Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bom Despacho
2020
Diná Maria Mendonça
Bom Despacho
2020
Artes visuais memória de infância: O Circo Candido
Portinari
Resumo
Palavras Chaves:
Memoria infantil, Arte Moderna, Palhaço, Candido Portinari, cultura
popular.
Introdução
(Candido Portinari)
Cândido Portinari em 1930 produziu uma série de Telas com cenas da sua
infância em Brodowski interior de São Paulo. Em estudo o tema Circo. Sendo
que aparece a figura de burro montado às avessas, dando a sensação de
desordem estranhamento: burros são montados por palhaços. Em 1931 inicia
sua participação no movimento modernista brasileiro; 1932 inicia sua primeira
exposição com 60 obras inspiradas na sua memória de infância .
O Circo traz algo que na cidade não existe, modifica a ordem e a rotina por
onde passa.
... Percorria o povoado com a criançada acompanhando e
Respondendo ao anuncio que fazia: - O palhaço o que é?
- Ladrão de muié!
- Olha o negro no portão!
- Tem cara de Tiçao!
E por aí afora. Fazia um giro em todo o povoado e na volta
Fazia uma cruz na testa dos meninos. Essa marca dava
Direito de entrada.” (Portinari, 2001. Pág.60)
A menina telespectadora que a tudo observa. O palhaço encara o telespectador, muito mais que um
convite, faz um apelo, uma ponta de suas mãos indica as crianças.
Releitura da tela feita por um dos alunos no momento de aula
Um dos meninos, mais velho, chegou a ver um circo onde ainda haviam
leões. Ele ficou muito assustado quando, durante um espetáculo, o leão não
quis obedecer ao domador. O circo era apresentado como sendo o maior circo
da América Latina, com muitos termos superlativos (claro que o aluno não falou
nesses termos, mas estou interpretando) e não conseguia sequer fazer com o
que um leão, claramente velho e desdentado, obedecesse?
Isso nos fez refletir sobre como o cinema e a televisão influenciam esses
circos mais modernos, pois boa parte da vibração dos pequenos advêm em ver
esses personagens, que costumam ver na tela, ao vivo e em carne e osso, ou
seja, sob a pele de artistas fantasiados (atalhamos nós).
Considerações finais