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Engenharia de Petróleo e Gás - UVA

Disciplina: Engenharia Submarina


Árvore de Natal Molhada

1. Histórico
2. Definição e funções.
3. Tipos.
4. Evolução histórica.
5. O Sistema ANM.
6. ANM Horizontal.
7. Operações via UEP.
8. Controle e monitoração da ANM através da UEP.
Árvore de Natal

As origens desta denominação


remontam à década de 30. Os
habitantes de uma província petrolífera
dos EUA, logo associaram o
equipamento quando coberto de neve,
com o tradicional enfeite natalino. O
apelido extrapolou fronteiras e foi o
sistema de produção adotado nos
poços terrestres. Ao ser iniciar a
exploração submarina de petróleo o
equipamento recebeu ,por analogia, o
apelido de Árvore de Natal Molhada.
ANC – Árvore de Natal Convencional
Árvore de Natal Molhada

A árvore de natal submarina molhada, mais conhecida como


árvore de natal molhada (ANM), é um equipamento para uso
submerso constituído basicamente por um Bloco principal (Corpo),
Conector Hidráulico (perfil H4), um conjunto de válvulas gaveta (5”
ou 4” e 2”), um conjunto de linhas de fluxo e um sistema de
controle a ser interligado ao painel localizado na unidade
estacionária de produção (UEP).

Funções:
• controlar o fluxo produzido ou injetado no poço;
• promover barreira de segurança do poço.
Árvore de Natal Molhada - Tipos

1. Conforme uso ou não de cabos-guia.


2. Conforme a posição das válvulas.
3. Conforme instalação e conexão das linhas de fluxo.
Árvore de Natal Molhada – Tipos
Conforme uso ou não de cabos-guia
ANM GL - GUIDE LINE (COM CABOS GUIA)
• POSTES-GUIA CONEXÃO DE CABOS-GUIA E AUXÍLIO NA
ORIENTAÇÃO DA ANM, BOP E FERRAMENTAS
• SONDA ANCORADA
• SONDA DP (ANALISAR CADA SITUAÇÃO)
• INSTALADO EM LDA (lâmina d’água) DE ATÉ 400 METROS

ANM GLL - GUIDE LINELESS (SEM CABOS GUIA)


• ORIENTAÇÃO DA ANM, FERRAMENTAS NO PRÓPRIO
EQUIPAMENTO (USO DE FUNIS)
• SONDA ANCORADA
• SONDA DP (posicionamento dinâmico)
• NÃO HÁ LIMITE DE LÂMINA D’ÁGUA
Árvore de Natal Molhada – Tipos
Conforme uso ou não de cabos-guia

Sistema Guideline Sistema Guidelineless


Árvore de Natal Molhada – Tipos
Conforme a posição das válvulas

• ANM Convencional (Válvulas instaladas no bloco Principal da


ANM)
• ANM Horizontal (Válvulas instaladas no bloco lateral )
ANM Convencional X ANM Horizontal

ANM Convencional ANM Horizontal


Árvore de Natal Molhada – Tipos
Conforme instalação e conexão das
linhas de fluxo
ANM GL - GUIDE LINE (COM CABO GUIA)
• GL- DO – DIVER OPERATED
• GL- DA – DIVER ASSISTED
• GL- DL – DIVER LESS
• GL- DLL – DIVER LESS LAY AWAY

ANM GLL - GUIDE LINELESS (SEM CABO GUIA)


• GLL- DLL – DIVER LESS LAY AWAY
• GLL- CVI – CONEXÃO VERTICAL INDIRETA
• GLL- CVD / MLF – CONEXÃO VERT. DIRETA C/ MLF
• GLL- CVD / MCV – CONEXÃO VERT. DIRETA C/ MCV
Árvore de Natal Molhada

Evolução Histórica
ANM Tipo GL DO (Diver Operated)

• LDA até 200 m.


• Utilizadas entre 1970 e 1980.
• Operada com mergulhador.
• Bloco ANM - bore de 4 pol.
• Anular - acesso lateral.
• Válvulas da ANM: manual e
hidráulicas.
• Funções tipicamente exercidas por
mergulhador:
• acionamento de válvulas manuais;
• travamento/destravamento da
ANM ao poço (somente DO1);
• conexões de linhas de fluxo e de
controle.
ANM Tipo GL DO (Diver Operated)
Continuação
• ANM DO1 (LDA até 120 m):
perfuração e completação com
plataforma do tipo PA;
• conector da ANM mecânico.
• ANM DO2 (LDA até 120 m):
perfuração com plataforma do tipo
PA e completação com SS;
• conector da ANM hidráulico.
• ANM DO3 (LDA até 200 m):
perfuração e completação com
SS.
• conector da ANM hidráulico.
ANM Tipo GL DA (Diver Assisted)

• LDA até 300 m (lâmina d’água


máxima para mergulho).
• Utilizadas a partir de 1980.
• O único trabalho previsto para
mergulhadores é a conexão das
linhas de fluxo e controle.
• Não existem válvulas de
acionamento manual.
• Inconveniente característico
(assim como as ANMs DO): toda
vez que for necessário retirar a
ANM, se faz necessário o uso de
mergulhadores para desconexão
e reconexão das linhas da ANM.
ANM Tipo GL DA (Diver Assisted)
Esquemático de ANM DA sem BAP
ANM Tipo GL DL (DiverLess)

• LDA até 400 metros.


• Todas as conexões feitos através de
ferramentas ou conectores hidráulicos,
inclusive linhas de fluxo e controle.
• Válvulas hidráulicas.
• Os sistemas de conexão das linhas de
produção e controle à ANM eram de
dimensões bastante elevadas e pouco
operacionais. O problema mais
frequente era a dificuldade de se
conseguir um perfeito alinhamento das
linhas de fluxo e controle com os
conectores das ANMs.
• As ANMs deste tipo retiradas foram
convertidas em DA.
ANM Tipo GL DLL (DiverLess
LayAway)

• Estas ANMs solucionaram o maior problema das ANM’s do tipo DL,


ou seja, a dificuldade de conexões das linhas de fluxo e controle à
ANM.
• Estas ANM’s já descem com as linhas de fluxo e controle
conectadas diretamente à ANM, ou como outra opção, conectadas a
uma base adaptadora de produção (BAP), descida antes da própria
ANM.
• Possuem também interface para operações com ROV (Remote
Operated Vehicle).
• A descida de ANM, ou da BAP, é feita em conjunto com as linhas de
fluxo e controle lançadas por um navio, de onde vem a classificação
lay-away.
ANM Tipo GL DLL (DiverLess
LayAway)
Continuação
• Desvantagem: necessidade de ajuste perfeito dos cronogramas de
trabalho do barco de lançamento com a sonda de completação.

• Vantagem: existência de um berço na base adaptadora de produção


(BAP), onde o mandril das linhas de fluxo (MLF) vai se apoiar e
travar. Portanto, caso seja necessária a retirada da ANM, as linhas
de fluxo e controle permanecerão intocadas, tornando a reconexão
entre o conector das linhas de fluxo (CLF) e o MLF automática,
quando da reinstalação da ANM.
ANM Tipo GL DLL (DiverLess
LayAway)
Continuação
ANM Tipo GLL (Guidelineless)

• Utilizadas para poços com lâmina d’água profunda, perfurados por


unidades de posicionamento dinâmico (sem cabos guia) ou por
unidades com padrão de ancoramento especial (até 1000 metros de
lâmina d’água);
• Estas ANMs utilizam também uma base adaptadora de produção
(BAP), com funções idênticas àquelas das ANMs DLL.
• Como o sistema de cabeça de poço submarino (SCPS) não utiliza
cabos guia, todas as orientações nos acoplamentos são feitas
através de grandes funis, utilizando sistemas com rasgos e
chavetas;
• Este tipo de árvore é o mais avançado modelo existente no mundo.
ANM Tipo GLL DLL (Guidelineless
Layaway)

• Conexão de linhas na ANM no


moon pool através de mandril
das linhas de fluxo.

• Descida de ANM com linhas –


operação conjunta entre sonda
e barco de lançamento.
ANM Tipo GLL DLL (Guidelineless
Layaway)
ANM Tipo GLL CVI (Guidelineless -
Conexão Vertical Indireta)
• Não há necessidade de BAP instalada no poço.
• Mandril de linha de fluxo acoplado ao trenó.
• Durante a operação de lançamento de trenó não há necessidade de
apoio da sonda.
ANM Tipo GLL CVI (Guidelineless -
Conexão Vertical Indireta)
ANM Tipo GLL CVD com MLF
(Guidelineless - Conexão Vertical Direta
com MLF)
• Lançamento do mandril (MLF) direto na BAP pelo barco de
lançamento.
• Deve-se lançar o mandril após instalação da BAP.
ANM Tipo GLL CVD com MLF
(Guidelineless - Conexão Vertical Direta
com MLF)
ANM Tipo GLL CVD com MCV
(Guidelineless - Conexão Vertical Direta
com MCV)
• Lançamento de linhas após descida de ANM resulta em otimização
na completação de poços.
• BAP com 1 módulo de conexão vertical (MCV).
• BAP com 3 MCVs (produção, anular e umbilical de controle).
ANM Tipo GLL CVD com MCV
(Guidelineless - Conexão Vertical Direta
com MCV)
Definição técnica,
• BAPs com 1 MCV: LDA até 1350 m. na prática existe
• BAPs com 3 MCVs: LDA maior que 1350 m. padronização.
• Por que? Esta separação é muito importante para que os navios de
lançamento de linhas possam realizar a operação, tanto efetuando a
conexão primeiramente na ANM (denominada “conexão em primeira
ponta”) e lançando em seguida até a plataforma de produção, quanto
conectando inicialmente na plataforma de produção e posteriormente
na ANM (denominada “conexão em segunda ponta”). Nos
lançamentos em segunda ponta, para grandes LDAs, a carga
corespondente à soma das linhas flexíveis de produção, anular e
umbilical de controle é muito alta, o que inviabiliza o seu lançamento.
O Sistema ANM

O sistema ANM convencional é composto pelos seguintes


equipamentos:
• BAP (Base Adaptadora de Produção);
• Tubing Hanger (Suspensor de Coluna);
• MLF (Mandril das linhas de fluxo);
• MCV (Módulo de conexão vertical);
• ANM propriamente dita;
• Tree Cap (Capa da ANM);
• Corrosion Cap (Capa de Corrosão).
O Sistema ANM - Componentes
O Sistema ANM - Válvulas

M1 - Master de Produção.
M2 - Master de Acesso ao Anular.
W1 - Lateral de Produção.
W2 - Lateral de Acesso ao Anular.
S1 - Swab de Produção.
S2 - Swab de Acesso ao Anular.
XO – Crossover.
DHSV - Downhole Safety Valve –
(Válvula instalada na coluna de
Produção).
Anular
Bibliografia

THOMAS, J.E., TRIGGIA, A.A., CORREIA, C.A., et al., Fundamentos de Engenharia de Petróleo,
Livro, 1a edição, Rio de Janeiro, Brasil, Editora Interciência, 2001.

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