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Como ai e qi são constantes e a vazão q sempre diminui com o tempo, a menos que sejam feitas
alterações no sistema, como por exemplo através da realização de operações de restauração e/ou
estimulação nos poços, o declínio harmônico apresenta taxas de declínio (a) decrescentes ao longo
do tempo. O declínio harmônico é portanto um tipo de declínio extremamente favorável, que
dificilmente ocorre na prática, com exceção de certas fases da vida produtiva de reservatórios com
mecanismo de acentuado influxo de água.
No outro extremo dos valores de n, ou seja, quando n = 0, tem-se um declínio a taxas cons-
tantes, também chamado de declínio exponencial. Neste caso:
a = ai . (11.4)
Este é, por outro lado, um caso bastante desfavorável, já que a taxa de declínio permanece constante
e igual à inicial. Normalmente ocorre em reservatórios ou poços que produzem sob o mecanismo de
gás em solução, ou no final da vida produtiva de reservatórios com outros mecanismos de produção.
Reservatórios com este tipo de declínio em geral apresentam baixas recuperações finais.
Finalmente, se 0 < n < 1, o declínio é chamado de hiperbólico. Acredita-se que este tipo de
declínio ocorra na maioria dos reservatórios reais.
___________________________
Exemplo 11.1 − Um poço de petróleo apresenta o histórico de produção mostrado na Tabela 11.1.
t (ano) q ( m 3 std /d )
0 1 0 0 ,0
1 7 7 ,0
2 6 1 ,0
11-4 Análise de Curvas de Declínio de Produção
3 4 9 ,5
4 4 1 ,0
5 3 4 ,5
n
Tabela 11.2 – Valores de (q i / q ) no Exemplo 11.1
(q i / q )n
(1) (2) (3) (4) (5) (6)
t(ano) q ( m3 std /d ) qi/q n = 1/3 n = 2/3 n = 1/2
0 1 0 0 ,0 1,000 1,000 1,000 1,000
1 7 7 ,0 1,299 1,091 1,190 1,140
2 6 1 ,0 1,639 1,179 1,390 1,280
3 4 9 ,5 2,020 1,264 1,598 1,421
4 4 1 ,0 2,439 1,346 1,812 1,562
5 3 4 ,5 2,899 1,426 2,033 1,703
Adalberto J. Rosa, Renato de S. Carvalho e José A. Daniel Xavier 11-5
2.25
2.00
1.75 n = 2/3
(qi /q)n
n = 1/2
1.50
n = 1/3
1.25
1.00
0 1 2 3 4 5
Tempo, t (ano)
Parte (b):
Da inclinação da reta da Figura 11.1, cujo valor aproximado é de nai = 0,14/ano, calcula-
se:
1 1
ai = (nai ) = 0,14 × = 0,28 / ano .
n 1/ 2
Parte (c):
Empregando-se a Eq. (11.9) pode-se escrever que:
qi
q ab = ,
(1 + nai t ab )1/ n
onde o índice ab refere-se às condições no instante do abandono. Substituindo-se a vazão de
abandono na equação anterior:
100
5= 2
,
0,28
1 + t ab
2
de onde se obtém: tab = 24,8 anos.
Parte (d):
A produção acumulada é dada pela Eq. (11.14):
100 1 0,28
1− 2
N p = 365 × × 1 + × 24,8 − 1 = 202.417 m 3 std .
0,28 1 / 2 − 1 2
___________________________
11-6 Análise de Curvas de Declínio de Produção
A Eq. (11.18) mostra que no declínio exponencial um gráfico de lnq ou de logq versus t resulta em
uma linha reta com coeficiente angular igual a –ai. O valor de ai também pode ser calculado
tomando-se as coordenadas (treta,qreta) de um ponto sobre a reta ajustada aos dados e aplicando-se a
Eq. (11.18):
1 q
ai = ln i . (11.19)
t reta q reta
Data q ( m 3 std /d )
0 1 .0 1 .1 9 6 8 3 .6 0 0
0 1 .0 1 .1 9 6 9 3 .4 6 5
0 1 .0 1 .1 9 7 0 3 .3 3 5
0 1 .0 1 .1 9 7 1 3 .2 0 0
0 1 .0 1 .1 9 7 2 3 .0 9 0
Pedem-se:
(a) Verificar se o declínio do campo em estudo é do tipo exponencial.
(b) Determinar a taxa de declínio inicial ai.
(c) Estimar a vazão de produção em 01.07.1978.
Solução:
Parte (a):
Com os dados da Tabela 11.3 constrói-se o gráfico log q × t(ano) da Figura 11.2.
3.60
3.55
log(q)
3.50
3.40
0 1 2 3 4 5
Tempo, t (ano)
Como a curva resultante é praticamente uma linha reta, conclui-se que o declínio do campo é
exponencial.
Parte (b):
A partir do coeficiente angular da reta ajustada, calcula-se a taxa de declínio como:
ln(10)
ai = −0,01672 × = 0,0385 / ano .
log(10)
11-8 Análise de Curvas de Declínio de Produção
Parte (c):
A vazão de produção em 01.07.1978, ou seja, 10,5 anos após o início da produção, pode
ser estimada através da Eq. (11.17):
q = 3.600 × exp(−0,0385 × 10,5) = 2.403 m 3 std / d .
___________________________
qi
N p = 365 ln(1 + ai t ) , (11.28)
ai
ou ainda:
qi qi
N p = 365 ln . (11.29)
ai q
___________________________
ano q ( m 3 std /d )
0 1 0 0 ,0
1 7 7 ,0
2 6 2 ,5
3 5 2 ,5
4 4 5 ,5
5 4 0 ,0
0 1 0 0 ,0 0,0100
1 7 7 ,0 0,0129
2 6 2 ,5 0,0160
3 5 2 ,5 0,0190
4 4 5 ,5 0,0217
5 4 0 ,0 0,0250
Com os dados da Tabela 11.5 constrói-se o gráfico 1/q × t(ano) da Figura 11.3.
11-10 Análise de Curvas de Declínio de Produção
0.03
0.02
1
−
1/q (m 3/dia)
0.01
Equação da reta:
1/q = 0,003 t + 0,010
0.00
0 1 2 3 4 5
Tempo, t (ano)
Como os pontos da figura estão alinhados, conclui-se que o declínio do poço é harmônico.
Parte (b):
Da inclinação da reta, cujo valor é de 0,003/ano, determina-se:
a
ai = i qi = 0,003 × 100,0 = 0,30 / ano .
qi
Parte (c):
Substituindo-se a vazão de produção de abandono na Eq.(11.24) resulta:
qi
q ab = ,
1 + ai t ab
ou seja,
100,0
2= ,
1 + 0,30 t ab
de onde se obtém tab = 163 anos.
Conforme discutido anteriormente, o declínio harmônico não ocorre durante toda a vida
produtiva de um poço, reservatório ou campo de petróleo. O tempo de abandono estimado neste
exemplo ilustra esse fato, já que um tempo de vida produtiva de 163 anos é incompatível com
valores encontrados na prática.
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Adalberto J. Rosa, Renato de S. Carvalho e José A. Daniel Xavier 11-11
Figura 11.4 – Gráfico qi/q versus Np/qit para análise de curva de declínio (Gentry, 1972). Reproduzida de
Slider, H. C., Worldwide Practical Petroleum Reservoir Engineering Methods, Copyright 1983, com
permissão de PennWell Publishing Company.
Adalberto J. Rosa, Renato de S. Carvalho e José A. Daniel Xavier 11-13
Figura 11.5 – Curva-tipo para análise de declínio de produção (Fetkovich, 1980). Reproduzida de Slider, H.
C., Worldwide Practical Petroleum Reservoir Engineering Methods, Copyright 1983, com permissão de
PennWell Publishing Company.
Adalberto J. Rosa, Renato de S. Carvalho e José A. Daniel Xavier 11-15
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Exemplo 11.4 – A Tabela 11.6 apresenta os dados de produção de um campo de óleo. Durante os
primeiros 20 meses a vazão de produção do campo sofreu um crescimento, passando de 118 m3 std/d
para 232 m3 std/d, devido às sucessivas entradas em produção de novos poços produtores.
Tabela 11.6 – Dados de produção (m3 std/d) de um campo produtor de óleo - Exemplo 11.4
Ano Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
1970 118 111 52 45
1971 138 164 166 152 217 202 238 261 260 246 245 232
1972 240 243 276 259 240 241 228 240 192 203 218 205
1973 220 199 189 178 186 164 168 147 165 156 168 134
1974 138 141 121 131 136 135 130 135 117 110 119 105
1975 93 103 110 119 113 89 95 84 96 102 93 87
1976 86 88 89 83 76 78 81 87 80 75 72 69
1977 70 68 69 62 64 65 66 60 59 64 59 57
Solução:
Parte (a):
Considerando o intervalo de tempo entre 01/01/1972 e 31/12/1977, tem-se:
• qi = 240 m3 std/d (t = 0 em 01/01/72)
• q = 57 m3 std/d (t = 6 anos = 2.190 dias em 31/12/77)
• N p ≅ nm × ∑ Produções mensais , onde nm = 365/12 (número médio de dias por mês). Portan-
to, N p ≅ (365 / 12) × 9.288 = 282.510 m 3 std .
que de fato os pontos podem ser considerados alinhados sobre uma reta, confirmando que o declínio
da produção do campo é do tipo exponencial.
1E+3
q (m3std/mês)
100
10
Jan-72 Jan-73 Jan-74 Jan-75 Jan-76 Jan-77 Jan-78 Jan-79
Tempo
Figura 11.6 – Gráfico log q versus t para verificação de declínio exponencial - Exemplo 11.4.
Parte (c):
• No instante do abandono do campo tem-se: qab /qi = 5/240 = 0,0208.
• Com os valores da relação qab /qi = 0,0208 e n = 0, obtém-se da Figura 11.5: aitab ≅ 3,8.
• Para t = 6 anos (31/12/77): q/qi = 57/240 = 0,2375.
• Da Figura 11.5 estima-se que ait ≅ 1,5 ⇒ ai × 6 ≅ 1,5 ⇒ ai ≅ 0,25.
• Como aitab ≅ 3,8 ⇒ 0,25 × tab ≅ 3,8 ⇒ tab ≅ 15,2 anos.
• Portanto, o campo deveria ser abandonado em meados de março de 1987.
Parte (d):
Do gráfico construído (Figura 11.6): ai = 0,257 ano−1. Aplicando-se a equação do declínio
exponencial, Eq.(11.17):
q ab = qi exp(− ai t ab ) ⇒ 5 = 240 × exp(−0,257 × t ab ) ⇒ tab = 15,06 anos.
Então, o campo deveria ser abandonado no final de janeiro de 1987.
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Adalberto J. Rosa, Renato de S. Carvalho e José A. Daniel Xavier 11-17
1E+5
1E+4
q (m3std/mês)
1E+3
100
1 10 100 1E+3
1+ nai t
Figura 11.7 – Determinação de n e de ai usando gráfico log-log.
Os valores de q são dados sintéticos, gerados com a expressão da vazão para o declínio hi-
perbólico, Eq. (11.9), utilizando-se n = 0,5 e ai = 0,133 mês−1, ou seja, nai = 0,067 mês−1. Foram
realizadas três tentativas, escolhendo-se para nai os seguintes valores: 0,033; 0,067 (correto) e 1.
Conforme se pode observar, os valores de nai = 0,033 e de nai = 1 resultaram em curvas com
11-18 Análise de Curvas de Declínio de Produção
concavidades opostas, enquanto a solução correta do problema (nai = 0,067) produziu uma linha
reta. Do coeficiente angular obtém-se n = 0,5 e ai = 0,067/0,5 = 0,13 mês−1.
Slider (1983) apresentou outra forma de se linearizar a equação do declínio hiperbólico.
Multiplicando o numerador e o denominador da Eq. (11.9) pela expressão (nai)−1, rearranjando os
termos e tomando o logaritmo de ambos os lados, obtém-se:
[ 1
] [
log q = log qi (nai ) −1 / n − log (nai ) −1 + t .
n
] (11.34)
Neste caso um gráfico de log q contra log[(nai ) −1 + t ] deve resultar em uma linha reta com
coeficiente angular −1/n. A Figura 11.8 mostra a aplicação do método com os mesmos dados do
exemplo anterior. Novamente uma reta é obtida quando nai = 0,067 mês−1, que é a solução correta,
utilizada para simular o comportamento de declínio hiperbólico.
1E+5
1E+4
q (m3std/mês)
1E+3
11.7. Problemas
Problema 11.1 − Um poço completado em um reservatório de óleo foi colocado em produção com
vazão de 100 m3 std/d. Verificou-se que o seu comportamento seguia o declínio hiperbólico com
taxa de declínio inicial ai = 0,28/ano e expoente de declínio n = 0,5. Após 5 anos de produção o
mesmo foi estimulado, passando a produzir 50 m3 std/d.
Adalberto J. Rosa, Renato de S. Carvalho e José A. Daniel Xavier 11-19
Admitindo que após a estimulação o poço continue seguindo um declínio hiperbólico com
n = 0,5, que o volume de óleo móvel não seja alterado pela estimulação do poço e que a vazão de
abandono seja de 6 m3 std/d, determinar o tempo adicional (tempo que ainda falta) para o abandono
do poço.
Obs.: Volume de óleo móvel é o volume máximo de óleo passível de ser produzido, ou seja,
o volume que poderia ser produzido se o poço fosse abandonado somente quando atingisse uma
vazão nula de produção.
Resposta: 15,85 anos
Problema 11.2 − Um poço, produzindo com declínio exponencial, apresentava uma vazão de 100
m3 std/d há 36 meses. Atualmente produz 40 m3 std/d. Se a vazão de abandono for de 3 m3 std/d,
calcular:
(a) A taxa anual de declínio.
(b) O tempo de abandono, medido a partir do início da produção.
(c) A reserva de óleo na região de influência do poço.
Respostas:
(a) 0 , 3 0 5 a n o − 1 (b) 11,5 anos ( c ) 44.279 m 3 std
Problema 11.3 − A Tabela 11.7 refere-se aos dados de produção de um poço de petróleo.
01.01.1976 215
01.01.1977 160
01.01.1978 118
01.01.1979 88
01.01.1980 64
01.01.1981 48
01.01.1982 36
01.01.1983 27
01.01.1984 20
Pedem-se:
(a) Caracterizar o tipo de declínio e determinar ai e n.
(b) Que gráfico você deveria construir para confirmar a resposta do item a? Mostre como, a partir
desse gráfico, você obteria os parâmetros desejados.
(c) Determinar o tempo adicional para o abandono do poço, sabendo que a vazão de abandono é de
5 m3 std/d.
(d) Calcular a produção acumulada adicional (∆ N p ) que se pode esperar desse poço.
Respostas:
(a) declínio exponencial (n = 0) com ai = 0,297/ano (b) lnq versus t
(c) tadicional = 4,67 anos (d) ∆Np = 18.434 m3 std
11-20 Análise de Curvas de Declínio de Produção
01.01.1970 154,5
01.07.1970 85,9
01.01.1971 53,2
01.07.1971 36,4
01.01.1972 26,2
01.07.1972 19,9
01.01.1973 15,6
01.07.1973 12,6
01.01.1974 10,4
01.07.1974 8,8
01.01.1975 7,5
01.07.1975 6,4
01.01.1976 5,6
Pedem-se:
(a) Realizar uma análise completa da curva de declínio, ou seja, caracterizar o tipo de declínio.
( b ) Determinar o tempo adicional para o abandono do referido poço, cuja vazão de abandono é
estimada em 1,5 m 3 std / d .
(c) Calcular a produção acumulada adicional (∆Np) que poderá ser obtida desse poço.
(d) Calcular qual será a vazão do poço quando faltarem dois anos para o seu abandono.
Respostas:
(a) declínio hiperbólico com n = 0,5 (b) tadicional = 6,87 anos
3
(c) ∆Np = 7.153 m std ( d ) q = 2,03 m3 std/d
Problema 11.5 − A Tabela 11.9 refere-se aos dados de produção de um poço de petróleo.
01.01.1973 125
01.01.1974 101
01.01.1975 84
01.01.1976 70
01.01.1977 59
01.01.1978 50
01.01.1979 44
01.01.1980 38
Adalberto J. Rosa, Renato de S. Carvalho e José A. Daniel Xavier 11-21
01.01.1981 33
01.01.1982 29
01.01.1983 26
Pedem-se:
(a) Caracterizar o tipo de declínio, utilizando os gráficos de Gentry e de Fetkovich, bem como os
gráficos específicos para cada tipo de declínio.
(b) Determinar o tempo adicional para o abandono do referido poço, sabendo que a vazão de
abandono é de 10 m3 std/d.
(c) Calcular a produção acumulada adicional que se pode esperar desse poço.
Respostas:
( a ) Declínio hiperbólico com n = 0,4 e ai = 0,2193 ano−1
( b ) 9,91 anos
( c ) 58.997 m3 std
Bibliografia
Fetkovich, J. J.: Decline Curve Analysis Using Type Curves. Petroleum Technology, SPE-AIME,
June 1980.
Gentry, R. W.: Decline Curve Analysis. Petroleum Technology, SPE-AIME, Jan. 1972.
Golan, M. & Whitson, C. H.: Well Performance. Englewood Cliffs, NJ, Prentice Hall, 1991. (2nd
ed..)
Mannarino, R.: Avaliação Econômica dos Projetos Técnicos de Produção de Petróleo. Rio de
Janeiro, Brasil, PETROBRAS/DEXPRO/DIPRO, 1972.
Mannarino, R.: Declínios de Produção: Projetos e Cálculos Econômicos. Rio de Janeiro, Brasil, B.
téc. PETROBRAS, 17 (2): 97-109, Abr./Jun. 1974.
Slider, H. C.: Worldwide Practical Petroleum Reservoir Engineering Methods. Tulsa, Oklahoma,
USA, PennWell Publishing Company, 1983.
L ISTA DE FIGURAS A SEREM COPIADAS DE
LIVROS
Fonte
Figura
deste Livro Figura Página
livro
Figura Slider, H. C. Worldwide Practical Petroleum Reservoir Engineering Methods. 8-9 535
11.4 Tulsa, Oklahoma, USA, PennWell Publishing Company, 1983.
Figura Slider, H. C. Worldwide Practical Petroleum Reservoir Engineering Methods. 8-10 537
11.5 Tulsa, Oklahoma, USA, PennWell Publishing Company, 1983.
0-22