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Como apontamos acima, nos seus primeiros textos, o socialista peruano chegou
a denominar a Constituição de 1917 e seus avanços sociais como “programa” da
Revolução, admirando-a, inclusive. Em seus últimos textos, justamente, quando deixou
de ver a “frente única” como solução e adotou uma orientação estritamente classista, a
falta de definição ideológica do processo revolucionário mexicano passou a ser vista
como problema, pois dava margem, por exemplo, a teses como a do “Estado regulador”
- tese de Froylán C. Manjarrez, deputado da Constituinte em 1917, que defendia a
existência de um Estado intermediário entre o capitalismo e o socialismo - duramente
criticada por Mariátegui.
Esta revisão da cultura e da vida política peruana não poderia contar com a
pequena-burguesia como protagonista. Neste sentido, Mariátegui alertava para a
tendência pequeno-burguesa de colocar o elemento nacional na frente do popular, ou
seja, do elemento classista. No México, esta sua crítica se direcionou à emergência da
tese do Estado “regulador”:
Bibliografia
PAZ, Octávio. O Labirinto da Solidão e Post Scriptum. São Paulo, Paz e Terra, 1984.
PERICÁS, Luis Bernardo. José Carlos Mariátegui e o México. Margem Esquerda. São
Paulo, volume, n.15, p. XX-XX, mês.2011.
QUIJANO, Aníbal. América Latina. In: QUIJANO, Aníbal (org.). Textos básicos.
México, D.F. Fondo de Cultura Económica, 1991. p.XX-XX.