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OKUPA, é teu...

Okupar e Libertar…
http://osencontrosdagalinha.blogspot.com
A ideia de espaço público constitui a base da democracia enquanto prática do dia a dia. A democracia foi-
se desvanecendo e o espaço público, onde as grandes questões eram alvo de decisão por parte das
pessoas, foi destruído e “dividido” em fábricas e outros locais de trabalho, centros comerciais, clínicas
psiquiátricas ou centros de dia. A vida passa, assim, a ser uma realidade baseada na incessante satisfação
de necessidades e não na reflexão, no debate, no livre pensamento, na possibilidade e responsabilidade
de decidir sobre o que nos diz respeito.
A cidade é o palco por excelência A criação de linhas de fuga e de em Portugal. Apesar de ser um
deste processo de privatização resistência passou e passa pela pouco redutor englobar todas
social da vida, em que o contacto organização de novas esferas estas experiências numa só
com o próximo é cada vez mais semi-públicas de discussão e tendência, podemos afirmar –
determinado pelo que queremos convivência, que funcionem fora em abstracto – que foram
pedir, pelo que precisamos, pelo da lógica dominante. É com base lugares propícios à
que temos que dar, pelo que está na ideia de que é possível criar espontaneidade e aos acasos da
escrito no contrato de trabalho, enclaves livres, “mini-sociedades vida quotidiana, tendo
pelo que é definido pelas regras que vivam resoluta e possibilitado encontros com
de boa educação, pelo que conscientemente fora do pessoas de fora, partilha de
poderei vir a escrever no livro de amplexo da lei”, como diz Hakim saberes, a oportunidade de fazer
reclamações. Não pela dupla Bay, que ocorrem, ao longo da as coisas de uma outra maneira
vontade de exprimirmos a nossa década de noventa, ocupações e, desde logo, equacionar modos
individualidade e de recebermos de casas e tentativas de de agir no mundo.
a individualidade dos outros. organização de centros sociais

O aumento da repressão, aliado à crescente afirmação das cidades enquanto núcleos geradores de
produtividade, determinou o fim de quase todos os centros sociais ocupados. Porém, este fenómeno é
apenas um pequeno indício de um longo processo de transformação dos centros urbanos em centros de
negócios. Casos como o do Mercado do Bolhão, no Porto, e do Grémio Lisbonense, em Lisboa tornam mais
visível a tendência dominante para o desaparecimento de tudo o que destoa do modo de funcionamento
empresarial.

Exemplos ainda de como, pelo abandono, os espaços públicos se tornam privados, passando a estar
disponíveis apenas nos moldes definidos por quem tem dinheiro ou conhecimentos para os adquirir. Um
processo que poderá também ser o que decorre com a Biblioteca do Marquês, uma infra-estrutura à
espera de cair, esquecida por quem deveria tomar conta dela e fechada, de forma a que mais ninguém lá
possa fazer nada. Será assim tão dispendioso manter aberta uma ludoteca infantil, por exemplo? Ou será
que, daqui a uns tempos, vamos todos acordar com a Biblioteca nas mãos duma empresa qualquer que
fará dela o que mais dividendos lhe der?

Hoje estamos aqui no jardim, ocupando um espaço que é também nosso mas que nos querem roubar, a
lembrar que a cidade não é só para ricos e que toda a gente deve ter direito a cultura e diversão.

Estamos aqui para dizer que, mais do que nunca, a ocupação e libertação de espaços deverá constituir
uma das principais estratégias orientadoras da luta por um mundo mais justo.

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oKupa-Te
Na sociedade em que estamos inseridos, Homem – coça os tomates, chega a casa para
poucos somos os que podemos escolher o que jantar, dá duas de letra com a mulher e filhos
somos. Tudo começa com um nascimento num sempre bastante preocupado em ouvir o jornal da
hospital onde é aplicada desde logo uma pica, noite, sai de casa para mais umas cervejas com
seguido do registo num qualquer cartório para os os amigos, vai para casa tentar o amor com a
papeis, um infantário porque a família não tem mulher…
tempo para a criança, uma escola obrigatória até Mulher – sai do trabalho para ir buscar os filhos à
aos 17 anos, um curso superior porque há que escola, chega a casa e dá banho aos putos ou
estar precavido com um canudo para o mundo do ajuda-os a fazer os trabalhos de casa, cozinha
trabalho, um Curriculum Vitae porque está na para a família, lava a loiça, trata da roupa da Somos pássaros senhores, somos pássaros!
altura do adulto trabalhar… e assim se entra na família, vê a telenovela, vai dormir e leva com o
escravatura do dia-a-dia do trabalhador homem a querer fazer o amor…
remunerado, sem tempo para os seus futuros Ora claro está que desenhei um cenário Trazemos água no bico,
filhos… mas que tem dinheiro para o seu carro e bem à moda portuguesa! Mas então pensava-se
telemóvel da última geração, as suas roupas nas 6 horas que restavam para o lazer… pois a cada gesto, ou palavra,
extravagantes e tudo mais que aparece nos
anúncios publicitários, nos intervalos dos
entre as tarefas vulgaris de cada família, que
sejam 3 horas, sobram outras 3 horas, dessas
o que fazemos do pensamento
programas televisivos. entre telenovelas, concursos e alguma série é reflexo.
Um dia tem 24 horas, sendo que a maioria televisiva… sobra uma hora…
dos portugueses gasta com o seu trabalho cerca Não admira que a sociedade portuguesa
Motivo material, palpável
de 10 horas, sobram as outras 14, destas 8 que esteja deprimida… JÁ NÃO HÁ TEMPO PARA O criado por voadores em
sejam para uma boa noite de sono, sobram 6 AMOR! Ou é uma rapidinha … ou então dorme-se
horas… pouco!!! sonhos instalados!
Que fazemos destas 6 horas que nos
brinda o dia?
É urgente okuparmo-nos … sermos …
pertencermo-nos …amarmo-nos!!!
Sonhadores de asas nas almas,
Então aí podemos dividir em duas partes, o diferentes dos pensadores
homem e a mulher:
com pesos nos pés…
As corcundas que quebram
as asas, é do mundo
que caí sobre os ombros
e pesa, a quem o porta
como seu e a pretensão
é tão grande!
Somos pássaros! Cremos ser
pássaros? Eu creio naquilo
que sou, porque vou com
o vento! Voo… em todas
as correntes se a vida me
levanta quente, reajo com
um bico que beija…
o sonho!

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2. Estão sujeitos ao regime do n.º anterior os fogos declarados vagos, mas não arrendados no prazo do
artigo 6.° do presente diploma.
3. A renda será fixada de acordo com o n.º 6 do artigo 1.° do presente DL. A Lagarta na Maçã
4. Os arrendamentos dos fogos a que se refere este artigo serão celebrados com o inquilino, sendo
designado pelas JF.
5. As JF organizarão, no prazo de 20 dias, a contar da publicação deste diploma, as listas dos fogos Era uma vez uma lagarta…A lagarta chamava-se Violina e gostava muito de brincar com outras amig@s
devolutos que existam na sua área e se encontrem nas condições referidas no n.º 1 deste artigo, podendo lagart@s, tocar violinho, passear, ir ao teatro, ler livros. Um dia a Violina e os amigos avistaram uma
para tal considerar a participação dos moradores das respectivas áreas. maçã onde gostavam de viver…e ocuparam-na! Limparam os bocados podres da maçã, arranjaram as
6. Os interessados no arrendamento dos fogos a que se refere este artigo deverão apresentar a sua janelas, limparam as casas de banho, a sala, arranjaram as luzes….e… Todos os sábados à noite
pretensão na JF que mais lhe convier, a qual tornará pública a lista dos pretendentes. organizavam bailaricos na maçã e, aos domingos nos ramos onde se encontrava a maçã liam poesia e
7. O processo de atribuição bem como a celebração dos contratos deverão estar terminados no prazo apanhavam sol. Mas, a maçã também os abrigava da chuva nos dias mais cinzentos…A maçã começou a
máximo de 30 dias a partir da data da inscrição oficiosa na lista a que se refere este artigo. ser a casa da Violina e dos amigos e um ponto de partida para terem uma vida participada e consciente!
ARTIGO 8.º Um ponto no Universo onde um grupo de lagartinhas eram felizes e viviam sorridentes!
Será punido com pena de prisão até 2 anos aquele que ocupar qualquer fogo destinado a habitação, assim
como qualquer loja, armazém ou dependência de qualquer prédio, ainda que em construção. Mais do que ocupar maçãs, a Violina e os amigos pretendiam ocupar
ARTIGO 9.º um espaço para decidirem as suas vidas consoante os interesses e
1. Os fogos nos quais se verifiquem pilhagens praticadas pelos proprietários que prejudiquem a sua necessidades de todos que queriam usar aquela maçã. As lagartas
habitabilidade poderão ser objecto: que viviam naquela maçã eram os responsáveis pelos rumos das
a) De expropriação, nos termos do artigo 1.° do DL n.º 56/75, de 13 de Fevereiro; suas vidas! Tudo o que faziam tinha um efeito e dependiam apenas
b) De arrendamento, nos termos do presente diploma, pela CM, depois de mandadas executar obras de deles para decidir e agir!
reparação necessárias. Naquela maçã decidia-se e actuava-se directamente na vida do dia-
2. As despesas afectas ao previsto em b) do n.º anterior serão cobradas pela CM, acrescidas de um juro a-dia.
de 11% ao ano, contado dia a dia, através da arrecadação das rendas correspondentes, até perfazer o
montante despendido na execução das mesmas.
ARTIGO 10.º Naquela maçã, a partir daí reinou a cooperação,
1. A CM, findo o prazo de validade das licenças para obras de reparação e reconstrução de fogos participação e autonomia das suas decisões, boa-
devolutos, ordenará, nos 10 dias subsequentes, a respectiva vistoria. disposição !
2. Verificado pela vistoria que as obras não foram iniciadas ou não estão concluídas, por facto da A macieira, essa, ficou mais bonita e em
responsabilidade do senhorio, a CM poderá substituir-se a este na sua execução. harmonia no pomar do Sr. Joaquim! Happy End!☺
3. Nos casos do n.º anterior, as despesas efectuadas pela CM serão cobradas pela forma indicada no n.º 2 Como tudo o que vive em harmonia regula-se e
do artigo 9.º. auto gere-se, os Srs. Joaquins ficaram com mais Mais vale uma maçã ocupada que uma maçã
ARTIGO 11.º maçãs sem lagartas, pois as lagartas começaram abandonada!
1. Nas acções de despejo relativas a imóveis destinados a habitação, por falta de pagamento de renda, o a gostar de viver mais em comunidade e só do
utente poderá evitá-lo desde que, no prazo de 30 dias a contar da data da entrada em vigor deste sabor daquela maçã. Não trinques a maçã, ocupa-a!
diploma, proceda ao pagamento ou depósito da totalidade das rendas em dívida.
2. Para o efeito do disposto no n.º anterior, ficarão suspensas, durante o prazo no mesmo estabelecido,
as acções de despejo que nele se referem.
ARTIGO 12.º
O presente diploma entra imediatamente em vigor.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros. - Vasco dos Santos Gonçalves - António Carlos M. Arnão
Metelo - Francisco Salgado Zenha - José Augusto Fernandes. Mulher
Promulgado em 14 de Abril de 1975.
O Presidente da República - Francisco da Costa Gomes.
Condição mulher, ser forte
que porta dentro a opção
de ser leão, flor…
Terminada a fan-Kupa… que poderia ser chamada também de fanK-upa… sabe que é feita de
raízes profundas, pode

Fotocopia e distribui… O
voar e brincar de
ser homem;
homem não!
homem ser mulher
sem gerar…
A informação é um passo para a LIBERDADE…
A mulher pode criar,
http://gaia.org.pt/ gerar dentro de si um universo.
http://www.casa-viva.blogspot.com/ O Homem é feito para
modelar-se, mas é na
http://terraviva.weblog.com.pt/ mulher que se encontram
http://www.stopogm.net/ todas as ferramentas da
http://pt.indymedia.org/ criação.

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ARTIGO 2.º
São excepções ao referido no ARTIGO 1.º:
episódios… a) Os fogos destinados a venda;
caricatos mas verídicos… b) Os fogos destinados a habitação própria ou do agregado familiar, ainda que como habitação
…de uma menina bem comportada vivendo em casas ocupadas em londres-2003/2004 secundária, desde que, em relação a estas últimas e a cada proprietário, se situem em diversas
localidades;
…caída de pára-quedas na grande cidade, fui viver com pessoas que não conhecia muito bem, na primeira c) Os fogos integrados em prédios em relação aos quais já tenha dado entrada na CM, à data da
casa ocupada. publicação deste diploma, projecto para nova construção, bem como os fogos integrados em prédios
cuja demolição seja admissível nos termos do artigo 4. ° do DL n.º 445/74, de 12 de Setembro;
A Miila não levava o cão á rua porque andava muito ocupada e o bicho fazia xixi na alcatifa. d) Os fogos para habitação por curtos períodos em praias, campo, termas ou quaisquer lugares de
O Johnny passava o dia a beber cerveja mas era um punk simpático. veraneio, para uso próprio ou arrendamentos temporários, assim como os destinados a outros fins de
Apareciam convidados inesperados para jantar que não levavam nada para comer, mas sim bebida com natureza semelhante;
fartura. A comida ás vezes acabava e em 6-8 pessoas ninguém tinha pressa de ir ás compras ou aos e) Os edifícios de habitação unifamiliar que, pelas suas dimensões ou características arquitectónicas,
caixotes. Ao sábado de manhã cedo depois das festas, chegavam a casa com amigos, para continuar a não interessem ao mercado corrente da habitação;
festa. Música alta na sala, bebidas com fartura. A meio da manhã, o cenário da sala: gente desconhecida f) Os fogos integrados em edifícios destinados pelas empresas a alojamento do seu pessoal e os que
caída pelos cantos, latas e garrafas igualmente espalhadas. Gente desconhecida a entrar pela porta estão integrados em prédios rústicos e são normalmente destinados aos seus rendeiros;
"somos amigos de fulano" para passar uns dias, a louça amontoava-se na cozinha mas ninguém para a g) Os fogos para habitação construídos para categorias populacionais determinadas, ao abrigo de
lavar. Será que se sujou sozinha? regimes especiais;
Saco de plástico com comprimidos brancos guardado no frigorífico após uma viagem da Suzana a h) Os fogos propriedade de emigrantes ou estrangeiros, desde que não tenham cometido qualquer
Marrocos. infracção ao disposto no DL n.º 445/74.
O meu almoço para o dia seguinte guardado numa embalagem no frigorífico, de manhã á saída para o
trabalho já lá não estava, alguém com fome depois de mais uma festa o comeu...
ARTIGO 3.º
Recebida a carta de despejo, vi a luz ao fundo do túnel num quarto para alugar. Finalmente paz, o 1. As ocupações de prédios urbanos, não autorizadas pelos proprietários, com fins não habitacionais, só
silencio, a comida só para mim. Mas como tanta solidão não sabe bem, passado um tempo voltei a outras poderão subsistir se aquele estiver de acordo na celebração do contrato de arrendamento.
casas ocupadas com outro grupo. Era única entre 4 rapazes mas a convivência correu melhor. 2. Porém, se tiverem um fim social e humanitário, reconhecido pelo Ministério da Administração Interna,
será obrigatória o consentimento do respectivo contrato, com a renda a ser fixada por avaliação legal.
As leis britânicas eram mais permissivas na altura, quem estivesse dentro da casa, e após mudança da 3. No caso de o proprietário se recusar a consentir o contrato, proceder-se-á pela forma prevista no n.º 4
fechadura, tinha o direito de a habitar. O proprietário caso aparecesse tinha que accionar o processo pelos do artigo 1.º deste diploma.
meios legais, receberíamos uma carta do tribunal avisando que o caso ia ser julgado, depois uma outra 4. Exceptuam-se do disposto neste artigo os casos previstos nas alíneas a), 6), c), d), f), g) e h) do artigo
carta avisando da data do julgamento e finalmente a última dizendo o dia em que os "bailiffs" 2.º deste diploma.
apareceriam para o despejo. Com estas legalidades dava tempo de sobra para procurar outra(s) casa(s),
e fazer a mudança. ARTIGO 4.º
1. O contrato de arrendamento celebrado nos termos deste diploma será regido pela lei geral respeitante
Hoje a grande maioria desses squatters com quem ainda mantenho contacto vive em casas alugadas, ao arrendamento para habitação e incluirá sempre a cláusula de antecipação de 1 mês de renda.
fartos de andar de um lado para o outro, sem morada certa para coisas básicas como contratos de 2. Os arrendamentos reportar-se-ão à data do início da ocupação, devendo os inquilinos pagar as rendas
trabalho, abertura de conta no banco ou assistência médica. em atraso no prazo máximo de 6 meses a partir da data da entrada em vigor deste diploma.
Será a velha máxima "aos 20 pensamos em mudar o mundo, aos 30 pensamos em comprar uns sofás 3. As rendas serão pagas aos senhorios ou seu representante, devendo ser depositadas na CGD no caso
novos"? de haver recusa, ausência ou desconhecimento da sua identidade, retendo a CM o valor correspondente à
antecipação da renda até que ocorra denúncia do arrendamento por parte do inquilino.

ARTIGO 5.º
1. No prazo de 30 dias contados da data de notificação deverão os respectivos ocupantes despejar:
a) Os fogos que não devam considerar-se devolutos nos termos do n.º 2 do artigo 1.°;
b) Os fogos referidos no artigo 2.º;
c) Os prédios referidos no artigo 3.º e não legalizados no prazo de 20 dias.
2. A notificação prevista no n.º anterior será efectuada por requerimento do proprietário, pelas CM ou,
mediante delegação destas, pelas JF.
3. Serão despejados ocupantes que não cumpram o estabelecido no n.º 1 e aqueles que possuam
rendimentos ou situação habitacional de ordem social ilegal.
4. O disposto nos n.º anteriores é aplicável aos ocupantes de fogos devolutos que se recusem a assinar o
contrato de arrendamento.
5. Sempre que esta última recusa ocorrer por impossibilidade monetária de pagar a renda que foi fixada
nos termos do n.º 6 do artigo 1.° terão a permissão de subarrendar parcialmente o fogo ocupado, não
podendo os ocupantes cobrar ao subarrendatário renda superior à do contrato.
ARTIGO 6.º
Não pode ser recusado durante mais de 60 dias o arrendamento de qualquer fogo com fins habitacionais,
nos termos do artigo 8.º do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, entendendo-se como alterada a
redacção de todos os artigos do DL n.° 445/74, de 12 de Setembro, que a tal prazo se reportem.
ARTIGO 7. °
1. Sempre que em relação a qualquer fogo destinado a habitação e sujeito à disciplina do DL n.º 445/74,
de 12 de Setembro, o senhorio não comunicado à câmara municipal a o exigido pelo artigo 19.° deste
diploma, deverá esta promover o seu arrendamento nos termos dos n.º seguintes.

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DECRETO-LEI N.° 198-A/75 DE 14 DE ABRIL

LEGALIZAÇÃO DE OCUPAÇÃO DE CASAS O FUNGO


http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=novapol30
No ano de 2007 foi inaugurado o centro social okupado autogestionado em Coimbra – O FUNGO -
JF-Junta de Freguesia; CM-Câmara Municipal; DL-Decreto-lei
Com a intenção de funcionar como uma importante ferramenta contra o sistema que nos governa, contra
essa apatia que nos devora dia-a-dia e também como uma ferramenta na construção de alternativas e
espaços de criatividade onde não se pague para ser, para viver.
Há no País centenas de milhares de famílias sem habitação ou habitando em condições sobre-humanas
Foi então, que nos juntamos e após varias reflexões Alguns meses após a
e, apesar de todos os esforços não haverá a possibilidade de, a médio prazo, solucionar totalmente
decidimos passar à acção, necessitávamos de um espaço inauguração do fungo, mais
esta questão. A via mais justa de suprir esta carência é a de promover a integral utilização do parque
onde fosse possível criar um tecido social forte, onde fosse propriamente no dia 11 de
habitacional do País, implicando esta solução a instituição de dispositivos que permitam proceder à
possível tornar real os nossos sonhos, então ..OKUPAMOS. Julho de 2007, este foi
imediata atribuição dos fogos devolutos, designadamente nos casos em que se verifique infracção da
Assim, nasceu o fungo. O nome surgiu, porque entendemos encerrado a mando de
legislação em vigor.
que a okupação é uma forma de lutar contra todas as formas protectores da propriedade
Dada a natureza complexa do tema, terá de passar pela revisão da Lei de Rendas (DL n.° 445/74, de
de opressão e tal como o fungo se alastra, pois também é privada e da injustiça social
12 de Setembro) e da Lei dos Solos (DL n.° 576/70, de 24 de Novembro), sem nada se poder fazer
importante que esta forma de luta se alastre e contamine (polícia de segurança publica,
sem uma indústria de construção sólida, pela publicação de medidas que a incentivem, proporcionando
cada uma e cada um de nós . ainda alguns funcionários e
o desenvolvimento da sua actividade, para extinguir a crise que atravessa.
Os dois meses que se seguiram foram dedicados á gestores da reitoria da
Entretanto, há que resolver os problemas suscitados pelas ocupações que se têm vindo a verificar de
transformação de um lugar outrora triste e afundado em lixo, universidade de Coimbra e por
fogos devolutos. Mesmo que algumas delas tenham operado de forma abusiva, o que será
num espaço vivo e activo, tentamos organizar-nos e ultimo alguns operários a
futuramente inadmissível, já que são ilegais e paralisam toda a indústria da construção, prejudicando
relacionar-nos da melhor forma. Baseava-se acima de tudo quem foi imposta a árdua
toda a população em muitos outros casos, importa reconhecer que, embora ilegalmente, se trataram
na – AUTOGESTÃO - ; - HORIZONTALIDADE - e – APOIO tarefa de barricar a porta do
de necessidades urgentes a satisfazer, associadas a estratos sociais extremamente desfavorecidos.
MUTUO -. ultimo espaço efectivamente
Ao longo do tempo realizaram-se workshops, debates, publico da alta de Coimbra,
Objectivo do presente DL concertos, jantares populares veganos, convívios, conversas, que nos diziam que é crime
ou seja, inúmeras actividades nas quais participaram ser livre.
Com estas medidas resolve-se apenas uma pequena parte do problema habitacional. Serve ainda este imensas pessoas.
diploma para penalizar actuações abusivas de proprietários que não libertaram oportunamente no Este texto é um relato de um protesto contra o encerramento de espaços autónomos, um grito contra o
mercado, como lhes era imposto pela legislação em vigor, fogos devolutos antigos ou de nova que nos sufoca. Com isto, continuamos confiantes que somente a partir da acção directa é possível uma
construção. mudança radical, queríamos e queremos construir espaços alternativos fora dos valores dominantes, em
Assim, usando da autoridade conferida pelo artigo 16.° n.º 1, 3.°, da Lei Constitucional n.º 3/74, de que possamos crescer em liberdade, que sirva de suporte ás lutas sociais, etc.
14 de Maio, o Governo decreta e eu promulgo o seguinte: Continuo a não aceitar que seja ilegal a okupação de espaços abandonados (neste caso há mais de 15
anos), não compreendo nem aceito que não possa ser dona da minha própria vida. Porque sei que há
muitas pessoas que acreditam que é possível combater a desigualdade, a exclusão, o medo, a exploração,
ARTIGO 1.° o patriarcado, a fome, a destruição do ecossistema,…talvez, o melhor seja unirmos forças e lutarmos lado
1. As ocupações de fogos devolutos para fins habitacionais, antes da entrada em vigor deste diploma, a lado, em que o que importa é tanto o objectivo como o caminho que depende de todas/os até de ti
em prédios pertencentes a entidades públicas ou privadas, serão imediatamente legalizadas através da mesma/o.
celebração de contrato de arrendamento. Realmente, o primeiro passo para acabar a dizer algum dia: não se pode fazer nada … é deixar de pensar
2. Consideram-se devolutos os fogos que até à data da ocupação: no que se pode fazer.
Por isso…agora? Sim é agora o momento de actuar/ okupa(r), e assim me despeço…
a) Tivessem excedido o prazo de 60 dias, contado a partir da data ou da cessação do último LUTAMOS OKUPAMOS RESISTIMOS
arrendamento ou da concessão da licença de utilização ou da celebração do contrato de compra do
fogo, quando este se destina a arrendamento.

b) O proprietário se encontrasse em falta no cumprimento do disposto no artigo 19.° do DL n.°


445/74, de 12 de Setembro.
3. O contrato de arrendamento previsto no n.º l será obrigatoriamente celebrado pelo senhorio no
prazo de 30 dias a contar da data da entrada em vigor deste DL.
4. Se o senhorio não cumprir o que se dispõe no n.º anterior:
a) O contrato de arrendamento será imediatamente celebrado, em nome dele, pela respectiva CM ou,
mediante delegação desta, pela JF da localização do fogo;
b) Reverterão a favor da CM as rendas relativas ao período decorrido desde a data da ocupação até à
da celebração do contrato.
5. O disposto em a) do n.º anterior será aplicável sempre que se verifique ausência do senhorio ou
desconhecimento da sua identidade.
6. A renda a estabelecer no contrato será fixada nos termos do DL n.º 445/74, de 12 de Setembro, e
se no caso de fogos já anteriormente arrendados não for possível determinar o montante da última
renda e o ano da sua fixação, por falta de informação do senhorio, representante ou falta de
elementos na respectiva repartição de finanças, a renda será um sexto do salário mínimo nacional.
7. Nos casos em que o proprietário se encontre em falta ao cumprimento no disposto no artigo 19º do
DL n.º 445/74, de 12 de Setembro, a renda será fixada por avaliação pela CM.

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SER[ra]

ocupei-te

as pedras

trilhos

horizonte

ar

ocupaste-me

o coração

espírito

alma

olhar

pele

tacto

olfacto

e mais um acto

desocupaste-me

da inquietação

e tempestade interior

deste lugar

a uma harmonia de azul celeste

e raios de alegria

espírito leve

fluído

verde

quando te desocupei

ocupou-se de mim

a inquietação

a tempestade

a vontade de nos [re]ocuparmos

6 19
Os Jogos Olímpicos irão decorrer em Pequim, de 8 a 24 de Agosto. A repressão das autoridades do país sobre
manifestações no Tibete tem desencadeado críticas e pedidos de boicote aos jogos.
As noticias de França continuam a chegar; existem possibilidades de um eventual boicote do presidente francês
Nicolas Sarkozy à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês,
Bernard Kouchner. Alguns activistas apelaram a Sarkozy e a outros dirigentes para boicotarem a cerimónia de abertura
dos Jogos, mas Kouchner tem afirmado que a França se opõe a um boicote total, pois em 1980 quando se participou no
boicote, aos Jogos Olímpicos de Moscovo na sequência da invasão soviética do Afeganistão, nada foi conseguido
(afirmação de Kouchner - defensor de longa data de causas humanitárias e fundador do grupo Médicos Sem Fronteiras).
Tudo dependerá do evoluir da situação no Tibete, afirma Sarkozy.
A MARCHA PELA CULTURA CONTINUA!
Aqui havia vida...T.O.C.A. (Taberna Ocupada pela Cultura da Amadora)
parte de um testemunho: Aos olhos do poder aquela pequena casa era apenas mais uma casa abandonada, numa zona onde era
”Namaste (ou Bom Dia) Caros Amigos, apetecível para a construção de mais uma “gaiola” habitacional, mas nem isso deitou por terra o sonho de
os jovens poderem ter um espaço onde se podiam expressar livremente fazendo algo para todos sem
Acabei de chegar a Kathmandu no Nepal. recorrer as praticas lucrativas, dando um lugar e um acesso à cultura, à música, ao cinema e a muitas
outras actividades e iniciativas duma forma acessível a todos, acções que, até hoje, a câmara nunca o fez.
Conseguimos sair há 7 dias de Lassa, no Tibete (um autentico cenário No dia 22 de Novembro de 2007, a T.O.C.A. foi deitada abaixo por máquinas comandadas pelo senhor
de guerra). Arranjamos um Land Cruiser e percorremos toda a Friendship presidente da câmara da Amadora Joaquim Raposo e pelos proprietários do terreno onde se situava a
Highway, cruzando os Himalaias e fazendo uma escala obrigatória no casa. As pessoas que frequentavam este espaço perderam um telhado cultural.
Everest Base Camp. Mas porquê o seu desalojamento? Por ser um espaço onde o lucro não era a principal causa deste
projecto e a câmara não conseguir lucrar com o mesmo?
Foi uma das viagens mais espectaculares que já fiz, mas ao mesmo tempo Por ser “ilegal” aos olhos da lei?
uma das mais complicadas e tristes da minha vida. E a demolição da T.O.C.A. sem um aviso prévio, isso não será ilegal?
Não iremos esquecer a maneira como tiraram a vida à T.O.C.A. Os 8 meses de experiências vivida por
Fomos o último grupo de estrangeiros a conseguir sair de Lassa sem vários jovens e adultos, isso, ninguém nos retira!
sermos enviados de volta de avião e também os únicos a conseguir a Desde então os jovens têm feito algumas acções de protestos como a manifestação de dia 26 de
licença (missão quase impossível) entrar no Everest Base Camp. Novembro de 2007 para demonstrar a indignação pelo seu desalojamento.
A T.O.C.A. era um bem para todos. Como serve de desculpa o mau estado da casa e a suposta
A minha viagem ao Tibete deixou-me um sabor muito amargo na boca. Se preocupação de derrocada dos proprietários e da câmara quando mesmo em frente à câmara há edifícios
por um lado realizei um sonho de infância, estar na base do Everest abandonados? Porquê não demoliram esses? Será que ao ocupá-los e enche-los de vida eles iram logo
(ainda não foi desta que fui lá cima), por outro, pude ver ao vivo com pegar nos bulldozers para deitar abaixo sem outro aviso prévio? Ou será a especulação imobiliária a falar
os meus próprios olhos o medo com que o Povo Tibetano vive e a mais alto? Acções como esta acontecem por toda a parte. As pessoas lutam por algo que vale a pena mas
brutalidade que o governo chinês usa para os controlar, silenciar e são sempre deitadas abaixo pelos grandes interesses capitalistas que não gostam de ver as pessoas a
oprimir. Para nós, alem de violento psicologicamente, tornou-se mais fazer algo com as suas próprias mãos. São os jovens que estão à frente, somos nós que damos vida, não
complicado porque acabou por se saber que Eu e a Clara fomos as duas só à casa em questão, mas também às pessoas que lá vão e as que vivem em seu redor. Somos nós que
únicas testemunhas do princípio de tudo (no mosteiro de Drepung, onde organizamos actividades pois sabemos que todos precisam de quebrar a rotina, mudar de hábitos. Somos
estávamos no dia 10 de Março, por acaso). Ficamos imediatamente nós que podemos mudar as nossas vidas, as vidas dos outros, basta saber pensar e agir por nós próprios
controlados pela polícia ao ponto de, a caminho para o Nepal, nos para mudar o que encontramos mal.
dizerem que estávamos presos no hotel. O nosso mail e telefone Um jovem informado é uma ameaça para o poder, NOVA OCUPAÇÃO!
ficaram, também, imediatamente controlados e as nossas máquinas
fotográficas bem inspeccionadas.
Vimos a maior violência policial que podem imaginar, sobre pessoas
desarmadas. Não vimos ninguém morrer, mas sabemos que muitos dos
monges com quem estivemos durante todo o dia 10, morreram depois,
nesse mesmo dia.

A situação que se vive no Tibete e verdadeiramente seria e complicada


e testemunhamos pessoalmente situações muito graves e violentas.

Durante estes últimos dias, na viagem de Lasa-Everest-


Kathmandu, fomos
completamente controlados pelos polícias e militares chineses.

No Tibete, como no resto da China toda a informação e controlada e


censurada.
A constante violação dos direitos humanos pelas autoridades chinesas,
a propaganda, e a manipulação de toda a informação, e algo de
inacreditável para nós Portugueses do pós 25 de Abril.

Os Tibetanos, como um dos povos mais pacíficos, acolhedores e


generosos que já conheci, merecem ser Livres e Felizes!!!”

www.historiasdomundo.blogspot.com

18 7
O passadiço.
okupação: 09 de Dezembro de 2004
desalojo: 15 de Abril de 2005
Agora que já acabou pode parecer um pouco saudosista, ou quem sabe até um pouco melancólico. Mas já
que me pediram para escrever isto há que desenterrar a memória do que terá sido – porque foi
certamente diversas coisas, que não só uma.

Viver numa cidade é sempre um pouco difícil. Demasiado tráfego, demasiadas pessoas a correr do
trabalho para casa e de casa para o trabalho, poucos sítios para estar tranquilo, poucos espaços verdes e
a dificuldade em ter aquele ponto de encontro permanente.. Se se pensar em Lisboa, no contexto
português, então estes “inconvenientes” da urbe são mais que evidentes (a começar pela construção
repulsiva/ convulsiva). São um cancro que te corrói a vida! Sobretudo se tens que estar por aí mas não
tens casa, ou vives longe, ou na ruas, ou o que seja, mas que tens que passar por aí. E foi então que
apareceu o Passadiço...

... numa cidade onde ao dobrar de cada esquina se encontram casas vazias e onde a especulação do
terreno alimenta uma sociedade que paira sobre o ar – porque o solo é demasiado caro e inacessível -
numa capital cada vez mais estandardizada e globalizada, onde a vida se encontra submersa pela lógica
do marketing e da empresa, onde as pessoas não param para pensar, para ver, nem para sentir, neste
matadeiro com luzes néon... porque o horário não o permite, porque o que queremos é comer pipocas e
ver filmes de merda, ou esbanjar a nossa existência em frente a uma consola...

Não vou dizer que o Passadiço tornou de repente Lisboa numa cidade menos poluída, que as pessoas se
tornaram menos desconfiadas, que os bancos foram à falência, que os filhos da puta engravatados e os
betos tornaram-se uma cultura underground. Não, a miséria continuou, os agarrados também e o estado
igualmente, este último lá no cimo gerindo as nossas vidas. Mas surgiu um local onde podias respirar,
com uma horta no centro de Lisboa, onde o ritmo da cidade ficava à porta e onde se encontravam
pessoas com quem partilhar. Um prato, umas palavras, um quarto, uma casa, um pátio, o que fosse. O
que fosse que houvesse havia sempre com quem partilhar. E nesta lógica quebrar com o sufoco social que
te asfixiava.

Não me apetece fazer um resumo do que aí se passou todos os dias, das actividades, das festas, das
pessoas. Deve haver algo pela net e por fanzines. O que fica na memória é a (re)construção e a criação
de um espaço, que tentou devolver a vida à nossa vida, um marco numa Lisboa cinzenta e pesada, num
país que às vezes parece estar adormecido por ver tanta televisão. Um arremesso contra a apatia que se
vive por vezes e de lembrar que um OUTRO MUNDO É POSSÍVEL!!!!!

LIBERTE O TIBETE é chinês PARA TI?


Texto afixado na fachada do edifício da R. do Passadiço 26: As últimas noticias que nos chegam do pacífico país Tibete, mostram que têm sido muitas as pessoas que se
Numa cidade a saque, reinventemos a vida. Decidimos ocupar esta casa porque necessitamos de um sensibilizam para esta causa, tendo vontade de fazer algo mais pelos tibetanos.
espaço onde possamos desenvolver actividades, que sirva como ponto de encontro e local de convívio. Comecemos pela Petição entregue no dia 7 de Abril na Assembleia da República. O representante da Casa da
Queremos também arranjar este casarão e habitá-lo. Não queremos exercer direito de propriedade sobre a Cultura do Tibete, José Cardal, entregou no passado dia 7 de Abril, na Assembleia da República (AR) uma petição
casa, queremos sim torná-la útil para o bairro e para todos. Numa cidade onde a vida se aborrece esta casa assinada por 11 mil pessoas solicitando a condenação pelo Parlamento, da violência registada no Tibete.
estava morta, agora está a ser recuperada. Estamos fartos dessa coisa dos ricos e dos pobres, dos polícias No documento é pedida a condenação da “falta de liberdade religiosa e de direitos humanos no Tibete”, por parte
e dos ladrões, esta casa estava vazia e faz todo o sentido que alguém a utilize. da AR. No final de uma audiência de cerca de 45 minutos com o presidente da Assembleia da República, José Cardal
afirmou que Jaime Gama deu "bom acolhimento" à petição organizada nas últimas três semanas. Segundo a legislação,
uma petição com mais de 4.000 assinaturas é obrigatoriamente discutida em plenário da Assembleia da República. Esta
questão do Tibete foi já discutida no Parlamento, no dia 26 de Março, pouco dias depois das notícias sobre a violência
das autoridades chineses sobre os monges tibetanos.
Outra noticia sobre a liberdade tibetana, chega-nos de França. A tocha
Olímpica dos Jogos Olímpicos de Pequim foi apagada, durante o percurso da chama
pela capital francesa, no dia 7 de Abril, poucos minutos depois de começar o périplo
devido às manifestações pró-Tibete.
Vários militantes ecologistas, alguns elementos dos Repórteres Sem
Fronteiras e um membro do Partido dos Verdes francês, entre muitos outros, tentaram
travar o percurso da chama, o que obrigou as autoridades a apagá-la e a colocá-la
dentro de um autocarro.
Na altura era o atleta Stéphane Diagana que transportava a tocha, estimando-se que
possam ter estado envolvidas nas manifestações pró-Tibete e contra os Jogos de
Pequim pelo menos 500 pessoas, a maioria das quais junto à Torre Eiffel. Várias
medidas de segurança foram tomadas em França, pois durante o percurso da chama,
no dia 6 de Abril, em Londres, foram registados vários acidentes. Na capital britânica
foram detidas 37 pessoas, e em França pelo menos 4, pois protestavam contra a
repressão chinesa no Tibete.

8 17
Ministério da Agricultura PENHORADO! C.O.S.A.
No dia 3 de Abril, pelas 15 horas, o "A 13 de Outubro do ano 2000, um grupo de jovens setubalenses decidiu tomar nas suas mãos a gestão
Ministério da Agricultura foi penhorado de um espaço comunitário, político e aberto à expressão e acção livre, sem controlo externo, sem lucro,
por tribunal popular em plena Rua sem autoridade..
Augusta. Sob vigilante atenção policial, Ocuparam um espaço abandonado transformando a
uma panóplia de actores amadores, apatia e o vazio em sonhos e experiências de
percursores energéticos e espectadores liberdade, autonomia e auto gestão.
atentos, assistiu-se a um Teatro de Rua Passaram 7 anos de organização assembleária e
do GAIA, que demonstrou como a horizontal, largas dezenas de concertos, ateliers,
ignorância do Governo face ao cultivo dos debates, exposições, todo o convívio, partilhas de
transgénicos pode prejudicar conhecimentos e auto-aprendizagem, as
drasticamente a vida dos agricultores actividades sem lucro e a intervenção política e
tradicionais portugueses e o ecossistema. social. Passou tudo isto , e a "Casa da Juventude",
Esta acção visou denunciar as eterna promessa autárquica de todas as cores,
irregularidades e contradições do Fundo nunca passou das bocas mentirosas dos políticos
de Compensação aprovado pelo Ministério profissionais.
da Agricultura. Este fundo encontra-se
previsto no Decreto-Lei 387/2007 Passaram os Mata Cáceres A mesma História que muitos querem apagar e esquecer pois são as
que alega que a contaminação (...) e Carlos de Sousa; os estórias que dignificam a cidade de Setúbal como uma terra combativa,
poderá conduzir a uma vários comandantes da PSP que invocam as lutas dos operários e operárias anarco-sindicalistas do
desvalorização económica dos e 3 governadores civis, os inicio do século XX, as vidas e as batalhas dos Pescadores, as
produtos, com consequências processos judiciais, a movimentações populares do pós-25 de Abril, as lutas populares contra
negativas para o respectivo repressão policial e as a co-incineração e a Secil, as bandeiras negras do protesto e do conflito.
agricultor. O referido Fundo de Compensação estipula que, quando provada a ocorrência de difamações nos jornais,
contaminação de cultivos convencionais ou biológicos por plantas transgénicas, supostamente passou tudo isto e a Casa
recompensa os agricultores que sofrem contaminação transgénica. Este Fundo, além de Okupada resiste. São diversos os exemplos de Lutas daqueles que deixaram de esperar
desresponsabilizar as empresas produtoras de sementes, tem cláusulas restritivas e recursos de tal modo milagres e tomaram o controlo das suas vidas nas suas próprias mãos,
limitados, que o GAIA acredita que dificilmente os agricultores convencionais terão acesso a Passaram 7 anos, e agora inspirando-nos mutuamente, e reinventando a capacidade de
indemnizações em caso de contaminação. nem a polícia, nem os imaginarmos e criarmos colectivamente uma terra Livre, Solidária e
Para alegadamente proteger os agricultores que sofrem contaminação, o Fundo de Compensação é tribunais poderão apagar Combativa.
financiado pelo pagamento de uma taxa de 4 € pela aquisição de 80 000 sementes de milho transgénico, este capítulo da história
por parte do agricultor. Na opinião de Eng.º Gualter Barbas Baptista, investigador em Economia Ecológica insubmissa e rebelde Estes 7 anos, já ninguém nos tira!
e activista do GAIA, «além de todas as burocracias e dificuldades que inviabilizam a utilização deste fundo setubalense. Casa Okupada Setúbal Autogestionada”
pelos agricultores, a taxa estabelecida cria um montante ridiculamente baixo. Com cerca de 4 000
hectares de milho transgénico em Portugal, o Fundo de Compensação serve para pagar os custos de 30 a
40 análises de contaminação aos agricultores. A contaminação de 100 hectares de milho convencional ou
biológico, ocorrência altamente provável, ultrapassaria largamente o montante disponível no Fundo de
Compensação».

Recentemente, a Roménia e a França agricultores convencionais ou biológicos que


suspenderam o cultivo de milho transgénico nos sofrem a contaminação e perdem o acesso a
respectivos países juntando-se à Áustria, Hungria, mercados».
Polónia, Itália (confirmar) e Grécia. As decisões
da Roménia e da França, aqueles que são Depois de anos de estudos que apontavam
dos maiores produtores de milho da Europa para o impacto negativo do cultivo de
apoiaram-se em vários estudos científicos transgénicos, nomeadamente no meio ambiente,
que apontam para possíveis impactos do a resistência a esta tecnologia é agora maior que
milho transgénico MON810 (milho nunca na Europa. Países individualmente,
insecticida) na saúde humana, na utilizando a legislação corrente para resistir à
biodiversidade e na economia agrícola. pressão da Organização Mundial do Comércio de
generalizar o cultivo de transgénicos, têm vindo a
Nas palavras do Eng. Gualter Baptista «o suspender o cultivo, baseados em ameaças que
Ministério da Agricultura continua a ignorar os se apresentam cada vez mais reais e irreversíveis.
alertas e as tomadas de posição dos países Portugal não pode ignorar a actual rejeição
parceiros da UE, colocando em risco toda a e resistência ao cultivo de transgénicos e deve
economia agrícola nacional. A maioria dos aplicar o Princípio da Precaução para acautelar o
produtores de milho na Europa já perceberam que seu futuro. «A política nacional agrícola deve ir de
os cidadãos não querem consumir transgénicos e encontro às necessidades dos agricultores, dos
tomaram medidas de precaução, proibindo o seu consumidores e dos ecossistemas – e não servir
cultivo. Este Governo tenta convencer-nos que a os lucros das empresas sementeiras», afirma João
coexistência é possível, mas a contaminação é Martins, coordenador da Campanha das
inevitável e quem perde são sempre os Sementes Livres de Transgénicos do GAIA.

16 9
Na sexta-feira 8 de Dezembro de 2007, o Grémio Lisbonense foi despejado
BioCombustíveis
por meio de uma violenta carga policial.

?
Acorrendo a uma chamada para uma concentração contra o seu despejo, uma centena de pessoas
juntou-se à porta da associação. Por volta das 19:30h, a assembleia reunida no local resolve partir para a
ocupação da escadaria do Grémio e, segundo um relato:
“A guardar a porta do Grémio estavam cinco mercenários de azul. Reparámos que tinham retirado as suas
identificações do peito. Mal chegámos junto dos polícias, um deles perguntou “que fazem aqui?”. Uma
companheira respondeu simplesmente “Estamos aqui” e os polícias começaram a empurrar e a agredir à
bastonada as pessoas que ocupavam a escada, fazendo-os cair sobre os que estavam mais em baixo na
escada. Aqueles que lá estavam não desmobilizaram gritando “O Grémio é nosso” e palavras contra a
repressão policial. Pouco tempo depois chegam reforços e uma nova investida tem lugar com a polícia a
querer chegar ao primeiro andar do edifício à bastonada e ao pontapé. A polícia criou um cordão policial
na rua e disse às pessoas para circular mas a concentração ainda se manteve algum tempo no arco por
baixo do edifício. Várias pessoas tiveram que receber tratamento hospitalar e uma pessoa foi detida e
levada para a esquadra. Lá foi espancado violentamente por um policia que se encontrava na operação.
A situação do Grémio (associação que contava já com 150 'PJ classifica acção contra campo de milho transgénico
anos de existência) era a da eminência de um despejo, que tinha
como pretexto umas obras realizadas sem autorização do como "terrorismo", no relatório da Europol'
proprietário.
Nos últimos meses o Grémio tornou-se um espaço de convívio e de O último relatório da Europol sobre as tendências do terrorismo
actividades como workshops de dança, serigrafia, Árabe, [1], classifica a ceifagem do campo de milho transgénico em Silves
apresentações de publicações, feiras de discos e fanzines entre
como acto de terrorismo. Na França, Alemanha ou Reino Unido, este
outras coisas.
Para o local o senhorio perspectiva um hotel, coisa que não
tipo de acções, muitas delas bastante mais radicais, decorrem de forma
é de admirar já que o Grémio se situa em pleno Rossio, uma zona sistemática, mas não vêm classificadas neste relatório como actos
de ampla transformação em espaço unicamente de comércio e terroristas. Neste momento estão também em curso acções de
turismo. ocupação de campos de cultivo experimental de transgénicos na
A baixa lisboeta, zona onde se prevê a instalação 32 câmaras de vigilância, é o perfeito exemplo Alemanha [2].
da transformação de espaços públicos em fortalezas de controlo e paraísos do capital, envolvidos em
multinacionais milionárias e vigilância policial. O Rádio Clube Português fez uma reportagem [3] sobre esta
Os episódios quotidianos de violência policial continuam constantemente a acontecer e ontem foi
na Baixa de Lisboa. Estes episódios tomam lugar nas ruas de bairros sociais, nas esquadras de polícia,
classificação no relatório da Europol. Nem o advogado de acusação
nos centros de detenção de imigrantes e em todos os sítios onde o Estado queira impor a sua ordem. consegue ver qualquer forma de terrorismo nesta acção. Um especialista
Http://bastounada.blogspot.com em direito penal diz não ver qualquer relação entre a acção de
Silves e actos terroristas.
UM DIA A CULTURA VAI ABAIXO…
A câmara municipal de Évora pretende criar uma pressuposto essencial da sua realização. É evidente o interesse que o governo português tem em esmagar
empresa municipal que se responsabilize pela a oposição aos transgénicos, ao classificar uma acção política
gestão dos espaços culturais da cidade. Tal Como resposta a este projecto, formou-se uma pacífica e não violenta como acto de terrorismo (o relatório é
medida vem impor um critério economicista sobre plataforma de contestação, com vista a defender elaborado a partir das contribuições das entidades responsáveis de
a cultura, passando esta a constituir toda aquela “os trilhos da resistência de uma identidade cada país). Quando a democracia é fraca, a polícia, neste caso a
manifestação de algo…que dá lucro. Assim, cultural que se afirma pela diferença e que tem Polícia Judiciária tem o terreno livre para colocar este tipo de
eventos como a Bienal de Marionetas, o FIKE – escapado à homogeneização totalizante do
disparates num relatório. Quem sofre somos todos aqueles que lutamos
Festival internacional de Curtas Metragens, o consumo de uma chamada "cultura" de massas,
Festival Escrita na Paisagem, ou os Encontros de que mais não é do que “indústria do deuma forma ou outra por um mundo melhor, livre de transgénicos.
Música do Século XXI, serão sujeitos a avaliações entretenimento”, para a qual o lucro é o elemento
de viabilidade económica (e comercial), dominante”. *Notícia do Rádio Clube* (áudio [4])

Este plano não constitui um exemplo isolado, não [1]http://www.europol.europa.eu/publications/EU_Terrorism_Situation_and_Trend_Report


sendo difícil estabelecer relações de semelhança (ou _TE-SAT/TESAT2008.pdf
proximidade) com o caso do Grémio Lisbonense, em
[2]http://gaia.org.pt//node/14373
Lisboa ou do Rivoli, no Porto. Todos eles partilham a
ameaça à cultura enquanto espaço de
[3]http://radioclube.clix.pt/noticias/body.aspx?id=7015
reconhecimento, de criação, de liberdade, de [4]http://radioclube.clix.pt/asx/frame_sound.asp?sound_id=4639
emancipação e sua consequente transformação numa
mera mercadoria.
activa-te e manifesta-te:
www.petitiononline.com/cultev08/petition.html

10 15
O Jardim Das Virtudes, um dos poucos espaços verdes aprazíveis na zona
histórica do Porto, criado e aberto ao público como jardim municipal, encontra-se
desde há mais de um ano, vedado ao acesso do público, a pretexto de risco de
aluimento de terras nalguns dos seus trechos; mas até agora a Câmara Municipal do
Porto não se dignou informar os munícipes sobre a duração dos trabalhos necessários
à devolução daquele espaço verde à utilização do público;
EXIGIMOS Informação aos munícipes sobre o plano dos trabalhos e prazos de
execução que a Câmara Municipal do Porto tenciona levar a efeito naquele
espaço;

Breve história do Jardim das Virtudes


A área que hoje é designada de Parque das Virtudes, ou Jardim das Virtudes corresponde aos
terrenos de uma antiga quinta de grande importância para a cidade do Porto a nível histórico. Em meados
do século XIX, estes terrenos foram tomados pelo horticultor Marquês de Loureiro, que transformou o
espaço num horto de grande importância não só a nível nacional, como a nível europeu, sendo até
considerado o maior da Península Ibérica.
Neste espaço existiam uma série de estufas de aclimatização de plantas, onde se cultivavam uma
grande variedade de espécies exóticas, e onde se faziam diversas experiências a nível da horticultura.
O horto era reconhecido pela sua grande variedade e importância no desenvolvimento da botânica e
horticultura. O ex-libris deste horto era a grande diversidade de espécies de rosas, tendo sido feitas varias
exposições de rosas, no Palácio de Cristal, provenientes deste horto.
Ao longo do tempo, após o seu apogeu como horto internacionalmente reconhecido, este espaço,
entretanto adquirido pela Câmara do Porto, foi largado ao abandono, e foi alvo de uma série de
intervenções ridículas que descaracterizaram o espaço e destruíram acima de tudo a sua diversidade a
nível botânico.
Finalmente, após variadas tentativas de dar uso ao espaço, foi realizado um projecto de
recuperação para o espaço, onde se pretendeu adaptar o lugar para parque publico, dando a possibilidade
de usufruto do local em pleno, por todos os cidadãos do Porto, e salvando um dos locais com maior valor
histórico, paisagístico e natural da cidade do Porto. Possui uma localização estratégica, estando
posicionado no coração da zona histórica do porto, com vista para o rio e casario típico da freguesia de
Miragaia. É portanto um espaço com um potencial enorme para a valorização da cidade, um rasgo de
natureza e tranquilidade, preciosos para todos os cidadãos do Porto!
No entanto, este projecto desvalorizou a importância que este espaço teve outrora em termos
botânicos e de diversidade de espécies. O número e diversidade de espécies que aqui estão presentes
esta muito aquém do que foi em tempos. Existem outros problemas a nível da segurança dos utentes, por
causa da falta de protecção para os muros de suporte dos diversos terraços que compõem o jardim.
O jardim foi inaugurado, com a sua nova estrutura de parque, em 2003 (penso), no entanto a sua
inauguração (feita à pressa por causa da visita do presidente da republica que tinha de proceder à
inauguração do espaço na data x) aconteceu com o projecto ainda inacabado. A entrada do jardim,
continuou sempre como sendo um vergonhoso estaleiro. Qualquer pessoa que passe pela entrada deste
jardim e que não saiba que ele existe, pensa que ali não existe nada para ver. Muito poucas pessoas
frequentavam o espaço pelo simples desconhecimento da sua existência.
As obras nunca foram concluídas, a entrada continuou sempre com aspecto de espaço
abandonado. E qual foi a solução? Em vez de continuarem as obras, fecharam este refúgio precioso em
2006! Gastam-se dinheiros públicos para reabilitar espaços, cujas obras não se concluem, para depois
ficarem ao abandono. A desculpa é sempre que não há dinheiro... O problema da segurança para os
utentes, a meu ver é uma treta, mas no entanto é verdade que existem normas de segurança que
regulamentam os espaços públicos que tem de ser obrigatoriamente respeitadas, mas a solução para o
problema no caso das Virtudes não é difícil e muito menos dispendiosa (minha opinião pessoal de pessoa
que já fez um projecto para lá), comparado com projectos que se fazem no Porto, que são
descaradamente dispendiosos e sem qualquer utilidade.
A abertura do espaço mesmo sem a resolução do problema da segurança não me parece que seja
possível...não dá para abrir o espaço por trechos..o espaço é todo ele formado por socalcos, os muretes
de suporte de terras estão por todo lado...e são precisamente estes muretes o problema de segurança...a
única dificuldade em resolver este problema da segurança tem a ver com a compatibilidade entre essa
mesma segurança e o carácter do espaço. Por respeito ao traçado histórico, à tipicidade e beleza dos
muros de suporte dos socalcos, a colocação de vedações de segurança seria uma solução pouco
interessante (horrível) tirava a graça toda ao espaço. Mas por exemplo, acho que funcionaria mito bem, a
plantação de arbustos de médio porte nas bordas dos muros de modo a evitar que as pessoas,
principalmente crianças, se aproximem demasiado das bordas dos muros e caírem e espatifarem-se no
terraço abaixo. Eheheh (:

14 11
"Animais
são Amigos,
não Comida!"

Recorta e
imprime
em
autocolante,
distribui e
cola!
Sabotagem do No dia 14 de Fevereiro, quando a maior parte dos portuenses ocupava a suas cabeças
com trabalho e as suas carteiras com talões,
teu frigorífico, nós oKupámo-nos e fundimo-nos com o amor :) coração-com coração
do Aquele amor, que arrebita o coração e a alma e que nos ocupa de tal forma que se expande e se prolonga
pelo que nos rodeia.. ‘dá amor, não o compres!’
supermercado, Fomos para a rua sta catarina entrelaçar com mais braços e corações desoKupados.
Percebi o quanto é fácil pôr um sorriso na cara e no corpo de alguém!
do OKupem os braços de quem vos rodeia e
restaurante… desoKupem-se de medos que vos impedem de viver a vida a fundo!
Antes de ocupares matéria, ocupa o coração com sentimento
:) e perceberás o quanto o mundo precisa de amor para evoluir :)
Ocupa[-te]! Vive!

http://anarquiaeordem.googlepages.com/vegetarianismo

Sorri …
… estarás a ser filmado?
Tapar uma câmara de vídeo vigilância
perto de ti…pode ser um acto engraçado!

A Marcha Global da Marijuana (MGM) é uma iniciativa apartidária, pacifica e sem fins lucrativos, organizada por
cidadãos conscientes e informados que consideram ter direito a consumir uma substância que, no seu estado natural,
não representa um risco tão grande como as substâncias adulteradas que se obtêm no mercado clandestino.
A MGM insere-se num movimento global que pretende pôr fim à proibição do Cânhamo/Cannabis. Realiza-se sempre no
primeiro sábado do mês de Maio, em mais de 200 cidades em todo o mundo.
O objectivo desta marcha é apresentar à sociedade argumentos e propostas de políticas alternativas ao proibicionismo
vigente, para que o assunto seja seriamente discutido. A MGM defende que, tendo em conta que vivemos num país
democrático e livre, os cidadãos devem ter direito a escolher Um abaixo assinado com 50 mil assinaturas recolhidas num mês…vendedeiras na assembleia da republica …
com base em decisões informadas e responsáveis e desde Fevereiro de 2008, sábados agitados com concertos e movimentos
que não interfiram com a liberdade dos outros. Para saber
… semanas que passaram entre recolha de assinaturas e coordenação de esforços.
mais, consulta os sites:
A acção judicial, foi para tribunal, contra a câmara municipal do Porto…
www.mgmlisboa.org
www.mgmporto.org
www.globalmarijuanamarch.com/ Mas a acção pessoal pela defesa do Bolhão continua …
com as nossas compras do dia-a-dia a serem feitas lá no mercado que conhecemos e acreditamos!

SER um Consumidor CONSCIENTE … é SER um Cidad@o POTENTE!!


http://manifestobolhao.blogspot.com/!

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