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Disciplinas Espirituais
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Sumário
1. DISCIPLINA DA COMUNHÃO
2. DISCIPLINA DO ESTILO DE VIDA
3. DISCIPLINA DA MEDITAÇÃO
4. DISCIPLINA DA SOLITUDE
5. DISCIPLINA DA SOLIDARIEDADE
6. DISCIPLINA DO SERVIÇO CRISTÃO
7. DISCIPLINA DA CONFISSÃO
8. DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE
9. DISCIPLINA DA ORAÇÃO
10. DISCIPLINA DA VIGÍLIA
11. DISCIPLINA DO ESTUDO
12. DISCIPLINA DO JEJUM
13. DISCIPLINA DO TEMPO
Disciplinas Espirituais
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Programa
As quatro etapas de um Pequeno Grupo relacional:
Ideais do Grupo
1. Nome do grupo: ___________________________________________
Disciplinas Espirituais
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APRESENTAÇÃO
Os pequenos grupos são uma estrutura indispensável para o cresci-
mento harmônico da igreja. Fazer parte de uma comunidade relacio-
nal não é apenas um privilégio, mas uma necessidade para que os
cristãos vivenciem os valores do Reino. Os PGs são essenciais para
o pastoreio, discipulado dos novos conversos, formação de líderes e
desenvolvimento dos dons espirituais.
Esta série de lições foi preparada para que cada participante dos pe-
quenos grupos desfrute de temas variados, por meio de uma lingua-
gem relacional. O conteúdo deste material pretende ajudar os mem-
bros da igreja na América do Sul a crescerem em três áreas essenciais
da vida de um discípulo: comunhão, relacionamento e missão.
Sucesso!
Disciplinas Espirituais
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01
DISCIPLINA DA
COMUNHÃO
QUEBRA-GELO
Você já imaginou ficar uma semana sem se comunicar com alguém?
Sem telefone, celular, e-mail e sem redes sociais? Como seria?
INTRODUÇÃO
Vivemos na era da comunicação. Há, em média 1,6 bilhão de pessoas
conectadas no planeta, de acordo com a International Data Corpora-
tion (IDC). Mas é impressionante notar que os relacionamentos estão
cada vez mais frágeis, pois um crescente individualismo está afetando
a comunhão entre as pessoas.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo:
1. O que é comunhão, segundo a Bíblia? Qual é a diferença entre
comunicação e comunhão?
Para pensar: o texto nos ensina que não basta estarmos ligados a Cristo,
precisamos produzir frutos. A comunhão com o Salvador tem o objetivo
de comunicar graça ao pecador, fortalecer a natureza espiritual e o rela-
cionamento entre os irmãos. “Se, porem, se andarmos na luz, comoEle
na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus
Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. (1 João 1:7)
Disciplinas Espirituais
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Muitos dizem que são cristãos, mas, infelizmente, ainda estão vi-
vendo longe da verdade. “Se dissermos que mantemos comunhão
com Ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a ver-
dade”. (1 João 1:6)
Disciplinas Espirituais
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02
Disciplina Do
Estilo de Vida
QUEBRA GELO
Você se recorda da última vez que fez uma promessa de mudar seu
estilo de vida? Talvez você quisesse mudar sua alimentação ou se ma-
tricular na academia. Ou quem sabe você tenha prometido que iria
beber mais água e dormir mais cedo. Você conseguiu cumpri-la? Ou
a dieta planejada para começar naquela segunda-feira foi para o espa-
ço? Ou você pagou meses de academia sem nunca aparecer por lá?
Se não for constrangimento, fale sobre suas tentativas não cumpridas.
Agora pense em mudanças que você já conseguiu fazer em seu estilo
de vida. Existe algum hábito ruim que você conseguiu deixar? Existe
algum hábito saudável que você conseguiu desenvolver? Quais foram
os benefícios que a mudança lhe trouxe? Comente com o grupo.
INTRODUÇÃO:
A Bíblia é um moderno compêndio sobre saúde. Encontramos nela
diversos textos relacionados ao estilo de vida. Vejamos alguns:
“Comer muito mel não é bom.” (Provérbios 25:27)
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: Não comereis gordura de boi, nem
de carneiro, nem de cabra.” (Levítico 7:23)
“E Ee (Jesus) lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deser-
to...” (Marcos 6:31)
“Ditosa, tu, ó terra cujo rei é filho de nobres e cujos príncipes se
sentam à mesa a seu tempo para refazerem as forças e não para be-
bedice.” (Eclesiastes 10:17)
Deus certamente Se preocupa com a saúde e a qualidade de vida
deSeus filhos. É a Sua vontade que preservemos a vida por Ele conce-
dida e que tenhamos uma vida abundante.
Disciplinas Espirituais
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Ter saúde, porém não é obra do acaso. Bem-estar e qualidade de vida
dependem da prática disciplinada e perseverante de um bom estilo
de vida. É o que fazemos ou deixamos de fazer no dia-a-dia que de-
termina a nossa saúde.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1. Imagine que você foi convidado pelo presidente do Brasil para par-
ticipar de um grande jantar festivo em Brasília, mas, ao chegar lá, você
é surpreendido com alimentos e bebidas contrários aos seus princí-
pios de saúde. Qual seria a sua reação?
Agora leia Daniel 1:8 novamente, substituindo o nome Daniel pelo
seu nome. (Exemplo: Resolveu Maria, firmemente, não contami-
nar-se...). Você consegue se imaginar com essa disciplina? Você
acredita que é possível ser como Daniel? Comente com o grupo.
Para pensar: Daniel era um jovem que havia sido levado cativo
de Jerusalém para a Babilônia. Segundo os historiadores, o trajeto
tinha aproximadamente 1.600 Km e foi provavelmente percorrido
a pé em dois meses de viagem. Quando chegou lá, Daniel tinha
menos de 20 anos de idade, estava longe dos pais e na companhia
de milhares de outros jovens que não se preocupavam em manter
o estilo de vida saudável.
Por que Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias
do rei? Com quem e desde quando ele havia aprendido a impor-
tância da disciplina no estilo de vida? Havia algo além da saúde
física em jogo?
Disciplinas Espirituais
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Discuta com o grupo
Quais são os obstáculos que nos impedem de viver uma vida sau-
dável nos dias de hoje? Conquistar a disciplina no estilo de vida
cabe a nós, a Deus, ou a ambos? Leia Apocalipse 3:20.
Disciplinas Espirituais
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03
disciplina da
Meditação
QUEBRA-GELO
O que vem a mente quando ouve a palavra meditação? Você acredita
que esse exercício é uma prática saudável e lhe proporciona algum
benefício? Ou pensa que é apenas uma técnica utilizada por seitas
orientais, em que a pessoa assenta-se, na posição de lótus (pernas
cruzadas), para encontrar o equilíbrio para o corpo e para a mente?
INTRODUÇÃO
Meditar: A palavra é definida como o ato ou efeito de: ponderar, pen-
sar, refletir, estudar, considerar, matutar sobre. Nota-se que o conceito
diz: “ato” ou “efeito”, subentendendo-se que há “ação” e “reação”, é
a atitude da qual se colhe um resultado.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1. É possível meditar, olhar e se alegrar ao estudar os textos bíblicos?
2. Qual é o benefício encontrado no texto abaixo?
“Em Teus preceitos meditarei e olharei para os Teus caminhos. Ale-
grar-me-ei nos Teus estatutos; não me esquecerei da Tua palavra”.
(Salmo 19:15,16)
Disciplinas Espirituais
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Para pensar: Deus, na Sua soberana vontade, tem muitas formas de
falar com o homem, e uma delas é através de Sua Palavra revelada,
a Bíblia. Nesse tipo de comunicação, a meditação bíblica é um
instrumento de grande importância porque é uma forma de:
- Estamos expostos à Palavra de Deus, para a cura, consolo, res-
tauração e direção;
- Buscarmos a Sua vontade;
- Sermos envolvidos em Seus propósitos;
- Conhecermos as Suas promessas;
- Gerarmos comunhão com o Espírito Santo;
- Aprendermos a respeito de Deus e de Seu reino;
- Crescermos espiritualmente, sabendo quem somos e qual é a
nossa missão nesse reino.
II. INTERPRETANDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1- Você reconhece benefícios e identifica um crescimento espiri-
tual em sua vida a partir da comunhão com Deus através da me-
ditação?
Para pensar: A meditação bíblica não deve ser realizada de qual-
quer maneira, pois as coisas pertinentes ao reino de Deus devem
ser realizadas com decência e com ordem, conforme recomenda o
texto bíblico de I Coríntios 14:40.
E o Slamo 19:14 nos diz: “Sejam agradáveis as palavras da mi-
nha boca e a meditação do meu coração perante a Tua face,
Senhor,Rocha minha e Libertador meu!”
Para pensar: Você se alegra ao pensar no encontro que terá com
o Senhor, quando Ele retornar a esse mundo para resgatar aqueles
que perseveraram? Você se vê com esse grupo aguardando Jesus?
O que você faz para se encontrar com Deus; antes da Sua vinda?
Em Amós 4:12, lemos: “Portanto assim te farei, ó Israel, e porque
isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu
Deus”. -O Senhor deseja que Seu povo se prepare para ter um en-
contro com Ele todos os dias.
Depois que Deus crio o homem, Ele vinha, diariamente, na viração
do dia, encontrar-Se com a Sua Criação. Podemos imaginar como
esses encontros - entre o homem e Deus - ram prazerosos – Era uma
conversa do dia-a-dia, em que eles compartilhavam grandes des-
cobertas, e pequenas experiências, simplesmente se relacionando
com o Criador. Mas um dia essa interação foi quebrada, e Adão
Disciplinas Espirituais
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certamente deve ter carregado ao longo de seus 930 anos, a sauda-
de daqueles momentos tão especiais. Deve ter sentido muitas vezes
um imenso vazio ao olhar o pôr-do-sol.
Para nós, porém, nasceu o “Sol da Justiça”, a resplandecente “Estre-
la da Manhã”, e por causa dEle, Jesus Cristo, podemos nos encon-
trar novamente, todos os dias, com o nosso Criador.
Disciplinas Espirituais
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04
disciplina da
Solitude
QUEBRA-GELO
Você acha que o homem do século 21 consegue se desligar comple-
tamente das mídias e redes sociais? Imagine como seria passar 24
horas sem nenhum contato com outro ser humano e sem acesso a
algum tipo de mídia.
INTRODUÇÃO
Solitude é o isolamento ou reclusão voluntários, diferente da solidão
que, em sua essência, é o estado emocional do indivíduo que deseja
ardentemente uma companhia e não a tem. O indivíduo pode estar
cercado de amigos, num animado salão de festas e ainda assim estar
corroído pela solidão. Um exemplo de solitude é o, período em que
Jesus Se isolou para reflexão.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1. Segundo relatado na Bíblia, porque Jesus buscava a solitude?
Qual é a diferença entre solitude e solidão?
Para pensar: Esses versos nos mostram a atitude do Senhor Jesus an-
tes ou depois de momentos importantes em Seu ministério. Apren-
demos que a solitude é uma atitude com propósito específico, e
não somente a busca por isolamento, sempre que o Senhor Jesus se
retirava para um lugar reservado, era com um objetivo, desenvolver
estrita comunhão com o Pai!
Assim como em nosso dias, o“barulho” também era muito nos tempo
de Jesus e O atrapalhava a manter uma estrita comunhão com o Céu.
No entanto, esses versos nos apresentam algo interessante: o Senhor
Disciplinas Espirituais
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procurou a solitude no início de Seu ministério – quarenta dias de
jejum e oração. Também se retirou antes de chamar Seus principais
discípulos, e após atender a uma grande multidão, quando foi acla-
mado como Aquele que poderia atender ás necessidades imediatas do
povo. Ele buscou na solitude, a comunhão com Seu Pai e intercedeu
por Seus discípulos para que entendessem Sua obra e ministério. Na
solitude, Jesus achava respostas, até mesmo para o silêncio do Pai!
(Mateus 26:36-46) E você, que respostas procura? Será que elas não
estão esperando por você nos momentos de solitude? O profeta Elias
encontrou a resposta em uma ocasião como essa (1Reis 19:11-13).
2. Por que era tão importante para Jesus estar em solitude no início
de Seu ministério? Considere também o ministério de João Batista
(Mateus 3:1-2)
Para Pensar: Devemos orar em família, mas, acima de tudo, não
devemos negligenciar a oração secreta, pois é ela que sustenta nos-
sa vida espiritual. É impossível que a espiritualidade de uma pessoa
floresça se a oração for negligenciada. Não basta orar em família e
em público. Sozinho, abra o coração aos olhos perscrutadores de
Deus. -(Caminho a Cristo, p.62/98.
QUEBRA-GELO
Como crisãos, nossa responsabilidade, para com o próximo resume-
-se apenas ao âmbito espiritual ou também temos responsabilidades
sociais? Qual foi a sua última ação solidária para com o próximo?
O que essa ação representou para a pessoa que foi auxiliada e para
você que a auxiliou?
INTRODUÇÃO
A Bíblia nos mostra claramente que temos responsabilidades sociais
a cumprir. Essas responsabilidades estão divididas em quatro áreas
específicas:
Disciplinas Espirituais
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TEXTO PARA ESTUDO: LUCAS 10:29
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1. Com base na resposta dada por Jesus na parábola do bom Sama-
ritano, quem é o nosso próximo? (Ler a parábola em Lucas 10:25-
37).
Para pensar: A Bíblia ensina que a pessoa deve amar o seus próxi-
mos, isto é a todos os homens. E nisso subentende-se que a pessoa
deve amar de tal maneira que beneficie o maior número de pessoas
possíveis, não somente os seus parentes, amigos e vizinhos imedia-
tos. Diz-se aqui o mesmo coisa, que é expressado pelo princípio
hierárquico de que o amor por muitas pessoas é mais valioso que
o amor a apenas uma. Quando o amor é distribuído dessa maneira
entre o maior número possível de pessoas, a norma do amor torna-
-se uma ética social construtiva, que contagia as pessoas a pratica-
rem o bem ao próximo.
Disciplinas Espirituais
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06
disciplina do
QUEBRA-GELO
Serviço Cristão
O entusiasmo com que falamos de assuntos que são de nosso interes-
se reflete o que há em nosso coração: os filhos, os netos, um time de
futebol, um automóvel, uma bolsa etc. Qual é o nosso entusiasmo ao
dar testemunho do que Jesus fez por nós? Quanto interesse temos em
que os outros conheçam o Senhor Jesus? Qual é a importância que
damos à salvação de outras pessoas?
INTRODUÇÃO
A maior preocupação de Deus não está em nossa condição social,
se somos ricos ou pobres, cultos ou incultos, nem em nosso preparo
acadêmico, mas em saber qual é o nosso interesse em anunciar as boas
novas da salvação às pessoas que estão perdidas e sem esperança. João
nos revela- em seu evangelho, no capítulo 3, verso 16, o grande amor
de Deus pelos perdidos e alto preço que Ele pagou para resgatar-nos
das trevas para Sua maravilhosa luz. Neste estudo iremos analisar se a
responsabilidade de anunciar Cristo ao mundo é um dom concedido
a algum grupo específico de pessoas ou uma responsabilidade de todo
crente.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo:
1. Pedro nos diz que somos a geração eleita, sacerdócio real, na-
ção santa, o povo de propriedade exclusiva de Deus. Que maravi-
lha, não é mesmo! Mas esse povo, essa nação foi escolhido para
algo. Para um propósito. Deus nos chamou das trevas para a Sua
maravilhosa luz.
Para pensar: Como igreja remanescente, te o privilégio de termos
manifesto em nosso meio o espírito de profecia através da Sra. Ellen
Disciplinas Espirituais
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G. White. O espírito de profecia é uma ferramenta de Deus para nos
ajudar a ter uma visão clara da Bíblia e de seu real significado para
nós. No livro Beneficência Social pág. 55 está escrito: “Muitos pen-
sam que o espírito missionário é um dom concedido aos pastores
e alguns poucos membros da igreja, e que todos os outros devem
ser meros espectadores. Nunca houve erro maior. Todo verdadeiro
cristão possuirá espírito missionário; pois ser cristão é ser semelhante
a Cristo”.
Disciplinas Espirituais
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07
disciplina da
QUEBRA-GELO
Confissão
Quando uma pessoa faz alguma coisa errada contra mais pede per-
dão, humilha-se, se arrepende, como você administra essa situação?
(Justiça para os outros). E quando você comete um erro contra al-
guém, tornanse do o ofensor, como prefere ser tratado? (Misericór-
dia para mim). Como é o seu comportamento quando depende do
perdão? Outra importante questão: Como Deus nos trata quando nós
erramos? Será que Deus muda o Seu tratamento para conosco depois
que O ofendemos?
INTRODUÇÃO:
O pecado nos deixou com muitas tendências que não são boas. A
pior delas é o orgulho, ou seja, temos dificuldade para confessar e
perdoar. Em todos os dias de nossa vida, sempre vamos ter que nos
relacionar com as pessoas, e com isso virão alguns problemas de
comportamento, ideias divergentes, opiniões contrárias às nossas etc.
No tempo de Jesus, o perdão tinha limite, e a confissão nem sempre
era aceita, pois o prazo era selecionado por regras humanas.
Em Mateus 18:21, lemos: - “Então Pedro, aproximando-se dEle , Lhe
perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim,
e eu hei de perdoar? Até sete.?”
Por que temos que confessar nossos erros? Procuramos todos os tipos
de argumentos para não termos que nos expor. Temos medo de que
as pessoas saibam quem realmente somos. Nosso caráter envolve um
segredo do quale não gostamos de contar detalhes. Mas nosso Deus
tudo vê e tudo sabe.
Em 1 de João 1:9, lemos : “Se confessarmos os nossos pecados, Ele
é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça”.
Temos que confessar porque fizemos o que não deveria ser feito. Se
não confessarmos não seremos perdoados, quem não for perdoado
Disciplinas Espirituais
21
terá que assumir todas as consequências do seu pecado. E qual o
salário do pecado? ROMANOS 6:23 - “Porque o salário do pecado
é a morte.”
Deus não quer dificultar a nossa vida. Seu objetivo é facilitar ao má-
ximo possível. Nossa parte é reconhecer e pedir. Temos que confes-
sar. Na crta aos Romanos, capítulo 8, verso 1 e 4, o apostol Paulo nos
diz: Portanto nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, [...] que não andam segundo a carne mas segundo o Espírito.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
O triste fato do pecado de Davi está relatado na Bíblia, em 2 Sa-
muel 11:1-27. Davi achou que havia vantagem em fazer o que
não poderia ter feito. Ele teve muitas chances de se arrepender e
de confessá-lo, mas não o fez. Achava que nunca seria descober-
to. Pessoas foram prejudicadas por causa da sua atitude. O tempo
necessário foi-lhe concedido para que houvesse arrependimento e
confissão. Davi adulterou e planejou a morte do marido de Bate-
-Seba. Davi foi inconsequente. Somente quando o profeta Natã
veio falar com ele pessoalmente e lhe contou uma parábola (2 Sa-
muel 12), foi que ele viu a gravidade e a covardia dos seus atos.
A confissão, porém, não pode ser algo que eu decido fazer quando
achar melhor. A confissão deve ser feita o mais rápido possível. A
demora pode ser até fatal! Quanto mais tardia for a confissão, mais
difícil será fazê-la.
Disciplinas Espirituais
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torna-se um estilo de vida. Quando começamos a justificar nossos
erros, ficamos insensíveis à voz do Espírito Santo. Podemos esco-
lher tudo o que desejarmos, mas não poderemos escolher as con-
sequências de nossas escolhas. Satanás nos cega quando erramos.
Achamos que o erro compensa, que é só uma questão de -”saber
fazer”-, ou seja: ser esperto, não deixar rastro. Enfim, podemos ser
os melhores artistas do pecado, mas no palco deste mundo, temos
um Universo que nos assiste. Por isso, o recurso que Deus nos
oferece é confessar, e abandonar os nossos pecados. Aconfissão
dá libertação. Traz paz e harmonia, enquanto a não confissão só
trará mal-estar, desconfianças, brigas, ciúmes, vergonha, desonra,
separações, tragédias etc.
Não importa o que tenhamos feito, Deus pode nos perdoar. O re-
curso está à nossa disposição aqui e agora, trata-se da confissão.
Devemos pedir a Deus que tire de nós o gosto pelo pecado. Deve-
mos pedir Sua ajuda para obedecer-Lhe, como prova de nosso amor
para com Ele e não por medo da consequências. Davi é um exemplo
Disciplinas Espirituais
23
da pessoa que confessou o seu pecado. Ele era o Rei, devia ser um
modelo. Venceu o gigante Golias, mas não venceu o gigante interior
que havia nele: o orgulho. Mas depois que Deus tocou o seu cora-
ção, ele se arrependeu e confessou o seu pecado. O Salmo 51 foi
escrito após esee horrendo ato por ele cometido e, mesmo confes-
sando seu pecado, ele teve que arcar com as terríveis consequências
nele envolvidas.
Deus pode nos perdoar, e você pode confessar. Quem deve ter a
iniciativa?
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08
Disciplina da
QUEBRA-GELO
Simplicidade
O que você mais admira nas pessoas? Quando você chega a um lugar
desconhecido e é bem tratado, o que mais lhe chama a atenção? O
que lhe deixa mais à vontade em um ambiente desconhecido? Qual
é impacto da simplicidade das pessoas nos ambientes que lhe trazem
apreensão?
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo era um homem muito culto. frequentava diversos
ambientes e conhecia várias pessoas importantes e famosas de sua
época. Ele também falava várias línguas, como o grego, hebraico, la-
tim e o aramaico. Seu vocabulário era muito rico. Possuía bagem inte-
lectual e folosófia muito grande e tinha uma inteligência privilegiada.
Parecia não ter muito a aprender, mas não era bem assim. Quando foi
chamado por Deus para ser um Cristão, muitas coisas tiveram que ser
mudadas en sua vida. Faltava-lhe muita sabedoria e simplicidade. En-
tretanto, sua vida mudou em 180 graus após conhecer o Senhor Jesus.
Simplicidade foi uma disciplina que o apóstolo Paulo teve que apren-
der para depois ensinar. Mesmo tendo elevado cultura ele sempre
procurava tornar sua pregação e ensinos o mais simples possível. E
teve também suas grandes dificuldades.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1. O que significa simplicidade em Cristo? Atualmente, como po-
demos praticar essa qualidade cristã?
Para pensar: Vivemos em uma sociedade muito exigente. Todos os
segmentos cobram de nós qualidade, velocidade, lucro, etc. po-
rém, mesmo em meio a tantas cargas emocionais e correrias, pre-
cisamos cuidar para não ser frios e indiferentes com as pessoas.
Será sábio de nossa parte, em nossos relacionamentos, sejam –
familiares, trabalhistas, estudantis, ou outros. – colocar as pessoas
acima de tudo. Devemos fazer da simplicidade uma técnica de
relacionamento, pois as pessoas se sentirão melhor e produzirão
mais. Por outro lado, elocais em que há muita pressão, cobrança,
concorrência desleal, síndromes de perseguição, esse, geram gran-
de instabilidade. Poucas pessoas são preparadas para conviver em
locais frios, mas, mesmo assim não suportarão por longo tempo.
Simplicidade não significa abandono de metas, romper com os
projetos, nem muito menos um tipo de descaso ou covardia. Ao
contrário a disciplina da simplicidade poderá fortalecer o grupo.
Haverá maior transparência, aumento da confiança e a revelação
do caráter e das intenções mais íntimas das pessoas. A simplicida-
de aumenta a identificação e a produção. Teremos mais respeito
uns pelos outros, num convívio saudável e de paz.
Para Paulo, Cristo estava acima de tudo. Conhecer Jesus é saber viver
acima de qualquer proposta. O amor de Cristo nos constrange e sua
simplicidade nos abrange. A simplicidade fará mais sucesso do que
se possa imaginar. Deus nos ajude a viver essa disciplina importante,
que também é uma característica celestial. Amém.
Disciplinas Espirituais
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09
Disciplina da Oração
QUEBRA-GELO
Quantos no grupo já oraram por mais de dez minutos? Quantos aqui
no grupo já oraram e tiveram uma oração respondida imediatamen-
te? Alguém já sentiu vontade de orar, mas não orou em voz audível
nem fechou os olhos por receio de alguém criticar ou não entender?
Qual deve ser o nosso principal objetivo ao orarmos a Deus? O que
devemos buscar quando oramos?
INTRODUÇÃO
Há na Bíblia diversas passagens incentivando-nos a orar. A oração
pode ser feita para beneficiar outros (até mesmo nossos inimigos) ou
a nós mesmos. Pode ter como objetivo petição ou agradecimento e
louvor. Mas acima de tudo, a oração precisa ser usada como ferra-
menta diária para a transformação do nosso caráter e fortalecimento
da nossa fé.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1. No primeiro texto, um anjo foi enviado para confortar Jesus no
Seu maior momento de prova e, mesmo depois disso, Ele continuo
a orar com mais intensidade ainda (v. 43, 44). O que podemos
aprender com isso? O que Jesus desejou que os discípulos fizessem
que Lhe serviria de conforto?
2. No segundo texto, mesmo sob a ameaça de morte, o profeta
Daniel continuou a orar três vezes ao dia. Será que Daniel acredi-
tava que é importante orar? Para que alguém como Daniel pudesse
Disciplinas Espirituais
28
orar três vezes ao dia, mesmo quando ameaçado de morte, seria
necessário ser alguién disciplinado e determinado. Sería possível a
qualquer pessoa fazer o que Daniel fez?
Para pensar: Jesus parece fazer questão de chamar Seus discípulos
para precenciarem esse momento de agonia e a Sua maneira de
enfrentá-lo (além, é claro, de desejar o conforto de Seus discípulos
nessa hora). Jesus ora para que a vontade de Deus seja feita, mas não
esconde a Sua angústia diante da imensa responsabilidade de morrer
pela raça humana. Foi preciso vir um anjo do Céu para confortar o
Mestre, pois Seus discípulos não se achavam prontos para isso.
Disciplinas Espirituais
29
Para pensar: No contexto de Jesus, a palavra tentação aqui usada,
pode ser traduzida como “pecado” ou ainda referir-se a um tempo
de provação severa. Nesse texto, Cristo parece estar preparando
Seus discípulos para as provas que logo passariam devido à Sua
morte e perseguições.
Nos momentos mais difíceis, Jesus e Daniel oraram com mais per-
severança e convicção porque já tinham o hábito da oração como
disciplina pessoal.
Disciplinas Espirituais
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10
Disciplina da Vigília
QUEBRA-GELO
Quantos aqui no Pequeno Grupo já passaram algum tempo insistindo
em falar com alguém que parecia não querer recebê-lo para conver-
sar? Quantas vezes ou quanto tempo você se dedicou, insistindo até
que a pessoa o recebeu? Qual foi o maior período de tempo que você
já dedicou estudando para uma prova? Já ficou uma noite inteira es-
tudando? Qual foi o resultado? Comentem uns com os outros sobre a
insistência e perseverança que tiveram para que o êxito acontecesse.
INTRODUÇÃO
Jesus amava Seus discípulos e durante os três anos e meio em que
esteve com eles aqui na Terra ensinou-os por palavras e exemplos
aquilo que seria muito importante para a vida de um cristão neste
mundo e, em seu preparo para a vida na eternidade. Em meio aos
muitos temas importantes para a vida de um seguidor de Jesus está a
Disciplina Espiritual da Vigília.
Disciplinas Espirituais
31
Tendo em vista o significado da palavra vigiar, o que você imagina
que Jesus quis dizer aos discípulos quando pediu que vigiassem? (Co-
mentem em grupo.)
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1. O que os discípulos fizeram logo após a ascensão de Jesus ao
Céu? Será que eles haviam aprendido o que significa vigiar e orar?
Por quanto tempo os discípulos permaneceram em oração naquele
lugar?
Para pensar: Jesus havia dito aos discípulos que deveriam estar
em vigília espiritual, mas eles não atenderam ao pedido do Mes-
tre. Mas depois da ascensão do Senhor Jesus, eles estavam todos
reunidos no mesmo lugar. Segundo se sabe permaneceram ali por
dez dias em oração. Estavam em vigília espiritual, comunhão com
Deus e uns com os outros. Como resultado Deus lhes enviou o
poder do Espírito Santo no dia do Pentecostes.
2. Ler Atos 12:12. O que aconteceu com Pedro? Quem Deus en-
viou para libertá-lo? O que a igreja estava fazendo por Pedro en-
quanto ele estava preso?
Para pensar: O mundo também será convencido dos seus pecados
através da forte e corajosa pregação do evangelho, mas o primeiro
passo que devemos tomar é lançar mão do braço forte da oração
não apenas minutos de oração, mas horas de oração. Sendo que
uma vigília para os judeus representava um período de três horas, e
então, quando falamos de vigília espiritual, significa que podemos
passar um período de pelo menos três horas com Deus, em comu-
nhão, estudo da Palavra, oração e louvor -em uma igreja pequeno
grupo ou mesmo a sós com Deus.
QUEBRA-GELO
Muitas pessoas já nascem com uma forte inclinação para o estudo,
tanto é assim que aprendem com maior facilidade e têm mais von-
tade de ler e escrever. Por essa razão é que há pessoas que mantêm
uma forte disciplina no estudo. Outras, porém, não têm tanta dispo-
sição; o interesse delas é mais limitado e por isso não têm tanta von-
tade de estudar. Começam a ler ou estudar determinado texto mais
logo perdem o interesse e param.
Acompanhe agora o sucinto relatório sobre a disciplina de estudo
desse grande homem, o pregador John Wesley:
Ele tinha uma agenda apertada: segundas e terças-feiras: estudo de
grego, História Romana e literatura. Quartas: estudo de Lógica e Éti-
ca. Quintas: hebraico e árabe. Sextas: Metafísica e Filosofia Natural.
Sábados: composição de oratória e poesia. Domingos: estudo em Di-
vindade (Teologia). Além de tudo isso, estudava francês, aperfeiçoa-
va-se em matemática e ainda conduzia experiências em ótica.
Wesley fez em média três sermões por dia, durante 54 anos, num to-
tal de mais de 44 mil mensagens. Em sua vida toda viajou no lombo
de cavalos 320 mil km, perto de 8 mil Km por ano. Publicou um co-
mentário de quatro volumes sobre a Bíblia, um dicionário de Inglês,
cinco volumes de Filosofia e quatro volumes sobre História da Igreja,
escreveu livros de gramática inglesa, hebraica grega e francesa, três
volumes sobre Medicina, seis sobre Música clássica e um jornal que
totalizou 50 periódicos no fim da vida. Esse homem estudioso foi o
responsável direto pela salvação de milhares de pessoas em toda a
Inglaterra através de um poderoso avivamento.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Em João 15:5 Jesus Se compara a uma videira e nos compara aos
ramos para ressaltar a importância de permanecermos nEle. No
mesmo verso, Ele diz que essa permanência nEle produz “‘muitos
frutos’” ou seja, muitos resultados positivos. O contrário é destaca-
do no verso 6, pois Ele é a Videira verdadeira e é somente ligados
a Ele que teremos vida. No verso 7 Jesus diz que a maneira de
permanecermos ligados a Ele é a Sua Palavra estai em nós. A seguir
em João 8:31, Jesus afirma que só poderemos ser dEle (discípulos
dEle) se Suas palavras permanecerem em nós.
CONCLUSÃO
Ao iniciar o estudo, algumas coisas devem ser previamente avaliadas:
o local, a hora, a claridade e o silêncio são tão importantes e funda-
mentais, que, de alguma forma, o bom resultado do estudo dependerá
desses fatores. Por isso, escolha um lugar de sua casa que seja tranqui-
lo. Um lugar claro e silencioso será de grande ajuda. Escolha também
um horário e procure mantê-lo regularmente. Para melhorar o estudo,
é necessário fazer dele um hábito. Isso ajudará você a manter a disci-
plina no estudo.
Disciplinas Espirituais
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Disciplina do Jejum
QUEBRA GELO
E a Bíblia, o que fala sobre o jejum? Qual a sua relevância hoje? Qual
o verdadeiro significado do jejum?
INTRODUÇÃO
O jejum é praticado por várias religiões do mundo:
Disciplinas Espirituais
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TEXTO PARA ESTUDO: MATEUS 6:16-18
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Para pensar: Há maneiras e motivos errados para jejuar: “Quando
jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; por-
que eles desfiguram os seus rostos, para que os homens vejam que
estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua re-
compensa”. (verso 16). Na Sua época, Jesus já advertiu para que
fossem seguidas as orientações corretas ao jejuar.
O jejum é uma prática necessária, pois o próprio Jesus recomendou e
orientou como fazê-lo: “Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça,
e lava o teu rosto”. (verso 17).
Você não deve pensar que essa é uma boa oportunidade para levar alguém
a pensar boas coisas a seu respeito. “...para não mostrar aos homens que
estás jejuando” (verso 18).
Esse é um assunto entre você e Deus. E o verso 18 continua: “...
mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará”.
Discuta com o grupo
1. Há recompensa para quem jejua? Que recompensa é essa?
II. INTERPRETANDO O TEXTO
O texto que acabamos de ler faz parte do famoso discurso de Cris-
to, denominado “O Sermão da Montanha”. Nele, o Mestre apre-
senta vários de Seus ensinos- que envolvem assuntos práticos da
vida humana, como, o testemunho do cristão, necessidade de obe-
diência aos mandamentos, o amor ao próximo, pureza, oração, a
prática da justiça, entre outros, como o jejum.
Ao observarmos a relevância dos demais temas citados acima, logo
percebemos que o jejum faz parte de um conjunto de ensinamen-
tos de Jesus que são de vital importância para os que buscam cres-
cimento espiritual constante, através de um relacionamento pesso-
al com Deus.
Para pensar: O próprio Cristo praticava a disciplina do jejum (Ma-
teus 4:2) e por isso ensinava que esse era um costume que devia
fazer parte da vida do cristão consagrado (Mateus 6:16). O relato
sabrado nos diz que a igreja do Novo Testamento também praticava
o jejum (Atos 13:2, 3; 14:23; 27:33).
O jejum não serve para se fazer barganha com Deus. Deus não é
um Ser que se propôe fazer trocas. Aliás, Ele nem precisa disso.
Disciplinas Espirituais
39
Não é porque a pessoa pratica o jejum que Ele vê algum mérito nis-
so e a recompensará. Deus não Se dá por troca Ele Se dá por graça.
Hoje em dia, o que se vê são muitos jejuns feitos com o intuito de
alcançar um alvo, ou para que Deus mude uma situação (penitên-
cia), ou para que uma resposta seja dada. Não que isso não acon-
teça, mas não é por troca. O jejum muda - não a Deus mais você.
Quando jejuarmos, não devemos aparentar preocupação tristeza
ou semblante descaído (Mateus 6:16), ao contrário, devemos de-
monstrar alegria e aparência de bem-estar (versos 17,18).
Na Bíblia, jejuar refere-se à abstenção de alimento por motivos
espirituais. Embora o jejum apareça frequentemente vinculado à
oração, ele por si só deve ser considerado uma prática de provei-
to espiritual. Na realidade, o jejum bíblico pode ser chamado de
“oração sem palavras”.
III. APLICANDO O TEXTO
Para pensar: Teoricamente falando, o jejum é a abstenção voluntária
de alimentos ou líquidos, total ou parcialmente. Mas o jejum como
Jesus orientou é mais do que isso. Ele tem um propósito maior. A abs-
tenção voluntária de alimentos ou líquidos, total ou parcial, tem como
propósito nos ensinar a manter uma dependência tal de Deus, que
nos possibilite encontrar nEle a nossa verdadeira Fonte de sustento e
vida (Mateus 4:4; Lucas 12:33). O alimento é secundário! Temos uma
comida para comer que o mundo não conhece (João 4:32, 34), pois a
vida é muito mais que alimento (Lucas 12:33).
Quando jejuamos, temos um senso claro das verdades divinas e maior
compreensão das Escrituras. O jejum é a busca por Deus e Sua ação
transformadora. É negar-se e buscar algo diferente, algo que melhore
o modo de ser. Logo, jejuar é se achegar a Deus de forma voluntária
e humilde.
O jejum não tem poder: muitos jejuam para terem supostos ‘“poderes
divinos’”, para serem mais santos, para terem uma auréola na cabeça,
etc. Jejum não é para isso. Quando o crente jejua o que acontece é
uma aproximação dele a Deus. Nessa aproximação, aquele que jejua,
recebe a maior de todas as recompensas, que é uma crescente depen-
dência de Deus.
Escolha quando fazer; o jejum, de quantas refeições irá se abster e;
intensifique os seus momentos de oração com Deus. Mas lembre-se,
a dependência de Deus e o realizar a Sua vontade deve ser o seu ob-
jetivo ao jejuar.
Disciplinas Espirituais
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13
Disciplina do Tempo
QUEBRA-GELO
Hoje temos vários meios que facilitam a nossa vida, como o auto-
mével, máquina de lavar, secar, celulares, avião, banco trinta horas,
internet, entre outros meios criados para oferecer conforto e encurtar
a distâncias entre as pessoas, mas, com tudo isso, ainda sentimos que
falta tempo para o lazer, descanso e para a família.
INTRODUÇÃO
Hoje, a luta entre o ter e o ser torna a vida exaustiva, pois, vende-
mos o nosso tempo sem perceber que com ele vai também a nossa
saúde, felicidade e bem-estar daqueles a quem amamos. Usamos
os bens materiais como justificativa para a nossa ausência e limita-
mos os momentos de descanso e lazer a apenas poucos eventos que
ocorrem nos finais de semana e que nos fazem ansiar por feriados
prolongados.
DISCUSSÃO
I. CONHECENDO O TEXTO
Discuta com o grupo
1. O que a Bíblia diz sobre o uso do tempo? Se há tempo para
tudo, por que não conseguimos tempo para a família, lazer, comu-
nhão e descanso?
Para ensar: Esses versos nos convidam a uma reflexão sobre os usos
e práticas que fazemos do tempo. -Aprendemos que há tempo e
propósito para tudo o que se faz, no entanto, o modo como admi-
nistramos o uso do tempo conduzirá à satisfação ou decepção, e
que em todo o tempo Deus está presente e buscando oportunida-
des para nos ajudar a tirar o melhor proveito da vida.
“Divertir-se regularmente é um dos cinco fatores centrais para uma vida
satisfeita. Os indivíduos que dedicam algum tempo a se divertir têm
chances 20% maiores de ficarem felizes e 36% maiores de se sentirem
bem com sua idade e com a etapa em que estão vivendo”. David Ni-
ven, Os 100 Segredos das Pessoas Felizes - [Editora Sextante:RJ], p. 84.
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“Concedei algumas de vossas horas de lazer aos filhos; associai-
-vos com eles no trabalho e nos esportes, e ganhai-lhes a confian-
ça. Cativai-lhes a amizade”. Conselhos aos Pais, Professores e Es-
tudantes, p. 124.
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