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( indicação clara do
problema

 Descrição dos objectivos 1,0

Introdução
 Metodologia adequada ao 2,0
objectivo do trabalho

 Articulação e domínio do 2,0


discurso académico
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência/coesão
textual)
Analise e  Revisão bibliográfica 2,0
discussão nacional e internacionais
relevantes na área de
estudo

 Exploração dos dados 2.0

Conclusão  Contributos teóricos 2,0


práticos

Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1,0


tamanho de letras,
gerais
paragrafa, espaçamento
entre linhas

Referencias Normas APAs 6ª  Rigor e coerência das 4,0


edição em citação e citações/referências
Bibliográficas
bibliografia bibliográficas
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Recomendações de Melhoria

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Índice
Introdução......................................................................................................................1

Tempo histórico.............................................................................................................2

A contagem do tempo histórico.....................................................................................2

Entendendo as convenções para contagem de tempo....................................................3

Tempo e História...........................................................................................................4

Concepções de Tempo e Ensino de História.................................................................7

Conclusão.......................................................................................................................9

Référencia bibliograficas.............................................................................................10
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1. Introdução

Neste trabalho o tempo será focalizado como conceito amplo, na perspectiva


vygotskyana, uma palavra que requer significado ou entendimento, lembrando que,
como qualquer outro conceito, é um ato do pensamento, uma generalização, que
demanda um processo de construção, com base no desenvolvimento intelectual do
indivíduo, que muda de sentido de acordo com o contexto de uso, conforme as vivências
e experiências efectivas do indivíduo; conceito este que também sofre modificações ao
longo da história da vivência humana. O conceito de tempo só será construído pela
criança, progressivamente, em várias etapas do seu desenvolvimento, ela é capaz de
distinguir o dia e a noite, sequenciar etapas de um acontecimento, apontar o antes e o
depois pela percepção do tempo vivido, mas seguir o tempo vivê-lo não é compreendê-
lo. O trabalho de Jean Piaget sobre a noção de tempo na criança, baseado nas etapas do
desenvolvimento, tem servido de referência para se trabalhar o conceito de tempo no
ensino de História para as séries iniciais do Ensino Fundamental. Pela contribuição de
Piaget e seus seguidores, percebe-se que a criança constrói progressivamente a noção de
tempo, do concreto ao abstracto. Essa construção inicia-se no período sensório motor,
aproximadamente do nascimento até os dois anos e vai ser concluída no período das
operações operatório-abstratas, após os 11 anos. A abordagem cognitiva de Piaget tem
sido de grande utilidade para a fonl1ação do conceito de tempo, na Educação Infantil e
nos ciclos iniciais do Ensino Fundamental, mas não o bastante.. Somente depois de
ultrapassar o tempo pessoal, subjectivo e dominar um tempo contínuo, objectivado,
social, é que o aluno poderá perceber as dimensões do tempo em História e pensar
historicamente. Segundo Siman (2001) pensar historicamente supõe a capacidade de
identificar e explicar permanências e HISTÓRIA & E~SIKO, Londrina, v. 14, p. 53-70
ago. 2008.

Portanto, o presente trabalho, para alem de preparar ou munir de certas matérias aos
estudantes na prática de realização de trabalhos científicos, tem como objectivo de
conhecer o cronograma temporal histórico.

Quanto a estrutura, este obedece a seguinte sequência: Introdução, Desenvolvimento,


conclusão e a referência bibliográfica.
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2. Tempo histórico

Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios
ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às
mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às
mudanças nas sociedades humanas.

fonte: Internet

O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as


mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.

O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade
em estudo. Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um
período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos.
O rock, os hippies, os jovens revolucionários e , no Brasil, o Tropicalismo (Caetano
Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, entre outros) e a Jovem Guarda (Roberto Carlos,
Erasmo Carlos, entre tantos outros), foram experiências sociais e musicais que deram à
década de 60 uma história peculiar e diferente dos anos 50 e dos anos 70.

Isto é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus


acontecimentos característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido,
muitos seres humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e
sobre as outras pessoas, de um jeito específico.

A história não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a


ir e voltar no tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada
situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.

2.1. A contagem do tempo histórico

Segundo Domingues (1992), O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a
crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo,  datam a
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história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é


utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil.

O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento


que é considerado o mais importante.

O ano  de 2008, em nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se
passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que transcorreu desde que o
ser humano apareceu na Terra, há cerca de quatro milhões de anos.

Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa


forma de registar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são
escritos com as letras a.C. e, dessa maneira, então 127 a.C., por exemplo, é igual a 127
anos antes do nascimento de Cristo.

Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as
letras d.C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
           
O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado
acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até
mesmo a hora em que o fato ocorreu. Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:

 milênio: período de 1.000 anos;


 século: período de 100 anos;
 década: período de 10 anos;
 quinquênio: período de 5 anos;´
 triênio: período de 3 anos;
 biênio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

2.2. Entendendo as convenções para contagem de tempo

Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações
matemáticas simples. Observe.

 Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao(s) primeiro(s)


algarismo(s) à esquerda desses zeros. Veja os exemplos:
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ano 800: século VIII


ano 1700: século XVII
ano 2000: século XX

Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e


adicione 1 ao restante do número.

2.3. Tempo e História

A relação entre o Tempo e a História é tema inesgotável, com questões, problemas e


propostas analíticas, campo de conflito insolúvel entre filósofos e historiadores, que
pode ser explorada sob múltiplos aspectos, cada uma delas aparentemente encerrada em
si mesma, e na prática inter-relacionada com todas as outras (1). ( Glezer, 2001,)

Diversamente da percepção, hoje consensual entre os historiadores, de que o tempo da


história é diferente do tempo da ciência – o conceito de tempo dos historiadores não é o
utilizado pelas outras ciências, o confronto entre a reflexão em abstracto e o manejo
empírico do 'corpus documental' é questão ainda sem conclusão, parte integrante das
reflexões filosóficas e das historiográficas, que se colocam em termos divergentes e
opostos, mas que podem e devem ser complementados (2).

Para historiadores, tempo é tanto o elemento de articulação da/na narrativa


historiográfica como é vivência civilizacional e pessoal. Para cada civilização e cultura,
há uma noção de tempo, cíclico ou linear, presentificado ou projectado para o futuro,
estático ou dinâmico, lento ou acelerado, forma de apreensão do real e do
relacionamento do indivíduo com o conjunto de seus semelhantes, ponto de partida para
a compreensão da relação Homem – Natureza e Homem – Sociedade na perspectiva
ocidental (3).

Tempo é palavra de muitos significados, e em alguns deles empregado como sinónimo


de passado, ciclos, duração, eras, fases, momentos ou mesmo história, o que contribui
para o obscurecimento das discussões teóricas dos historiadores sobre ele, e acaba
confundindo o público leitor (Thompson, Sec. XIV)

Da noção de tempo civilizacional derivaram filosofias, teorias, historiografias, com seus


calendários, cronologias, periodizações por momentos, selecções de fatos marcantes –
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elementos mutáveis a cada leitura, a cada narrativa historiográfica, sempre datada, quer
a de nacionais quer a de estrangeiros (5).

Historiadores convivem com as tensões inerentes ao tempo em que vivem e as formas


de análise e compreensão, instrumentalmente dadas. Sabem que estão imersos no
tempo, no seu tempo, e, simultaneamente devem trabalhar com ele, para os actos da
profissão, no 'corpus documental' seleccionado para pesquisar o tema, o assunto, o
objeto de estudo em um dado momento: organizar, recortar, dividir, estruturar, analisar,
compreender, explicar, generalizar, teorizar, sintetizar...

Do mito à História, do tempo cíclico ao linear progressivo, ao teleológico e ao devir, da


causalidade primária sequencial cronológica às temporalidades braudelianas (6); da
passagem do tempo da natureza ao tempo social (7), do tempo do trabalho natural ao
tempo do trabalho industrial (8), o tempo real como fronteira última (9) – todas estas
transformações marcaram as relações dos homens com o passado, e actuam em seu
presente tanto em seus actos como nas formas de percepção do passado.

Para os historiadores do contemporâneo, os seres humanos passaram do Tempo


dominante da natureza ao Tempo dominado pelo homem e depois ao homem dominado
pelo Tempo (10).

Depois que a História formalmente se estruturou como um campo de conhecimento,


muitos dos historiadores do século XIX estavam preocupados com a ordenação
cronológica dos fatos, que era uma das formas possíveis de organizar o conjunto
documental, e que acabou sendo a dominante, pois quase sempre permitia a estruturação
causal explicativa (11). Contudo, as transformações económicas, políticas e culturais do
século XX, principalmente as da segunda metade, romperam com os critérios
eurocêntricos que ainda eram dominantes e com as estruturações históricas uniformes e
hierarquizadas, muitas vezes preconceituosas (12).

A História passou a ser diferenciada: de quem e para quem? Qual é o passado que cada
Nação, cada Estado, cada grupo social deseja e valoriza? O passado deixou de ser único
e unívoco, mesmo para uma mesma sociedade. Vencedores e vencidos nas lutas sociais,
culturais, económicas e políticas disputam os espaços da memória social, buscando
encontrar o próprio significado (13).
11

Thompson ( Sec, XIV) A quebra da uniformidade histórica hierarquizada trouxe para


historiadores, especialmente para os do campo da história da cultura, a riqueza
diferenciada das culturas e civilizações, o respeito ao outro, ao diferente, ao divergente,
o pluralismo cultural e o multiculturalismo. Talvez alguns problemas conceituais
possam surgir do relativismo cultural mas, por enquanto, esse é dominante.

As transformações culturais ocidentais, que se difundiram pelos espaços dominados


pela civilização ocidental europeia, trouxeram tempos diversos para a contextualização
histórica, e para cada tipo de fenómeno a ser estudado existem diversas possibilidades
de escolha de temporalidade: longa, estrutural, milenar – para os fenómenos de longa
duração, como estrutura familiar, mentalidades, relação com o meio ambiente; média,
conjuntural, secular ou semi-secular – para os fenómenos económicos, sociais ou
culturais, como ciclos de economia, estruturas sociais, formação económica - social,
crenças religiosas ou políticas; ou ainda, curta, factual, anual ou quase que diária, como
a política quotidiana, os movimentos da economia, as transformações nas relações
culturais em veículos de comunicação de massa etc (Goff, 1994)

Qualquer que seja a temporalidade escolhida pelo historiador, ela passa a integrar o
objecto de estudo desde a selecção do tema, na escolha das fontes – escritas,
iconográficas, objectos tridimensionais, no viés analítico do campo, no conceitual
teórico seleccionado; fica interiorizada no objecto, e os marcos de periodização, datas
iniciais e finais do estudo, são apenas recortes temporais, que devem guardar coerência
interna, e não elementos de explicação causal.

Como sabem os historiadores, o século XX pode ser longo (15) ou curto (16),
dependendo dos critérios do autor e dos elementos seleccionados para dar significação e
conteúdo ao que pretende estudar.

As opções epistemológicas, as formulações teórico-metodológicas, as características


lacunares do trabalho não ficam claras para o público leitor não especializado, pois a
narrativa historiográfica tende a elidir tais aspectos.

A passagem da História para as Histórias; do Tempo da História, linear, progressivo,


teleológico para as temporalidades da História são transformações que estão integradas
12

no campo neste início do século XXI e se projectam para os próximos anos, em


prospectiva.

As questões que sinteticamente relacionamos continuam em debate no campo teórico,


como temas para especialistas, mas relativamente restritas, relegadas muitas vezes pelos
próprios historiadores, e totalmente desconhecidas para o público leitor dos livros de
história – que tende a considerar a narrativa historiográfica como passado, verdade e o
tempo de outrora.

2.4. Concepções de Tempo e Ensino de História

O conceito de tempo já está presente, há alguns anos, nas propostas curriculares do


Ensino Fundamental. Entretanto, muitos docentes que actuam no ensino básico,
geralmente professores generalistas sem formação em História, apresentam dificuldades
para trabalharem com este conceito devido à grande complexidade e ao grau de
abstracção intrínsecos às noções de tempo.

Glezer (1895), Definir a história como o estudo do homem no tempo foi portanto um


passo decisivo para a expansão dos domínios historiográficos. Contudo, a definição de
História, no seu aspecto mais irredutível, deve incluir ainda uma outra coordenada para
além do "homem" e do "tempo". Na verdade, a História é o estudo do Homem
no Tempo e no Espaço. As acções e transformações que afectam aquela vida humana
que pode ser historicamente considerada dão-se em um espaço que muitas vezes é um
espaço geográfico ou político, e que, sobretudo, sempre e necessariamente constituirdes
á em espaço social. Mas com as expansões dos domínios históricos que começaram a se
verificar no último século, este Espaço também pode ser perfeitamente um "espaço
imaginário" (o espaço da imaginação, da iconografia, da literatura), e adivinha-se que
em um momento que não deve estar muito distante os historiadores estarão também
estudando o "espaço virtual", produzido através da comunicação virtual ou da
tecnologia artificial. Pode se dar que, em um futuro próximo, ouçamos falar em uma
modalidade de História Virtual na qual poderão ser examinadas as relações que se
estabelecem nos espaços sociais artificialmente criados nos chats da Internet, na
especialidade imaginária das webpages ou das simulações informáticas, ou mesmo no
espaço de comunicação quase instantânea dos correios electrónicos — estas futuras
fontes históricas com as quais também terão de lidar os historiadores do futuro. Mas,
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por hora, consideraremos apenas o Espaço nos seus sentidos tradicionais: como lugar
que se estabelece na materialidade física, como campo que é gerado através das relações
sociais, ou como realidade que se vê estabelecida imaginariamente em resposta aos dois
factores anteriores.

Tão logo se deu conta da importância de entender o seu ofício como a Ciência que
estuda o homem no tempo e no espaço — e essa percepção também se dá de maneira
cada vez mais clara e articulada em meio às revoluções historiográficas do século XX
— os historiadores perceberam a necessidade de intensificar sua interdisciplinaridade
com outros campos do conhecimento. Emergiu daí uma importantíssima
interdisciplinaridade com a Geografia, ciência que já tradicionalmente estuda o espaço
físico — e, se considerarmos outras formas de espaço como o 'espaço imaginário' e o
'espaço literário', poderíamos mencionar ainda a interdisciplinaridade com a Psicanálise,
com a Crítica Literária, com a Semiótica e com tantas outras disciplinas que ofereceram
novas possibilidades de métodos e técnicas aos historiadores. Na verdade, a noção
de espacialidade foi se alargando com o desenvolvimento da historiografia do século
XX: do espaço físico ao espaço social, político e imaginário, e daí até a noção do espaço
como "campo de forças" que pode inclusive reger a compreensão das práticas
discursivas. Neste momento, contudo, iremos nos concentrar nas noções de espaço que
surgem a partir da interdisciplinaridade com a Geografia.
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3. Conclusão

No presente trabalho, concluo que :

A formação do conceito de tempo, assim como a de outros conceitos, é também uma


aquisição pessoal. Cada um irá construí-lo de acordo com a sua vida social e cultural.
Os significados que o indivíduo atribui a um vocábulo, objecto, acontecimento ou
fenómeno vai depender de sua experiência, dos conhecimentos que ele adquiriu a partir
de suas vivências nas relações socioculturais e da mediação do processo de ensino e
aprendizagem.. Vygotsky nos traduz claramente que a aprendizagem é um processo
sócio-histórico, mediado pela cultura, pela interacção entre a criança e seus pares e pela
acção impulsionadora da escola. Construção do conceito de tempo histórico e abstracto
representa o ponto final da descontextualização dos instrumentos de mediação, quando a
mente do adolescente opera com total independência do contexto concreto. Portanto, é
necessário que haja antes todo um trabalho de aprendizagem, caminhando para esse
entendimento altamente generalizado. É preciso que as actividades escolares favoreçam
a compreensão da noção de tempo em suas variadas dimensões, ou seja, o tempo natural
cíclico, o tempo biológico, o tempo psicológico, o tempo cronológico, etc. É necessário
que o aluno perceba que há um tempo vivido que se relaciona com um tempo social e
com um tempo bem mais complexo que é esse tempo histórico, das estruturas de longa,
média ou curta duração, produto das acções e relações humanas, no qual coexistem as
transformações e permanências e as perspectivas de futuro. Quando na Educação
Infantil a criança associa a ideia de tempo com figuras de sol, chuva, vento, relógio,
calendário, ela está, na fase do pensamento por complexos, iniciando o trabalho para a
construção do conceito de tempo. HISTÓRIA & ENSINO, Londrina, v. 14 ago. 2008
Da mesma forma, ao estudar as medições de tempo, os calendários de outras culturas, os
ritmos de vida diferentes, ao distinguir periodicidades, mudanças e permanências nos
hábitos e costumes de vários grupos sociais, o adolescente estará caminhando para a
construção abstrato-formal do conceito de tempo histórico. Para trabalhar o conceito de
tempo é importante tomar por referência: as contribuições das noções de ordenação,
sucessão, duração e simultaneidade, assinalados pela teoria de Piaget, os autores da
História que abordam o aspecto historiográfico do tempo.
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4. Référencia bibliographia

Braudel, F. (1969) "La longue durée" In: Écrits sur l'histoire. Paris: Flammarion, ,
artigo publicado inicialmente na revista Annales – ESC, em 1958. Há tradução em
português.

Le Goff, J. (1980) Para um novo conceito de Idade Média. Tempo, trabalho e cultura
no Ocidente. Lisboa: Estampa,.

Thompson, E.P. (1979) "Tempo, disciplina y capitalismo" In: Tradición, revuelta y


consciencia de clase. Estudios sobre la crisis de la sociedad preindustrial. Barcelona:
Critica,.

Chesneaux, J. (1983) De la modernité. Paris: la Découverte-Maspero,.

Glezer, R. (1992, p. 257-268). "O tempo e os homens: dom, servidor e


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Langlois, Ch-V. et  Seignobos, Ch.  (1992) Introduction aux études historiques (1898),


préface de Madeleine Rebérioux. Paris: Ed. Kimé,

Raquel Glezer (1989) é historiadora, doutora em História Social, professora titular de


Teoria da História do Departamento de História/FFCLH/USP e diretora do Museu
Paulista/USP.

Auerbach, E. Mimesis. (1971)  A representação da realidade na literatura ocidental.


São Paulo: Perspectiva.

Domingues, I.  (1996) O fio e a trama: reflexões sobre o tempo e a história. São Paulo:
Iluminuras; Belo Horizonte: Ed. UFMG.

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