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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINO

COORDENADORIA DISTRITAL DE EDUCAÇÃO 6


DECRETO Nº 08 DE 05 DE JUNHO DE 2005
ESCOLA ESTADUAL RUTH PRESTES GONÇALVES
Decreto Lei nº 23.443 de 04 de junho de 2003 GAGOV DO 03/06/2003

PROJETO CONTRA A EVASÃO ESCOLAR E DE AULAS


2020

Manaus – AM
2020
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINO
COORDENADORIA DISTRITAL DE EDUCAÇÃO 6
DECRETO Nº 08 DE 05 DE JUNHO DE 2005
ESCOLA ESTADUAL RUTH PRESTES GONÇALVES
Decreto Lei nº 23.443 de 04 de junho de 2003 GAGOV DO 03/06/2003

PROJETO CONTRA A EVASÃO ESCOLAR E DE AULAS


2020

Diretor:
Prof.º Sérgio Façanha

Manaus – AM
2020
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ESCOLA ESTADUAL PROF.ª RUTH PRESTES GONÇALVES
COORDENADORIA 06

SUMÁRIO

INTRODUÇÃ O.................................................................................................................................. 05
JUSTIFICATIVA............................................................................................................................... 05
CARACTERIZAÇÃ O DO PROJETO............................................................................................ 07
OBJETIVO.......................................................................................................................................... 10
OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................................. 10
AÇÕ ES A SEREM DESENVOLVIDAS EM 2020 PELO PROJETO CONTRA A 12
EVASÃ O ESCOLAR E DE
AULAS.....................................................................................................................................

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃ O....................................................................................... 13


CUSTOS (VALORES ESTIMADOS).................................................................................. 14
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................... 15

INTRODUÇÃO

A educaçã o, segundo estabelece a Constituiçã o (arts. 205 e 227), é um direito pú blico


subjetivo que deve ser assegurada a todos, através de açõ es desenvolvidas pelo Estado e
pela família, com a colaboraçã o da sociedade.
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COORDENADORIA
Quando trata especificamente do direito06 à educaçã o destinado à s crianças e
adolescentes, o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 4º) o descreve como um
dever da família, comunidade, sociedade em geral e do Poder Pú blico.
Destas normas, constata-se que a educaçã o nã o é um direito cuja
responsabilidade é imposta exclusivamente a um determinado ó rgã o ou instituiçã o. Na
verdade, é um direito que tem seu fundamento na açã o do Estado, mas que é
compartilhada por todos, ou seja, pela família, comunidade e sociedade em geral,
resultando evidente que a “educação deixou de ser um tema exclusivo dos trabalhadores
da área para ser uma questão de interesse de toda a sociedade”.
Assim, por força da Constituiçã o e do ECA, sã o parceiros necessá rios quando o
tema é educaçã o: Família, Escola, Conselho Tutelar, Conselho da Educaçã o, Conselho da
Criança e do Adolescente, Diretoria de Ensino, Secretarias de Educaçã o, Assistência
social e Saú de, Universidades, Policia Militar e Civil, Ministério Pú blico e Judiciá rio.
Devem atuar de forma independente e harmô nica (nos moldes dos poderes da
Uniã o) ou num regime de colaboraçã o mú tua e recíproca, sendo que, dependendo de
cada situaçã o, acabam atuando de forma direta ou indireta, para garantia da educaçã o. A
atuaçã o conjunta nã o tem o condã o de afastar a autonomia da escola, mas deixa evidente
que as açõ es tomadas no â mbito escolar sã o passíveis de controle e questionamentos.
Dentro desse contexto, verifica-se que, entre os vá rios problemas que afligem a
educaçã o, a evasã o escolar e a reiteraçã o de faltas injustificadas, apresentam-se como
um grande desafio à queles que estã o envolvidos com o referido direito. É uma questã o
relevante, a ponto do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelecer a necessidade ser
partilhado tal problema, para evitar a sua ocorrência, deixando de ser um problema
exclusivo e interno da instituiçã o de ensino. Quando tais situaçõ es se verificam,
constata-se que o direito à educaçã o nã o está sendo devidamente respeitado,
justificando a necessidade de intervençã o dos ó rgã os responsá veis, conforme apontados
na Constituiçã o e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Esta intervençã o, como já afirmado, há de ser compartilhada, posto que a simples
atuaçã o de um ó rgã o ou instituiçã o apenas, nã o garante o sucesso do regresso ou
permanência do aluno na escola. A intervençã o conjunta é a que melhor atende aos
interesses de todos, posto que cada um, dentro da sua especificidade, reú ne meios para
tentar reverter o quadro de evasã o ou infreqü ência do aluno. Ademais, a atuaçã o da
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escola junto COORDENADORIA
à família é diferente da intervençã 06
o do Judiciá rio ou do Conselho Tutelar
frente a mesma família. Somada as formas de intervençã o, a reversã o do quadro evasivo
se mostra mais eficaz.
Destarte, o combate à evasã o escolar ou reiteraçã o de faltas injustificadas dos
alunos é uma forma de garantir o direito à educaçã o, sendo um dever imposto a todos,
que devem atuar de forma independente e harmô nica, para garantir o sucesso da
intervençã o.

JUSTIFICATIVA

O plano de intervençã o tem a finalidade de criar estratégias para combater a


evasã o escolar ou até mesmo extingui-la. Busca como objetivo maior reintegrar o aluno
à comunidade escolar. É sabido que vá rios fatores levam os alunos a se afastarem da
escola. Como, dificuldades de aprendizagem, a necessidade do primeiro emprego, falta
de interesse pela escola, doenças, falta de incentivo familiar, mudança de endereço,
gravidez, entre outros. Entretanto é necessá rio criar estratégias pedagó gicas para
minimizar ou solucionar alguns desses problemas. O trabalho em rede (gestores,
pedagogos, professores, conselho tutelar, família e secretaria de educaçã o) facilita essa
intervençã o, mas é imprescindível a açã o do poder pú blico em alguns casos
Sã o vá rias e as mais diversas as causas da evasã o escolar ou infreqü ência do
aluno. No entanto, levando-se em consideraçã o os fatores determinantes da ocorrência
do fenô meno, pode-se classificá -las, agrupando-as, da seguinte maneira:

 Escola: nã o atrativa, autoritá ria, professores despreparados, insuficiente, ausência de


motivaçã o, etc.
 Aluno: desinteressado, indisciplinado, com problema de saú de, gravidez, etc.
 Pais/responsáveis: nã o cumprimento do pá trio poder, desinteresse em relaçã o ao
destino dos filhos, etc.
 Social: trabalho com incompatibilidade de horá rio para os estudos, agressã o entre os
alunos, violência em relaçã o a gangues, etc.
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Estas causas, como já COORDENADORIA 06
afirmado, sã o concorrentes e nã o exclusivas, ou seja, a
evasã o escolar se verifica em razã o da somató ria de vá rios fatores e nã o
necessariamente de um especificamente. Detectar o problema e enfrentá -lo é a melhor
maneira para proporcionar o retorno efetivo do aluno à escola.
Por fim, estas açõ es sã o complexas, posto que para detectar tais causas, há
diversos interesses que camuflam a real situaçã o a ser enfrentada. Com efeito. Ao colher
informaçõ es juntos aos professores e/ou diretores, muitos apontarã o como causa da
evasã o as questõ es envolvendo os alunos. Estes por sua vez, apontam como motivo a
pró pria escola, quando nã o os professores diretamente, entre outras causas. Há uma
troca de “acusaçã o”, quanto aos motivos determinantes da evasã o. O importante é
diagnosticar o problema para buscar a soluçã o, já que para cada situaçã o levantada
existirá um caminho a ser trilhado. O objetivo principal é detectar os casos de evasã o e
entã o favorecer e facilitar o acesso e a permanência dos alunos.

OBJETIVO GERAL

O objetivo principal é detectar os casos de evasã o e entã o favorecer e facilitar


o acesso e a permanência dos alunos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Assegurar a permanência dos alunos no contexto escolar.


 Elucidar educadores, famílias e estudantes quanto à importâ ncia da educaçã o em
nossas vidas.
 Conscientizar os alunos de seus deveres e direitos. Executar o acompanhamento
da freqü ência (assiduidade) dos alunos.
 Trabalhar em rede integrada (gestores, pedagogo, conselheiros e professores). 
Realizar o levantamento de freqü ência dos alunos. 
Sempre que possível
 Entrar em conato com os responsá veis dos alunos que se encontrem em processo
de evasã o escolar e de aulas. 
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 COORDENADORIA
Colocar aviso nos painéis da escola.  06

 Contatar informar conselheiros e responsá veis ou pais.


 Reuniõ es com professores, pais e alunos.
 Envolver as famílias nas atividades escolares (colegiado). 

FORMAS DE INTERVENÇÃO

Como afirmado, dependendo de cada uma das situaçõ es detectadas, ocorrerá a


intervençã o daquelas pessoas e instituiçõ es que estã o diretamente obrigadas com a
educaçã o, por força da Constituiçã o e do Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo
que atuarã o dentro dos limites de sua competência e atribuiçã o, utilizando-se de todos
os recursos disponíveis.
Assim, pode-se constatar as seguintes situaçõ es:
a) ESCOLA
Quando a evasã o dos alunos ocorre em razã o da escola (incluindo a parte
pedagó gica, pessoal e material), devem atuar diretamente para solucionar o problema, a
pró pria ESCOLA, e a SECRETARIA DE EDUCAÇÃ O, visando a melhoria do ensino, para
torná -lo mais atraente ao aluno evadido.
b) ALUNO
Quando o problema da evasã o estiver centrado no comportamento do pró prio
aluno, a intervençã o direta deve ocorrer na (e pela) FAMÍLIA, ESCOLA, CONSELHO
TUTELAR, MINISTÉ RIO PÚ BLICO e PODER JUDICIÁ RIO. A atuaçã o da família e da Escola
é a mais ampla possível, sendo que os demais atuam com base no que diz a legislaçã o
menorista (ECA) ou da educaçã o (LDB).
c) PAIS/RESPONSÁ VEIS
No caso do aluno deixar de freqü entar a escola, em razã o do comportamento dos
pais ou responsá veis, a intervençã o ocorrerá diretamente pela ESCOLA, CONSELHO
TUTELAR, MINISTÉ RIO PÚ BLICO e PODER JUDICIÁ RIO.
d) SOCIAL.
Por fim, quando se constata que a evasã o escolar se verifica por questã o social,
como trabalho, falta de transporte, medo de violência, etc., devem atuar diretamente
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para solucionar o problema aCOORDENADORIA 06 CONSELHO TUTELAR,
FAMÍLIA, ESCOLA, MINISTÉ RIO
PÚ BLICO e PODER JUDICIÁ RIO.

QUANDO INTERVIR PARA EVITAR A EVASÃO ESCOLAR

Segundo estabelece o artigo 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educaçã o a carga


horá ria mínima anual, para a educaçã o bá sica, nos níveis fundamental e médio, será de
oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho
escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver (I). Estabelece
ainda que o controle de freqü ência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu
regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqü ência mínima
de setenta e cinco por cento (75%) do total de horas letivas para aprovaçã o (VII).
Assim, a intervençã o com sucesso para evitar a ocorrência da evasã o escolar ou
infreqü ência do aluno, deve se realizar quando se constata que a sua ausência pode
comprometer o ano letivo, ou seja, a intervençã o tem que ser preventiva, para nã o
prejudicar ainda mais o aluno.
O principal agente do processo para o combate a evasã o escolar é o PROFESSOR,
face ao seu contato direto e diá rio com o aluno, cabendo diagnosticar quando o mesmo
nã o está indo a escola (injustificadamente) e iniciar o processo de resgate.

PROCEDIMENTO PARA INTERVENÇÃO

Uma vez que a evasã o e infreqü ência do aluno é um problema que deve ser
compartilhado por todos aqueles que sã o apontados como responsá veis pela educaçã o
(família, comunidade, sociedade em geral e o Poder Pú blico) e tendo em vista o disposto
no artigo 56, II do ECA, que determina aos dirigentes de estabelecimentos de ensino
fundamental a comunicaçã o ao Conselho tutelar dos casos de reiteraçã o de faltas
injustificadas e de evasã o escolar, esgotados os recursos escolares, torna-se necessá rio
estabelecer um procedimento uniforme para uma atuaçã o eficiente de uma rede
envolvendo todos os agentes responsá veis. Há necessidade de se elaborar um plano de
orientaçã o das açõ es a serem executadas.
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O COORDENADORIA
professor é quem inicia 06 aciona a rede de
o processo, quem combate à evasã o,
mas os atos seguintes devem ser concatenados, tendo todos ciência das medidas
tomadas ou que irã o ser tomadas, para o sucesso da intervençã o.
Este procedimento deve atender à s peculiaridades de cada regiã o, competindo
aos ó rgã os envolvidos estabelecer a melhor forma de como intervir, com detalhamento
de cada ato, até a final intervençã o do Poder Judiciá rio. É conveniente que todos tenham
ciência das providências já tomadas, para se evitar a repetiçã o de açõ es.
Existem alguns modelos que podem ser seguidos, tais como:

FICAI – FICHA DE COMUNICAÇÃO DE ALUNO INFREQÜENTE

Esta atuaçã o ocorre em um prazo de 5 semanas, assim distribuído: uma semana


para o professor da turma ou disciplina dar o alerta à direçã o; uma semana para a
equipe diretiva, juntamente com o Conselho Escolar (e a comunidade), tomar as
providências no â mbito escolar; duas semanas para o Conselho tutelar aplicar as
medidas cabíveis; e uma semana para o Ministério Pú blico exercer suas atribuiçõ es.
Esgotadas as providências no â mbito escolar para reinserçã o do aluno, caberá a
Equipe Diretiva encaminhar a 1ª e 3ª vias das fichas do FICAI ao Conselho Tutelar e, na
sua falta à Autoridade Judiciá ria, resumindo os procedimentos adotados. O Conselho
tutelar, no â mbito de suas atribuiçõ es, poderá tomará as medidas pertinentes em
relaçã o aos pais ou ao aluno. Nã o logrando êxito, encaminhará a 1ª via da ficha do FICAI
à Promotoria de Justiça, comunicando a escola tal providência. De posse da 1ª via, o
Promotor de Justiça, ciente das medidas tomadas pela escola e pelo Conselho tutelar, no
â mbito de suas atribuiçõ es, buscará resgatar o aluno. Em qualquer caso, o Promotor de
Justiça dará ciência do ocorrido ao Conselho Tutelar e à Escola, efetuando a devoluçã o
da 1ª via da ficha do FICAI à escola, que registrará o ocorrido na 2ª via (que tinha ficado
na pró pria escola), encaminhando a 1ª via à Secretaria da Educaçã o1.

LEI N.º 10.498 DE 05 DE JANEIRO DE 2000 – MAUS TRATOS

1
ROCHA, Simone Mariano. FICAI – Um instrumento de rede de atenção pela inclusão escolar. In:
BRANCHER, Leoberto Narciso (organizador). O direito é aprender. Brasília: Fundescola/Projeto
Nordeste. 1999. p.41.
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Outro procedimento que pode ser seguido06é o da Lei n.º 10.498 de 05 de janeiro
de 2000 que estabelece um rito para a denú ncia referente a maus tratos no Estado de
Sã o Paulo. A referida lei contempla uma ficha padrã o (modelo) a ser encaminhada pelos
ó rgã os interventores, na qual constam os dados de quem faz a denú ncia, da vítima
(criança ou adolescente), breve relato da situaçã o e o tipo de violência identificada.
No caso da evasã o escolar, a referida ficha poderia ser adaptada, constando a
identificaçã o do professor informante e da escola onde o aluno estuda. Dados
identificadores do referido aluno e um breve relato de sua situaçã o em relaçã o à evasã o
ou nú mero de faltas, bem como de seu rendimento escolar. A seguir, com o
preenchimento de campos específicos, poderia identificar as medidas tomadas pela
escola quanto à s providências para resgatar o aluno evadido e seus resultados, para
posterior encaminhamento ao Conselho Tutelar e na sua falta à Autoridade Judiciá ria.
Haveria também, a necessidade de se estabelecer uma seqü ência de informaçõ es quanto
aos procedimentos adotados por cada ó rgã o interventor, para se estabelecer a rede.

A INTERVENÇÃO DO CONSELHO TUTELAR

O Conselho Tutelar corresponde ao controle externo da Escola quanto à


manutençã o do aluno no referido estabelecimento de ensino. Este controle nã o envolve
a atuaçã o da escola e sim o aluno evadido ou infreqü ente e seus pais ou responsá veis.
Por isso, sua intervençã o é supletiva, somente ocorrendo apó s a escola ter esgotado os
recursos para a manutençã o do aluno. Está amparada nos artigos 56, II e 136, I e II do
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Com relaçã o aos alunos evadidos ou infreqü entes, as medidas de proteçã o que o
Conselho Tutelar poderá tomar estã o especificadas no artigo 101, I a VII do Estatuto da
Criança e do Adolescente, sendo as seguintes:

I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;


II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III – matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino
fundamental;
IV – inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e
ao adolescente;
V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime
hospitalar ou ambulatorial;
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COORDENADORIA
VI – inclusão 06 ou comunitário de auxílio, orientação e
em programa oficial
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII – abrigo em entidade.

Quanto aos pais ou responsá veis as medidas aplicadas pelo Conselho Tutelar
estã o previstas no artigo 129, I a VII do Estatuto da Criança e do Adolescente, e sã o as
seguintes:

I – encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;


II – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos.
III – encaminhamento à tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV – encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V – obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e
aproveitamento escolar;
VI – obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento
especializado;
VII – advertência.

Pode ainda representar ao Ministério Pú blico, para eventual propositura de açã o


civil pú blica, quando o problema é relativo à escola (art. 208, pará grafo ú nico do ECA).

A INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E JUDICIÁRIO

Uma vez esgotada a intervençã o do Conselho Tutelar sem sucesso quanto ao


retorno do aluno evadido, deve o mesmo comunicar o fato ao Ministério Pú blico ou à
Autoridade Judiciá ria. ( art. 136, III, “b” e IV do ECA).
A intervençã o, neste caso, é mais ampla podendo ser aplicada a criança ou
adolescente qualquer uma das medidas de proteçã o (art. 101) bem como as medidas
pertinentes aos pais ou responsá veis (art. 129) ou seja, além daquelas que o Conselho
Tutelar aplica, ainda pode ocorrer a colocaçã o da criança ou do adolescente em família
substituta (art. 101, VIII), a perda da guarda, destituiçã o da tutela e a suspensã o ou
destituiçã o do pá trio poder (art. 129, VIII, IX e X).
Estas ú ltimas medidas sã o mais drá sticas, mas têm previsã o legal, posto que o
legislador menorista apontou como um dos deveres dos pais a educaçã o dos filhos (art.
22 e 55 do ECA). Nã o cumprindo tal dever, pode ser suspenso ou destituído do pá trio
poder ( art. 24 do ECA).
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COORDENADORIA
Também pode ser processado 06
criminalmente pela infraçã o ao artigo 246 do
Có digo Penal, que trata do abandono intelectual. Esta abandono intelectual refere-se à
instruçã o primá ria2, só os pais respondem (ficando de fora os responsá veis – guardiã es,
tutores, padrastos, madrastas, etc.), sendo que esta obrigaçã o decorre do pá trio poder
(art.22) e da obrigaçã o que a lei lhe impõ e quanto à necessidade de matricular o filho na
escola (art.55).
Os pais ou responsá veis também poderã o responder por infraçã o administrativa
prevista no ECA (art. 249), quanto ao fato de descumprir, dolosa ou culposamente, os
deveres inerentes ao pá trio poder, ou decorrentes da tutela ou guarda, bem como
determinaçã o da Autoridade Judiciá ria ou do Conselho Tutelar. Neste caso estã o sujeitos
a uma multa de três a vinte salá rios de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.

AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS EM 2020 PELO PROJETO EVASÃO ESCOLAR E DE


AULAS.

ORDEM AÇÃO MÊS


01 Reuniõ es acerca da evasã o e gazeteio em todas as
discussõ es com o corpo docente nas reuniõ es de ANO LETIVO
planejamento e pais/mestres.
02 Realizaçã o da freqü ência diariamente a tradicional
ANO LETIVO
chamada em todas as aulas.

2
O Código Penal é de 1940 e não sofreu mudança quanto a alteração terminológica referente a educação
fundamental.
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03 COORDENADORIA
Realizaçã o do “CHAMADÃ 06
O”, momento em que gestor
e/ou o servidor indicado por este a efetuar a chamada
MENSAL
nominal de todos os alunos, em todas as turmas e,
turnos durante o início de cada mês.
04 Realizaçã o do censo escolar com preenchimento das
tabelas com dados de aprovaçã o, reprovaçã o e
FEVEREIRO
movimento escolar solicitadas anualmente pelo
A MAIO
instituto nacional de estudos e pesquisas educacionais
Anísio Teixeira (INEP)
05 Manutençã o do sistema presença do bolsa família a cada
ANO LETIVO
2 meses, com envio da freqü ência escolar dos alunos.
06 Sempre que for necessá rio recorrer ao conselho tutelar
(que entra em contato com as famílias para garantir que
os direitos de crianças e adolescentes sejam cumpridos) ANO LETIVO
ou, em ú ltimo caso, ao ministério pú blico (que toma as
medidas judiciais cabíveis).
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COORDENADORIA 06
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES

ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

ORDEM 01
▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬
ORDEM 02
▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬
ORDEM 03
▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬
ORDEM 04 ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬
ORDEM 05 ▬ ▬ ▬ ▬
ORDEM 06 ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬
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ESCOLA ESTADUAL PROF.ª RUTH PRESTES GONÇALVES
CUSTOS PARA EXECUÇÃO DOCOORDENADORIA
PROJETO (VALORES06 ESTIMADOS)

Especificação Qtde. Valor Unitário Valor Total


BANNER 40 40,00 1.600,00
DESLOCAMENTO PARA
100 20,00 2.000,00
VISITAÇÃ O.
Contato telefô nico 12 480,00 480,00
TOTAL R$ 4.080,00

Os recursos para a execuçã o deste projeto totalizam o valor global de R$ 4.080,00 (quatro mil
e oitenta reais), a ser desenvolvido no exercício de 2020.

BIBLIOGRAFIA
17
ESCOLA ESTADUAL PROF.ª RUTH PRESTES GONÇALVES
LOPES, COORDENADORIA
Maurício Antonio Ribeiro. 06 à Lei de Diretrizes
Comentários e Bases da
educação. Sã o Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999.

ROCHA, Simone Mariano. FICAI – Um instrumento de rede de atençã o pela inclusã o


escolar. In: BRANCHER, Leoberto Narciso (organizador). O direito é aprender.
Brasília: Fundescola/Projeto Nordeste. 1999.

________ Compromisso com a inclusão escolar. Disponível na Internet no site do Centro


de Apoio das Promotorias da Infâ ncia e da Juventude do Ministério Pú blico do Rio
Grande do Sul - via www.mp.rs.gov.br/cao. Junho/2000.

KOZEN, Afonso Armando. Direito a educação escolar. Disponível na Internet no site do


Centro de Apoio das Promotorias da Infâ ncia e da Juventude do Ministério Pú blico
do Rio Grande do Sul - via www.mp.rs.gov.br/cao – Junho/2000

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