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Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Mário Saide Manuel
Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Índice
Introdução....................................................................................................................................4
Etapas da Pesquisa.......................................................................................................................5
Justificativa e Hipóteses...............................................................................................................5
Metodologia.................................................................................................................................6
Método Hipotético-dedutivo......................................................................................................10
Método Dialectico......................................................................................................................11
Método estatistico......................................................................................................................14
Método Monográfico.................................................................................................................14
Conclusão...................................................................................................................................16
ReferênciasBibliográficas .........................................................................................................17
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Introdução
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Etapas da Pesquisa
Para Teixeira (2000:107) sustenta que o primeiro passo a ser dado na Pesquisa e a identificação
do Problema da Pesquisa e a Elaboração das questões norteadoras. O problema de pesquisa é
sempre definido por uma série de conceitos por isso todo problema de Pesquisa deve ser
associado a um tema de investigação que seja uma área científica. Porém a delimitação do
problema somente acontece quando o pesquisador possui conhecimento sobre o tema.
O problema deve ser formulado como pergunta, para facilitar a identificação do que se deseja
pesquisar;
O problema deve ter clareza: os termos adoptados devem ser definidos para esclarecer os
significados com que estão sendo usados na pesquisa;
O problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário que sua aplicação esteja
delimitada;
O problema deve ser susceptível de solução: como será pesquisado.
Tema da Pesquisa – é a apresentação do tema ou dos conceitos mais gerais do que vai ser
pesquisado. Indica a eleição de uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou
restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida.
Justificativa – explicitação das razoes que levam a pesquisar o tema, motivação e importância
ou relevância do estudo.
Hipóteses – são suposições colocadas como respostas plausíveis e provisórias para o problema
de pesquisa. As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o
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desenvolvimento da pesquisa. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao
problema proposto.
Objectivos – são resultados que precisam ser alcançados para a construção de toda uma
demonstração.
Objectivos específicos – O que será feito ao longo do estudo para responder as perguntas.
Metodologia – Esta parte poderá aparecer com os títulos de "Material e Método" ou "População
e Método". Inclui:
Descrição breve, mas suficiente, dos instrumentos que foram utilizados na colecta de dados;
Limitações do estudo.
Colecta de Dados – conjunto de operações por meio das quais o modelo de análise é
confrontado aos dados colectados. Os dados a serem colectados são aqueles úteis para testar as
hipóteses. Eles são determinados pelas variáveis e pelos indicadores. Podemos chamá-los de
dados pertinentes.
Tabulação de dados – consiste na organização dos dados de maneira que façam sentido e
possam ser lidos por alguém que vá fazer uso deles. Portanto, sem essa etapa todo o esforço para
colectá-los não faz sentido nenhum. Dados podem ser colectados de diversas formas, em
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diferentes situações e a partir de variadas ferramentas. Desde um painel de satisfação sobre o
atendimento no ponto de vendas até um sofisticado algoritmo para calcular a taxa de conversão
de determinado site: os resultados gerados em ambos serão dados.
A análise de dados é o processo de formação de sentido além dos dados, e esta formação se dá
consolidando, limitando e interpretando o que as pessoas disseram e o que o pesquisador viu e
leu, isto é, o processo de formação de significado. A análise dos dados é um processo complexo
que envolve retrocessos entre dados pouco concretos e conceitos abstractos, entre raciocínio
indutivo e dedutivo, entre descrição e interpretação. Estes significados ou entendimentos
constituem a constatação de um estudo. Dentre as várias técnicas de análise de dados na pesquisa
qualitativa, Merriam (1998) destaca: análise etnográfica, análise narrativa, análise
fenomenológica, método comparativo constante, análise de conteúdo e indução analítica.
Tipos de pesquisa
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como o questionário e a observação sistemática. Ex.: pesquisa referente à idade, sexo,
procedência, eleição etc. Quanto aos objectivos (GIL, 2008).
Pesquisa Documental – é muito parecida com a bibliográfica. A diferença está na natureza das
fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou
que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objectos da pesquisa. Além de analisar os
documentos de “primeira mão” (documentos de arquivos, igrejas, sindicatos, instituições etc.),
existem também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras interpretações,
como relatórios de empresas, tabelas etc. Quanto aos procedimentos técnicos (GIL, 2008).
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Estudo de Caso – consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objectos, de
maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Quanto aos procedimentos técnicos
(GIL, 2008).
Métodos de Pesquisa
São meios mais eficazes para atingir determinada meta no contexto do processo de construção do
conhecimento que tem como metas principais gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou
refutar algum conhecimento pré-existente.
De acordo com Trujillo Ferrari (1974), o método científico é um traço característico da ciência,
constituindo-se em instrumento básico que ordena, inicialmente, o pensamento em sistemas e
traça os procedimentos do cientista ao longo do caminho até atingir o objectivo científico
preestabelecido.
Lakatos e Marconi (2007) afirmam que a utilização de métodos científicos não é exclusiva da
ciência, sendo possível usá-los para a resolução de problemas do quotidiano. Destacam que, por
outro lado, não há ciência sem o emprego de métodos científicos.
Métodos de abordagem
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científicos (ou de senso comum). Esses métodos esclarecem os procedimentos lógicos que
deverão ser seguidos no processo de investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade.
São, pois, métodos desenvolvidos a partir de elevado grau de abstracção, que possibilitam ao
pesquisador decidir acerca do alcance de sua investigação, das regras de explicação dos fatos e
da validade de suas generalizações. Podem ser incluídos, neste grupo, os métodos: dedutivo,
indutivo, hipotético-dedutivo, dialéctico e fenomenológico. Cada um deles se vincula a uma das
correntes filosóficas que se propõem a explicar como se processa o conhecimento da realidade.
Método dedutivo – é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. A partir de
princípios, leis ou teorias consideradas verdadeiras e indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos
particulares com base na lógica. “Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e
indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude
unicamente de sua lógica.” (GIL, 2008, p. 9).
Para Lakatos e Marconi (2007, p. 86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se
basearam.
Essa generalização não ocorre mediante escolhas a priori das respostas, visto que essas devem
ser repetidas, geralmente com base na experimentação. Isso significa que a indução parte de um
fenómeno para chegar a uma lei geral por meio da observação e de experimentação, visando a
investigar a relação existente entre dois fenómenos para se generalizar. Temos, então, que “o
método indutivo procede inversamente ao dedutivo: parte do particular e coloca a generalização
como um produto posterior do trabalho de colecta de dados particulares.” (GIL, 2008, p. 10).
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indutivo, a mais contundente é aquela que questiona a passagem (generalização) do que é
constatado em alguns casos (particular) para todos os casos semelhantes (geral).
Método hipotético-dedutivo
O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de críticas à indução,
expressas em A lógica da investigação científica, obra publicada pela primeira vez em 1935
(GIL, 2008).
A indução, conforme Popper, não se justifica, “pois o salto indutivo de ‘alguns’ para ‘todos’
exigiria que a observação de fatos isolados atingisse o infinito, o que nunca poderia ocorrer, por
maior que fosse a quantidade de fatos observados.” (GIL, 2008, p. 12).
O método hipotético-dedutivo foi proposto por Karl Popper e consiste na adopção da seguinte
linha de raciocínio quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são
insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge o problema. Para tentar explicar as
dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses
formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa
tornar falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo se procura
a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se
evidências empíricas para derrubá-la. (GIL, 2008, p. 12).
Método dialéctico
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Na dialéctica proposta por Hegel, as contradições transcendem-se, dando origem a novas
contradições que passam a requerer solução. Empregado em pesquisa qualitativa, é um método
de interpretação dinâmica e totalizante da realidade, pois considera que os fatos não podem ser
relevados fora de um contexto social, político, económico. Lakatos e Marconi (2007) apontam as
leis da dialéctica.
A Acção Recíproca informa que o mundo não pode ser entendido como um conjunto de
“coisas”, mas como um conjunto de processos, em que as coisas estão em constante mudança,
sempre em vias de se transformar: “ O fim de um processo é sempre o começo de outro.”
(LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 101).
Método fenomenológico
Segundo, Edmund Husserl (1859-1938), propõe-se a estabelecer uma base segura, liberta de
proposições, para todas as ciências (GIL, 2008). Para Husserl, as certezas positivas que
permeiam o discurso das ciências empíricas são “ingénuas”. “A suprema fonte de todas as
afirmações racionais é a ‘consciência doadora originária’.” (GIL, 2008, p. 14).
O método fenomenológico não é dedutivo nem empírico. Consiste em mostrar o que é dado e em
esclarecer esse dado. “Não explica mediante leis nem deduz a partir de princípios, mas considera
imediatamente o que está presente à consciência: o objecto.” (GIL, 2008, p. 14).
Consequentemente, tem uma tendência orientada totalmente para o objecto. Ou seja, o método
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fenomenológico limita-se aos aspectos essenciais e intrínsecos do fenómeno, sem lançar mão de
deduções ou empirismos, buscando compreendê-lo por meio da intuição, visando apenas o dado,
o fenómeno, não importando sua natureza real ou fictícia.
Métodos de procedimentos
Diferentes dos métodos de abordagem, os métodos de procedimentos (considerados às vezes
também em relação às técnicas) são menos abstractos; são etapas da investigação.
Método histórico
No método histórico, o foco está na investigação de acontecimentos ou instituições do passado,
para verificar sua influência na sociedade de hoje; considera que é fundamental estudar suas
raízes visando à compreensão de sua natureza e função.
Conforme Lakatos e Marconi (2007, p. 107), “as instituições alcançaram sua forma actual
através de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo
contexto cultural particular de cada época.” Seu estudo, visando a uma melhor compreensão do
papel que actualmente desempenham na sociedade, deve remontar aos períodos de sua formação
e de suas modificações. Esse método é típico dos estudos qualitativos.
Método experimental
O método experimental consiste, especialmente, em submeter os objectos de estudo à influência
de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os
resultados que a variável produz no objecto (GIL, 2008). Não seria exagero considerar que parte
significativa dos conhecimentos obtidos nos últimos três séculos se deve ao emprego do método
experimental, que pode ser considerado como o método por excelência das ciências naturais.
Método observacional
O método observacional é um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns
aspectos interessantes. “Por um lado, pode ser considerado como o mais primitivo e,
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consequentemente, o mais impreciso. Mas, por outro lado, pode ser tido como um dos mais
modernos, visto ser o que possibilita o mais elevado grau de precisão nas ciências sociais.” (GIL,
2008, p. 16).
Método comparativo
Algumas vezes, o método comparativo é visto como mais superficial em relação a outros. No
entanto, existem situações em que seus procedimentos são desenvolvidos mediante rigoroso
controle e seus resultados proporcionam elevado grau de generalização.
Método estatístico
Método clínico
O método clínico baseia-se numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado. “É utilizado,
principalmente, na pesquisa psicológica, cujos pesquisadores são indivíduos que procuram o
psicólogo ou o psiquiatra para obter ajuda.” (GIL, 2008, p. 17). O método clínico tornou-se um
dos mais importantes na investigação psicológica, em especial depois dos trabalhos de Freud
(GIL, 2008). Sua contribuição à Psicologia tem sido muito significativa, particularmente no que
se refere ao estudo dos determinantes inconscientes do comportamento. No entanto, enfatizamos
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que o pesquisador que adopta o método clínico deve se precaver de muitos cuidados ao propor
generalizações, visto que esse método se apoia em casos individuais e envolve experiências
subjectivas.
Método monográfico
O método monográfico tem como princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode
ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes (GIL,
2008).
Esses casos podem ser indivíduos, instituições, grupos, comunidade etc. Nessa situação, o
processo de pesquisa visa a examinar o tema seleccionado de modo a observar todos os factores
que o influenciam, analisando-o em todos os seus aspectos. Embora reconhecendo a importância
de o pesquisador seguir um método como referência, entendemos que o ideal é empregar
métodos e não um método, visando a ampliar as possibilidades de análise, considerando que não
há apenas uma forma capaz de abarcar toda complexidade das investigações.
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Conclusão
Para terminar pode concluir-se que de acordo com a minha percepção na base de raciocínios dos
pensadores ligados a área de pesquisa, que a científica depende da formulação adequada do
problema, isto porque objectiva buscar sua solução. Há muitas formas de classificar a sua
pesquisa científica. Método é um procedimento ou caminho para alcançar determinado fim e que
a finalidade da ciência é a busca do conhecimento, podemos dizer que o método científico é um
conjunto de procedimentos adoptados com o propósito de atingir o conhecimento.
Não existe um método mais importante em detrimento dos outros, mas o método científico é um
traço característico da ciência, constituindo-se em instrumento básico que ordena, inicialmente, o
pensamento em sistemas e traça os procedimentos do cientista ao longo do caminho até atingir o
objectivo científico preestabelecido.
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Referências Bibliográficas
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