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Presidente dos EUA começou o ano como favorito à reeleição, mas avanço do novo
coronavírus embaralhou as discussões sobre temas importantes para os norte-
americanos. Cenário ainda não está definido.
Mulher usa máscara ao votar nas primárias do Partido Republicano na Virgínia, nos
EUA, em 23 de junho — Foto: Stephanie Klein-Davis/The Roanoke Times via AP
Donald Trump não esperava enfrentar uma pandemia em pleno ano eleitoral nos Estados
Unidos. O novo coronavírus capaz de parar um país e matar dezenas de milhares de
pessoas em poucos meses embaralhou o debate de temas das eleições presidenciais
norte-americanas de 2020, marcadas para novembro.
Na primeira semana de fevereiro, Trump vivia um dos melhores momentos desde que
assumiu a Casa Branca, em 2017. A absolvição no processo de impeachment, os bons
números de emprego e a falta de coesão entre os opositores no Partido Democrata
pavimentavam o caminho à reeleição do republicano.
O fluxo da política, porém, tomou outro rumo com a escalada dos casos de Covid-19
nos EUA, sobretudo depois de março, quando Nova York começou a fechar
estabelecimentos e impor ordens de ficar em casa graças ao rápido aumento nos
contágios e nas vítimas. Os empregos, antes uma carta na manga de Trump,
despencaram em uma velocidade jamais vista por causa da epidemia.
Apoiador de Donald Trump usa máscara com a logo de campanha do presidente durante
comício em Tulsa, nos EUA, em 20 de juho — Foto: Leah Millis/Reuters
Apoiador de Donald Trump usa máscara com a logo de campanha do presidente durante
comício em Tulsa, nos EUA, em 20 de juho — Foto: Leah Millis/Reuters
Antes favorito, Trump agora vê uma corrida mais acirrada. Ainda faltam quatro meses
até as eleições presidenciais norte-americanas, marcadas para 3 de novembro, e as
peças da corrida eleitoral podem se mover mais uma vez. Afinal, no início deste
mesmo 2020, o impacto da Covid-19 nos EUA ainda não parecia tomar as proporções de
hoje.
Enfrentamento da pandemia
O presidente dos EUA, Donald Trump, segura uma máscara com o selo presidencial que
disse ter usado durante visita à fábrica de componentes da Ford em Ypsilanti,
Michigan, em 21 de maio — Foto: Reuters/Leah Millis
O presidente dos EUA, Donald Trump, segura uma máscara com o selo presidencial que
disse ter usado durante visita à fábrica de componentes da Ford em Ypsilanti,
Michigan, em 21 de maio — Foto: Reuters/Leah Millis
A postura de Donald Trump diante do novo coronavírus mudou desde os primeiros
relatos da doença nos EUA, ainda em janeiro:
"É a primeira grande crise que Trump tem que enfrentar no governo. O povo
americano está julgando como ele lida com esse impacto", afirma Poggio.
Por outro lado, medidas como o pagamento de auxílio — cheques inclusive impressos
com o nome de Trump — e de parte dos tratamentos de pessoas doentes com o novo
coronavírus evitaram que outro tema difícil para os norte-americanos entrasse em
pauta: o sistema de saúde.