A possibilidade de se cumprir o regime aberto em prisão domiciliar, isto é, em
domicílio particular, consta no art. 117 da LEP. São 4 possibilidades: i) aos apenados maiores de 70 anos, ii) apenados com alguma doença grave, iii) apenados que tenham filhos menor ou com deficiência física ou mental, v) por fim, apenadas gestantes. Pelo que se vê, a LEP é bem taxativa com esse tema. Porém tal taxatividade não se faz absoluta na realidade, “extremamente comum e já sabida é a concessão de prisão domiciliar ante a inexistência de estabelecimento adequado ao regime aberto de cumprimento de pena (Casa do Albergado), omissão esta que importa em transgressão do princípio da legalidade, da coisa julgada e consequente desvio de execução”1. 2. As hipóteses para os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderem obter permissão para sair do estabelecimento estão no art. 120 da LEP. Sendo elas: i) quando algum familiar (ascendente, descendente ou irmão) ou cônjuge morrer ou sofrer de alguma doença grave; ii) ou quando o apenado ou preso provisório necessitar de algum tratamento médico. 3. Os requisitos para que o condenado que está em regime semiaberto obtenha a autorização para a saída temporária, estão dispostos no art. 123 da LEP, sendo eles: i) ele tem que ter um comportamento adequado, isto é, dentro dos padrões esperados, ii) deverá ter cumprido, no mínimo, um sexto da pena, caso seja primário, ou um quarto sendo ele reincidente, iii) e ainda, a saída temporária tem que contribuir com os fins da pena,. 4. Após o apenado ter a concessão da saída temporária deferida, ele terá que cumprir certos deveres: i) conceder o endereço em que ele estará, e que será encontrado com facilidade, ii) se recolher à residência visitada no período noturno, iii) não frequentar qualquer estabelecimento igual ou semelhante a bares e casas noturnas.
1 ROIG, Rodrigo Duque Estrada Execução penal : teoria crítica / Rodrigo Duque Estrada Roig. – 4. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018, p. 182