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Curso de Graduação em Educação Física

Michelle Maia Almeida dos Santos

Quais são os benefícios da atividade física para o aparelho locomotor


dos pacientes com Diabetes melitus

Atividade referente à disciplina


Neuroanatomia, do curso de
Educação Física, sob a orientação
do Prf.Edson Donizete, para a
obtenção da nota da atividade.

Macaé
Rio de Janeiro
Centro Universitário Claretiano
Curso de Graduação em Educação Física
Centro Universitário Claretiano
Curso de Graduação em Educação Física

2020
OBJETIVO:

A prática de atividade física é benéfica e fundamental a todo ser humano, e muito mais
para o portador de diabetes.

A pessoa portadora do diabetes apresenta um risco para doenças cérebro e cardio


-vasculares aumentado em relação ao restante da população e por isso deve trabalhar para
diminuir esse risco. Além do controle rigoroso da glicemia com a dieta, medicações e insulina
(caso necessárias), deve também fazer parte do dia a dia a prática de alguma atividade física.
Seus benefícios são inúmeros:

Ocorre um melhor controle do diabetes. A prática de exercícios físicos regulares (no


mínimo 30 minutos três dias por semana) provoca um aumento da ação da insulina, aumenta a
captação de glicose pelo músculo, diminuição da glicose circulante e aumento da
sensibilidade celular a insulina. Com isso, muitas vezes há diminuição da quantidade de
medicações hipoglicemiantes, insulina e melhor controle do diabetes.

É de conhecimento de todos que a prática de atividade física diminui o “colesterol


ruim” (LDL) e “aumenta o colesterol bom” (HDL), fato que diminui o risco de doenças
vasculares.

Outro benefício é a perda de peso. Esta é favorecida com a prática regular de atividade física.
A perda de 5 a 10 quilos proporciona melhora no controle do diabetes, melhora no perfil
lipídico (colesterol), melhor controle da pressão arterial, além de melhorar a autoestima,
diminuir a ansiedade e os riscos de depressão.

Com a perda de peso, há menor sobrecarga em quadris, joelhos, tornozelos e pés, o


que diminui o risco de lesões ou dores nesses locais. Além disso, há melhora no padrão
respiratório principalmente o noturno e maior facilidade a movimentação.

A prática de atividade física ainda fortalece músculos e ossos.

METODOLOGIA

A palavra Diabetes foi dada por um médico grego de nome Aretaeus


(aproximadamente 150 AC) com o objetivo de descrever uma doença em que os enfermos
urinavam muito, ou seja, diabetes em grego significa sifão (um tubo para espirar água). No
século XVI, um médico iraniano Avicena, descreveu os mais importantes sintomas e
conseqüência na evolução do diabetes: a gangrena e o colapso sexual. Porém, em 1776, o
inglês Mathew Dobson demonstrou que o diabético secretava açúcar pela urina, levando todos
os médicos daquela época a pesquisarem os órgãos mais afetados pela doença. Mais tarde,
aproximadamente no século XVIII, Paul Langerhans, estudante de medicina, publicou um
trabalho sobre histologia do pâncreas, que descrevia um tipo desconhecido de células
localizadas próximas aos acinos e que não se comunicavam com os dutos excretores, porém
naquela época não pôde especificar as funções destas células (Netto, 2000).

De acordo com a American Dietetic Association (1998), o DM é dividido em quatro


classes: DM Tipo I (deficiência de insulina causada por destruição das células beta
pancreáticas, doença auto-imune); DM Tipo II (resistência periférica à insulina com secreção
compensatória insuficiente); Outros tipos específicos (secundários a outras patologias) e DM
Gestacional (incapacidade das mulheres aumentarem a sua secreção de insulina durante a
gravidez). O grau de insuficiência do hormônio insulina, segundo o National Diabetes Data
Group (1979), é que

determina a subdivisão do diabetes em dois grupos: Insulino Dependente ou Tipo I (DMID) e


Não Insulino Dependente ou Tipo II (DMNID).

De acordo com o Colégio Americano de Medicina Esportiva - ACMS (1996), os


diabéticos em geral podem participar dos mesmos tipos de exercícios que os não diabéticos
para o seu treinamento físico, 5 a 7 vezes por semana. Entretanto devido a grande
variabilidade individual no estado de controle e na resposta apresentada pelo paciente do
exercício, é fundamental que o programa de condicionamento físico para esses tenha uma
prescrição individualizada, possibilitando a aquisição saudável e segura dos seus benefícios
(Benetti, 1996).

Para Balke (1978), a prescrição adequada de um programa de exercício físico segue


determinada seqüência: o tipo de atividade a ser recomendada; Individualidade biológica;
Adaptação; Intensidade, duração e freqüência das sessões de exercício físico; Motivação para
o comparecimento regular; Reavaliação periódica.

Para os DMID, o treinamento deve ser realizado diariamente, pelo fato de auxiliar na
manutenção do padrão dieta - insulina regular, 20 a 30m, monitorando os níveis de glicemia
antes e depois do exercício.
Antes de começar um programa de exercícios…

(https://saude.abril.com.br/fitness/o-guia-de-exercicios-para-os-diabeticos/)

Consulte seu endocrinologista.

Pessoas com arritmia e outros problemas cardíacos não podem fazer esportes antes da
liberação do cardiologista.

Faça exames oftalmológicos para checar como anda a saúde dos vasinhos dos olhos.

Encontre um educador físico, de preferência com experiência no acompanhamento de


alunos diabéticos.

Ao sair de casa para se exercitar...

Defina um horário para a atividade física que não coincida com o pico de ação de
medicamentos que baixam a glicose.

Realize uma refeição leve.

Antes de iniciar a atividade, meça a glicemia. Se estiver abaixo de 100 mg/dl, coma
uma fonte de carboidrato, espere e avalie as taxas novamente. Se subiu, pode dar a largada
nos exercícios.

Leve carteirinha de identificação do diabético. Em caso de hipoglicemia, as pessoas ao


redor saberão como agir.

Escolha meias e tênis adequados para não machucar os pés. Confirme que não há
elementos estranhos dentro do sapto.

Tenha sempre um sachê de açúcar à disposição. Se a glicemia baixar demais, ele será
necessário.

Durante e depois do exercício…


Mantenha-se hidratado.

A cada hora, meça a glicemia para ver como ela está se comportando. E coma algum
tipo de carboidrato (uma maçã ou uma barrinha, por exemplo).

Durante uma corrida de longa distância, varie carboidratos doces e salgados para não
enjoar.

Quando a malhação terminar, verifique a glicose sanguínea de novo para não correr o
risco de uma hipoglicemia tardia.

Chegando em casa, dê uma boa examinada nos pés – um familiar pode ajudar. Caso
encontre uma ferida, espere sua recuperação antes de partir para a ginástica de novo.

Apesar de os exercícios baixarem a glicemia, o diabético não pode reduzir a dose do


remédio por conta própria.

CONCLUSÃO

Embora não existam evidências definitivas de que o treinamento físico, por si só,
melhore o controle glicêmico do indivíduo diabético do tipo I, ele auxilia efetivamente no
controle de outras patologias associadas ao diabetes, sobre peso, pressão alta.

A redução da massa corporal juntamente com o exercício físico pode ser considerada
prioridade no método terapêutico para o tratamento do diabetes tipo II. Segundo Pollock &
Wilmore (1993), a obesidade representa um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento do diabetes.

REFERÊNCIAS
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Medical Management Of Non Insulin-Dependent
Diabetes. 2 ed. 1995.
NETTO, E. S. Atividade Física para Diabéticos. Rio de Janeiro: Sprint. 2000.
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, ACSM's Guidelines For Exercise Testine
and Prescription. Philadelphia: Williams e Wilkins, 1996.
CREPALDI, SAVAL RL Fiamoncini - Rev. Digital, 2005 - efdeportes.com
https://saude.abril.com.br/fitness/o-guia-de-exercicios-para-os-diabeticos/

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 88 - Setiembre de


2005

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