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HISTÓRIA DO GUINDASTE

Em seu topo, prendia-se a roldana


por onde corria a corda utilizada
para suspender os materiais. Essa
corda era normalmente operada
por um molinete fixo num dos
lados da estaca, junto à base.

Os guindastes romanos
apresentavam sérias limitações.
Apesar de a carga poder ser
levantada verticalmente, o ângulo
O guindaste é provavelmente em que ela podia girar, à direita ou
invenção grega ou romana, da qual à esquerda, sem o guindaste se
não existem registros anteriores ao desequilibrar, era muito restrito.
Além disso, só poderia ser erguida
século I a.C. até a altura das estacas. Outro
problema era a imobilidade do
Os grandes monumentos de pedra equipamento, que precisava ser
anteriores a essa época - as desmontado a cada etapa da
pirâmides do Egito, por exemplo - construção.
foram edificados sem auxílio de
nenhum mecanismo de suspensão. Os construtores medievais
conseguiram superar a maioria
desses problemas. A força humana
A maior parte do conhecimento utilizada para fazer funcionar o
sobre os guindastes antigos vem dos molinete permaneceu
escritos do arquiteto romano insubstituível até o advento das
Vitrúvio (século I a.C.) e de Héron de máquinas a vapor.
Alexandria (século I d.C.). O mais
simples dos guindastes descritos Embora exista uma grande
variedade de guindastes em uso,
compunha-se apenas de uma única essas máquinas podem ser
estaca fincada no chão, que era divididas em dois grupos principais:
erguida e sustentada por um par de os guindastes de ponta e os de
cabos amarrados em sua lança.
extremidade superior.

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Qualquer modelo, porém, utiliza Os modelos mais indicados para


inúmeros acessórios para os uso interno em grandes galpões,
trabalhos de suspensão: nos ganchos tais como os de oficinas de
de aço adaptam-se redes, tramas, usinagem, usinas siderúrgicas e
cordas, cabos de aço, etc. Para operar outros tipos de fábricas, são os
com materiais a granel, de pequeno
elétricos de ponte rolante.
porte, mas soltos e em grande
quantidade (tais como minérios ou
grãos), os guindastes são equipados O guindaste propriamente dito
com uma garra (ou concha) composta movimenta-se de um lado para o
de duas mandíbulas articuladas. outro sobre uma ponte que
atravessa toda a largura da área
O funcionamento de um guindaste de trabalho.
depende de uma relação matemática
entre a força utilizável no cabo de aço
e o ângulo em que se encontra o
material a ser erguido. A segurança
de toda a operação, bem como a
capacidade da máquina, subordinam-
se sempre a essa relação matemática.

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Ao contrário dos guindastes de ponte Em solos instáveis ou irregulares,


tradicionais, os de lança são quase porém, costumam apoiar-se sobre
sempre autônomos, destinados à esteiras, como as dos tanques
utilização ao ar livre e impulsionados militares.
por motores diesel, ao invés de
Importante para todos os tipos de
elétricos. A lança oferece grande
guindastes, o problema do
mobilidade para realizar as operações,
equilíbrio torna-se crítico nos
porque tanto pode ser erguida ou
modelos de torre, muito
baixada verticalmente quanto girar empregado na construção civil. Sua
horizontalmente, em círculo, torre serve de suporte para um
acompanhando sua superestrutura. braço horizontal que se prolonga
em direções opostas e em
Em quase todos os modelos de comprimentos distintos.
guindaste, a maior parte da ação de
levantamento de carga é executada A extremidade mais curta do braço
por um ou mais cabos de aço que se possui um contrapeso; na outra, o
enrolam em um tambor situado dentro mecanismo de suspensão
da superestrutura. movimenta-se sobre um trole. A
capacidade de carga aumenta à
Quando o solo é plano e firme, os medida que o trole trabalha mais
guindastes de lança movimentam-se próximo da torre central.
usualmente sobre pneumáticos

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Serviços portuários de carga e descarga de navios valem-se de diferentes


equipamentos, especialmente destinados a trabalhos específicos. Contudo, um
dos guindastes de emprego mais generalizado em docas é o que possui a lança
conectada com um braço articulado, ou seja, o modelo mais conhecido como
grua.

Outro tipo de guindaste comum nos portos é o de garra, especialmente


projetado para a carga e descarga de material a granel. Sua lança assemelha-se a
uma meia ponte que se projeta para fora do cais, permitindo que os navios
atraquem embaixo do trole que conduz o mecanismo de suspensão da garra.

Assim, a garra desce verticalmente até os porões das embarcações, recolhe e


ergue o material. Depois, o trole leva a garra com o material para o interior do
cais onde a carga é depositada. Em estaleiros há guindastes com mais de 120
metros de altura que suspendem 1500 toneladas numa única operação.

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