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FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA E EDUCAÇÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESPÍRITO-SANTENSE


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

EVERLLYNN SANTANA CARDOSO

PONTE PÊNSIL E PONTE ESTAIADA

VITÓRIA

2020

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SUMÁRIO

1 PONTE PÊNSIL 2
1.2 COMPONENTES ESTRUTURAIS 3
1.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS 5
1.4 OBRAS 6
2 PONTE ESTAIADA.............................................................................................................................7

2.1 COMPONENTES ESTRUTURAIS.........................................................................................................8

2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS......................................................................................................10

2.3 OBRAS.............................................................................................................................................12

3. REFERÊNCIAS
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PONTE PÊNSIL

Ponte pênsil ou poste suspensa, como também é conhecida, são pontes que
possibilitam atravessar maiores vãos sobre rios ou lagos.

Ela é sustentada por sistema de cabos e mastros. Na ponte pênsil os cabos


principais partem de um mastro a outro formando uma parábola. Dos cabos
principais partem os cabos de sustentação da plataforma, que são verticais e
espaçados igualmente.

Historicamente as primeiras construções de pontes pênseis apareceram no início do


século XIX. Porém, a tecnologia avançou somente no século XX, atingindo seu ápice
com a construção da Ponte Golden Gate.

Figura 1 e 2 – Ponte Golden Gate

Fonte: Pinterest

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1.2 COMPONENTES ESTRUTURAIS

Em uma ponte pênsil, os cabos são conectados ao maciço rochoso em cada uma
das extremidades da ponte e então encordoados sobre os pilares. A plataforma da
ponte é conectada aos cabos principais suspensos por cordas ou varas verticais. O
peso da plataforma é transformado em tensão nos cabos principais. Ao correrem os
cabos pelos pilares, este esforço é transferido para os pilares sob forma de
compressão vertical; nas extremidades dos cabos, a tensão é equilibrada pelo
esforço de ancoragem do solo.

Seus principais componentes estruturais são:

Vigas Treliçadas: são os elementos longitudinais contra ventados transversalmente


que servem como suporte e distribuem as cargas provenientes do trafego de
veículos. Servem como elementos integrantes do sistema lateral, garantindo a
estabilidade aerodinâmica da estrutura toda.

Cabos Principais: é um grupo de fios paralelos que suportam as vigas treliçadas,


transferindo as suas cargas para as torres principais, servindo também como
elementos estabilizadores da estrutura.

Torres Principais: são os elementos intermediários entre a superestrutura e a


fundação. Suportam os cabos e transfere seus carregamentos para a fundação.
Geralmente a configuração das torres assumem a forma de portais. A sua altura é
definida em função da deformação que o cabo irá sofrer devido ao seu peso próprio.

Pendurais: são os elementos intermediários entre a viga treliçada e o cabo. Fazem


a passagem entre a carga que é absorvida pelas vigas e a carga que é absorvida
pelos cabos.

Ancoragens: são os blocos de concreto que ancoram os cabos principais. Servindo


assim como apoios finais da ponte.

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1.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Entre as vantagens da utilização da uma ponte pênsil destaca-se que a área


atravessada por esse tipo de ponte é muito grande em proporção a quantidade de
material necessário para a sua construção. Esse tipo de ponte pode ser construído
em maiores alturas, permitindo a passagem de navios altos sob a ponte. Durante a
construção, suportes centrais temporários não precisam ser construídos, e o acesso
a construção não é necessário por baixo. Isso significa estradas movimentadas e a
hidrovias não precisam ser interrompidos. A flexibilidades adicional de pontes
suspensas permite dobrar sob o poder dos ventos e terremotos. Mas vale ressaltar
que, pontes suspensas podem ser instáveis em condições extremamente
turbulentas, em casos extremos que exigem encerramento temporário da ponte.

Dentre as desvantagens da ponte pênsil vemos que quando construída m terreno


macio, as pontes suspensas exigem um extenso e caro trabalho na fundação para
combater os efeitos da carga pesada nas torres. A flexibilidade pode ser uma
desvantagem para as pontes suspensas, pois poderá balanças sob cargas pesadas
concentradas. Essas pontes não são geralmente usadas para travessias ferroviárias
regionais que transportam cargas máximas de peso, causando avarias adicionais a
ponte.

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A área a tra ve ssada por e


sse tipo de po nt e é muito
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1.4 OBRAS

O maior exemplar de ponte pênsil do mundo está no Japão, a ponte Akashi-Kaikyo,


com 3.911 metros de comprimento total e 1.991 metros de vão central. Situada no
estreito de Akashi, entre a cidade de Kobe e a ilha Awaji, ela foi construída em 1998,
com o objetivo de estimular o crescimento econômico e o intercâmbio cultural do
oeste japonês.

Figura 3 - Ponte Akashi-Kaikyo

Fonte: Engenharia Civil Online

O risco de terramotos foi outro fator cuidadosamente analisado durante o projeto. A


Akashi-Kaikyo foi projetada para resistir a dois tipos de terramotos: um com até 8,5

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graus de magnitude na escala Richter ocorrendo a uma distância de 150 km da


ponte e outro com um período de ocorrência de 150 anos com epicentro dentro de
um raio de 300 km em torno da ponte. Graças a estes cuidados, a ponte resistiu ao
terramoto Hyogo-ken Nanbu em 1995, que teve como única consequência para a
ponte o facto de esta ter deslocado os seus pilares, aumentando em 1 m a distância
entre eles.

Figura 4 - Ponte Akashi-Kaikyo

Fonte: Pinterest

No Brasil, a maior ponte pênsil fica em Florianópolis (SC), a ponte Hercílio


Luz, sendo a 132ª do mundo. A estrutura, de 1926, foi interditada há mais de 20
anos por má conservação e, atualmente, está sendo restaurada para que volte a ser
utilizada para passagem de veículos. 

Figura 5 – Ponte Hercílio Luz

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Fonte: Google

PONTE ESTAIADA

Ponte estaiada também chamada de ponte atirantada, é um tipo de ponte suspensa


por cabos constituída de um ou mais mastros, de onde partem cabos de sustentação
para os tabuleiros da ponte. A ponte estaiada costuma ser a solução intermediária
ideal entre uma ponte fixa e uma ponte pênsil em casos onde uma ponte fixa iria
requerer uma estrutura de suporte muito maior, enquanto uma pênsil necessitaria
maior elaboração de cabos. É a opção mais moderna e economicamente viável
indicada para se vencer grandes distâncias ou intervalos longos, preferencialmente
acima de 150 ou 200 metros. Elas são relativamente recentes. As primeiras obras
desse tipo apareceram na década de 60, na Europa, e só contavam com três cabos.
O avanço da informática foi decisivo para sua propagação.

A ponte estaiada é, atualmente, a principal solução para vencer grandes vãos. O


recurso é bastante empregado, por exemplo, no cruzamento de rios ou canais que
necessitem de espaço para passagem de embarcações. No Brasil, um exemplo
conhecido de ponte estaiada é a da Margem Pinheiros, em São Paulo.

Figura 6 – Ponte Rio Pinheiros, São Paulo.

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Fonte: Engenharia 360

O aumento impressionante no número de construções desse tipo pelo mundo se


deve a vários fatores. Primeiro, aos avanços tecnológicos quanto à fabricação de
aço e concreto com mais resistência. Segundo, ao desenvolvimento de softwares
capazes de calcular rapidamente, e com maior precisão, todos os elementos de
sustentação. Isso deu aos projetistas possibilidades criativas ilimitadas. Além disso,
de um modo geral, os novos sistemas agregam maior valor estético a essas belas
estruturas, fazendo-as ser uma arquitetura requintada e atrativa ao gosto popular.

2.1 COMPONENTES ESTRUTURAIS

Uma ponte estaiada não possui ancoragens nem cabos se estendendo por todo o
comprimento da ponte presos aos pilares. Em uma ponte estaiada vários cabos são
fixados aos pilares, normalmente em simetria, para segurar uma seção da ponte
anexa ao pilar.  Os cabos em uma ponte estaiada são angulados e, portanto, existe
uma força tanto horizontal quanto vertical sobre a pista; e a mesma tem que ser forte
o suficiente para resistir a força horizontal. As pontes estaiadas são formadas
basicamente por:

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Tabuleiro: (composto, por sua vez, por vigas e laje), sistema de cabos (que
suportam os tabuleiros), torres que suportam os cabos e os blocos ou pilares de
ancoragem. O tabuleiro transfere os esforços, que seu peso e demais cargas locais
causam, para os pontos de ligação, onde os estais são fixados no tabuleiro, e para
os pilares (TORNERI, 2002). O tabuleiro deve ser um elemento resistente à flexão,
que seu próprio peso e demais cargas provocam. Para tabuleiros rígidos, o sistema
de cabos não é tão solicitado quanto o próprio tabuleiro para combater a sua flexão,
nesse caso geralmente utiliza-se poucos estais. Se o tabuleiro for relativamente
menos rígido, é necessário mais cabo, pois este contribuirá mais do que o tabuleiro.
Essa desproporcionalidade se dá conforme a evolução da primeira geração de
pontes estaiadas até a geração atual, que tende a ser mais leve.

Estais: cabos de aço galvanizado, em que cada cabo é engraxado e protegido por
uma capa de plástico. O conjunto desses cabos (cordoalha) fica dentro de um tubo
de plástico mais denso. Todo esse sistema protege os cabos da corrosão, fogo, sol,
chuva e até vandalismo. Eles suportam o tabuleiro, para que este não se flexione,
recebendo as cargas transmiti das pelos pontos de ancoragem. Também contribuem
para o equilíbrio entre o vão central e os vãos laterais.

Torres: suportam o sistema de cabos e transferem suas cargas para os pilares


secundários e fundações. Podem ser feitas de concreto ou aço, a escolha depende
de fatores como solo, estabilidade durante a construção, mão de obra (TORNERI,
2002). Sua estrutura é sujeita à flexão pelos cabos, sua rigidez deve combatê-la e
depende da carga que vêm dos cabos, como também da organização dos cabos.
Existem duas tipografias de pontes estaiada, que são: harpa, onde saem paralelos a
partir do mastro, de modo que a altura do ponto de fixação do cabo no mastro é
proporcional à distância do ponto de fixação do mesmo no tabuleiro, na base; e de
“leque”, onde partem todos, juntos, do topo do mastro

Figura 7 – Ponte estaiada tipo leque

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Fonte: Wikipédia

Figura 8 – Ponte estaiada tipo harpa

Fonte: Wikipédia

2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS

2.2.1 Vantagens

A área atravessada por uma ponte de suspensão é muito grande em proporção à


quantidade de material necessário para sua construção.
Construído sobre cursos de água, as pontes podem ser construídas em posições
mais altas, permitindo a passagem de navios altos sem problemas sob a ponte.
Durante a construção, os suportes centrais temporários não são necessários e o
acesso à construção não é feito por baixo. Isso significa que as estradas
movimentadas e hidrovias não precisam ser interrompidas

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A flexibilidade das pontes suspensas lhes permite flexionar sob a ação dos ventos e
dos terremotos. Elas, porém, podem ser instáveis em condições extremamente
turbulentas. Assim, casos extremos requerem a interdição temporária da ponte.

2.2.2 Desvantagens

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A flexibilidade das pontes suspensas lhes permite flexionar sob a ação dos ventos e
dos terremotos. Elas, porém, podem ser instáveis em condições extremamente
turbulentas. Assim, casos extremos requerem a interdição temporária da ponte.
Quando construída em terreno macio, as pontes suspensas exigem um extenso e
caro trabalho na fundação para combater os efeitos da carga pesada nas torres.
A flexibilidade pode ser uma desvantagem para as pontes suspensas, pois poderá
balançar sob cargas pesadas concentradas. Essas pontes não são geralmente
usadas para travessias ferroviárias regionais que transportam cargas máximas de
peso, causando a várias adicionais à ponte.

2.3 OBRAS

O inovador design da Ponte da Passagem, a primeira estaiada do Espírito


Santo, coloca Vitória no mesmo patamar que as capitais mais modernas no
país no que se refere à arquitetura dos projetos urbanos. Os leves traços,

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marcados pelos 32 cabos de aço e os dois pilones, que se completam com os


dois tabuleiros em ligeira curva, são do engenheiro capixaba, Karl Fritz Meyer.

Figura 9 – Ponte da Passagem, Vitória.

Fonte: Pinterest

Cartão postal famoso de São Paulo, a Ponte Estaiada é um dos maiores símbolos
da cidade, inaugurada em 10 de maio de 2008, há quase 12 anos. A Ponte Octávio
Frias de Oliveira, nome oficial do projeto faz parte do Complexo Viário Real Parque,
com duas pistas estaiadas que cruzam o rio Pinheiros, no Brooklin.
A ponte é a única do mundo com duas pistas em curva conectadas ao mesmo
mastro; cada sentido tem 290 metros de extensão, sua torre possui 138 metros de
altura com 144 estais amarelos. Por sua grandiosidade, é considerada uma
das obras de arte especiais mais icônicas do Brasil, ganhadora de prêmios
internacionais por seu projeto das vias e mastro estaiado em X ser uma inovação
mundial.
Figura 10 – Ponte Octávio Frias de Oliveira, São Paulo

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Fonte: Pinterest

Ponte Jornalista Phelippe Daou, popularmente conhecida como Ponte Rio Negro, é


uma ponte que atravessa o rio Negro, no estado brasileiro do Amazonas. Ela
conecta os municípios de Manaus e Iranduba, e também faz parte da Rodovia
Manoel Urbano. Atualmente é a maior ponte estaiada do Brasil, com
3,6 quilômetros de extensão sobre o maior rio de água negra do mundo.

Figura 11 - Ponte Jornalista Phelippe Daou, Amazonas.

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Fonte: Globo

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3 REFERÊNCIAS

https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-ponte-pensil.html

https://www.grupoorguel.com.br/blog/maiores-pontes-penseis-mundo/

http://engenhariacivilonline.blogspot.com/2011/05/ponte-akashi-kaikyo.html

https://www.passeidireto.com/arquivo/46321673/trabalho-ponte-pensil

https://www.passeidireto.com/arquivo/24147799/pontes-estaiadas-pontes-e-viadutos

http://dynatest.com.br/ponte-estaiada-saiba-mais-sobre-a-construcao-de-um-dos-
simbolos-de-sao-paulo/

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