIPOS DE VARIÁVEIS

independente dependente controlo

É a variável que o investigador É a variável que o investigador vai É a variável que é mantida
manipula, é aquela em que os medir para avaliar diferenças nos constante para que o impacte de
grupos em estudo diferem e cujo grupos sujeitos à exposição (ou um outro fator possa ser melhor
efeito o investigador vai determinar. não) a um determinado tratamento compreendido. O seu efeito é
(variável independente). deliberadamente eliminado pelo
investigador.

EXEMPLO (continuação)

Regressando ao trabalho investigativo realizado pelo Miguel com as sementes de fei-


jão-comum (Phaseolus vulgaris)…

Variáveis experimentais (Figura 3): o fator que distingue o vaso A (grupo experimen-
tal) do vaso B (grupo controlo) – quantidade de água – corresponde à variável inde-
pendente. Esta não depende do que acontece no decurso da experiência,
encontrando-se apenas dependente da aplicação ou da escolha do investigador.

A variável dependente constitui o resultado de interesse, neste caso, o número de


sementes que germinaram.

As variáveis controlo incluem tudo o que é mantido constante e sem qualquer varia-
ção ao longo da experiência, de modo a não interferir nos resultados. Na presente
situação problemática podem mencionar-se, como exemplos, o mesmo volume e tipo
de solo, o recurso a igual número de sementes de uma mesma espécie e a dimensão
dos vasos.
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Figura 3 – Variáveis experimentais.

7
GEOLOGIA 10.º ANO

2. Vulcanologia

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O estudo da atividade vulcânica tem contribuído para o conhecimento da composição
químico-mineralógica da Terra e para a compreensão da sua geodinâmica interna.

2.1. Conceitos básicos


A vulcanologia estuda os processos através dos quais materiais, sólidos (piroclastos), líqui-
dos (lava) e gasosos vindos do interior da Terra, chegam à superfície. A atividade vulcânica
pode estar associada a fenómenos de vulcanismo primário ou eruptivo (Figura 1), erupções
vulcânicas, ou a fenómenos de vulcanismo residual, secundário ou atenuado, como:
• as fumarolas – libertação de gases – dióxido de carbono (mofetas), dióxido de enxofre
(sulfataras) – através de fendas existentes no solo;
• as nascentes termais – nascentes de água rica em sais minerais, a temperaturas relati-
vamente elevadas, que ascendem à superfície;
• os géiseres – as fontes intermitentes de água e vapor de água sobreaquecidos.

Figura 1 – Aparelho vulcânico em corte.

O vulcanismo pode ser central (Figura 1) ou fissural, consoante a erupção ocorre, respeti-
vamente, numa região circunscrita, associada a aparelhos vulcânicos com formato cónico ou
ao longo de fraturas que se estendem por quilómetros, como o que ocorre ao longo dos riftes.
Os gases e as partículas sólidas que os vulcões emitem para a atmosfera podem ser tão ou
mais poluentes do que a atividade industrial. Apesar deste malefício e dos riscos vulcânicos,
tais como perda de vidas humanas, destruição de habitats, de edifícios e de outros bens, a
atividade vulcânica é também fonte de benefícios económicos e sociais para o ser humano.

42
Estrutura e dinâmica da geosfera

O turismo, a exploração agrícola, industrial e mineira, a energia geotérmica, a exploração


científica e a saúde são áreas que beneficiam da existência de zonas no globo onde ocorre
atividade vulcânica.

2.2. Vulcões e tectónica de placas


Na natureza encontram-se diferentes tipos de vulcanismo, que se revestem de diversas
características (Quadro 2).
Quadro 2 – Tipos de vulcanismo.

CARACTERÍSTICAS

Tipo de Tipo de Contexto Estrutura


vulcanismo magma/lava tectónico e materiais associados

Básico e fluido Ocorre, tipicamente, ao Os cones vulcânicos são baixos e de base larga.
(teor em sílica longo dos riftes, em
Verifica-se a formação de lavas abundantes –
inferior a 52%). resultado da ascensão
correntes/rios de lava, que originam ao solidificar,
de magma vindo do
Temperatura em ambiente subaéreo3, lavas encordoadas ou
manto – vulcanismo
Efusivo elevada. pahoehoe – de superfície enrugada e aspeto de
interplaca –, ou em
cordas ou lavas escoriáceas ou aa – de superfície
Pobre em gases. “pontos quentes” –
irregular e mais rugosa; em ambiente subaquático/
vulcanismo intraplaca.
imerso geram-se lavas em almofada ou pillow lavas
– pois ao solidificarem em contacto com a água,
apresentam a forma arredondada de um travesseiro.
Intermédio Encontra-se associado Como, frequentemente, alternam episódios efusivos
(teor em sílica a zonas de subducção, com episódios explosivos, o cone vulcânico apresenta
entre 52% e em resultado da colisão camadas alternadas de lava e de piroclastos (vulcão
65%). de placas oceânicas ou composto ou estratovulcão).
Misto
de uma placa oceânica
Resulta na formação de cones moderadamente altos
com uma placa
e de base intermédia.
continental –
vulcanismo interplaca.
Ácido e viscoso Ocorre, tipicamente, Resulta na formação de cones altos e de base estreita,
(teor em sílica associado a zonas de devido à acumulação de piroclastos de queda ou tefra
superior a 65%). convergência (cinzas – de dimensão mais reduzida –, lapilli ou
continentais, em bagacina – de dimensão intermédia –, bombas e
Temperatura
resultado da fusão de blocos – de dimensão mais elevada).
mais baixa.
material
A solidificação do magma pode ocorrer dentro da
Rico em gases. intracontinental.
chaminé vulcânica, originando estruturas aguçadas –
Explosivo agulhas vulcânicas – ou ao nível da cratera,
cobrindo-a com uma estrutura arredondada – domo
ou cúpula.
A ascensão do magma é violenta e dá origem à
formação de massas densas de gases e cinzas
incandescentes, dotadas de movimento – nuvens
ardentes (exemplo de piroclastos de fluxo).

No território português encontra-se atividade vulcânica eruptiva, exclusivamente, no arquipé-


lago dos Açores, sendo que aí certos vulcões entram em erupção com alguma frequência ou
entraram em erupção num passado geológico muito recente. As últimas manifestações erupti-
vas, nos Açores, datam de 1998 e 1999 com a entrada em erupção do vulcão da Serreta, 10 km
a noroeste da ilha Terceira. Além do vulcanismo principal, existem também manifestações de
vulcanismo secundário, tais como as fumarolas, as nascentes termais e os géiseres.
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3 Subaéreo: “abaixo do ar”; à superfície, em contacto direto com o ar atmosférico.

43
GEOLOGIA 10.º ANO

exercícios resolvidos 5

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As ilhas Aleutas fazem parte do Anel de Fogo do Pacífico, constituindo um alinhamento
encurvado de ilhas vulcânicas, também denominado arco insular ou arco vulcânico. O
arco insular das Aleutas ou arco Alasca-Aleutas, como é também designado, marca a
fronteira entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-americana. Apresenta, aproximada-
mente, vinte e quatro vulcões ativos e aí ocorrem frequentemente sismos. O mapa da
Figura 3 representa, de forma simplificada, o contexto tectónico das ilhas Aleutas.

Figura 2 – Ilhas
Quatro Montanhas
do arquipélago das
Aleutas (Fonte:
NASA).

Figura 3 – Contexto tectónico das ilhas Aleutas.

A 19 de dezembro de 2007, um sismo, com origem a cerca de 56 km de profundidade e


de magnitude 7,3 graus, foi sentido neste arquipélago, localizando-se o epicentro a 200 km
a oeste de Adak (Alasca). Outros sismos foram registados na mesma região, ao longo de
2008, com focos a diferentes profundidades e magnitudes na ordem dos 6,6 graus.
Esta região, sismicamente ativa, está permanentemente monitorizada pelo Centro de
Informações de Sismos do Alasca e pelo Centro de Alertas de Tsunami no Pacífico.
http://kabma.com/cpgs/programme-05-06 htm (adaptado)
Baseado em Teste Intermédio de 10.° ano Biologia e Geologia, GAVE, março de 2010

1. As atividades sísmica e vulcânica verificadas na região das Ilhas Aleutas são resultado
da existência de um limite
(A) convergente, evidenciado pela presença de uma dorsal oceânica.
(B) convergente, evidenciado pela presença de uma fossa oceânica.
(C) divergente, evidenciado pela presença de uma dorsal oceânica.
(D) divergente, evidenciado pela presença de uma fossa oceânica.

62
Estrutura e dinâmica da geosfera

exercícios resolvidos 5
Proposta de resolução
✔ Compreender que, na região das Ilhas Aleutas, a Placa Pacífica (oceânica) subducta em relação à
placa Norte-americana (continental), o que origina uma depressão bordejada por um cordão de vul-
cões ativos, pelo que é de excluir a opção A que associa o limite convergente a uma dorsal oceânica
(estrutura típica de limites divergentes).
✔ Excluir a opção C por associar, erradamente, o contexto das Ilhas Aleutas a um limite divergente e a
uma dorsal oceânica.
✔ Excluir a opção D por associar, erradamente, o contexto das Ilhas Aleutas a um limite divergente na
dependência do qual não pode encontrar-se uma fossa associada.
✔ Selecionar a opção B, por afirmar que, na região das Ilhas Aleutas, a Placa Pacífica (oceânica) sub-
ducta a placa Norte-americana (continental), o que origina uma depressão bordejada por um cordão
de vulcões ativos.

2. O sismo de 19 de dezembro de 2007 teve uma magnitude de 7,3 graus na escala de


(A) Richter, que quantifica os efeitos provocados nas construções.
(B) Mercalli, que quantifica os efeitos provocados na topografia.
(C) Richter, que quantifica a energia libertada no hipocentro.
(D) Mercalli, que quantifica a energia libertada no epicentro.

Proposta de resolução
✔ Reconhecer que a escala de Richter avalia a magnitude de um sismo, isto é, a energia libertada no local
onde o sismo tem origem, pelo que é de excluir a opção A, que associa a escala de Richter à magni-
tude, mas afirma, erradamente, que esta avalia efeitos provocados pelos sismos nas construções.
✔ Excluir a opção B por associar, erradamente, a escala de Mercalli à medida da magnitude.
✔ Excluir a opção D por afirmar, erradamente, que a escala de Richter quantifica a energia libertada na
projeção vertical à superfície (epicentro) do local onde o sismo tem origem (hipocentro/foco).
✔ Selecionar a opção C, que menciona que a escala de Richter avalia a magnitude de um sismo, ou
seja, a energia libertada no local onde o sismo tem origem, isto é, no hipocentro.

3. O magma gerado numa zona de subducção, entre uma placa oceânica e uma placa
continental, é menos _______ do que o magma que ascende ao longo dos riftes oceâ-
nicos, originando erupções com carácter _______ explosivo.
(A) fluido … mais (C) viscoso … mais
(B) fluido … menos (D) viscoso … menos

Proposta de resolução
✔ Excluir a opção B por associar, erradamente, um magma menos fluido a uma erupção menos
explosiva.
✔ Excluir a opção C, por associar, erradamente, uma zona de subducção a um magma menos viscoso
do que o encontrado num rifte.
✔ Excluir a opção D, por associar, erradamente, uma zona de subducção a um magma menos viscoso
do que o encontrado num rifte e a uma erupção menos explosiva.
✔ Reconhecer que numa zona de subdução entre uma placa continental e uma placa oceânica ocorre
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a fusão de materiais de composição mais ou menos ácida (continentais e oceânicos), pelo que se vai
formar um magma menos fluido do que o que ascende nos riftes oceânicos, o que leva a erupções de
carácter mais explosivo, pelo que é de selecionar a opção A.

63
BIOLOGIA 10.º ANO

Circulação nos mamíferos

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O coração dos mamíferos é um órgão constituído por três camadas: o pericárdio, o mio-
cárdio e o endocárdio. O miocárdio corresponde a uma camada musculosa melhor desen-
volvida nos ventrículos do que nas aurículas, em particular no ventrículo esquerdo. As
diferenças de espessura do miocárdio nas cavidades cardíacas encontram-se relacionadas
com as distâncias para os quais o sangue é impulsionado (Figura 11).

Figura 11 – Representação esquemática da estrutura do coração de um mamífero.

O coração efetua ritmicamente movimentos de contração (sístole) e de relaxamento (diás-


tole). As artérias correspondem aos vasos sanguíneos que encaminham o sangue (venoso ou
arterial) para fora do coração. Por estarem diretamente associadas aos ventrículos transpor-
tam, o sangue sob elevada pressão e velocidade. Com o aumento da distância ao órgão pro-
pulsor subdividem-se em arteríolas, que por sua vez se ramificam em capilares sanguíneos. A
este nível, e devido ao reduzido diâmetro destes vasos, a resistência ao fluxo aumenta e con-
duz à saída de certos componentes do plasma para o fluido intersticial. A elevada área total
dos capilares, a par da sua parede fina e da diminuição da velocidade do sangue, aumenta a
eficácia das trocas de materiais entre este e o fluido que banha as células. Os capilares reú-
nem-se em vénulas e estas em veias, que transportam o sangue de regresso às aurículas. As
veias transportam o sangue sob pressão muito reduzida, embora a uma velocidade relativa-
mente elevada (Figura 12).

Apesar da baixa pressão ao nível das veias, o regresso do sangue ao coração é possível
devido:
• à ação dos músculos esqueléticos que rodeiam as veias e que, durante os movimentos,
as comprimem, aumentando a pressão sobre o sangue;
• à existência de válvulas venosas que impedem o retrocesso do sangue;
• aos movimentos ventilatórios de inspiração e expiração;
• à diminuição da pressão nas aurículas aquando de momentos de diástole.

132
Distribuição de matéria

Figura 12 –
Representação A
esquemática da
estrutura dos vasos
sanguíneos (A) e da
relação entre a
pressão, a
velocidade do fluxo e
a área total dos
diferentes vasos (B).

2.2. Fluidos circulantes – sangue e linfa


Os fluidos circulantes correspondem a meios de transporte, distribuição e remoção de
inúmeras substâncias e asseguram o metabolismo celular.
Na generalidade dos vertebrados existem dois tipos de fluidos circulantes: o sangue e a
linfa, habitualmente referenciados como o meio interno de tais organismos.
Quadro 4 – Fluidos circulantes.

Fluidos
Descrições
circulantes

• É formado pelo plasma (fração líquida maioritária) e elementos figurados (hemácias ou eritrócitos ou
glóbulos vermelhos; leucócitos ou glóbulos brancos e plaquetas sanguíneas ou trombócitos).
• É um fluido que circula no interior de vasos ou em cavidades corporais (neste caso mistura-se com
o fluido intersticial e passa a denominar-se hemolinfa), sendo bombeado pelo coração.
• Desempenha, essencialmente, função de transporte (de gases respiratórios, nutrientes, hormonas,
Sangue
produtos de excreção).
• Contribui para o equilíbrio osmótico, assim como para o equilíbrio ácido-base do organismo.
• Intervém na termorregulação (regulação da temperatura corporal), na medida em que distribui o
calor por todo o organismo.
• Possui papel protetor contra agentes estranhos, devido à ação dos glóbulos brancos.

• É um fluido rico em lípidos, com composição semelhante à do plasma sanguíneo, mas distinta da
do sangue (não apresenta hemácias, nem plaquetas sanguíneas).
• Ao nível dos tecidos, quando em contacto com as células, denomina-se linfa intersticial.
• A linfa intersticial forma-se a partir do sangue, interage com as células mediante troca de
substâncias e retorna direta ou indiretamente ao sangue.
• A linfa intersticial que não regressa ao sangue a partir dos capilares sanguíneos e que passa para o
Linfa interior de capilares linfáticos designa-se linfa circulante. Esta tem, portanto, origem na linfa
intersticial e é lançada na corrente sanguínea em veias que abrem na veia cava superior.
• Serve de intermediário entre as células e o sangue, pois muitas das células não se encontram em
contacto com capilares sanguíneos.
• Participa no transporte dos produtos resultantes da digestão dos lípidos absorvidos ao nível das
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vilosidades intestinais.
• Faz parte do sistema imunitário, estando associada à defesa do organismo.

133
GEOLOGIA 11.º ANO

exercícios propostos 4

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A designação de Pedra Património Mundial (em inglês: GHSR – Global Heritage
Stone Resource) visa o reconhecimento internacional das pedras naturais que enquanto
recurso geológico alcançaram uma utilização generalizada na cultura humana.
O processo de reconhecimento teve início no 33. º Congresso Geológico Internacio-
nal, em Oslo (agosto de 2008) e em janeiro de 2018 na Reunião do Comité Executivo da
International Union of Geological Sciences (IUGS), realizada em Potsdam, que decidiu
aprovar o “Mármore de Estremoz” como GHSR.
Os Mármores de Estremoz fazem parte do “Complexo Vulcano-Sedimentar-Carbona-
tado de Estremoz”, profusamente referido na bibliografia da especialidade. Este com-
plexo inclui-se no Sector de Estremoz–Barrancos da Zona de Ossa-Morena.
A macroestrutura geológica designada por “Anticlinal de Estremoz” está situada a
cerca de 180 km de Lisboa e compreende parte dos concelhos de Sousel, Estremoz,
Borba, Vila Viçosa e Alandroal (Figuras 2 – (A)). Apresenta uma forma alongada com
cerca de 40 km × 8 km.
A

Figura 2 – (A) Esquema


ilustrativo da localização do
Anticlinal de Estremoz no
território nacional. Baseado
em Cabral et al. (2001).
(B) Bloco de mármore,
presente no Museu do
Mármore de Vila Viçosa.

318
Deformação de rochas. Metamorfismo e rochas metamórficas

exercícios propostos 4

As condicionantes geológicas que presidiram à formação dos mármores originaram uma


grande variedade de cores e texturas que são comercializadas com nomes muito diversifi-
cados, sendo as variedades claras (brancos, cor-de-rosa e cremes) as mais usuais.
Normalmente existe nos mármores um degradé, em que junto aos metavulcanitos os
mármores são cor-de-rosa escuro, que se vai desvanecendo com o aumento da distân-
cia aos mesmos. Este aspeto pode ser observado no canto inferior esquerdo do bloco
que se encontra à entrada do Museu do Mármore de Vila Viçosa (Figura 2 – (B)).
Este bloco exibe também as relações de deformação heterogénea que se estabele-
cem entre os níveis mais e menos carbonatados. Os níveis mais siliciosos apresentam
comportamento mais frágil ao passo que os mais carbonatados exibem deformação
dúctil com padrões fluidais.
Baseado em Lopes, L. e Martins, R. (2018). Callipole – Revista de Cultura n.° 25 – 2018, pp. 291 – 308.

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

1. Os mármores de Estremoz resultaram de metamorfismo


(A) regional, subsequente aos fenómenos associados à formação do CVSCE.
(B) de contacto, subsequente aos fenómenos associados à formação do CVSCE.
(C) regional, na sequência de processos de recristalização de formações carbonatadas.
(D) de contacto, na sequência de processos de recristalização de formações carbonatadas.

2. Os mármores de Estremoz e as rochas a si associadas encontram-se numa estrutura


(A) encurvada em regime frágil, com a abertura voltada para baixo.
(B) encurvada em regime dúctil, com a abertura voltada para baixo.
(C) que indicia a existência de tensões distensivas superficiais e intensas.
(D) que indicia a existência de tensões compressivas superficiais e intensas.

3. O eixo do anticlinal de Extremoz apresenta uma direção


(A) NO-SE, sendo que as camadas encontradas no núcleo são as mais antigas.
(B) NO-SE, sendo que as camadas encontradas no núcleo são as mais recentes.
(C) NE-SO, sendo que as camadas encontradas no núcleo são as mais antigas.
(D) NE-SO, sendo que as camadas encontradas no núcleo são as mais recentes.

4. Para a formação do CVSCE contribuiu


(A) a precipitação de carbonatos em bacias oceânicas tépidas e de elevado
hidrodinamismo.
(B) a formação de uma sequência rítmica que indicia um aumento progressivo do
hidrodinamismo.
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(C) a formação da série negra, constituída por xistos negros e liditos.


(D) a existência de fenómenos de vulcanismo em associação com precipitação química.

319
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS

prova-modelo global 1
Cotação

6. A nível celular, nos peixes pulmonados, durante a síntese proteica, verifica-se a 5

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(A) combinação temporária codogene-anticodão.
(B) excisão de sequências ribonucleotídicas não codificantes.
(C) polimerização de aminoácidos pela ação da RNA polimerase.
(D) a formação de moléculas de mRNA no hialoplasma.

7. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A à respetiva desig- 5

nação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B

(1) Nucleótido
(a) Sequência de desoxirribonucleótidos que contém informação
para a síntese de uma dada proteína. (2) Genoma

(b) Monómero que entra na constituição dos ácidos nucleicos. (3) Gene

(c) Ligação existente entre bases nitrogenadas de cadeias (4) Pontes de hidrogénio
desoxirribonucleotídicas complementares.
(5) Ligação fosfodiéster

8. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos aconte- 5


cimentos que ocorrem durante o processo que conduz à produção de gâmetas por Pro-
topterus annectens.
A. Formação de tétradas cromatídicas.
B. Disjunção de cromossomas dicromatídicos.
C. Autoduplicação do DNA.
D. Díada celular.
E. Migração polar de cromatídios.

9. Atualmente, considera-se que os peixes pulmonados africanos Protopterus annectens 10

poderão estar na origem evolutiva dos primeiros tetrápodes terrestres.


Explique a importância biológica de Protopterus annectens para a reconstituição da
colonização dos ambientes terrestres pelos tetrápodes primitivos.

FIM

350
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS

prova-modelo global 2
GRUPO I
O Monte Agung é um estratovulcão1 localizado na ilha de Bali, na Indonésia. Trata-se do
ponto mais elevado da ilha, com 3142 metros de altitude.
A 24 de maio de 2019, ocorreu um evento eruptivo que durou cerca de 4 minutos e meio, com
emissão de lava e projeção de piroclastos até, aproximadamente, 2,5 km a 3 km de distância.
Registou-se queda de cinzas em dezenas de aldeias, não havendo registo de feridos, nem neces-
sidade de evacuação das populações. Alguns dos voos para a Austrália foram, no entanto,
cancelados.
O Agung tem vindo a ser monitorizado desde 2017, pois o registo crescente da atividade
sísmica indiciava que uma erupção de grandes proporções viria a acontecer. Durante o mês
de outubro de 2017, e apesar da contínua atividade sísmica, o vulcão expeliu apenas água sob
a forma de vapor devido ao aquecimento, por ação do magma, de água subterrânea.
A última grande erupção do Agung ocorreu em 1963, durou mais de um ano e os fluxos
piroclásticos vitimaram mais de 1600 pessoas na ilha.
O contexto geotectónico do Monte Agung está representado na Figura 1.

Figura 1 – Contexto geotectónico do Monte Agung.


1
Nota: Os estratovulcões são grandes edifícios vulcânicos com forma geral cónica, construídos pela intercalação de fluxos
de lava e produtos piroclásticos emitidos por uma ou mais condutas.

Baseado em S. Sennert, «Weekly Volcanic Activity Report, 27 december-2 january 2018», 2018
www.cvarg.azores.gov.pt
Cotação

5 1. O vulcão Monte Agung está associado a um limite _________ entre duas placas litosfé-
ricas, verificando-se movimento relativo da placa Indo-australiana, aproximadamente,
de _________.
(A) convergente … SO para NE (C) convergente … NE para SO
(B) divergente … SO para NE (D) divergente … NE para SO

5 2. O Monte Agung apresenta vulcanismo do tipo _________ e integra material piroclástico


associado a fases de atividade vulcânica _________.
© AREAL EDITORES

(A) fissural … efusiva (C) central … explosiva


(B) fissural … explosiva (D) central … efusiva

351
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS

prova-modelo global 2
Cotação

5. A reconstituição de paleoambientes obedece a alguns dos princípios do raciocínio geo-

© AREAL EDITORES
5
lógico, nomeadamente, ao princípio
(A) da interseção. (C) das causas atuais.
(B) da identidade paleontológica. (D) da inclusão.

6. Uma característica típica do modelado algarvio, rico em calcário, é a elevada incidência 5

de fenómenos de _________, que originam uma rede de algares e cavernas. Tal é


_________ pelo contacto com águas acidificadas.
(A) precipitação … promovido (C) carsificação … inibido
(B) carsificação … promovido (D) precipitação … inibido

5
7. Na depressão que se encontra no topo do diapiro do Loulé encontram-se algumas
areias argilosas de cor vermelha que devem a sua cor à meteorização
(A) física por termoclastia. (C) física por esfoliação.
(B) química por carbonatação. (D) química por oxidação.

5
8. No Algarve, a deteção de sedimentos de origem marinha em séries estratigráficas cons-
tituídas, essencialmente, por depósitos continentais assinala a ocorrência, em determi-
nado momento, de um episódio de _________ marinha, associado ao _________ da
linha de costa.
(A) transgressão … recuo
(B) transgressão … avanço
(C) regressão … recuo
(D) regressão … avanço

5
9. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a
sequência cronológica dos acontecimentos geológicos relacionados com a formação do
complexo evaporítico da Bacia Algarvia.
A. Subsidência da camada de sal-gema por aumento da pressão litostática.
B. Instalação de corpos ígneos alcalinos no final do Cretácico.
C. Evaporação de água rica em sais devido ao aumento da temperatura ambiente.
D. Abertura de uma bacia de sedimentação.
E. Migração do sal-gema, no Jurássico médio, através de deformações descontínuas.

10
10. O cap-rock corresponde à parte superior de um diapiro e em Loulé é, essencialmente,
composto por gesso e anidrite. Trata-se de material litológico que envolve o topo e os bor-
dos do diapiro, impedindo o contacto com águas oriundas de aquíferos circundantes.
Explique em que medida a existência de cap-rock no diapiro de Loulé contribui para a
possibilidade de exploração do sal-gema na mina Campina de Cima, no Algarve.

358
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS

prova-modelo global 2
GRUPO IV

A relação biótica existente entre a figueira (Ficus sp.) e a vespa-do-figo (Blastophaga pse-
nes) é das mais fascinantes da natureza.
O ciclo biológico das vespas-do-figo ocorre apenas no interior dos figos (Figura 4). Estes,
ao longo de dezenas de milhões de anos de evolução, acabaram por sofrer inúmeras altera-
ções, devido à interação com o referido inseto, ao ponto de hoje serem, habitualmente, consi-
derados como fruto. Na verdade, são meros invólucros que contêm, internamente, centenas
de minúsculas flores que produzem sementes, graças à polinização efetuada pelas vespas.
Uma dada vespa-mãe entra no figo a partir de uma pequena abertura (ostíolo), existente
na base do mesmo (1). De seguida, esta deposita os ovos em determinadas flores, polini-
zando as restantes (2). As flores onde foram depositados os ovos modificam-se, transfor-
mando-se em estruturas endurecidas denominadas galhas, as restantes geram sementes. As
galhas encerram as larvas de vespa durante dois a três meses (3).
As primeiras a saírem das galhas são as vespas-macho. Estes não têm asas e apresentam
olhos reduzidos, pelo que rastejam pelas flores até localizarem as galhas onde se encontram as
vespas-fêmea, prontas para a eclosão. Nesse momento, as vespas-macho introduzem o pénis
nas galhas e fecundam a fêmeas, que ainda se encontram no seu interior. Após acasalamento,
o macho, fazendo uso das suas mandíbulas, abre um buraco na parede do figo, através do qual
cai para o solo, acabando por morrer (4). Posteriormente, as fêmeas emergem das galhas, reco-
lhem grãos de pólen (5), atravessam as aberturas construídas pelos machos e voam em direção
a outro figo da mesma ou de outras figueiras, onde depositarão os seus ovos (6).
© AREAL EDITORES

Figura 4 – Relação biótica existente entre a figueira e a vespa-do-figo.

Baseado em P. Moon, «Nova fase na relação entre figueiras e vespas é desvendada», 2018

359
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS

propostas de solução

Grupo III permite o cálculo do atraso entre a chegada das ondas P e S


1. D. 3. D. 5. C. 7. D. – letra D; O valor obtido para o atraso entre a chegada das
2. B. 4. A. 6. B. 8. A. ondas P e S permite a calcular a distância dessa estação
9. D – C – A – E – B sismográfica ao epicentro do sismo – letra E; Igual procedi-
10. • As águas em contacto com o sal-gema provocam a sua mento para, pelo menos duas estações sismográficas, per-
meteorização química por dissolução. mite cruzar três distâncias epicentrais e determinar uma zo-
• Caprock, ao impermeabilizar o diapiro, garante uma maior na epicentral, ou mesmo o epicentro – letra C. Sequência
quantidade de sal-gema disponível para ser explorado. – B, A, D, E, C.
7. A astenosfera é uma região do interior da Terra com menor
Grupo IV
rigidez pelo que as ondas internas diminuem a sua velocida-
1. C. 3. B. 5. A.
de de propagação ao atravessarem-na – (a) – 1. A desconti-
2. D. 4. D. 6. B.
nuidade de Gutenberg regista-se a cerca de 2900 km de
7. B – D – A – E – C
profundidade onde tem início a Mesosfera – (b) – 4; As pla-
8. (a) – (4); (b) – (3); (c) – (5)
cas tectónicas corresponde a porções da litosfera – (c) – 3.
9. • A modalidade que consiste em atingir um figo de uma outra
8. A ilha está próxima de um limite convergente de placas, sen-
planta confere maior vantagem evolutiva a Ficus sp.
do atravessada pela falha de Enriquillo-Plantain Garden. Nes-
• Ocorrerá polinização cruzada, aumentando a variabilidade ge-
sa região, acumulam-se elevadas tensões. Desde 1770, ocor-
nética e, consequentemente, a variabilidade de características.
reram apenas sismos de menor magnitude, pelo que seria
expectável a ocorrência de um sismo de elevada magnitude.
exame final nacional 2019 (1.ª fase) (pág. 362) (A) Na região, existem numerosas falhas ativas. Ou A ilha está
próxima de um limite convergente de placas. Ou A ilha é atra-
Grupo I vessada pela falha de Enriquillo-Plantain Garden.
1. Opção C – De acordo com o primeiro parágrafo do texto, a (B) Na região, acumulam-se elevadas tensões. Ou Na região,
placa NorteAmericana encontra-se sujeita a subdução relati- acumulam-se grandes quantidades de energia.
vamente à placa das Caraíbas – contexto tectónico conver- (C) Desde 1770, não houve libertação de grandes quantidades
gente; de acordo com a Figura 1, o movimento da placa das de energia. Ou Desde 1770, ocorreram apenas sismos de
Caraíbas, ocorre se sudeste para noroeste. menor (Ou de reduzida) magnitude.
2. Opção D – De acordo com o último parágrafo do texto, o Grupo II
sismo ocorrido em 2010 teve origem em falhas inversas 1. A opção A é a correta, dado que:
associadas à falha EPG. Ora, as falhas inversas resultam, ti- • a afirmação I é verdadeira, de acordo com os dados pre-
picamente, de campos de tensões compressivos e, como as sentes no gráfico D da Figura 2;
outras falhas, encontram-se associadas a deformação • a afirmação II é falsa, de acordo com os dados presentes
frágil. no gráfico C da figura 2. O número de visitas de B. terres-
3. Afirmação I – A falha setentrional é uma falha transformante, tris vai diminuindo com o aumento da percentagem de
pelo que o movimento dos blocos de falha é lateral, não se campo de cultivo;
verificando espessamento ou estiramento da crusta – Afir- • a afirmação III é falsa, de acordo com os dados presentes
mação verdadeira. Afirmação II – A região oceânica da pla- no gráfico D da Figura 2. A 10% de habitats seminaturais
ca Norte-Americana é mais densa que a das Caraíbas pelo correspondem 90% de campos de cultivo e nessa situação
que a primeira mergulha sob a última. – Afirmação verda- o número de grãos de pólen depositados é inferior do que
deira. Afirmação III – O mergulho da placa Norte-Americana se essa mesma percentagem for de 50%.
ocorre de norte para sul pelo que os sismos de hipocentro 2. A opção D é a correta, dado que:
mais profundo, tendencialmente, seguem a mesma orienta- • o tipo de cultura é variável controlo, pois recorreu-se ape-
ção. – Afirmação Falsa – Opção C. nas a abóbora, C. maxima;
4. Opção B – Nas zonas de subdução ocorre frequentemente • a percentagem de campo de cultivo e a área de habitat se-
mistura de magmas ácidos (crusta continental) e básicos minatural correspondem a variáveis independentes;
(crusta oceânica), formando-se tendencialmente magmas • o número de grãos de pólen depositados corresponde a
andesíticos que, ao consolidarem em profundidade, dão uma das variáveis dependentes em estudo.
origem a dioritos (rocha fanerítica de composição 3. A opção B é a correta, dado que:
intermédia). • ao domínio da fase diploide/diplofase num dado ciclo de
5. Opção A – Dado que as ondas P se deslocam a maior veloci- vida corresponde um aumento do número de genes/cro-
dade que as ondas S, quanto maior for a distância percorri- mossomas envolvidos, o que contribui para o aumento da
da maior é o atraso entre elas ao serem registadas num da- variabilidade genética e, consequentemente, para uma
do sismógrafo. maior aptidão evolutiva (conquista do ambiente terrestre
6. As ondas P, deslocam-se a maior velocidade que as ondas S pelos seres eucariontes autotróficos);
pelo que são as primeiras a chegarem a uma dada estação • a fecundação cruzada (união de gâmetas de plantas dife-
sismográfica e, logo a serem registadas – letra B; Segue-se rentes, da mesma espécie) é indutora de maior variabilida-
a chegada das ondas S, pelo que se podem identificar as de genética do que a autofecundação (união de gâmetas da
ondas P e S no sismograma – letra A; Esta identificação

382
Propostas de solução

propostas de solução
mesma planta) e, consequentemente, confere maior apti- Grupo III
dão evolutiva (conquista do ambiente terrestre pelos seres 1. Opção C – De acordo com o segundo parágrafo do texto, a
eucariontes autotróficos). recolha de amostras visou a caracterização dos processos
4. A opção C é a correta, dado que: sedimentares que ocorreram na área e a determinação das
• as abelhas apresentam um sistema circulatório aberto, pe- principais fontes dos sedimentos.
lo que a mistura entre os fluidos circulante e intersticial 2. Opção A – Os dois crivos permitiram separar as areias dos
conduz à sua não distinção. sedimentos mais finos (o silte e a argila).
5. A opção B é a correta, dado que: 3. Afirmação I – As piroxenas sofreram maior alteração (de
• o ciclo de vida de C. maxima é haplodiplonte; 12,6% da amostra no local A passaram a 5% da amostra no
• os esporos são células haploides, resultantes de uma local B) do que as anfíbolas (que constituíam 14,6% da
meiose pré-espórica, numa entidade multicelular diploide amostra no local A e 13, 1% da amostra no local B) pelo que
– o esporófito; são menos resistentes. – Afirmação falsa. Afirmação II – Os
• para que haja fecundação (união de gâmetas) é fundamen- grãos de turmalina, de acordo com o texto, apresentam for-
tal que os grãos de pólen (esporos masculinos) sejam de- mas roladas a subroladas o que indicia erosão e transporte
positados numa planta/parte feminina de uma planta. A perlongados. – Afirmação verdadeira. Afirmação III – Os
germinação dos grãos de pólen assegura a formação dos grãos de estaurolite, de acordo com o texto, apresentam
gâmetas masculinos e o posterior encontro com os gâme- formas roladas a subroladas o que indicia um longo trans-
tas femininos. porte longo.– Afirmação Verdadeira – Opção B.
6. A opção B é a correta, dado que: 4. Opção D – As sondagens integram o conjunto de métodos
• as opções C e D relacionam-se com a translocação da sei- através dos quais se tem acesso a material constituinte da
va bruta/xilémica; Terra, enquanto o geomagnetismo fornece informações ob-
• a translocação da seiva elaborada para as reservas armaze- tidas por interpretação de manifestações geomagnéticas do
nadas na raiz decorre no sentido descendente; plneta.
• quando a translocação da seiva elaborada é efetuada para 5. Opção B – Os gabros são rochas básicas que na sua consti-
frutos (órgãos de reserva) localizados acima dos órgãos tuição apresentam plagióclase cálcica compatível com a
fotossintéticos acontece no sentido ascendente. cristalização de minerais máficos.
7. No gráfico A, o número de grãos de pólen depositados é di- 6. Opção A – As anfíbolas são aluminossilicatos de ferro e
retamente proporcional ao número de visitas de Bombus magnésio que apresentam clivagem pelo que se dividem ao
terrestris. Já no gráfico B, o número de grãos de pólen de- longo de superfícies definidas.
positados não é influenciado (significativamente) pelo nú- 7. Opção C – O metamorfismo de contacto é, tipicamente, as-
mero de visitas de Apis mellifera. Assim, os resultados vali- sociado a baixas pressões e temperaturas variáveis em fun-
dam a hipótese 1 para Bombus terrestris. ção da intrusão magmática que o origina. Estas condições
(A) O número de grãos de pólen depositados é diretamente são compatíveis com as condições de estabilidade da
proporcional ao (Ou está diretamente relacionado com o) andaluzite.
número de visitas de Bombus terrestris. 8. Opção D – Os micaxistos apresentam xistosidade – textura
(B) O número de grãos de pólen depositados não é influenciado foliada enquanto no quartzito não se distingue orientação
(significativamente) pelo número de visitas de Apis mellifera. preferencial de minerais – textura granoblástica – não
Ou O número de grãos de pólen depositados não está direta- foliada.
mente relacionado com o número de visitas de Apis mellifera. 9. Opção A – De acordo com o texto na região do Pulo do Lobo
(C) Os resultados validam a hipótese para Bombus terrestris. existe uma antiforma que, por definição, é uma estrutura
Ou Os resultados não validam a hipótese para Apis mellifera. encurvada com a concavidade voltada para baixo, desco-
8. Os nutrientes são transportados no fluido circulante, logo uma nhecendo-se a idade a atribuir às formações que se encon-
alteração na distribuição do fluido afeta a quantidade de nu- tram no seu núcleo.
trientes que chegam aos tecidos. Os gases respiratórios não 10. Os grãos de piroxenas apresentam-se angulosos ou suban-
são transportados pelo fluido circulante (os gases respiratórios gulosos, logo o local de colheita está próximo da fonte, pois
são transportados através das traqueias até aos tecidos, che- os clastos foram sujeitos a um curto transporte. Antes de
gando às células por difusão direta), logo uma alteração na atingir o local de colheita, o rio atravessa gabros, rochas que
distribuição do fluido não afeta a quantidade de oxigénio que apresentam piroxenas na sua composição.
chega aos tecidos. (A) Os clastos (Ou os grãos) de piroxenas apresentam-se
(A) Os nutrientes são transportados no fluido circulante, lo- angulosos ou subangulosos, logo o local de colheita está
go uma alteração na distribuição do fluido afeta a quantida- próximo da fonte (Ou a sedimentação ocorreu próximo da
de de nutrientes que chegam aos tecidos. fonte, Ou os clastos foram sujeitos a um curto transporte).
(B) Os gases respiratórios não são transportados pelo fluido (B) Antes de atingir o local de colheita, o rio atravessa gabros,
circulante (Ou os gases respiratórios são transportados rochas que apresentam piroxenas na sua composição (Ou
através das traqueias até aos tecidos ou os gases respirató- antes de atingir o local de colheita, o rio atravessa ofiolitos,
rios chegam às células por difusão direta), logo uma altera- rochas que apresentam piroxenas na sua composição).
ção na distribuição do fluido não afeta a quantidade de oxi-
génio que chega aos tecidos.

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