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1. Okaran - A Insubordinação
3. Etá-Ogunda -- AADúvida
2. Ejí-Okô
Obstinação
4. Iorosun - A Calma
5. Oxé - O Brilho
6. Obará - A Riqueza
7. Odí - A Violência
8. Ejí-Onilé - A Intranquilidade
9. Ossá- A Alienação
10. Ofun - A Doença
11. Owanrin - A Pressa
12. Eji-Laxeborá - A Justiça
13. Eji-Ologbon - A Meditação
14. Iká-Orí - A Sabedoria
15.Ogbé-Ogundá
16. Alafiá- -OADiscernimento
Paz
01. Odú Okaran
Okaran foi aquele que, nas divisões no orum, teria que dar caminho a todos
seres criados por Obá Orixá, pois ele foi o primeiro Odú a nascer e passou a
ser Igbá que seria a sustentação do Ayê.
Temos uma revelação, uma coincidência com o formato da terra. Sendo assim,
Okaran passa a ser o primeiro no destino de todos os seres viventes na terra.
Ele é o primeiro na vida e na morte, pois ele está sempre no novo recomeço,
representado em cada nascer do sol, na primeira chuva que cai, na primeira
estrela existente no Orun, na primeira hora do dia e é padroeiro do primeiro
filho de umserão
oferendas casal.sempre
É o protetor e defensor
na contagem de do
01:"rombono". Todos 01
01 obí, 01 orobô, os vela,
ebós 01
e
moeda, etc.
Contam os nossos antigos que Oduduwá, almejando conhecimento e
popularidade, fez oferenda a Okaran: uma pombo, um camaleão e uma
galinha. Esta oferenda deu para ela o poder e a incumbência de criar a terra.
Podemos ver que Okaran, sendo reverenciado com respeito e sendo o primeiro
na vida de cada ser, poderá trazer muita prosperidade e fartura no caminho
daqueles que o cultuam.
A força desse Odú está vinculada a terra e ao fogo, reconhecida como Obá
Oná.Somente Exú responde neste Odú, pois Exú é o mensageiro e pode estar
em diversos lugares ao mesmo tempo: ele é princípio dinâmico, é aquele que
pode fazer uma pessoa se sentir culpada mesmo que ela não tenha culpa, é
aquele
Exú é oque pode
maior entrar em uma
representante festa, criar
de Okaran confusões e sair sem ser visto, pois
no Ayê.
Perfil:
Seus filhos são criativos, persistentes e de excelente memória. Possuem forte
intuição, são maus gostam de ficar sós, possuem aparência descuidada, são
egoístas e medrosos. Tendem ao egoísmo e ao individualismo.
-Esse
"Me senhor
chamo falou
Ejiokôpara
e foiOgun;
a mim que vieste ofertar estas oferendas e seu bom
coração lhe tornou invencível na guerra e ninguém poderá tirar sua vida a não
ser você mesmo quando cansar de viver no Ayê. Devolvo suas adágas e lhe
presentearei com o Isá Ogun e terás o nome que só seus filhos poderão lhe
chamar:
OGUN MEJI ALODÊ IRÊ (Senhor das sete partes do Irê) ou também OGUN
MEGÊ (Guerreiro que na guerra divide-se em sete).
- Em cada região conquistada, serás chamado por uma Sunda, que com o
passar do tempo, se tornará um dos seus nomes.
- Quando armar-se para ir a guerra, lhe chamarão de IGBI MEJI (aquele que
nasce e se transforma em dois - referência de Ogun e suas duas espadas-).
Quando for trabalhar na forja, lhe chamarão de ALAGBEDE (O ferreiro).
-prefer^}encia
Quando for visitar seu pai, se
gastronômica, vestirá
o ajá e se de branco.
sentará Irá desarmado
a mesa e lavará
para degustar sua
de sua
iguaria junto a seu pai e seus irmãos, que lhe chamarão de uma forma íntima,
de OGUN JE AJÁ (Ogun que come cachorro) e lhe saudarão com OGUN
PATAKURI JESE JESE (Ogun cabeça importante de todos os Orixás).
- Quando for colher suas folhas junto com Ossaim, lhe chamarão OGUN ASO
MARIWÔ (Ogun que veste a roupa de mariwô).
- Quando conquistar reinos que não lhe pertence, usará um capacete que se
chamará AKORÔ (coroa de mariwô que somente os decendentes de Ogun
poderão usar).
- Estará sempre a frente das batalhas, dos caminhos, dos palácios
governamentais e palácios religiosos. Pois quando Ogun vai a guerra, não usa
escudo porque sabe que é imortal. Por este motivo, não se pode fazer feitiço
para os filhos de Ogun.
- E os galos comeremos juntos, pois toda vez que ofertarem a Ogun, terão que
ofertar a Ejiokô também, porque Ogun e Ejiokô passarão a ser um só corpo e
uma só cabeça que lutarão juntos nas guerras. Cada um representando uma
espada e não tocarão em nada de Ogun sem antes pedir permissão a Ejiokô,
senão será sentenciado por *Exu Olobé (guardião das ferramentas de Ogun)."
*Esse Exu é o representante de Ejiokô na Ayê, que come junto com Ogun para
manter a ordem e o equilibrio do signo que dá destino ao caminho de todos os
decendentes de Ogun até os dias atuais. Para utilizar o Abé, temos que pedir
permissão a Exu Olobé, Ejiokô e Ogun, para que o sacrifício seja bem sucedido
e a pessoa que ofertou ao Orixá consiga tudo que busca.
Perfil:
Seus filhos são geniosos e exigentes. Impõem a sua vontade, por isso também
adquirem muitos inimigos. São alegres e felizes porém quando nada lhes sai a
contento, tornam-se sofredores. Possuem muito bom coração. São corajosos,
briguentos, possuem iniciativa própria, são ambiciosos.
Podemos
retirada doperder
Ayê e oaquele
Ará, que na verdade
espaço não até
fica aberto nosopertence. É uma massa
dia de retornarmos a ele, pois
nós não perdemos nada e sim, ganhamos o direito de conviver com outros no
Ará Ayê que vem da mesma massa. Seja ela branca ou negra, fazem parte da
mesma srcem de existência.
Etaogundá é a permanência da vida seja no Orum ou no Ayê.
Conta um Babalawô Ojibonu Ayodede que Oyá teve nove filhos e todos os
nove não tiveram forma, mas tinham vida. Por eles se acherem diferentes,
viviam no Ayê Balé, pois lá eles sabiam que ninguém iria incomodá-los. Oyá
triste, foi até o rei Xangô e perguntou o que poderia fazer para que seus filhos
fossem aceitos por toda comunidade. Xangô, conhecido como Obá Inlá (grande
rei), gostava das festas, de brincadeiras, muitas mulheres e principalmente a
beleza da vida que contagiava todos os seus súditos e descendentes. Atraia
visitas ilustres
admirador para
do sol seufogo,
e do reino. Aquele
fazia que tudo
reuniões, o que come
convidava todas tem que ser
as suas quente,
mulheres,
obás, seus súditos e até mesmo alguns escravos para dançar em volta da
fogueira e para comer amalá, pois ele sabia que enquanto eles dançassem em
volta da fogueira, no sentido horário, a vida continuaria. A adoração era tanta
pelo fogo, que passou a ser chamado de Obá Iná e conseguiu criar o akará do
qual ele fazia o seu ajeum, que deu poder ao rei de cuspir fogo. Não poderia
deixar uma de suas esposas mais amadas e alegres, ficar triste daquela
maneira, trazendo para seu reino tristeza, frieza e amargura. Procurou um
Babalawô perguntando a ele o que poderia fazer para que sua linda esposa
voltasse a sorrir.
O Babalawô mandou que comprasse bastante espelhos, panos coloridos, oxés
e serês e colocasse tudo isto na entrada do Ayê Balé e chamasse todos os
egungun e mandasse que se vestissem com todas as oferendas e que
usassem em suas mãos as representações do rei, como o serê e o oxé. Com
as roupas coloridas representariam a alegria e a vida. Com as cores fortes e os
instrumentos do rei, os fariam populares. Egum grato com o rei passou a
respeitá-lo como se fosse seu próprio pai, pois foi o único que se preocupou
com o abandono do Egun e o fez respeitável e adorado até os dias de hoje.
Por esse motivo devemos colocar contas referentes a Xangô toda vez que
participamos de enterros, velórios e axexê. Pois Egun sabe que somente
Xangô dá direitos e faz que todos os seres tornem-se importantes para a
sociedade.
Este Odú deve estar ligado a encantados Irumalé, é o Odú da terra que é
reverenciado por Egun e Obaluaê. As cores desse Odú estão representadas no
branco, que é o ar e a atmosfera e no preto, que é a terra e o luto.
Perfil:
Seus filhos são pessoas conscientes que sua forçaa de vontade é importante
para o sucesso, persistência e coragem para tirar melhor proveito das
situações, pessoas que usam muito a razão; em seu lado negativo, traz a
mentira, falsidade, fingimento, avareza e falsidade.
Perfil:
As pessoas regidas por Obará, possuem grandes idéias e passam boa parte de
sua vida tentando realizá-las e dificilmente encontram meios de como começar.
Algumas vezes, ou na maioria, fracassam por não pedirem ajuda, porém todo o
sofrimento não é duradouro, possuem espírito de luta e não se entregam
facilmente. São batalhadoras e possuem o privilégio de muita proteção
espiritual.
Um dia, Olufã, Rei de Efá, teve que se ausentar de seu reino deixando seu filho
caçula (que atendia pelo nome de Kabiesí) no trono. Este que era muito
ambicioso sentia-se incomodado com a presença dos Orixás Funfuns, por
impedirem todas as novas leis e determinações criadas pelo filho do Rei.
Kabiesé sentia-se
uns contra constrangido
os outros e incomodado
fazendo intrigas, com
inventando os Obás
historias e earmando
começou a jogar
ciladas,
criando assim uma grande guerra e levando a cidade de Efá à ruína.
Quando não sabia mais o que fazer pela grande situação que causou, Kabiesí
procurou seu amigo que era Babalawô de nome Ojise Bó Iká ou Orô Jinse e
que costumava chamar Kabiesi de Orixá Iyan que significa "Orixá Comedor de
Inhame".
O Babalawô penalizou Kabiesí:
- Todas as intrigas que criastes voltarão contra ti, pois seu pai é sábio e saberá
apurar os fatos de todo o acontecido.
- Vá e reúna-se com todos os ministros que hoje estão separados.
Kabiesí se viu preocupado, mas sentia-se seguro. Ele acreditava que nunca
mais os ministros se reuniriam pelo tamanho da intriga que ele mesmo havia
causado.
E disse mais o Babalawô:
- O pai que tens é o Senhor da Verdade e sua cor é o branco. Por menor que
seja a sujeira ela sempre aparecerá sobre o branco.
Kabiesí perguntou:
- O que devo fazer?
Babalawô respondeu:
- Faça oferendas para Ejíonilé porque este é o Odú da intriga, mas tratando-o
de maneira correta poderá alcançar sucesso e prestígio.
Kabiesi perguntou:
- Como faço estas oferendas?
Babalawô respondeu:
- Deverá abrir um alá funfun e colocar sobre ele 08 pratos brancos e dentro de
cada prato você deverá colocar uma vara de orirí, uma moeda prateada, uma
folha da costa, uma bolinha de algodão, um acaçá e um igbin. Convidará
cada ministro de seu pai e dará um prato com tudo o que colocou dentro para
cada um e pedirá a todos eles "agô" por tudo que causou. Você seguirá em
procissão levando em sua mão direita um pombo branco e na esquerda um
pombo preto que pintarás com efun escondendo assim a sujeira que tem e
deixará que Oxalufã escolha o pombo que quiser.
Todos aguardavam a chegada de Oxalufã. Kabiesí sentia-se seguro porque
tinha conseguido reunir todos os ministros.
Oxalufã chegou a seu reino muito cansado, com ar de tristeza e decepção.
Junto dele tinha um distinto homem muito carinhoso e atencioso com o Rei, ele
se chamava
estranho Ayrá. Em
homem. Toda família
todos funfunda
os locais estranhou o apego
aldeia que ele ia, do Reihomem
este com aquele
estava
junto. todas as comidas e bebidas ofertadas ao rei Lufã eram passadas ao
estranho primeiro e este sentava-se na cadeira ao lado do Oní.
As vestes que não eram permitidas a nenhum Orixá que não fizesse parte da
família funfun era permitido a Ayrá.
Este Orixá tornou-se mais íntimo do que os próprios familiares.
Após o Rei trocar de roupa e alimentar-se, caminhou até o poste central da
aldeia, sentou-se em seu trono para receber os presentes dos amigos,
parentes e vizinhos.
kabiesi aproximou-se do pai.
Oxalufã o olhou e disse:
- Meu filho querido, cujo meus excessos de carinho transformaram o direito em
poder, não respeitando mais o direito de outras pessoas e deixando assim que
só o seu desejo prevalecesse. Soltarás o pombo verdadeiramente branco e
guardarás para si o pombo preto que pintaste e terás que mantê-lo sempre
branco para que as pessoas nunca descubram a verdadeira negatividade que
você traz. Darei uma terra seca onde nada nasce e terás que fazer esta terra
produzir e lá criarás seu próprio reino. O que vai fazer seus descendentes
crescerem é a dificuldade que passarão até construir seu próprio reino. Pois
será essa dificuldade que fará de ti um grande Orixá e seus filhos terão orgulho
do pai que tem.
Kabiesi sentiu-se entristecido, mas ao mesmo tempo contente, pois esperava
um castigo muito maior de seu pai.
Kabiesí teve ajuda de seu grande amigo Ojinse que com as mãos da magia
conseguiu transformar a terra seca em terra fértil. Construiu um palácio um
mercado e todos os anos na colheita dos novos inhames ele levava todo o
carregamento para o Ilé Ifan onde residia seu pai.
Após muito tempo, Oxalufã resolveu perdoar o filho por todos os maus atos
cometidos, dando a ele o direito de vestir o branco novamente e o título de
Elejibó, nome que recebeu a aldeia de Kabiesi.
Perfil:
Por não aceitar sugestões de ninguém, as pessoas desse Odú apresentam
dificuldades em se manter no mesmo emprego. São de fino trato e se
preocupam muito com a aparência. Possui o dom de dividir o que é seu com
outras pessoas e são amantes perfeitos. São trabalhadores, decididos e
valentes.
Perfil:
Representam os Ajés, os poderes do mal. É um dos Odús mais perigosos.
Rege o sangue. São pessoas audaciosas e dedicadas ao amor. Não admitem
traição. São admiradoras do lado oculto (perfeitos para serem zeladores de
santo). Geralmente são muito zelosos, mas desconhecem a palavra perdão.
Nanã sentiu-se amargurada, pois todos os filhos que teve nasceram com dom,
sabedoria e uma beleza rústica e ela não sabia compreender essa beleza,
tinha pavor de todos eles:
Sapatá, ela colocou num balaio feito de palha da costa, cobriu com búzios para
aquele que o encontrasse, pois na época dos Orixás e Vodus, o búzio era
usado como moeda. Caminhou até a região de Egbá, porque ouviu dizer que
naquela região existia uma bondosa senhora que não recusava nenhuma
cabeça, pois acreditava que todas as cabeças pertenciam a ela, não
importando se esta era feia ou bonita, defeituosa ou perfeita, boa ou ruim, ou
seja: era a mãe perfeita para o filho de Nanã. Então, colocou o filho na beira
d'água e ficou observando por nove dias e nove noites. Ao término do nono dia,
avistou um clarão que envolveu o cesto e o levou. Nanã sentiu-se feliz, pois
agora sabia que seu filho seria bem cuidado visto que a Rainha do Lodo,
Senhora do Ará, não tinha jeito com crianças;
Irôko ela levou-o para a cidade de Ifé, pois aos olhos de Nanã todos que alí
nasciam, já nasciam velhos e ela não suporta a velhice.
Ikú, nunca aceitou sair do lado de sua mãe, pois que era igual a ela. Tinha
grande amor e admiração por ela. Como ela sabia que ele jamais iria embora,
deu a ele a incumbência de buscar todos os corpos que a ela pertence. quando
Ikú aproxima-se de uma pessoa é porque a mesma está correndo risco de vida.
Ewá foi violentada pelo seu próprio irmão, então revoltou-se com toda
masculinidade e com o ato sexual. Como seu irmão bateu muito nela na hora
do ato, ela ficou deformada, isso a levou a não suportar nada que reflita sua
aparência e toda as vezes que aparece para seus devotos, é da melhor forma
para que as mulheres não percam a vaidade, pois é ela a representação da
beleza feminina e só permite que seus devotos sejam iniciados com a menor
idade e, de preferência, antes da primeira menstruação.
Oxumarê nunca ligou para as atividades da mãe, pois era dotado de um
grande dom, o da adivinhação. Motivo este, que as pessoas não se
preocupavam com sua aparência, seu dom era maior do que a forma que tinha
e os seus acertos lhe davam riquezas e honras. Teve tanta fama que até um
poderoso rei da aldeia vizinha consultou Oxumarê e quando viu o tamanho do
poder, não deixou mais que Oxumarê fosse embora e deu a ele o título de Ojú
Obá - Os Olhos do Rei. Muitos anos Oxumarê serviu a este rei.
Mas um dia, Olodumaré viu que a vida no mundo estava ameaçada porque não
existia nenhum Orixá encarregado de fertilizar a terra e uma terra seca não há
de dar fruto e o homem sem fruto não terá vida. era necessário um Orixá da
terra, retornar ao infinito e somente ele saberia como fertilizar a terra.
O Rei Olodumaré, criador de todas as coisa, sabendo e conhecendo Oxumarê
tão bem, mandou que fosse morar de vez no Orun.
Dankô é o Vodun que vive no meio dos bambuzais. ele tem no corpo várias
dobras que são iguais aos nós do bambu, tem a cabeça pontiaguda
semelhante aos Yorubás. Guarda e protege as casa. Todas as vezes que se
passar por um bambuzal, é de bom grado cumprimentá-lo e atirar moedas para
que ela possa nos proteger do feitiços e encantamentos.
Ossaim nem esperou que sua mãe o mandasse embora. Como não suportava
a maneira que ela o tratava e tendo vergonha da família, foi morar na mata. ao
viver na floresta, foi adotado por Igbó a árvore e teve dois companheiros; um
que se chamava Eleyé - o pássaro que tudo vê e nada esconde de Ossaim e o
outro que era Imolé da floresta que ele batizou com o nome de Aroní. Nunca
nenhum Orixá, nem Vodun, nem ser humano havia entrado nas profundezas da
mata. Igbó se transformou no pai de Ossaim, o ensinou a combater todos os
perigos e ameaças que poderia sofrer. Depois mandou que Ossaim procurasse
Yá Mí, a feiticeira que controlava todos os segredos da floresta. Ossaim
aprendeu com Igbo o segredo das folhas e com Yá Mí o que fazer com elas:
curas, encantamentos e feitiços. Yá Mí mostrou a Ossaim as duas folhas mais
importantes da mata:
Uma que se chamava Ewe Ifé e disse:
- Esta é a folha do amor, da pureza e da vida.
Depois mostrou a segunda e disse:
-morte.
Esta éYá
a Ewe Ikú que
Mí disse é apara
ainda folha do abandono, da falsidade, da traição e da
Ossaim:
- Eu moro com Igbó, a árvore, embora muitas pessoas não saibam, mas Igbó é
o tronco, a parte que sustenta. Eu sou a copa, a parte que ampara e dá
sombra, sirvo como abrigo e pouso para os pássaros. Por isso, tudo aquilo que
vêem me contam da mesma forma que Eleyé lhe conta. Se Igbó é seu pai, eu
serei sua mãe, pois fostes abandonado e se intitulou Ossaim com vergonha do
seu verdadeiro nome. Por pior que seja a família não devemos renegá-la
porque é ela é nossa raiz e somente a família nos faz existir. O seu povo,
eternamente lhe chamará pelo seu nome Agué Maré, mas o mundo lhe
chamará por sua sunda que é Ossaim. Não se apresentará mais no mundo dos
homens. Teu saber é muito grande e os Voduns e Orixás tentarão tornar-se
donos de sua sabedoria e poder. Por esse motivo, toda vez que quiser algo da
cidade, terá que mandar Aroní. Muitos Orixás, Reis e Olojás não vão querer
negociar com Aroní. Para esses Reis, Voduns e Orixás, Aroní usará o seu
nome e com o passar do ninguém saberá quem é Aroní ou quem é Ossaim.
Confundirão as cabeças dos devotos pois dessa forma a mata nunca se
acabará e os Orixás que quiserem falar com Ossaim, deverão vir até você e
nunca irás até eles, mesmo que tentem roubar o segredo de Igbá, onde você
guarda suas folhas e sementes secretas e sagradas.
Você não deverá se preocupar porque o segredo está em você porque na
cabaça estão só as folhas e sementes. Você me representará no culto e
poderá falar em meu nome porque o que você tem, não fui eu que lhe dei, mas
nasceu contigo, porque tu nasceste da Mãe da Morte para dominar os
segredos da vida".
Perfil:
As pess oas r egid as po r este Od ú, são in teligentes , sensatas e
audacios as. Se guro s d e si. Traz em o feitiç o nos olho s. Normalm ente
viveram um a infâ ncia com mu itas dificuldades. Nunca perdem u ma
batalha.
Perfil:
As pess oas reg idas p or Iká são p ersisten tes e facilm ente c on segu em
alc an çar s eu s o b jeti vo s. É de fác il c on vívi o , ape ga da s a fam ília m esm o
es tan d o lo n g e de cas a. Iká éo Od ú d a sa úd e - m en te s ãe alm a li m p a.
15. Odú Ogbé-Ogundá
Fala neste Odú Obá, Oyá e Ogun
Este Odú fala sobre as guerras, as brigas e principalmente a desunião.
A Padroeira deste Odú é Obá e traz em sua defesa sua irmã mais nova
conhecida na cidade de Ibadá como Oyá e na cidade de Irema como Iansã.