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Reunião de Sábado à tarde — 12/6/1965 — sábado

O grande "zupado": — o Anjo da Guarda


O que é muito bonito é a tarefa então, e diz respeito a nosso anjo da guarda, e daí se pode
dar uma conseqüência de caráter espiritual, o papel do anjo da guarda dentro disso. A
gente percebe bem que o anjo da guarda não é apenas um ser celeste que está posto para
evitar desastre de nossa parte: machucar o pé, a criancinha não cair da ponte, etc., porque
ele não tem apenas uma guarda; ele não é apenas nosso amparo, vida, mas ele é nosso
regnator. Ele é um ente que dirige a nossa vida, que orienta a nossa vida, que preside a
nossa vida. Ele é como que a luz primordial de nós mesmos, que orienta toda a nossa vida
e que traça os planos, que intervém, que nos aconselha como um verdadeiro pai, em todos
os momentos, em todas as situações. Essa função de guardar é um elemento correlato, é
um elemento integrante da função dele, mas não é o principal. Ele não é apenas uma
espécie de parapeito para nós não fazermos asneiras, segundo se interpreta a expressão do
anjo da guarda, mas é, como provavelmente no português arcaico a palavra guarda deve,
quer dizer isto, a expressão. "Deus guarde a Vossa Excelência; ou a Vossa Senhoria", esse
"guarde" não deve também apenas ser: Deus evite que Vossa Senhoria faça asneiras, ou
que trucide seu corpo numa carroça, mas deve ser outra coisa. É a guarda, quer dizer, a
direção, a orientação, a inspiração, enfim, a resignação sobre aquela pessoa.
(...) Agora, de algum modo, nosso anjo da guarda é mediador nosso junto a Ela e a Nossa
Senhor Jesus Cristo. Porque de algum modo, é Ele que deve nos obter as graças, as
inspirações, os bons movimentos da alma, afastar o mal, combater o demônio, enfim,
exercer toda uma ação sobre nós, necessária para que a nossa vida chegue a bom termo. E
ele é como que o outro eu mesmo, o arqui-eu mesmo; aquilo que se eu fosse santo, eu não
seria senão uma realização pálida, mas de que ele é uma realização imensamente mais
rica, por causa da natureza angélica dele. E, por causa disso, ele velando sobre mim,
sobre minha pequenez, me dirigindo, me orientando, como um verdadeiro mediador entre
Nossa Senhora e eu, e como um servo de Nossa Senhora que é a Rainha do universo, a
tudo que diz respeito a minha vida espiritual.

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