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Arca da Aliança era uma caixa que representava a aliança e a presença de Deus no
meio do Seu povo. Através desse objeto Deus se revelava ao povo. A Arca era onde se
guardavam os Dez Mandamentos e era um símbolo muito importante para os judeus.
Hoje em dia não precisamos mais da Arca da Aliança para estar na presença de Deus.
Esse mobiliário fazia lembrar a Lei, a santidade e soberania de Deus no meio do povo.
Anteriormente, quando Israel estava em êxodo do Egito para a terra prometida, a
presença do Senhor no meio deles era representada pela coluna de nuvem, de dia, e a
coluna de fogo, durante a noite. Essa nuvem e fogo simbolizavam que Deus os
direcionava, protegia e cuidava pelo caminho. A presença milagrosa de Deus era
perceptível por todos, era um sinal da bondade de Deus e da Sua habitação (Shekiná,
no hebraico) no meio de Seus filhos.
Essa caixa de madeira pormenorizada por Deus, tem significados que podem
ultrapassar a nossa compreensão atual sobre sua representação futura (Hebreus 8:5).
No entanto, toda a plenitude do seu sentido apontava para a pessoa e obra de Jesus
Cristo. Como sombra e figura de coisas vindouras, a Arca representava:
a manifestação da glória de Deus/ Cristo foi manifestado em carne (1 Timóteo
3:16)
o encontro (comunhão) de Deus com o Seu povo
a santidade de Deus
a presença (habitação) do Senhor junto do Seu povo / Cristo habitou entre nós
(João 1:14)
a proteção de Deus
a purificação e perdão dos pecados do povo / O Cordeiro de Deus que tira os
pecados do mundo (João 1:29)
a necessidade de resgate e restauração do povo para caminhar com o Senhor
a glória do Reino de Deus / Cristo em nós é a esperança da Glória (Colossenses
1:27)
A Arca da Aliança foi construída de acordo com as medidas e os detalhes que Deus
concedeu a Moisés e era parte central do Tabernáculo (Êxodo 25).
A Arca da Aliança era um baú retangular feito de madeira de acácia e revestido por
dentro e por fora de ouro puro. Tinha 1 metro e 10 centímetros (2,5 côvados) de
comprimento e 70 centímetros (1,5 côvados) de largura e altura. Seus lados tinham
uma moldura de ouro puro à volta (Êxodo 25:10-11). A tampa da Arca era de ouro e
tinha dois querubins virados um para o outro, cujas asas cobriam a tampa (Êxodo
25:17-20).
A prática comum dos filisteus era transportar numa carruagem, mas a arca não
poderia e deveria ser transportada assim (1 Crônicas 13:9-10). Ela foi transportada
sobre os ombros dos homens (levitas) da família de Coate (Êxodo 25:12-14; Números
4:15; Números 7:9).
Além de ser levita, tinha que ser levita desta família, pois apenas eles poderiam
transportar a Arca da Aliança e foi Davi quem designou os sacerdotes que iram
transportar a Arca do Senhor (1 Crônicas 15:11-14). Um homem chamado Uzá foi
ferido e morreu por ter tocado na Arca (1 Crônicas 13:10).
Nos quatro pés da Arca havia quatro argolas para segurar duas varas de madeira
revestidas de ouro. Essas varas serviam para transportar a Arca sem tocar nela. Antes
de ser transportada, os sacerdotes cobriam a Arca com couro e com um pano azul
(Números 4:5). Apenas os levitas do clã de Coate podiam carregar a Arca.
A Arca ficava guardada em uma ala especial do Tabernáculo, que era o Lugar
Santíssimo ou Santo dos Santos. Ninguém podia entrar nessa sala, exceto o sumo
sacerdote uma vez por ano, para oferecer sacrifícios pelos pecados de Israel. Mais
tarde, a Arca da Aliança ficou no Lugar Santíssimo do templo que Salomão construiu (1
Reis 8:6-7), separada por um véu de uma outra sala chamada Santo Lugar.
A Arca da Aliança servia para lembrar o povo que Deus estava presente entre
eles. Também era um memorial para os descendentes de Israel saberem do que Deus
havia feito no passado com seus pais. Contudo, a Arca em si não tinha poder nenhum,
era apenas um símbolo. Mas quando as pessoas pensavam na Arca, lembravam de
Deus, de Sua glória, de Seus mandamentos e de Sua provisão.