Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Preferência, sinais e
outras regras
para navegar com segurança
As normas que você não deve esquecer no
comando de um barco
É verdade que o assunto “regras”, incluindo as de navegação, é meio
enfadonho. Porém, imagine a confusão e o perigo que seria se não
houvesse regras de trânsito na água! Com o aumento constante da
flotilha brasileira, a atenção ao pilotar, principalmente um jet ou uma
lancha, deve ser, consequentemente, cada vez maior. E, principalmente,
no verão e nos feriados prolongados, quando muitos barcos acabam se
concentrando nos canais e nas belas enseadas do litoral e das águas
interiores país afora.
Velocidade
Ainda que a preferência nos favoreça, também é intuitivo — e
imperativo — desviar de outro barco quando este não o fizer. É questão
de bom senso, assim como é jamais navegar em velocidade que gere,
pelo deslocamento da nossa embarcação, marola capaz de causar
estragos em áreas de ancoragem ou que possa fazer virar e afundar
embarcações pequenas nas proximidades. À noite, ou mesmo durante o
dia em condições de visibilidade prejudicada por chuva ou nevoeiro, é
prudente, principalmente no caso de barcos a motor, seguir com
velocidade reduzida, procedimento que costuma evitar muitos acidentes.
Nos canais
Quando navegam em canais, todos os tipos de barcos devem manter-se
à direita — tratando-se de barcos, esta é uma regra universal, inclusive
no Reino Unido.
Luzes de navegação
À noite ou durante o dia em condições de visibilidade reduzida, é
preciso reconhecer as luzes das embarcações, para saber quando se trata
de um navio, uma lancha, um barco de pesca com rede na superfície, um
veleiro ou um barco a remo. Além das luzes verde e vermelha (também
chamada de encarnada) nos bordos, navios, lanchas e veleiros mostram
uma luz branca (e somente ela) na popa, sendo que navios também têm
duas luzes brancas nos mastros, com a de ré mais alta que a do mastro da
proa. Barcos a motor de até 50 metros de comprimento, além das luzes
de bordos, só têm uma luz branca de mastro, enquanto os veleiros não
têm nenhuma luz branca no mastro. Já rebocadores puxando outro barco
exibem uma luz amarela na popa, acima da luz branca — jamais passe
atrás de um rebocador em operação, por causa do cabo de reboque.
Sinais sonoros
Apitos e buzinas são usados, normalmente, para chamar a atenção de
outro barco. Nos portos, porém, é comum escutarmos apitos ou buzinas
combinados em determinados sinais, que temos de conhecer bem e usar,
se necessário.
Boias e balizas
Boias são sinalizadores flutuantes e balizas são, normalmente,
sinalizadores encravados em algum ponto sólido. Ambos têm grande
valia nos canais, a fim de evitar lajes perigosas e águas rasas. Nas
Américas, usa-se o sistema de sinalização IALA B, formado por:
Sinais cardinais – São boias ou balizas nas cores amarela e preta, que
ficam próximas dos portos, orientando o navegante a seguir por um
quadrante a partir daquele sinal, a fim de livrá-lo de um perigo na região,
como uma laje ou uma área insegura para trafegar (como a proximidade
de aeroportos à beira d´água). Essas marcas orientam o piloto em relação
ao perigo. Por exemplo: um sinal cardinal leste indica que, a partir dessa
marca, a região livre de perigos está a leste; e que significa, portanto, que
no lado oeste, há algum obstáculo à navegação.
O modo de saber o que fazer ao encontrar um sinal desses é observar os
indicadores pretos existentes na sua parte superior: dois cones apontados
para cima orientam passar pelo norte; dois cones voltados para baixo
recomendam seguir pelo sul. Já o sinal cardinal para leste é formado por
dois cones base a base; e o oeste é representado por dois cones vértice a
vértice, que lembra um pouco a letra w (de west, ou oeste, em inglês).
www.marinha.mil.br/dpc/normas/normam