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Sumári

o
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................2
OBJETIVOS......................................................................................................................................3
METODOLOGIA..............................................................................................................................3
1. ENGENHARIA CIVIL..................................................................................................................4
1.1. RESUMO HISTÓRICO DE ENGENHARIA CIVIL..............................................................4
I. Engenharia civil na Antiguidade.................................................................................................5
II. Engenharia Civil na Modernidade.............................................................................................7
2. ÁREAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO CIVIL.......................................9
3. EFEITOS MEDIANOS................................................................................................................12
3.1. Período medieval...................................................................................................................12
4. EFEITOS SONANTES................................................................................................................13
4.1. Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira - São Paulo – Brasil..............................................13
4.2. Ponte Millau..........................................................................................................................14
4.3. Torre de Pisa – Itália.............................................................................................................15
4.4. Torre Eiffel – Paris - França..................................................................................................17
4.5 Estátua da Liberdade..............................................................................................................19
5. ENGENARIA CIVIL NA SOCIEDADE.....................................................................................20
5.1. Obrigações do Engenheiro....................................................................................................20
5.2. Responsabilidades sociais.....................................................................................................21
5.3. Responsabilidades Profissionais............................................................................................21
5.4. Legislação Governamental....................................................................................................22
6. DESEFIOS DA ENGENHRIA CIVIL.........................................................................................22
6.1 A evolução da indústria da construção civil em função do uso de pré-fabricados em concreto
.....................................................................................................................................................22
6.2 História da Pré-fabricação......................................................................................................23
6.3. Novas tecnologias e sustentabilidade....................................................................................26
CONCLUSÃO.................................................................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................29

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LISTA DE FIGURAS

Fig1. Pirâmides de Gizé, uma das sete maravilhas do mundo............................................... 5

Fig2. Ponte do Gard, na França, um aqueduto construído durante o Império Romano......... 6

Fig3. Catedral de Santa Maria del Fiore, na Itália................................................................. 7

Fig4. John Smeaton, o primeiro engenheiro civil.................................................................. 9

Fig5. Trabalhos típicos da engenharia civil: construção edifícios, estradas pecas


monumentais e pontes.......................................................................................................... 11

Fig6. Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira - São Paulo – Brasil ................................. 13
Fig7. Ponte Estaiada de Millau - travessia do vale do rio Tarn pelo ponto mais alto História

Fig8. Torre de Pisa – Itália início em 1174 – término em ~ 1350 ...................................... 17

Fig9. Torre Eiffel – Paris – França ...................................................................................... 18


Fig10. Estátua da Liberdade – Patrimônio Histórico da UNESCO ................................... 19
Fig11. Construção por meio de sistema de pré-fabricação de ciclo fechado ...................... 23

Fig12. Construção por meio de sistema de pré-fabricação de ciclo aberto ......................... 24

Fig13. Uso de elementos pré-moldados: pilares, vigas escadas e paineis .......................... 25


Fig14. Alocação de por sistemas flexibilizados .................................................................. 25

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INTRODUÇÃO

Desde o início da existência humana, conhecimentos e habilidades de engenharia tem sido


necessários para evolução do padrão de vida. Ao decorrer dos séculos, a grande demanda
por estruturas cada vez maiores e mais eficientes impulsionava o surgimento de novas
técnicas e a formação de profissionais habilitados para assumir tal responsabilidade.
Entretanto, a profissão de engenheiro civil só foi reconhecida oficialmente a partir
da Revolução Industrial.

. O presente trabalho é o culminar de uma breve investigação, nele abordar-se-á assuntos


históricos referentes a engenharia civil tendo como principal enfoque os pontos
concernentes a áreas de atuação profissional do engenheiro civil (procedimento de
implementação), os efeitos medianos ou melhor a evolução da Engenharia Civil na época
mediana, efeitos sonantes, a relação da engenharia com a sociedade e desafios da
engenharia civil. Partindo do princípio que o conhecimento da origem da Engenharia Civil
e a sua aplicabilidade e de certa forma preponderante para o estudante e profissional, mas
também estimula o interesse aos que pretendem seguir a área por outro lado esclarece a
sociedade em geral a respeito da área de atuação do Engenheiro Civil.

OBJETIVOS
Geral

De modo a cumprir a meta previamente traçada tem-se como objetivo geral, mensurar o
caráter histórico da engenharia civil.

Específicos:

1. Levantar diferentes períodos de desenvolvimento históricos e técnicos implicados


engenharia civil;

2. Identificar os feitos históricos sonantes e atividades desenvolvidas seu contorno


histórico;

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3. Descrever as áreas de atuação do engenheiro civil, a relação com a sociedade e os seus
desafios.

METODOLOGIA
A elaboração do presente trabalho baseou-se do ponto de vista dos objetivos na pesquisa
bibliográfica utilizando métodos teóricos.

1. ENGENHARIA CIVIL
1.1. RESUMO HISTÓRICO DE ENGENHARIA CIVIL
Desde o início da história, os humanos passaram a construir seus próprios abrigos
utilizando os elementos naturais ao seu redor. Posteriormente, as estruturas adquiriram
características cada vez mais complexas, reflexo do desenvolvimento das técnicas. Passou-
se então, a utilizar conhecimentos científicos nesta área, de forma que as dimensões, a
resistência e outros atributos de uma determinada obra podiam ser estimados. Novos
materiais passaram a ser utilizados, sobretudo ferro e cimento, que possibilitaram o
surgimento das grandes estruturas que hoje compõem o cenário do mundo moderno.

Acredita-se que por volta de 2 mil a.C. o homem descobriu o processo de fundição dos
metais. Na mesma época é descoberta a roda e inicia-se a construção de máquinas simples.
Isso possibilitou uma nova mudança na sociedade, com a construção de templos,
aquedutos, estradas e palácios. Nesse mesmo período, os egípcios utilizavam o papiro para
a escrita e já canalizavam a água do rio Nilo para a irrigação do solo.

A designação "engenharia civil" foi inicialmente utilizada por oposição à de "engenharia


militar". Designava assim, toda a engenharia não militar. Com o passar do tempo e na
maioria dos países, o termo passou a ser utilizado num âmbito mais restrito, referindo-se
apenas ao ramo da construção, com os outros ramos da engenharia a receberem designações
distintas (ex., industrial, agrícola, posteriormente outras). Contudo, em alguns países como
a Bélgica, a Dinamarca, a França, a Noruega e a Suécia, os engenheiros não militares são
ainda genericamente referidos como "engenheiros civis", independentemente da sua
especialidade ser a construção ou outra (mecânica, química,eletricidade e outras.).

Desde o início da existência humana, conhecimentos e habilidades de engenharia tem sido


necessários para evolução do padrão de vida. A partir do momento em que tribos deixaram

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de ser nômades, surgiram assentamentos que necessitavam de estrutura necessária para
abrigo e proteção que, ao longo do tempo, cresceram em complexidade. Ao decorrer dos
séculos, a grande demanda por estruturas cada vez maiores e mais eficientes impulsionava
o surgimento de novas técnicas e a formação de profissionais habilitados para assumir tal
responsabilidade. Entretanto, a profissão de engenheiro civil só foi reconhecida
oficialmente a partir da Revolução Industrial.

I. Engenharia civil na Antiguidade


São diversas as obras remanescentes que atestam o desenvolvimento da engenharia civil ao
longo de milênios. Os registros escritos destas construções, contudo, se perderam no tempo.
Grandes obras de engenharia surgiram há mais de cinco mil anos na Mesopotâmia, embora
haja poucos edifícios remanescentes. Os sumérios que habitavam a região construíram
muros e templos e criaram canais para irrigação. Ainda na mesma região surgiu a
pavimentação, feita com pedras achatadas colocadas nos trajetos mais movimentados das
cidades. Ainda na Mesopotâmia há registro da primeira ponte feita de pedra, que se
estendia sobre o rio Eufrates. Até então, as pontes eram feitas somente com madeira.

Os pérsios, ao longo do tempo e de seus vastos domínios, foram responsáveis por criar
novas e eficientes técnicas de irrigação, além de inovarem nas técnicas construtivas de
pontes, especialmente para fins militares. No Antigo Egito, dentre as mais notáveis obras de
engenharia destacam-se as Pirâmides de Gizé, feitas há mais de quatro mil anos.

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Fig1. Pirâmides de Gizé, uma das sete maravilhas do mundo. (Fonte: http://pt.wikipedia.)

na Grécia Antiga, houve, pela primeira vez, a conexão entre a engenharia e a ciência pura,
sendo um dos primeiros trabalhos considerando aplicações práticas de princípios físicos e
matemáticos atribuído à Arquimedes, que criou um sistema capaz de transportar água para
diferentes elevações.

Fig2. Ponte do Gard, na França, um aqueduto construído durante o Império Romano.

(Fonte: http://pt.wikipedia.)

Durante a expansão do Império Romano, houve o surgimento de novas técnicas


construtivas, especialmente a partir da grande oferta de matérias-primas e trabalho escravo.
Embora não tenha grande ligação com a ciência, a engenharia praticada pelos romanos
estava fortemente ligada ao pragmatismo. As grandes estruturas eram voltadas sobretudo
para bens públicos, como aquedutos, portos, mercados, pontes, barragens e estradas.
Vitrúvio foi o autor de um dos manuscritos mais antigos sobre engenharia, no qual descreve
as técnicas e habilidades que um profissional deve dominar, como conhecimentos
científicos, filosóficos e éticos, dentre outros. Os romanos também foram os primeiros a
utilizar concreto em suas obras, quando descobriu-se que uma mistura formada
principalmente por cinzas vulcânicas solidificava-se e dava origem a um material tão duro
quanto as rochas.

Na Índia a maior parte das construções eram feitas com madeira. Contudo, a partir do
surgimento do budismo, novos e grandes templos e monastérios foram construídos no topo
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e nas bordas das montanhas, o que exigiu novas técnicas que faziam o uso de pedras e
rochas.

Os chineses utilizavam-se da grande variedade de matérias primas existentes em seu


território para construção das fundações de pedra e casas de tijolos e telhados de argila.
Destaca-se, ainda o surgimento de pontes suspensas antes feitas com fibras de bambu e
posteriormente com correntes de ferro, além dos pagodes, templos em forma de torres.
Contudo, a mais notável obra ainda remanescente é a Muralha da China, que se estende por
milhares de quilômetros e cuja construção iniciou-se em 220 a.C.

No continente africano ao sul do deserto do Saara, as obras com estilos mais simples
utilizavam-se dos materiais existentes e dependiam da cultura das milhares de etnias
diferentes do continente. Destaca-se, contudo, um local de cunho religioso, o Grande
Zimbabwe, cuja origem remonta ao século XI. Na América, por fim, as grandes
civilizações inovaram em técnicas que os permitiram criar grandes templos, especialmente
de cunho religioso.

II. Engenharia Civil na Modernidade


A partir da Renascença, o profissional engenheiro passou a ganhar importância e
reconhecimento, ao contrário do período medieval em que projetos eram criados por
artesãos. Um dos pioneiros do período foi Filippo Brunelleschi, que projetou o domo da
catedral de Santa Maria del Fiore em Florença. Ainda com o surgimento da impressão de
livros, começaram a surgir os primeiros manuais com técnicas de projeto e construção.

Fig3. Catedral de Santa Maria del Fiore, na Itália. (Fonte: http://wikipedia.)

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Posteriormente, a Revolução Industrial começava a mudar radicalmente o perfil da
Inglaterra, o que posteriormente viria a acontecer no restante da Europa. A população
começou a migrar da zona rural para as cidades para trabalharem nas indústrias. As obras
estruturais necessárias para o desenvolvimento industrial era geralmente conduzida por
engenheiros militares. No entanto, em 1768, o inglês John Smeaton se autodenominou
'engenheiro civil' para diferenciar-se dos profissionais militares, criando assim uma nova e
distinta profissão. Poucos anos depois criou a Sociedade dos Engenheiros Civis, com a
finalidade de reunir profissionais para conceber e executar grandes projetos.

Desde os primórdios as técnicas mudaram muito, sendo aprimoradas de maneira


significativa. Surge o conhecimento teórico, para fundamentar tudo o que a prática pudesse
desenvolver. Nesse processo de evolução, surge um profissional focado na solução de
problemas que em um primeiro momento não considerava tanto os aspectos teóricos, mas
sim os práticos.

Construíam estruturas, instrumentos, processos e dispositivos com base em observações


passadas. Com a expansão do conhecimento científico, aplicado aos problemas práticos,
nasce a figura do Engenheiro. Aos poucos a Engenharia vai se estruturando, fruto da
evolução da matemática, da interpretação dos fenômenos físicos e de experimentos
realizados em ambiente controlado.

No século 18 já havia se chegado a uma série de doutrinas que deram origem a um novo
tipo de Engenharia. Essa sistemática representa um marco divisório entre a Engenharia
antiga e a Engenharia moderna.

A Engenharia antiga se caracterizava pelo empirismo, pois esses Engenheiros trabalhavam


com base em conhecimentos passados por antecessores ou ainda com base na sua própria
experiência através da observação. A Engenharia moderna se caracteriza pela utilização do
conhecimento científico para a resolução dos problemas, ou seja, tem uma fundamentação
teórica. São levados em conta conhecimentos como a estrutura da matéria, os fenômenos
eletromagnéticos, a composição química dos materiais, as leis da mecânica, a transferência
de energia e as modelagens matemáticas dos fenômenos físicos.

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Um exemplo ocorreu no final do século 18, quando Coulomb calculou com boa precisão a
resistência à flexão de vigas horizontais em balanço, e também elaborou um método para o
cálculo de empuxos de terra sobre muros de arrimo, com validade até hoje.

2. ÁREAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO


CIVIL
Segundo historiadores, o primeiro emprego, do termo engenheiro -proveniente da
palavra latina ingenium, que significa engenho ou habilidade — foi feito na Itália.
Oficialmente, esta designação apareceu pela primeira vez numa ordem régia de Carlos V
(1337-1380), da França, mas apenas no século 18 é que começou a ser utilizada para
identificar aqueles que faziam técnicas com base em princípios científicos. Antes disso,
este termo designava aqueles que se dedicavam ao invento e à aplicação de engenhos.
Apenas em 1814 é que o termo engenharia foi dicionarizado em língua portuguesa.

O primeiro título de engenheiro foi usado pelo inglês John Smeaton (1724-1792), que teria
se autointitulado engenheiro civil. Inicialmente esta designação serviu em muitos países
para definir toda a engenharia que não se ocupava de serviços públicos ou do Estado; em
outros países compreendia toda a engenharia com exceção do militar.

Fig4. John Smeaton, o primeiro engenheiro civil. (Fonte: http://wikipedia.)

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A engenharia civil tem um amplo espectro de atuação. O profissional desta área pode
estudar, projetar, fiscalizar ou supervisionar trabalhos relacionados a pontes, túneis,
barragens, estradas, vias férreas, portos, canais, rios, diques, drenagem, irrigação,
aeroportos, sistemas de transporte, abastecimento de água e saneamento. Em seu trabalho,
um engenheiro civil projeta e acompanha as etapas de obras civis. E para projetar tais
obras, ele estuda as características do solo, a incidência do vento, a finalidade de uso da
construção, os materiais disponíveis, os custos envolvidos. O engenheiro civil desenvolve o
seu trabalho dimensionando e especificando estruturas, instalações elétricas, hidro
sanitárias e de gás, bem como os materiais a serem utilizados. Ou fazendo cálculos de
resistência dos materiais empregados ou orçamentos de obras, traçando cronogramas físicos
e financeiros, fiscalizando obras.

No seu dia-a-dia, seja no escritório e no canteiro de obras - o local da construção -, chefia


equipes, supervisiona prazos, custos e o cumprimento das normas de segurança. Mais
especificamente, são atribuições dos engenheiros civis:

 Executar trabalhos relacionados com a construção de edifícios e a instalação,


funcionamento e conservação de redes hidráulicas de distribuição de água e de
coleta de esgoto, para os serviços de higiene e saneamento;
 Examinar projetos e realizar estudos necessários para a determinação do local mais
adequado para as construções;
 Calcular a natureza e o volume da circulação de ar, terra e água;
 Examinar o solo e o subsolo, a fim de determinar os efeitos prováveis sobre as obras
projetadas;
 Determinar o assentamento de alicerces, condutos e encanamentos;
 Projetar estruturas de concreto, aço ou madeira;
 Estudar fundações, escavações, obras de estabilização e de contenção;
 Planejar e operar sistemas de transporte urbano de passageiros;
 Calcular as deformações e tensões, a força da corrente hidráulica, os efeitos do
vento e do calor, os desníveis e outros fatores nas construções;
 Examinar, provar, estabelecer planos, especificações e orçamentos de obras antigas
e novas;

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 Escolher as máquinas para escavação e construção, assim como os aparelhos para
levantar cargas;
 Elaborar o programa de trabalho e dirigir as operações à medida que a obra avança;
 Administrar empresas construtoras na direção dos setores técnicos de pessoal, de
execução de planejamentos, maquetes, protótipos, desenhos.

De forma geral, o engenheiro civil pode atuar nas indústrias de construção civil, de
materiais de construção e indústrias urbanas, além dos setores já comentados anteriormente.
Pode se especializar, por exemplo, em estruturas, fundações, saneamento, mecânica dos
solos, transportes, infraestrutura portuária e aeroportuária.

Fig5. Trabalhos típicos da engenharia civil: construção edifícios, estradas pecas monumentais e pontes.
(Fonte: Artigo_354_ A_História_da_Engenharia)

O engenheiro civil além das matérias básicas, comuns a todos os cursos, estuda também
solos, concreto, madeira, pontes, estabilidade estrutural, traçado de rodovias.

De forma geral, o engenheiro civil pode atuar nas indústrias de construção civil, de
materiais de construção e indústrias urbanas, além dos setores já comentados anteriormente.

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Pode se especializar, por exemplo, em estruturas, fundações, saneamento, mecânica dos
solos, transportes, infraestrutura portuária e aeroportuária. A habilitação engenharia civil
desdobra-se em ênfases tais como: engenharia civil em geral, edificações, construção de
rodovias, construção de aeroportos, construção de ferrovias, construção de pontes e
viadutos, construção de túneis, mecânica dos solos, obras sanitárias e hidráulicas.

3. EFEITOS MEDIANOS
3.1. Período medieval
O Império Romano, devido à sua grande extensão e falta de governo central, não conseguiu
se manter unido e chegou ao fim no ano de 476. O período mediaval foi marcado por
diversos acontecimentos históricos dentre os quais se destacam:

 Muitas das obras de infraestrutura, inclusive estradas, aquedutos e portos então


existentes, foram demolidas para construção de fortificações.
 Durante todo o período medieval, quase não houve avanços científicos, o que afetou
também o desenvolvimento de técnicas de engenharia, que passaram a se restringir
a conceitos práticos pouco estruturados.
 Os árabes, sobretudo durante o período da expansão islâmica, incorporaram técnicas
romanas sobretudo utilizadas em fortificações, embora já possuíssem
conhecimentos na construção de grandes mesquitas.
 Não havia método científico nas construções, pelo que eram baseadas no sistema de
tentativa e erro, sendo numerosos os exemplos de colapso de estruturas.
 Neste período nota-se, ainda, a criação de grandes fortificações em castelos, para
prevenir invasões.
 Houve um avanço na utilização de rodas de água para transportar água e mover
moinhos.
 Ocorreram também avanços na construção de canais navegáveis.

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4. EFEITOS SONANTES
4.1. Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira - São Paulo – Brasil
A ponte estaiada localizada na cidade de São Paulo, faz parte do Complexo Viário Real
Parque, é formada por duas pistas estaiadas em curvas independentes de 60º que cruzam o
rio Pinheiros, no bairro do Brooklin, sendo a única ponte estaiada do mundo com duas
pistas em curva conectadas a um mesmo mastro. Iniciada por Marta Suplici, continuada
por José Serra, foi inaugurada em 10/05/2008 por Gilberto Cassab, após 3 anos de
construção.

Hoje é um dos mais famosos cartões postais da cidade. Tem 1600 m de comprimento e o
pilar 138 m de altura, com 6 vias divididas em dois sentidos.

O projeto é de autoria de Catão Francisco Ribeiro com arquiteto João Valente Filho.
Edward Zeppo Boretto o Eng. Responsável pela obra e Norberto Duran, o gerente de obras,
ambos do quadro de funcionários da Empresa Municipal de Urbanismo (EMURB).

Fig6. Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira - São Paulo – Brasil

(Fonte: Artigo_354_ A_História_da_Engenharia)

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4.2. Ponte Millau
Sua construção começou em outubro de 2001, mas a discussão em torno de seu projeto
iniciou -se muito antes. Os primeiros estudos para compor o viaduto datam de 1987,
porém, foi apenas em 1996 que se obteve um consenso quanto à abordagem técnica e
arquitetônica da obra. A partir daí, ainda correram anos para o governo francês decidir qual
concessionária seria responsável pela ponte. Por fim, a obra começou a ser construída em
outubro de 2001, sendo inaugurada em tempo recorde: dezembro de 2004.

A ponte de Millau liga Clermont-Ferrand, região da antiga província de Languedoc, à


Espanha, fazendo a travessia do vale do rio Tarn pelo ponto mais alto.

É composta por sete pilares de concreto armado, que sustentam o tabuleiro de 2460 metros
de extensão. Este, por sua vez, é formado por oito trechos de aço e suportado por cabos
estiados. É a maior pista suportada por cabos no mundo, pesando 36 mil toneladas, com 32
metros de largura e 4,2 m de espessura.

A pista destaca-se também pela boa visibilidade que ela condiciona aos motoristas: tem
curvas suaves de 20 km de raio e uma declividade de 3% do Sul para o norte. A segurança é
reforçada com barreiras contra colisão e telas para proteger os motoristas dos violentos
ventos locais.

Fig7. Ponte Estaiada de Millau - travessia do vale do rio Tarn pelo ponto mais alto História

(Fonte: Artigo_354_ A_História_da_Engenharia)

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4.3. Torre de Pisa – Itália
A altura do solo ao topo da torre é de 55,86 metros no lado mais baixo e de 56,70 metros na
parte mais alta. A espessura das paredes na base é de 4,09 metros e 2,48 metros no topo.
Seu peso é estimado em 14.500 toneladas. A torre tem 296 ou 294 degraus: o sétimo andar
da face norte das escadas tem dois degraus a menos. Antes do trabalho de restauração
realizado entre 1990 e 2001 a torre estava inclinada com um ângulo de 5,5 graus, estando
agora a torre inclinada em cerca de 3,99 graus. Isto significa que o topo da torre está a uma
distância de 3,9 m de onde ele estaria se a torre estivesse perfeitamente na vertical. A Torre
de Pisa é uma obra de arte em mármore branco, realizada em três fases ao longo de um
período de cerca de 177 anos. A construção do primeiro andar começou no dia 9 de agosto
de 1173, um período de sucesso militar e prosperidade. Este primeiro andar é uma arcada
“cega" articulada por colunas clássicas coroadas com capitéis coríntios.

A torre começou a inclinar-se após a progressão de construção para o terceiro andar em


1178. Isto deveu-se a uma fundação de meros três metros sobre um subsolo fraco e instável,
um projeto que falhou desde o início. A construção foi posteriormente paralisada por quase
um século, porque o Pisamos estavam continuamente envolvidos em batalhas com Génova,
Lucca e Florença. Este tempo permitiu ao solo subjacente ajustar -se. Caso contrário, a
torre de Pisa quase certamente teria sido derrubada. Em 1198 os relógios foram
temporariamente colocados no terceiro andar da construção inacabada. Em 1272 a
construção foi reiniciada por Giovanni di Simone, arquiteto do Camposanto. Em um
esforço para compensar a inclinação, os engenheiros construíram andares com um lado
mais alto do que o outro. Isso fez a torre começar a inclinar-se em outra direção.

Devido a isso, a torre é realmente curva. A construção foi interrompida novamente em


1284, quando os Pisamos foram derrotados pelos Genoveses, na Batalha de Meloria. O
sétimo andar foi concluído em 1319. A sino -câmara acabou por não ser adicionada até
meados de 1372 e foi construída por Tommaso di Andrea Pisano, que conseguiu, por sua
vez, harmonizar os elementos góticos da sino-câmara com o estilo românico da torre. Há
sete sinos, um para cada nota da escala musical. O maior deles foi instalado em 1655.

Depois de uma fase de reforço estrutural (entre 1990-2001), a torre está passou por fase de
restauração gradual da superfície, a fim de reparar os danos visuais, devidos principalmente

15
à corrosão e escurecimento. Estes são, particularmente, os pontos mais problemáticos,
devido à idade da torre e à sua particular exposição ao vento e à chuva (corrosão).

4.3.1 Cronologia Torre de Pisa - Itália (Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Pisa)

 Em 5 de janeiro de 1172, Donna Berta di Bernardo, uma viúva e residente da casa


de dell'Opera di Santa Maria, dispôs de sessenta soldi ou "moedas de sessenta" para
o Opera Campanilis petrarum Sancte Marie. Esse dinheiro deveria ser usado para a
compra de algumas pedras que ainda formam a base da torre sineira.
 Em 9 de agosto de 1173 as fundações da Torre foram estabelecidas. Quase quatro
séculos mais tarde, Giorgio Vasari escreveu: "Guglielmo, de acordo com o que está
dito, em [este] ano 1174, com o escultor Bonanno, estabeleceu as bases do
campanário da catedral de Pisa."
 É possível que Gerardo di Gerardo tenha sido outro construtor. O seu nome aparece
como testemunha da herança de Berta di Bernardo como "Mestre Gerardo" e, como
um mestre-de-obras, cujo nome era Gerardo.
 Um construtor mais provável é Diotisalvi, por causa do período de construção da
estrutura e afinidades com outros edifícios em Pisa. Porém, ele geralmente assinava
seus trabalhos, e não há nenhuma assinatura do mesmo no campanário.
 Giovanni di Simone foi fortemente envolvido no trabalho de conclusão da torre, sob
a direcção de Giovanni Pisano, que na época era o mestre-de-obras do Opera di
Santa Maria Maggiore. Ele poderia ser o mesmo Giovanni Pisano que completou o
campanário.
 Giorgio Vasari indica que Tommaso di Andrea Pisano foi o criador do campanário
entre 1360 e 1370.
 Em 27 de dezembro de 1233 o mestre-de-obras Benenato, filho de Gerardo Bottici,
supervisionou a continuação da construção do campanário.
 Em 23 de fevereiro de 1260 Guido Speziale, filho de Giovanni, um mestre-de-obras
na catedral de Santa Maria Maior, foi eleito para supervisionar a construção da
Torre.

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 Em 12 de abril de 1264, o construtor Mestre Giovanni di Simone e mais 23
trabalhadores foram para as montanhas perto de Pisa para cortar mármore. As
pedras foram dadas a cortar a Rainaldo Speziale, trabalhador de São Francisco.

Fig8. Torre de Pisa – Itália início em 1174 – término em ~ 1350

(Fonte: Artigo_354_ A_História_da_Engenharia)

4.4. Torre Eiffel – Paris - França


A Torre Eiffel é uma torre treliçada de ferro do século XIX localizada no Champ de Mars,
em Paris, que se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas mais
reconhecidas no mundo. A Torre Eiffel, que é o edifício mais alto de Paris.

É o monumento pago mais visitado do mundo, milhões de pessoas sobem à torre cada ano.
Nomeada em homenagem ao seu projetista, o engenheiro Gustave Eiffel, foi construída
como o arco de entrada da Exposição Universal de 1889. A torre possui 324 metros de
altura. Foi a estrutura mais alta do mundo desde a sua conclusão até 1930, quando perdeu o
posto para o Chrysler Building, em Nova York, Estados Unidos.

Não incluindo as antenas de transmissão, a Torre é a segunda estrutura mais alta da França,
atrás apenas do Viaduto de Millau, concluído em 2004. A torre tem três níveis para os
visitantes. Os ingressos podem ser adquiridos nas escadas ou elevadores do primeiro e do
segundo nível. A caminhada para o primeiro nível é superior a 300 degraus. O terceiro e
mais alto nível só é acessível por elevador. Do primeiro andar vê-se a cidade inteira, tem
sanitários e várias lojas e o segundo nível tem um restaurante.

17
A torre tornou-se o símbolo mais proeminente de Paris e da França. A torre é uma parte do
cenário caracterizado em dezenas de filmes que se passam em Paris. Seu estatuto de ícone é
tão determinado que ainda serve como um símbolo para toda o país, como quando ela foi
usada como o logotipo da candidatura francesa para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de
1992 As obras que fizeram, muitas das quais até hoje causam admiração, são por isso muito
mais fruto do empirismo e da intuição, do que de cálculo e de uma verdadeira engenharia,
como entendemos atualmente.

Pode-se dizer que a engenharia científica só teve início quando se começou a chegar a um
consenso de que tudo aquilo que se fazia em bases empíricas e intuitivas, era na realidade
regido por leis físicas e matemáticas, que importava descobrir e estudar.

Fig9. Torre Eiffel – Paris – França (Fonte: Artigo_354_ A_História_da_Engenharia)

4.5 Estátua da Liberdade


A estátua mede 46,50 metros (92,99 metros contando o pedestal). O nariz mede 1,37
metros. O conjunto pesa um total de 24.635 toneladas, das quais 28 toneladas são cobre,

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113 toneladas são aço, e 24.493 toneladas de cimento no pedestal. Com as suas 24.635
toneladas, é atualmente a estátua mais pesada do mundo, segundo o Guinness Book.

Ficou entre os semifinalistas do concurso das sete maravilhas do mundo moderno. São 167
degraus de entrada até o topo do pedestal, mais 168 até a cabeça e por fim outros 54
degraus levam até a tocha, o que, somados, consistem em um total de 389 degraus. Por ter
sido construída em cobre, originalmente a estátua apresentava coloração dourada.
Entretanto, devido a uma série de reações químicas conhecida como patinação, sais de
cobre foram formados sobre sua superfície, o que lhe conferiu a atual tonalidade verde-azul
ada. Registros históricos não fazem qualquer menção da fonte do cobre usado na Estátua
da Liberdade, mas suspeita-se que sejam provenientes da Noruega.

Fig10. Estátua da Liberdade – Patrimônio Histórico da UNESCO

(Fonte: Artigo_354_ A_História_da_Engenharia)

5. ENGENARIA CIVIL NA SOCIEDADE


Grandes avanços científicos ocorrem quando invenções tecnológicas inovadoras chegam ao
mercado consumidor. Isso acontece basicamente em duas oportunidades: grandes crises -
guerras ou catástrofes naturais, por exemplo -, ou quando diversos fatores propícios para tal

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se juntam. Em todas as ocasiões, o trabalho dos engenheiros é de fundamental importância
para o desenvolvimento da sociedade.

Um engenheiro civil é um profissional capacitado para conceber, projetar e construir os


mais diversos componentes da infraestrutura necessários para o bem-estar e
desenvolvimento da sociedade. Para que seja garantida uma relação harmônica com a
sociedade tendo em conta os seguintes pontos:

5.1. Obrigações do Engenheiro


Segundo Moutinho (2016 apud MAZDA, 1998), a legislação governamental sobre a
indústria tem vindo a crescer de uma forma considerável, desde o início da revolução
industrial. Mazda considera que esta situação é, de certa forma, influenciada pelas pressões
das instituições comerciais que, desde então, têm entrado em vigor de uma forma crítica.
Deste modo, o engenheiro, não só deve conhecer a toda a legislação, relacionada com a
indústria, em vigor, como também deve entender os seus objetivos, de modo que seja capaz
de trabalhar em instituições públicas ou privadas satisfazendo todos os requisitos
necessários. Modernamente, para além de acima exposto, o engenheiro necessita de manter
um alto nível de conhecimento das obrigações sociais e ambientais impostas as
organizações pelas comunidades em que elas operam Moutinho (2016 apud SMITH, 1994).
Os requisitos e as normas da sociedade no presente e no futuro devem ser entendidos,
de modo que possam ser satisfeitas as necessidades das gerações actuais e futuras;
Porém, Walley e Moutinho (2016 apud WHITEEHEAD,1994), reconhecem que isto
não é simples, especialmente porque, conforme ilustra a Figura 1, o engenheiro deve
encontrar soluções simultâneas para os conflitos que possam existir entre as
necessidades da sociedade, dos proprietários, dos trabalhadores, dos clientes e dos
fornecedores da empresa. Todos estes têm poderes sobre a organização e os seus interesses
devem ser tomados em conta pelo engenheiro, ao mesmo tempo que este deve trabalhar
confinado dentro do quadro legal, das responsabilidades sociais e profissionais e das
pressões da competição e da comunidade. Algumas das obrigações impostas ao engenheiro,
tais como a necessidade de evitar preconceitos baseados em raça, religião ou sexo, são
relativamente simples de as definir e seguir (Echiejile, 1995). As outras, como as inerentes
a questões éticas, são mais difíceis de as classificar e, portanto, de legislar sobre elas.

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5.2. Responsabilidades sociais
Todos os grupos profissionais possuem regras de conduta que devem ser seguidas pelos
seus membros, dependendo das suas áreas de conhecimento. No caso dos engenheiros
consideram- se determinadas áreas de responsabilidade social como sendo as principais
que, na prática, constituem imperativos morais para os engenheiros. Estas áreas são:

 A proteção do ambiente;
 A responsabilidade sobre os empregados;
 A ética profissional;
 A proteção do consumidor;
 A contribuição para o bem-estar da humanidade, e
 Evitar prejudicar aos outros.

5.3. Responsabilidades Profissionais


Na prática excelência é a obrigação mais importante de qualquer profissional. Por isso, o
engenheiro deve procurar alcançar alta qualidade e estar consciente das sérias
consequências negativas da sua baixa qualidade de desempenho.

Deste modo, o engenheiro é obrigado a alcançar a alta qualidade, a eficiência, a eficácia e a


dignidade, através do processo ou do produto do seu trabalho. E, por isso, no âmbito
profissional, o engenheiro deve assumir as seguintes responsabilidades:

 Adquirir e manter a competência profissional;


 Promover a profissão do engenheiro; e
 Conhecer e respeitar a legislação existente.

5.4. Legislação Governamental


De acordo com Ryley (1995), Os Governos influenciam os funcionamentos diários das
organizações pela aplicação de leis que, apesar de variarem dependendo dos países em que
as empresas operam, todas têm objetivos e conteúdos similares. E, em geral, as leis sobre as
questões industriais são principalmente classificadas.

 Nas que regulam a conduta das empresas em relação aos seus empregados;
 Nas que protegem o meio ambiente;

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 Nas que protegem os consumidores; e
 Nas que regulam a formação dos trabalhadores.

6. DESAFIOS DA ENGENHRIA CIVIL


6.1 A evolução da indústria da construção civil em função do uso de pré-fabricados
em concreto
A história da industrialização identifica-se, num primeiro tempo, com a história da
mecanização, isto é, com a evolução das ferramentas e máquinas para a produção de bens.

De forma gradativa, as atividades exercidas pelo homem com auxílio da máquina foram
sendo substituídas por mecanismos, como aparelhos mecânicos ou eletrônicos, ou
genericamente por automatismos.

A industrialização da construção civil, através da utilização de peças de concreto pré-


fabricados, promoveu um salto de qualidade nos canteiros de obras, pois através de
componentes industrializados com alto controle ao longo de sua produção, com materiais
de boa qualidade, fornecedores selecionados e mão-de-obra treinada e qualificada, as obras
tornaram-se mais organizadas e seguras.

6.2 História da Pré-fabricação


Segundo VASCONCELLOS (2002), não se pode precisar a data em que começou a pré-
moldarem. O próprio nascimento do concreto armado ocorreu com a pré-moldarem de
elementos, fora do local de seu uso. Sendo assim, pode-se afirmar que a pré-moldarem
começou com a invenção do concreto armado começou com a invenção do concreto
armado.

SALAS (1988) considera a utilização dos pré-fabricados de concreto dividida nas três
seguintes etapas:

I) de 1950 a 1970– período em que a falta de edificações ocasionadas pela devastação da


guerra, houve a necessidade de se construir diversos edifícios, tanto habitacionais quanto
escolares, hospitais e industriais, dentro dos sistemas de pré-fabricação de ciclo fechado.

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6.2.1. Pré-fabricação de Ciclo Fechado

No período pós-guerra os sistemas pré-fabricados de ciclo fechado representaram


tecnologia dominante, onde se procurou aplicar na construção civil os mesmos conceitos
adotados em outros setores da indústria, buscando-se a produção em série com alto índice
de repetição dos elementos pré-moldados.

Fig11. Construção por meio de sistema de pré-fabricação de ciclo fechado

(Fonte: www.leonardi.com.br& www.transcosul.com.br)

II) de 1970 a 1980 – período em que ocorreram acidentes com alguns edifícios construídos
com grandes painéis pré-fabricados. Esses acidentes provocaram, além de uma rejeição
social a esse tipo de edifício, uma profunda revisão no conceito de utilização nos processos
construtivos em grandes elementos pré-fabricados. Neste contexto, teve o início do declínio
dos sistemas pré-fabricados de ciclo fechado de produção.

6.2.2. Pré-fabricação de Ciclo Aberto

O Sistema de Pré-fabricados de Ciclo Aberto possui como finalidade a criação de técnicas,


tecnologias e procedimentos de pré-fabricação mais flexíveis e menos rígidos, ou seja,
realizar uma produção de peças padronizadas e que sejam compatíveis com diferentes
elementos de diversos fabricantes.

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Fig12. Construção por meio de sistema de pré-fabricação de ciclo aberto

(Fonte: www.leonardi.com.br& www.transcosul.com.br)

III) pós 1980 – esta etapa caracterizou-se pela consolidação de uma pré-fabricação de ciclo
aberto, à base de componentes compatíveis, de origens diversas. Para BRUNA (1976), “a
industrialização de componentes destinados ao mercado e não, exclusivamente, às
necessidades de uma só empresa é conhecida como ciclo aberto”.

6.2.3. Pré-fabricação de Ciclo Flexibilizado

Os componentes estruturais em concreto arquitetônico vêm sendo cada vez mais


empregados em importantes edifícios comerciais, sendo muitas vezes combinados com
outros sistemas construtivos, como as construções em aço, madeira e alvenaria.

Segundo ELLIOT (2002), surge uma nova geração de sistemas de ciclos “flexibilizados”,
por entender que não apenas os componentes são “abertos”, mas todo o sistema é, portanto,
o projeto também passa a ser necessariamente aberto e flexibilizado para se adequar a
qualquer tipologia arquitetônica

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Fig13. Uso de elementos pré-moldados: pilares, vigas escadas e paineis (Fonte: CORBIOLI, N. 2001).

Segundo FERREIRA (2003), os conceitos de sistemas flexibilizados na produção vão além


da fábrica, com a possibilidade da produção de componentes no canteiro, dentro de um
sistema com alto grau de controle e qualidade e de organização da produção.

Fig14. Alocação de por sistemas flexibilizados

(Fonte: www.leonardi.com.br& www.transcosul.com.br)

6.3. Novas tecnologias e sustentabilidade


6.3.1Reinvenção de métodos e materiais

“As lajes industrializadas e pré-fabricadas [...] rivalizam com as tradicionais lajes


moldadas no canteiro de obras” (DIAS, 2001, p. 15), há que se inovar em tecnologia e
superar pensamentos obsoletos na engenharia, “soluções tecnológicas que empregam
placas de pré-moldadas de argamassa armada ou do tipo dry wall, constituem não
só uma opção direcionada para soluções [...] mas devem também ser vistas de uma forma

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mais ampla, pois evidenciam mudanças de mentalidade em relação à construção civil no
país”. (DIAS, 2001, p. 15).

O sistema de utilizar módulos na construção apresenta modos modernos de construir


conforme os conhecimentos empíricos e científicos, para isso, surgem os métodos aqui já
mencionados: frame e framing. Segundo Rodrigues (2006) frame é o esqueleto estrutural
leve que dá forma e sustenta a edificação, e, framing é o processo que une e vincula esses
elementos. Uma versão atual deste uso, referente a esses conceitos é o Light Steel Framing
(LSF), trata-se de utilizar placas de aço em substituição a materiais mais populares como
alvenaria. Deslandes (2004, p. 206) afirma que “o concreto é o material que se presta
às moldagens mais complexas” e Vargas (1998, p. 36) traz que “com o advento do concreto
armado, nas primeiras décadas do nosso século, a situação começa a modificar-se, pois o
concreto armado permite já edifícios altos de cargas concentradas” e, a força da
tradição do uso deste material desenvolveu uma noção cultural difícil de modificar
no pensamento dos engenheiros, sabe-se que, ainda, segundo Vargas (1998) nos anos 30
apoiava-se estruturas de concreto já sobre sapatas de concreto armado ou blocos de

Concreto simples, e as fundações profundas eram de estacas de madeira ou pré-moldadas


de concreto armado. Mas o uso do LSF traz vantagens como redução no prazo de execução
da obra, é mais leve, resiste à corrosão, tem maior durabilidade e precisão na montagem de
paredes e pisos, diminuem-se os desperdícios e perdas de material, reduz-se os custos, é um
material incombustível e ainda 100% reciclável (RODRIGUES, 2006). Já Pfeil (2011),
argumenta que a madeira é uma ótima opção, pois apresenta excelente relação
resistência/peso (deve, ainda, ser retirada do cerne do tronco, pois é mais durável). Nesse
contexto, princípios eco sustentáveis, em se tratando de preservação ambiental e
diminuição de impactos, apresentam-se, atualmente, como exigências da sociedade atual,
visto que essa necessidade se apresenta como um problema moderno. Para isso, Corbella
(2003, p.17) introduz o conceito da arquitetura sustentável: “criar prédios objetivando o
aumento da qualidade de vida do ser humano no ambiente construído e no seu entorno [...]
para legar um mundo menos poluído para as futuras gerações”. E, Sue Roaf (2009), ensina
que devemos construir prédios que durem mais tempo, com o mínimo de manutenção e
reformas, porque a energia empregada na construção, na operação e na demolição de

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edificações, bem como a manufatura e o transporte de materiais, talvez seja a principal
fonte de emissão de gases-estufa, de poluição e de lixo, no mundo todo. Preocupação esta
que inaugura um novo modo de pensar em engenharia.

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CONCLUSÃO
Tendo findado o trabalho constata se que a engenharia civil nasce da necessidade humana
em satisfazer se de determinadas condições climatéricas e de segurança. A evolução desse
ramo da engenharia foi e está sendo fortemente influenciado pela necessidade de atingir
conforto, procura de materiais eficientes, aprimoramento das técnicas construtivas
(construção local e pré-fabricado) baseando se na flexibilidade e sustentabilidade (relação
custo/benefício).

Segundo historiadores a designação "engenharia civil" foi inicialmente utilizada por


oposição à de "engenharia militar". Designava assim, toda a engenharia não militar. E o
primeiro título de engenheiro foi usado pelo inglês John Smeaton (1724-1792), que teria se
auto-intitulado engenheiro civil, tornado se assim o primeiro engenheiro civil oficialmente
conhecido.

A engenharia civil não está baseada simplesmente no dimensionamento e montagem dos


elementos, concepção da arquitetura diversificada (edifícios, vias de comunicação, pontes,
peças monumentais e outras), mas em uma série de fatores econômicos, logísticos,
organizacionais e culturais. O engenheiro deve encontrar soluções simultâneas para os
conflitos que possam existir entre as necessidades da sociedade, dos proprietários,
dos trabalhadores, dos clientes e dos fornecedores duma empresa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) (1985). NBR-9062:

Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado. Rio de Janeiro. ABNT.

BAZZO, W.A.; PEREIRA, L.T. V. Introdução à Engenharia. 6ª ed., Florianópolis: Ed. da


UFSC, 2002. 271p.

BRUNA, P. (1976) Arquitetura, Industrialização e Desenvolvimento


EDUSP/Perspectiva, Coleção Debates, número 135, São Paulo.

ELLIOT, R. S.J. (2002). Precast Frame Concepts, Economics and Architectural


Requirements. In workshop on Design & Construction of Precast Concrete Structures.
Construction Industry Training Institute. Singapure.

FERREIRA, M.A. (2003). A importância dos sistemas flexibilizados, 2003.8p.(Apostila).

SALAS, S. J. (1988). Construção Industrializada: pré-fabricação. São Paulo: Instituto de


pesquisas tecnológicas.

VASCONCELOS, A. C. (2002). O Concreto no Brasil: pré-fabricação, monumentos,


fundações. Volume III. Studio Nobel. São Paulo.

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