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NO PLANO DIRETOR
DE GOIÂNIA*
N
osso objeto de estudo foi o Plano Diretor. Entendendo-se por Pla-
no Diretor o instrumento legal que ordena a política urbana a ser
implementada pelo poder público municipal. Ele organiza as ações
do poder público quanto ao parcelamento do solo urbano, sua ocupação e
seus usos.
Dentro do planejamento proposto pelo Plano Diretor encontram-se as
diretrizes para a política habitacional, de transporte, de tratamento do lixo
sólido, de recuperação dos cursos de água, bem como sua manutenção e re-
cuperação.
É através dele que se determinam as zonas: urbana, de expansão urbana
e zona rural, os índices de ocupação adequados para cada zona, os instrumen-
tos a serem utilizados para regularização fundiária, os instrumentos utilizados 45
para indução e promoção do desenvolvimento econômico e social e aqueles destinados
à preservação ambiental e patrimônio histórico.
A partir do Plano Diretor são elaboradas as leis suplementares, específicas. Lei
do Parcelamento e Uso do Solo, Lei de Edificações, Lei de Zoneamento, Legislação
Ambiental e Sanitária.
Apesar de sua importância para a administração da cidade frequentemente estes
planos não são efetivados. Várias causas concorrem para esta falha. Desde regulamen-
tação inadequada passando por sua descaracterização posterior através de legislações
contrárias às suas diretrizes e determinações, pelo seu abandono por parte das adminis-
trações públicas ou simplesmente pelo seu desconhecimento.
Do estudo da bibliografia apresentada pretende-se demonstrar como ao longo do
tempo – no transcorrer do século XX até a promulgação da atual Constituição Federal
se deu a política urbana no país, sempre ligada à ideia de existência do Plano Diretor,
mantida pela política urbana constitucional vigente.
Contrapondo-se a política urbana presente nos planos anteriores e suas deficiên-
cias nas fases de regulamentação e implementação que acabaram por torná-los peças
de consulta e não de transformação do espaço por eles regulados.
Dos planos de embelezamento do inicio do século XX com suas obras monu-
mentais aplicados às cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, aos planos técnicos ela-
borados por arquitetos e cientistas políticos através de diagnósticos e relatórios sobre
os problemas urbanos, nenhum deles se mostrou eficiente na prevenção e solução dos
problemas.
Por fim aborda-se o Plano Diretor dentro da política urbana adotada pela Consti-
tuição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei 10.257/01 – Estatuto da Cidade – que
visa não somente disciplinar o espaço urbano, mas também estabelece que a cidade
e a propriedade devem cumprir uma função social, qual seja, de garantir ao cidadão
o acesso à moradia, ao trabalho, à renda, à educação, à saúde, ao lazer e a um meio
ambiente saudável, equilibrado e sustentável.
Como tornar possível a implementação desta política urbana, cujo principal ins-
trumento é o Plano Diretor, se no decorrer do século XX a análise do caso concreto
de Goiânia demonstrou sua falta de eficácia e efetividade? Utilizando os instrumentos
estudos, Goiânia, v. 39, n. 1, p. 45-60, jan./mar. 2012.
POLÍTICA URBANA
O Plano Diretor
A lei só tem valor se tiver aplicabilidade, ou seja, deve ser eficaz e efetiva. Efe-
tividade é diferente de eficácia. Nas palavras de Silva, P. (2001) eficácia da lei é a exi-
gência da lei após sua promulgação, seja em relação ao tempo de sua obrigatoriedade,
seja em relação ao território que passa a vigorar e tem aplicação. Assim diz-se eficácia
da lei no tempo para indicar o período ou momento em que passa a ser aplicada obri-
gatoriamente para todos os atos ou fatos por ela regulados, e eficácia no espaço para
significar o local ou limite territoriais em que pode exercer a sua influência.
Efetividade por sua vez significa o que está em vigência, está sendo cumprido,
ou seja, está realizando seus próprios efeitos. No Direito Administrativo opõe-se à
inatividade, interinidade, qualidade da norma permanente que está sendo exercida, que
surte os efeitos desejados pela regra.
O Plano Diretor é, por exigência constitucional, norma jurídica, seguem em sua
elaboração e aprovação todos os ritos formais que visam dar-lhe eficácia temporal e
espacial. A partir de sua promulgação passa a exercer seus efeitos dentro dos limites
municipais para todos os atos e fatos por ele regulados. Neste aspecto o Plano Diretor
de Goiânia analisado demonstrou sua eficácia vez que não foi revogado, porém em
vários aspectos faltou-lhe efetividade.
ESTATUTO DA CIDADE
ço das cidades, marcada pela oposição entre o capital especulativo e uma imensa mas-
sa de excluídos (SILVA, R.. 2001). A nova política, oriunda da Constituição Federal
de 1988, baseia-se no ideal de inclusão do cidadão. Inclusão social que deve ocorrer,
não apenas com a adoção de políticas assistencialistas, mas a partir da participação do
cidadão nas decisões e soluções dos problemas – a gestão participativa (MINISTÉRIO
DAS CIDADES, 2002).
O Plano Diretor no que se encontra exposto no Estatuto da Cidade é a implemen-
tação da política urbana constitucional contida nos artigos 182 e 183:
No final dos anos de 1980, seis entidades nacionais e várias regionais encaminha-
ram ao Congresso Nacional uma proposta de Emenda Popular à Constituição,
com 160 mil assinaturas, contendo as reivindicações das massas urbanas quanto
a questões fundamentais, como a propriedade imobiliária urbana, habitação,
transporte e gestão urbana. Consolidava-se o Movimento Nacional pela Re-
forma Urbana, que a partir de então aglutinará, em escala nacional, os vários
movimentos e propostas populares em torno dos chamados problemas urbano
(VILLAÇA, 2001, p. 232).
Para se atingir a função social o Estatuto dotou o Plano Diretor de vários instrumen-
tos. Instrumentos de desenvolvimento econômico (operações urbanas consorciadas, trans-
ferência do direito de construir, direito de superfície, direito de preempção); instrumentos
de regularização fundiária (usucapião urbano, concessão do direito real de uso, zonas es-
peciais de interesse social); instrumentos de gestão participativa (estudo de impacto de
vizinhança, orçamento participativo).
Os instrumentos mencionados são regidos por leis próprias, observado o dispos-
to no Estatuto da Cidade, conforme disposto no artigo 1º desse diploma legal, incluin-
do-se aí, a cada caso, as diretrizes indicadas no artigo 2º da lei (GASPARINI, 2002).
Instrumentos como o ‘direito de preempção’ e as ‘operações urbanas consorcia-
das’ podem ser úteis para se preservar áreas de vegetação nativa, ainda existentes, ou
de morros (Mendanha em Goiânia) ou na recuperação de áreas degradadas (margens
de córregos como Macambira, Anicuns, Cascavel, também em Goiânia) em que poder
estudos, Goiânia, v. 39, n. 1, p. 45-60, jan./mar. 2012.
Goiânia é uma cidade que nasceu de um planejamento original muito bem con-
cebido, em que se previa desde o parcelamento do solo até questões atuais como a ma-
nutenção dos mananciais e reservas de mata nativa (parques), que iam além das meras
questões de embelezamento ou sanitária (RIBEIRO, 2004). Porém o planejamento ini-
cial não evitou que ao longo de seu desenvolvimento se reproduzissem os problemas
comuns às cidades brasileiras de médio e grande porte – déficit habitacional, transporte
coletivo, degradação ambiental, destruição do patrimônio histórico cultural, segrega-
ção social e espacial de seus habitantes, etc.
Os vários Planos Diretores de Goiânia não foram capazes de evitar ou solucionar
estes e outros problemas. Até porque as políticas públicas reais nas esferas imobiliária
e fundiária não passavam por planos diretores, mas manifestavam-se principalmente 53
através de políticas de legislação urbanística – especialmente as de loteamentos e zo-
neamento e, mais tarde, na década de 1960 da política habitacional implementada pelo
Governo Federal e acatada pelas prefeituras (VILLAÇA, 2001).
Prefeitura de Goiânia. Ainda que esta contrarie formalmente o disposto no Plano Diretor.
O Plano pode determinar, por exemplo, que determinado bairro seja área de bai-
xo adensamento em função da precariedade das vias públicas existentes (estreitas e
em número insuficiente) para suportar um maior adensamento mais tarde a legislação
de edificações acatar índices superiores de aproveitamento do solo, com isto a região
sofre um adensamento inadequado gerando pressão sobre o tráfego urbano local.
Foi o que aconteceu ao longo da Av. T-63 no Jardim Bela Vista. Inicialmente
planejado como área de baixa densidade, sua infraestrutura, inclusive as vias, foi pro-
jetada para construções unifamiliares. Com a mudança dos índices de ocupação de 1,0
para 3,0 permitiu-se um maior aproveitamento dos terrenos a construção de edifícios
muito próximos um do outro. A consequência deste adensamento foi o comprometi-
mento da infraestrutura em especial das vias que não comportam o trafego existente.
54 (Secretaria Municipal do Planejamento – SEPLAM, 2002).
Ou ainda, a legislação de uso do solo pode prever a instalação de atividades eco-
nômicas incompatíveis com a infraestrutura existente. Também aumentando o tráfego
ou exigindo do poder público uma reestruturação viária, com a construção de viadutos
e novas vias. A instalação de um grande campus universitário no Setor Sul, através de
uma lei extraordinária – Lei Complementar n.50/1996, levou à necessidade de reorde-
nação do tráfego local inclusive com a construção de uma nova via, a 105-A (Avenida
Cora Coralina).
Pode ocorrer também o abandono do Plano Diretor, isto ocorre principalmente
em relação ao parcelamento do solo. Os empreendedores imobiliários pressionam o
poder público a aprovar loteamentos em zonas nem sempre servidas de infraestrutu-
ra, ou fora da zona de expansão urbana, mesmo que o município disponha de áreas
anteriormente parceladas e ainda não ocupadas. A especulação imobiliária é uma das
formas mais frequentes de desrespeito ao Plano Diretor.
O Plano Diretor original determinava que a aprovação de loteamentos estava
condicionada à instalação de infraestrutura urbana por conta do empreendedor, o que
encarecia os custos. Além disso, até 1947 o parcelamento da cidade esteve nas mãos
do governo estadual. Nesta data com a aprovação da Lei Municipal n. 574/1947 que
abrangia toda a legislação urbanística da cidade tornou obrigatória a necessidade de
instalação de infraestrutura básica (arruamento, água e esgoto, energia elétrica, cal-
çamento das vias principais) como disposto no Plano Diretor, evitou a especulação
imobiliária. Contudo a pressão dos proprietários de glebas levou o governo a alterar a
legislação. Através da Lei Municipal 176/50, os referidos artigos 5 e 6 da lei anterior
foram revogados abrindo caminho para especulação imobiliária.
Entre 1950 e 1960 foram realizados 183 loteamentos. Sob a tutela do governo do
Estado de Goiás estes loteamentos não contavam com infraestrutura nem dispo-
nibilizavam espaços para construção de equipamentos urbanos. Mais da metade
dos loteamentos existentes em Goiânia datam desta fase (RIBEIRO, 2004, p. 48).
No que se refere à expansão urbana dos anos 1980, cabe destacar três aspectos
fundamentais, que combinados ou não, marcam a dinâmica de Goiânia nessa 55
década. Primeiro vale considerar o avanço de novos loteamentos sobre o que
ainda resta da área rural. Os atores desse processo são os sem teto e o Estado.
Entre eles estabeleceram-se relações ambivalentes baseadas numa confluência
de interesses que ora beneficiam um, ora outro. [...] No setor imobiliário, al-
gumas imobiliárias comprometem-se, quando se especializam na promoção de
loteamentos irregulares e clandestinos, apostando no poder de mobilização das
famílias pobres junto ao poder público para conseguir, a posteriori, “legalizar o
ilegal” (MOYSÉS, 2004, p. 173).
No caso especifico do Plano Diretor para que cumpra sua função, qual seja de
ordenar o espaço urbano de modo que, por sua vez, cumpra o determinado pela Cons-
tituição Federal de 1988, não é suficiente que seja eficaz quanto à territorialidade e
temporalidade, mas que seja nas soluções dos problemas a que se propõe solucionar.
Como visto nos exemplos apresentados, as legislações de parcelamento e zone-
amento do solo são constantemente utilizadas para atender aos interesses de grupos
econômicos – quando isto ocorre à política publica deixa de atender aos interesses
públicos – e passa a atender a interesses privados. A pressão exercida pelos empreen-
dedores imobiliários em Goiânia ilustra bem este fato. Ou ainda, quando o zoneamento
e o uso do solo são alterados para acomodar situações estabelecidas fora da lei. Todos
estes casuísmos alteram a proposta original do Plano Diretor e retiram sua efetividade
de ordenar o espaço urbano.
O Plano Diretor não deve ser apenas uma lei norteadora de princípios e estabe-
lecedor de diretrizes genéricas para a política urbana a ser desenvolvida no município.
Ele deve conter aspectos de ordem prática, programática que se reproduzam na legis-
lação complementar de modo que esta traduza as soluções aos problemas levantados
durante a fase de diagnostico pelos técnicos e da fase de discussão popular que antece-
dem sua elaboração. Por isso mesmo, é uma lei com duração pré-determinada devendo
ser repensada em intervalos certos – um decênio parece um tempo adequado.
É necessário que seja flexível a fim de se adaptar ao desenvolvimento e aos
problemas urbanos. Também é necessário conhecer os instrumentos que melhor res-
pondam aos problemas levantados. Como, quando e porque utilizá-los é fundamental.
Não basta somente fazer a previsão de uso da utilização-construção compulsória como
forma de fomentar a correta utilização do solo e depois não prever os locais e as condi-
ções em que será utilizado. Esta regulamentação deve ser compatível com a realidade
fática. Em Goiânia setores como Setor Bueno, Jardim América e Nova Suíça deveriam
ser contemplados com este instrumento. Estes bairros contam com inúmeros lotes va-
gos à espera de valorização imobiliária. São bairros servidos de toda infraestrutura e
serviços urbanos e a utilização inadequada destes lotes confronta a função social da
estudos, Goiânia, v. 39, n. 1, p. 45-60, jan./mar. 2012.
Abstract: it analyzed the reasons for which the Development Plan is nether effective
nor efficient. Overall the Development Plan that should guide the city’s urban policy
became a piece of ideological content developed by experts and unenforceable. This is
occurs from its regulation when some institutions are no longer regulated or the regu-
lation does not reach the proposed objectives, or when the plan is simply abandoned
estudos, Goiânia,v. 39, n. 1, p. 45-60, jan./mar. 2012.
or ignored by governments that comes after its elaboration. Even though the develop-
ment plan is a constitutional requirement, the municipalities do not follow it properly,
especially with regard to the legislative rules that operate the urban space. From the
evaluation of the Development Plan of Goiânia and its supplementary legislation, it
was verified that in various moments and for many different reasons this legislation
did not become effective.
Referências
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