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SET 2001 NBR 6248

Isolador-castanha - Dimensões,
características e procedimentos de
ABNT – Associação ensaio
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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www.abnt.org.br
Subestações
NBR 6248 - Strain insulator of ceramic material - Dimensions, characteristics
and test procedures
Descriptors: Insulator. Strain insulator
Esta Norma substitui a NBR 6248:1987
Copyright © 2001 Válida a partir de 29.10.2001
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Isolador. Isolador-castanha 7 páginas
Impresso no Brasil
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Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos gerais
5 Requistos específicos
6 Ensaios
7 Inspeção
8 Procedimento da contraprova para os ensaios de recebimento (exceto inspeção visual)
ANEXOS
A Tabelas
B Figuras

Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma contém os anexos A e B, de caráter normativo.
1 Objetivo
Esta Norma padroniza as dimensões, as características mínimas exigíveis e os ensaios para isoladores-castanha, com
dielétrico de porcelana, para utilização em sistemas de corrente alternada, com tensão nominal superior a 1 000 V e
freqüência abaixo de 100 Hz, para uso externo.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 5032:1984 - Isoladores de porcelana ou vidro para linhas aéreas e subestações de alta-tensão - Especificação
NBR 5456:1987 - Eletricidade geral - Terminologia
2 NBR 6248:2001

NBR 5472:1986 - Isoladores e buchas para eletrotécnica - Terminologia

NBR 9334:1986 - Embalagens de papelão ondulado para isoladores de roldana e castanha - Características
dimensionais e estruturais - Padronização

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições das NBR 5456 e NBR 5472.

4 Requisitos gerais

4.1 Geral

Os isoladores abrangidos por esta Norma devem estar de acordo com as exigências da NBR 5032, onde aplicável.

4.2 Características dimensionais, mecânicas e elétricas

Um isolador-castanha é individualizado pelas seguintes características:

a) dimensões;

b) carga de ruptura à tração;

c) tensão suportável nominal em freqüência industrial, sob chuva, durante 1 min.

As características padronizadas e as dimensões dos isoladores-castanha encontram-se na tabela A.1 do anexo A e


figuras B.1 e B.2 do anexo B.

4.3 Porcelana

Deve ser produzida pelo processo plástico. Deve ser impermeável, livre de rachaduras, rebarbas, bolhas ou inclusões de
materiais estranhos e deve ser recoberta com camada de esmalte liso vitrificado, observados os critérios de aprovação do
ensaio de inspeção visual.

4.4 Cor

A cor do dielétrico deve ser marrom ou cinza, salvo prévio acordo comercial entre fabricante e comprador.

4.5 Marcação

Em cada isolador deve ser marcado, pelo menos, de modo legível e indelével, o seguinte:

a) nome ou marca do fabricante;

b) ano de fabricação.

As marcações sobre o corpo isolante não devem produzir saliências ou rebarbas que prejudiquem o desempenho
satisfatório dos isoladores em serviço, nem eliminar o esmalte da porcelana.

4.6 Embalagem

A embalagem deve estar de acordo com a NBR 9334.

5 Requisitos específicos

5.1 Codificação

Cada isolador deve ser identificado por um código alfanumérico contendo duas indicações, separadas por hífen:

a) quanto à classe mecânica - valor referente à carga de ruptura mecânica, em decanewtons, precedido pela letra C
indicativa do tipo de isolador;

b) quanto ao formato da castanha - índice indicado nas figuras do anexo B.

Exemplo: Um isolador código C 6500-2 refere-se a um isolador-castanha com carga de ruptura de 6 500 daN, com
características do formato 2.

6 Ensaios

6.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo são os seguintes:

a) verificação dimensional;

b) tensão suportável de freqüência industrial, sob chuva.


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6.2 Ensaios de recebimento

Os ensaios de recebimento são os seguintes, devendo ser executados na seqüência apresentada:

a) inspeção visual;
b) verificação dimensional;
c) ciclo térmico;
d) ruptura mecânica;
e) porosidade.
6.3 Ensaio de rotina
O ensaio de rotina consiste no ensaio de inspeção visual.
6.4 Montagens padronizadas
6.4.1 Para ensaio elétrico de tipo
O isolador deverá ser montado de tal forma que seu eixo normal aos furos forme um ângulo de 45° com a vertical.
Para fixação dos isoladores deverão ser usadas cordoalhas ou cabos nus de diâmetro de cerca de 75% do diâmetro dos
furos do isolador, sendo que cada isolador sob ensaio deve vir acompanhado de conjunto de condutores. Se isto não for
possível, devido ao grande número de isoladores a serem ensaiados, deve-se garantir que cada condutor fique
perfeitamente ajustado no seu respectivo leito como em serviço. Cada um desses dois condutores deverá ter uma de suas
pontas passada por um dos furos do isolador e amarrada sobre si mesmo a uma distância não inferior ao comprimento do
isolador. Os condutores, quando montados, devem ficar cruzados entre si como em serviço e tensionados para manter o
isolador em posição. O condutor inferior deverá ser ligado à terra e o superior constituirá o eletrodo sob tensão. A tensão de
ensaio deve ser aplicada entre o eletrodo superior e a terra.
6.4.2 Para ensaio mecânico de recebimento
Cada volta do cabo de aço flexível usado para aplicar a carga mecânica deve ser fixada com braçadeiras posicionadas de
modo que a distância entre a extremidade da braçadeira mais próxima e o final do isolador tenha o mesmo comprimento do
objeto sob ensaio. O diâmetro do cabo não deve exceder 50% do diâmetro do furo do isolador.
6.5 Método de ensaio
As descrições dos métodos de ensaio são indicados na NBR 5032.
7 Inspeção
7.1 Considerações gerais
A inspeção de recebimento deve ser realizada nas instalações do fabricante na presença de inspetor. Caso o fabricante
não esteja devidamente equipado para a realização de algum ensaio previsto nesta Norma, este deverá ser feito em
laboratório ou instituição credenciada pelo comprador, sem ônus para este.
O fabricante deve proporcionar ao inspetor todos os meios, a fim de lhe permitir verificar se o material está sendo fornecido
de acordo com esta Norma.
Em qualquer fase de fabricação, o inspetor deve ter acesso, durante as horas de serviço, a todas as instalações da fábrica
onde o material esteja sendo processado.
7.2 Amostragem
7.2.1 Ensaios de tipo
A quantidade de isoladores a ser usada em cada ensaio de tipo deve ser conforme a tabela 1.
Tabela 1 - Amostragem para ensaios de tipo

Ensaio de tipo Amostragem


Verificação dimensional 5
Tensão suportável de freqüência industrial, sob chuva 3

A amostragem deve ser tomada de um lote de isoladores que tenha atendido às prescrições de todos os ensaios de
recebimento e de rotina não incluídos nos ensaios de tipo

NOTA - A seleção é feita normalmente pelo fabricante.

7.2.2 Ensaios de recebimento

7.2.2.1 Ensaio de inspeção visual

A amostragem deve seguir as exigências da tabela A.2 do anexo A.


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7.2.2.2 Demais ensaios

A amostragem para os demais ensaios de recebimento deve ser conforme a tabela A.3 do anexo A.

Lotes com mais do que 10 000 isoladores devem ser divididos em um número ótimo de lotes, cada um deles contendo
entre 2 000 e 10 000 isoladores. Os resultados dos ensaios devem ser avaliados separadamente para cada lote.

As amostras a serem ensaiadas devem ser escolhidas aleatoriamente do lote sob inspeção, sendo que o comprador tem o
direito de fazer esta escolha.

No caso de falha de qualquer amostra em algum ensaio, o procedimento da contraprova deve ser aplicado, conforme se-
ção 8.

Isoladores submetidos a ensaios de recebimento que possam comprometer suas características mecânicas e/ou elétricas
não devem ser usados em serviço.

7.2.3 Ensaios de rotina

O ensaio de rotina de inspeção visual deve ser realizado em 100% das peças e pode ser acompanhado por inspetor
credenciado pelo comprador, mediante prévio acordo comercial. Esse ensaio deve ser realizado pelo fabricante no
processo de manufatura dos isoladores.

8 Procedimento da contraprova para os ensaios de recebimento (exceto inspeção visual)

Se somente um isolador falhar num ensaio de recebimento, uma nova amostragem igual a duas vezes a quantidade original
deve ser ensaiada. A contraprova deve compreender o ensaio no qual ocorreu a falha, precedido por aqueles ensaios que
podem ter influenciado os resultados do ensaio original.

Se dois ou mais isoladores falharem em qualquer um dos ensaios de recebimento, ou se qualquer falha ocorrer durante a
contraprova, o lote deve ser considerado em desacordo com esta Norma e deve ser retirado pelo fabricante.

Se for possível a clara identificação da causa da falha, o fabricante pode examinar o lote para eliminar todos os isoladores
com tal defeito.

No caso de um lote que tenha sido dividido em lotes menores, se um desses lotes falhar, a investigação pode ser estendida
aos demais lotes. O(s) lote(s) examinado(s) pode(m) então ser submetido(s) novamente aos ensaios. A quantidade de iso-
ladores então selecionada deve ser igual a três vezes a quantidade tomada inicialmente para os ensaios. A contraprova
deve compreender o ensaio no qual ocorreu a falha, precedido por aqueles ensaios que podem ter influenciado os resul-
tados do ensaio original. Se qualquer isolador falhar durante a contraprova, o lote completo deve ser considerado em desa-
cordo com esta Norma e deve ser considerado reprovado.

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/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Tabelas

Tabela A.1 - Características padronizadas

Código
Tolerância C 1800 -1 C 4500 - 1 C 9000 - 1 C 3400 - 1 C 6500 - 2 C 8200 - 2
mm
1)
A 60 89 140 90 130 175
1)
B 40 64 85 85 100 118
C ±2 24 45 60 42 50 54
Dimensões D ±2 10 16 26 20 22 26
mm ±3 28 42 - 44 - -
E
±6 - - 80 - 64 90
+3
R 5 18 22 10 11 13
-0
Distância de escoamento
33 42 57 60 70 90
mm
Carga de
Característica ruptura à
tração 1800 4500 9000 3400 6500 8200
mecânica
DaN
Tensão
suportável
em
Característica freqüência 2,5 12 15 14 17 21
elétrica industrial,
sob chuva
KV

1)
As tolerâncias das dimensões dos isoladores devem estar, salvo prévio acordo comercial, conforme as fórmulas abaixo para partes
de porcelana ou vidro:

d = ± (0,04 n + 1,5) mm para n ≤ 300 mm;

onde:

d = tolerância simétrica;
n = dimensão nominal.
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Tabela A.2 - Plano de amostragem para o ensaio de


recebimento de inspeção visual

Amostra Ac Re
Tamanho do lote
Seqüência Tamanho
Até 150 - 5 0 1
151 a 500 1° 13 0 2

2° 13 1 2
501 a 1 200 1° 20 0 3

2° 20 3 4
1 201 a 3 200 1° 32 1 4

2° 32 4 5
3 201 a 10 000 1° 50 2 5

2° 50 6 7
10 001 a 35 000 1° 125 3 7

2° 125 8 9

NOTAS
1 Especificação do plano de amostragem, conforme a NBR 5426:
- amostragem dupla,
- nível de inspeção: I,
- nível de qualidade aceitável (NQA): 2,5%.
2 Ac: número de isoladores defeituosos que ainda permite aceitação do lote,
Re: número de isoladores defeituosos que implica a rejeição do lote.
3 Se a amostra requerida for igual ou maior que o número de unidades de
produto constituintes do lote, efetuar inspeção 100%.
4 Procedimento para amostragem dupla: ensaiar, inicialmente, um número de
unidades igual ao da primeira amostra obtida na tabela. Se o número de
unidades defeituosas encontrado estiver compreendido entre Ac e Re
(excluídos esses valores), deverá ser ensaiada a segunda amostra. O total
de unidades encontradas, após ensaiadas as duas amostras, deve ser igual
ou inferior ao maior valor de Ac especificado.

Tabela A.3 - Amostragem para os ensaios de recebimento


(exceto inspeção visual)

Tamanho do lote
Tamanho da amostra
(N)
N ≤ 300 Mediante prévio acordo comercial

300 < N ≤ 2 000 4

2 000 < N ≤ 5 000 8

5 000 < N ≤ 10 000 12

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/ANEXO B
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Anexo B (normativo)
Figuras
Dimensões em milímetros

Figura B.1 - Isolador-castanha - Formato 1

Dimensões em milímetros

Figura B.2 - Isolador-castanha - Formato 2

NOTA - A área sem esmalte é indicada por .

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