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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS METÁLICAS

Projeto e Detalhes Construtivos

Análise de Estruturas

Análise de vigas, treliças, arcos, pórticos e grelhas

Prof. M.Sc. Rafael Ferro

Vitória, 12/12/2015
Análise de treliças
determinadas estaticamente

slide  1    
 
Tipos comuns de treliças
§  Uma treliça é uma estrutura de membros delgados unidos em suas
extremidades.
§  Treliças planas são seguidamente usadas em coberturas e pontes.
§  Econômicas espaçadas de 4,5m para vãos de 18 e de 6m para vãos
de 30m. Escolha depende do vão, inclinação e material.
Tipos comuns de treliças

§  Alguns dos tipos mais comuns de treliças usados são:


Tipos comuns de treliças

§  Alguns dos tipos mais comuns de treliças usados são:


Tipos comuns de treliças

§  Alguns dos tipos mais comuns de treliças usados são:


Tipos comuns de treliças

§  Os principais elementos estruturais de uma Treliça de Ponte


típica são:
Tipos comuns de treliças

§  Algumas das formas típicas de treliças de pontes atualmente


usadas para vãos únicos são:
Tipos comuns de treliças

§  Algumas das formas típicas de treliças de pontes atualmente


usadas para vãos únicos são:
Tipos comuns de treliças

§  Pratt, Howe e Warren normalmente usadas para vãos de até 60m,
sendo a mais comum a Warren podendo chegar até 90m.
§  Para vão maiores que 90m a altura da treliça tende a aumentar, e
consequentemente, os painéis ficarão mais longos, resultando em
um tabuleiro pesado. Onde uma solução é subdividir as treliças ou
modelos de Treliça em K.
§  OBS.: Independente da treliça as mais econômicas têm as
diagonais com 45º de inclinação, podendo chegar a 60º. Assim,
quanto maior a altura da treliça, maior a inclinação.
Projetos de Treliças
§  Para projetar ambos os membros e as ligações de uma treliça
primeiro é necessário determinar a força desenvolvida em cada
membro quando a treliça é submetida a uma determinada carga.

§  Nesse sentido, dois pressupostos importantes serão realizados a


fim de idealizar a treliça.
Projetos de Treliças
1.  Os membros são unidos por pinos lisos.
Nós com Ligações soldadas ou parafusadas satisfazem essa
condição desde que as linhas de centro dos membros unidos sejam
concorrentes em um determinado ponto.
Devemos perceber que as Ligações reais geram alguma Rigidez
no Nó e isso desenvolve flexão nos membros conectados. Essa
tensão de flexão é chamada de Secundária, enquanto a idealizada é
chamada primária.

2.  Todas as cargas são aplicadas nos nós.


§  Em razão desses dois pressupostos, cada membro da treliça atua
como um membro de força axial de Tração ou Compressão.
Projetos de Treliças

Howe   Pra.  

Warren   Howe-­‐Subdividida  
Projetos de Treliças

Qual modelo usar?


Howe (Ascendente) , Pratt (Descendente),
Warren (Diagonais opostas) ou Subdividida
Projetos de Treliças
Projetos de Treliças
Pratt (Descendente)

Deslocamento: aprox. 5,82 mm

§  Esforços Axiais:


Projetos de Treliças
Howe (Ascendente)

Deslocamento: 5,78 mm

§  Esforços Axiais:


Projetos de Treliças
Howe (Ascendente)

Pratt (Descendente)
Projetos de Treliças
Howe Maior (Ascendente)

Pratt Maior(Ascendente)
Classificação de treliças planas
§  Treliça simples – é construída começando com um elemento
triangular básico, como o ABC na figura abaixo, e conectando
dois membros (AD e BD) para formar um elemento adicional.
§  A estrutura mais simples que é rígida e estável é um Triangulo.
Classificação de treliças planas
§  Treliça composta – é formada conectando duas juntas ou mais
treliças simples juntas.
Classificação de treliças planas

§  Treliça complexa – é uma treliça que não pode ser classificada
como simples ou composta.
Classificação de treliças planas

§  Determinação – para qualquer problema em análise de treliça,


devemos levar em consideração que o número total de incógnitas
inclui as forças no número b de barras da treliça e o número total
de reações de suporte externo r.

§  Ao simplesmente comparar o número total de incógnitas (b + r)


com o número total de equações de equilíbrio disponíveis, é
possível, portanto, especificar a determinação de uma treliça
simples, composta ou complexa.

§  Temos,
Classificação de treliças planas
§  Estabilidade – se b + r < 2j, uma treliça será instável, isto é, ela
vai colapsar. (Número insuficiente de barras ou reações para
restringir os nós.
§  Estabilidade externa – uma estrutura (ou treliça) é externamente
instável se todas as suas reações forem concorrentes ou paralelas.
§  Estabilidade interna – uma treliça simples será sempre estável
internamente. Para determinar a estabilidade interna de uma
treliça composta é necessário identificar a maneira por meio da
qual as treliças simples são conectadas juntas.
§  Se uma treliça é identificada como complexa, talvez não seja
possível dizer através de exame se ela é instável.
Classificação de treliças planas
O método dos nós

§  O método dos nós consiste em satisfazer as condições de


equilíbrio ΣFx = 0 e ΣFy = 0 para as forças exercidas sobre o pino
em cada nó da treliça.

§  A análise de nós deve começar em um nó tendo ao menos uma


força conhecida e no máximo duas forças desconhecidas:
O método dos nós
O método dos nós
O método dos nós
O método dos nós
Membros de força zero
§  Os membros de força zero podem ser necessários para a estabilidade da
treliça durante a construção e para fornecer suporte se a carga aplicada for
modificada.
§  Eles podem ser determinados através de um exame dos nós.
§  Se apenas dois membros não colineares formam um nó de treliça e nenhuma
carga externa ou reação de apoio é aplicada ao nó, os membros precisam ser de
força zero, Caso 1.
§  Se três membros formam um nó de treliça para a qual dois dos membros são
colineares, o terceiro membro é um membro de força zero, desde que nenhuma
força externa ou reação de apoio seja aplicada ao nó, Caso 2.
O método das seções
§  O método das seções consiste em passar uma seção imaginária
através da treliça, desse modo cortando-a em duas partes.

§  Quando é usado para determinar a força em um membro, uma


decisão tem de ser tomada quanto a como “cortar” a treliça.

§  Há duas maneiras por meio das quais é possível se determinar o


sentido correto de uma força de membro desconhecida:

1.  Sempre presuma que as forças de membros desconhecidas na


parte seccionada estejam em tração, isto é, “puxando” o membro.

2.  O sentido correto de uma força de membro desconhecida pode


em muitos casos ser determinado “por inspeção”.
Treliças espaciais

§  Uma treliça espacial consiste em membros ligados nas suas


extremidades para formar uma estrutura tridimensional estável.

§  O elemento mais simples de uma


treliça espacial simples é um tetraedro,
formado conectando seis membros com
quatro nós:
Treliças espaciais

§  Determinação e estabilidade

§  Pressupostos para projeto


§  Os membros de uma treliça espacial podem ser tratados como
membros sob força axial contanto que a carga externa seja
aplicada nos nós e os nós consistam de conexões de esfera e
encaixe.
Treliças espaciais

§  Apoios e seus componentes de força reativos


Treliças espaciais

§  Apoios e seus componentes de força reativos


Treliças espaciais

§  Apoios e seus componentes de força reativos


Treliças espaciais

§  Apoios e seus componentes de força reativos


Treliças espaciais

§  Componentes de força x, y, z

§  As projeções podem ser relacionadas ao comprimento dos


membros pela equação

§  Os componentes de F podem ser determinados por proporção


como a seguir:

§  Observe que isto exige


Treliças espaciais

§  Membros de força zero

§  Caso 1. Se todos fora um dos membros ligados a um nó


encontram-se no mesmo plano, e contanto que nenhuma carga
externa atue sobre o nó, então o membro que não se encontra no
plano dos outros membros tem de ser sujeito a uma força zero.
Treliças espaciais

§  Membros de força zero

§  Caso 2. Se for determinado que todos fora dois de vários


membros conectados em um nó suportam força zero, então os dois
membros restantes também têm de suportar força zero, contanto
que eles não se encontrem ao longo da mesma linha.
Treliças espaciais
Treliças espaciais
Treliças espaciais
Cargas internas desenvolvidas em
membros estruturais

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Cargas internas em um ponto especificado

§  Em geral, essa carga para uma estrutura plana consistirá de uma
força normal N, esforço cortante V e momento fletor M.

§  A convenção de sinais adotada aqui foi amplamente aceita na


prática de engenharia estrutural:
Cargas internas em um ponto especificado

§  Talvez uma maneira fácil de lembrar essa convenção de sinais seja
isolar um pequeno segmento do membro e observar que a força
positiva normal tende a alongar o segmento:
Cargas internas em um ponto especificado

§  O cortante positivo tende a girar o segmento na direção horária:

§  e o momento fletor positivo tende a curvar o segmento côncavo


para cima, como se para “conter água”:
Funções de cortante e momento

§  O projeto de uma viga exige um conhecimento detalhado das


variações da força cortante interna V e momento M atuando em
cada ponto ao longo do eixo da viga.

§  Funções de momento ou cortante têm de ser determinadas para


cada região da viga localizada entre quaisquer duas
descontinuidades de carga.
Diagramas de cortante e de momento para
uma viga

§  A carga distribuída será considerada positiva quando a carga atua


para cima como mostrado.

§  Nós vamos considerar o diagrama de corpo livre para um


segmento pequeno da viga tendo um comprimento Δx:
Diagramas de cortante e de momento para
uma viga

§  Dividindo por Δx e tomando o limite como Δx → 0,


Diagramas de cortante e de momento para
uma viga

§  As equações anteriores podem ser “integradas” de um ponto ao


outro entre forças concentradas ou binários, caso em que

§  e
Diagramas de momento construídos pelo
método da superposição

§  Se usarmos o princípio da superposição, cada uma das cargas


sobre a viga pode ser tratada separadamente.

§  O diagrama de momento pode então ser construído em uma série


de partes.

§  A maioria das cargas sobre vigas em análise estrutural será


uma combinação das cargas mostradas nas figura que
seguem:
Diagramas de momento construídos pelo
método da superposição
Diagramas de momento construídos pelo
método da superposição
Diagramas de momento construídos pelo
método da superposição

§  Podemos sobrepor os resultados das


cargas que atuam separadamente sobre
as três vigas em balanço mostradas na
figura ao lado:
Diagramas de momento construídos pelo
método da superposição

§  Se é traçado o diagrama de


momento para cada viga em
balanço (figura ao lado), a
superposição desses diagramas
produz o diagrama de momento
resultante para a viga com apoios
simples.
Diagramas de momento construídos pelo
método da superposição

§  Também podemos simplificar


a construção do diagrama de
momento “resultante” para
uma viga usando uma
superposição de vigas “com
apoios simples”.
Exemplos de Diagramas de Cortante e
Momento para Pórticos
Exemplos de Diagramas de Cortante e
Momento para Pórticos
Exemplos de Diagramas de Cortante e
Momento para Pórticos
Exemplos de Diagramas de Cortante e
Momento para Pórticos
Exemplos de Diagramas de Cortante e
Momento para Pórticos
Exemplos de Diagramas de Cortante e
Momento para Pórticos
Exemplos de Diagramas de Cortante e
Momento para Pórticos
Cabos e arcos

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Cabos

§  Cabos são comumente usados em estruturas de engenharia para


apoio e para transmitir cargas de um membro a outro.

§  Quando usados para suportar coberturas suspensas, pontes e rodas


de teleféricos, eles formam o principal elemento de suporte de
carga na estrutura.

§  Ao derivar as relações necessárias entre a força no cabo e sua


inclinação, adotaremos o pressuposto de que o cabo é
perfeitamente flexível e inextensível.
Cabo sujeito a cargas concentradas

§  Quando um cabo de peso desprezível suporta várias cargas


concentradas, o cabo assume a forma de vários segmentos em
linha reta, cada um dos quais é sujeito a uma força de tração
constante.
Cabo sujeito a uma carga
distribuída uniformemente

§  Cabos proporcionam um meio bastante efetivo de suportar o peso


próprio das vigas ou dos tabuleiros de pontes com vãos muito
grandes.

§  Uma ponte pênsil é um exemplo típico, no qual o tabuleiro é


suspenso pelo cabo usando uma série de tirantes próximos e
igualmente espaçados.

§  A fim de analisar este problema, primeiro determinaremos a


forma de um cabo submetido a uma carga vertical uniforme w0
distribuída horizontalmente, figura a seguir.
Cabo sujeito a uma carga
distribuída uniformemente
Cabo sujeito a uma carga
distribuída uniformemente

§  O diagrama de corpo livre de um segmento pequeno do cabo


tendo um comprimento Δs é mostrado abaixo:
Cabo sujeito a uma carga
distribuída uniformemente
§  A aplicação das equações de equilíbrio resulta em

§  Dividindo cada uma destas equações por Δx e tomando o limite


quando Δx →0, e, portanto, Δy → 0, Δθ → 0, e ΔT → 0, obtemos
Cabo sujeito a uma carga
distribuída uniformemente

§  Integrando a primeira equação, onde T = FH em x = 0, temos:

§  Integrando a segunda equação, percebe-se que T sen θ = 0 em


x = 0, resulta em

§  Então usando a terceira equação, podemos obter a inclinação em


qualquer ponto,
Cabo sujeito a uma carga
distribuída uniformemente

§  Realizar uma segunda integração com y = 0 em x = 0 resulta em

§  A constante FH pode ser obtida usando a condição limite y = h em


x = L. Desse modo,

§  Por fim,


Cabo sujeito a uma carga
distribuída uniformemente
§  Portanto,

§  podemos expressar Tmáx em termos de w0, isto é,

§  A partir dos resultados dessa análise, vê-se que um cabo manterá
uma forma parabólica, contanto que a carga permanente do
tabuleiro para uma ponte pênsil ou uma viga suspensa seja
uniformemente distribuída através do comprimento horizontal
projetado do cabo.
Arcos

§  Arcos podem ser usados para reduzir os momentos fletores em


estruturas com vãos grandes.

§  Um arco típico é mostrado na figura abaixo, que especifica


algumas das nomenclaturas usadas para definir a sua geometria.
Arcos
§  Dependendo da aplicação, vários tipos de arcos podem ser
escolhidos para suportar uma carga.
Arco triarticulado

§  A fim de proporcionar alguma percepção sobre como arcos


transmitem cargas, consideraremos agora a análise de um arco
triarticulado:
Arco triarticulado

§  A fim de determinar as reações nos apoios, o arco é desmontado e


o diagrama de corpo livre de cada membro é mostrado abaixo:
Arco triarticulado

§  Por exemplo, o diagrama de corpo livre para o segmento AD é


mostrado abaixo:

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