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PORTFÓLIO 2

Oficina
de Formanda: Maria Ofélia Pinto
Temporão Igreja
Forma
ção -
Recurs
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Educat
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PORTFÓLIO 2

Introdução

Vivemos na sociedade do conhecimento, onde a informação é

facilmente acedida e partilhada. Num gesto rápido estamos a par de

notícias, de acontecimentos presentes ou passados, acedemos a imagens de

satélite ou comunicamos visualmente com pessoas noutros lugares

longínquos. Lidamos sistematicamente com televisão, telemóveis,

computadores, internet, em casa, no trabalho, na escola, no hipermercado,

na rua… somos confrontados com novas tecnologias e desafiados a aprender

a usá-las para nos adaptarmos à realidade. Se para a maioria dos

professores estas tecnologias são grandes inovações recentes, para os

jovens e alunos nos dias de hoje, são instrumentos corriqueiros. Além do

comum computador ligado à internet, há uma panóplia de instrumentos que

permitem rápido acesso a informação disponível na rede como iPods,

tablets, netbooks, smartphones, entre outros. Os alunos de hoje, já

nasceram no mundo da tecnologia, da troca de informação rápida, das

pesquisas céleres e de fácil acesso. Estão familiarizados com recursos

tecnológicos do domínio visual, o que é um desafio ao professor ensinar e

acompanhar usando as melhores estratégias considerando a importância da

imagem e da linguagem no processo ensino/aprendizagem. De acordo com

Botelho (2009), verificamos que os jovens alunos são cada vez mais

conhecedores e utilizadores destas ferramentas, o que leva os professores,

por maioria de razão a não se afastarem desta realidade. Os recursos

digitais tornam-se estruturantes e mediadores do processo de ensino e

aprendizagem, no qual cada professor e alunos são elementos indispensáveis

para a construção do conhecimento, trabalhando em conjunto. De acordo

com Varella, Vermelho, Hesketh & Silva (2002), acredita-se que aliada à

aprendizagem colaborativa, a tecnologia possa potencializar as situações em


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que professores e alunos pesquisem, discutam e construam individualmente

e coletivamente os seus conhecimentos. As tecnologias podem proporcionar

benefícios educacionais e novas estratégias pedagógicas. A sua lógica de

ação pode ser capaz de utilizar novos moldes para aprender e comunicar,

partilhando valores e sentidos. Por tais motivos, entendi que deveria

frequentar esta oficina de formação.

No final da nossa primeira sessão, foi-me proposto a exploração do

mural da plataforma, criando dois artigos diferentes, um a nível macro, de

interesse para todo o município/agrupamento, e outro a nível micro, de

interesse para a turma, assim como a criação de um crachá, em contexto

das minhas práticas pedagógicas. 

Sendo, o Passado do Meio Local, um dos conteúdos a lecionar, na altura,

resolvi, juntamente com os meus alunos “viajar” pelo concelho. Compilamos a

informação e criamos um artigo intitulado “Um pouquinho de Monção” (muito

mais haveria a dizer), que publicamos na plataforma, a nível macro.

Para conhecermos a nossa localidade precisamos saber quais os seus

usos, costumes, lendas, tradições, monumentos, ruínas e museus.

  A história da nossa   localidade pode estudar-se através de diversas

fontes:

 - Fontes orais (conversar com pessoas mais velhas); -Fontes escritas

(livros, revistas, enciclopédias…) - Imagens (postais, fotografias…);

-Registos audiovisuais;( vídeos, filmes…); -Edifícios (igrejas, pelourinhos,

museus, castelos, brasões, pontes…) - Vestígios materiais (muralhas,

ruínas…). 

A turma V3B quis então, conhecer algum do Património histórico local

e nas aldeias, do nosso concelho e vila pudemos encontrar diversos bens

materiais ou imateriais com valor histórico, como por exemplo: 


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 - Estátuas ou bustos. Estes foram construídos para homenagear pessoas

que, pelos seus atos, contribuíram para a história local ou do país; 

- Vestígios romanos e árabes que são sinais da presença do povo romano

e árabe no território português, tais como: pontes, aquedutos estradas,

habitações, castelos …; 

-Sabemos, que os Pelourinhos, são colunas de pedra colocadas numa

praça central e que eram símbolo do poder judicial do concelho. Nesses

locais puniam- se todos os que desobedecessem à lei. (não temos imagem de

algum Pelourinho no nosso concelho).

Encontramos também o nosso foral. E ficamos a saber que o Foral,

foi um documento concedido pelo rei, nos quais este estabelecia os deveres

e os privilégios (regalias) dos seus habitantes, bem como os limites da

localidade O Foral foi concedido a Monção, no dia 12 de março de 1261, pelo

rei Afonso III. Todos os anos, o dia 12 de março é feriado municipal em

Monção, para se comemorar a entrega do foral. 

Ainda conhecemos alguma gastronomia, bem como, festas e artesanato.  


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Dias depois, seguiram-se os “adjetivos”. Surgiu então, a ideia de criar,

coletivamente, um pequeno texto, onde descrevemos uma personagem. No

final, foi proposto aos alunos que fizessem a leitura do texto e através do

desenho, descobrissem a personagem descrita. Criamos o artigo que

intitulamos “A brincar também se aprende” que publicamos a nível micro.


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Os alunos mostraram-se empenhados e interessados na realização das


tarefas. Foram crianças autónomas e bastante participativas em todas as
fases da atividade.
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Terminada a primeira tarefa proposta decidi, criar um crachá que

atribuí, a todos os meus alunos, como forma de recompensa pelo seu

empenho, capacidade de trabalho e dedicação, às tarefas que lhe foram

propostas. A escolha deste crachá deveu-se ao facto de a cor

verde significar esperança, a esperança de um dia ser médico, engenheiro,

eletricista ou doutor…. O verde simboliza a natureza. É cor da natureza viva

e está associada ao crescimento, à renovação e à plenitude. O livro significa

sabedoria. É o dom que nos permite diferençar qual o melhor caminho a

seguir, a melhor atitude a adotar nos diferentes contextos que a vida nos

apresenta. A forma do crachá assemelha-se ao Brasão do nosso município-

Monção tendo-lhe atribuído o nome de “Os melhores leitores”.

No final da segunda sessão, foi-me proposto que dinamizasse, em sala

de aula, uma das atividades construídas em grupo. Optei por dar

continuidade ao Património Local, uma vez que, os meus alunos estavam

integrados no Projeto Represent” art - Mostra de Teatro Escolar. Este, foi

um projeto essencial de parceria entre o Serviço Educativo do Município e o

Agrupamento de Escolas de Monção. Enalteceu os valores de cooperação

institucional, por um lado e por outro lado cumpriu uma das missões mais

pertinentes - o apoio à educação através de uma experiência formativa que

ao “sair da caixa” correlaciona diversos fatores desde os comportamentais

individuais aos códigos sociais.  Fez questionar, refletir, quase que


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desorientar-se na procura para que se despertasse, em cada aluno, a

consciência do presente, a responsabilidade, a atenção ao trabalho em

equipa e a descoberta da participação num projeto de teatro.

O projeto decorreu de outubro de 2018 a março de 2019, com a

periocidade de uma vez por semana e que terminou com um espetáculo, no

dia, 7 de abril. Assim, em contexto de sala de aula, os alunos visualizaram a

Infografia Cine Teatro João Verde, local onde finalizou o projeto. De

seguida, foi agendada uma visita ao local para conhecerem, mais de perto,

todos os “cantos” que fazem parte desse edifício. Foi com muito entusiasmo

e alegria que os alunos participaram nesta atividade.

O resultado final, foi este.

Os alunos da turma V3B, portaram-se muito bem e estão todos de parabéns.


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No final da terceira sessão, foi-me proposto o desenho de um projeto,

contextualizado na prática pedagógica, onde mobiliza-se as diversas

funcionalidades da plataforma. Para isso, utilizei atividades variadas da

plataforma para dinamizar diferentes conteúdos.

Desta forma e após ter trabalhado os temas: “Números fracionários” e

Seres Vivos – as Plantas, conteúdos da área de Matemática e Estudo do

Meio, respetivamente, os alunos foram desafiados a realizaram as

atividades propostas na plataforma sobre os temas Números racionais e

Raiz.

Os alunos realizaram todas as atividades propostas, com bastante

motivação.

No final, realizaram outros exercícios no caderno diário,


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Na 4ª sessão foi-me pedido para criar e partilhar uma imagem que

retrate os desafios da educação do século XXI. A figura do professor

mudou muito ao longo das décadas. Ele não é mais visto como alguém que

detém todo o conhecimento disponível na área em que atua. Tampouco é

preciso que o aluno passe horas na biblioteca com uma pilha de livros para

que encontre o que busca. Na educação do século XXI, o conhecimento está

fora da redoma

Eis o grande desafio dos professores e escolas dos novos tempos:

assimilar as transformações; criar métodos para atrair a atenção dos

estudantes; e agregar conhecimento a eles, oferecendo algo além do que

eles poderiam obter na internet.


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A realidade ergue-se implacável, e a necessidade de um novo

olhar sobre o ensino fica bem evidente quando observamos dados

estatísticos. A evasão escolar, por exemplo, um grave problema no país, tem

como principal causa a falta de interesse dos alunos, que é responsável por

mais de 40% dos casos.

Uma nova maneira de se ensinar, em uma época em que há

tanta abundância de informação, é impensável a ideia de que o estudante

chega em sala de aula vazio. Ele também traz conhecimento, então tem a

necessidade de interagir, agregar, fazer parte do processo.

Essa produção de informações de maneira coletiva está presente em

músicas, vídeos e textos que não pertencem a um único dono, não foram

feitos por uma pessoa só. Nela, as informações se complementam, se

aprimoram. Tudo fica à disposição de todos, para consumir ou agregar. O

site Wikipédia é um bom exemplo disso.  


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Neste novo método ativo, a ideia não é que o aluno escute e anote, e

sim que ele interaja, critique, escreva, faça. O processo não acontece sem o

engajamento dele. É um cenário no qual todos ensinam e todos aprendem. A

informação não é hierarquizada, e sim produzida de forma horizontal.

É uma grande mudança de mentalidade em relação à forma de se

ensinar de outros tempos, mas a capacidade de adaptação é a chave do

sucesso.

Reflexão Final

Os motivos que me levaram a realizar esta ação de formação, foram

vários. Primeiramente procurei esta formação pelo tema tratado, (Recursos

Educativos Digitais), cada vez mais o ensino caminha para uma exigência a

olhos vistos, torna mais atrativo para os nossos alunos, uma aula em que se

utilize ferramentas digitais, não os podemos limitar a realizar as suas

tarefas sempre por o livro ou fichas de trabalho. Os professores de hoje,

têm cada vez mais de se prepararem para poderem dar resposta a essa

mudança. No entanto, as inúmeras atividades a que temos de dar resposta e

os horários que temos de cumprir não nos permitem ter a disponibilidade

ideal para dedicarmos à formação que sentimos ser indispensável. Contudo,

esta formação, especialmente na vertente prática e de exploração das

ferramentas que deveriam ser trabalhadas durante a cinco sessões, ficou

bastante aquém das minhas expetativas, uma vez que todo o trabalho

desenvolvido foi individual e em casa, o que a tornou muito pesada, de muita

pesquisa e aprendizagem autónoma.

Verifiquei que as ferramentas trabalhadas, são certamente uma mais

valia para trabalhar com os alunos e na preparação de aulas. São todas muito

atrativas e quando utilizadas pelos docentes, ajudam a valorizar as aulas


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teóricas. Procurei contribuir para que se estabelecesse um bom ambiente de

trabalho e convivência entre todos os elementos do grupo, partilhando

problemas e discutindo soluções. Participei em todas as sessões de trabalho

e cumpri sempre o horário das mesmas. Procurei estar sempre atenta;

empenhei-me a realizar as tarefas e procurei sempre intervir de forma

pertinente. Analisei os recursos, fornecidos pelo formador, procurando

estar atento a como os mesmos podiam ser utilizados. Tentei ultrapassar as

dificuldades, que foram surgindo, pedindo ajuda `a formadora. Devo

salientar a sua disponibilidade, quer na elaboração do portfólio, no

esclarecimento de dúvidas e nas sugestões de melhoria do trabalho.

Monção, 26 de maio de 2019

Maria Ofélia Pinto Temporão Igreja

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