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Desemprego

O que é?

O desemprego é a percentagem da força de trabalho disponível que


se encontra sem emprego. O desemprego ocorre sobretudo nos
países em desenvolvimento em que as economias não conseguem
suportar o crescimento da população. A mecanização e a
informatização nos processos de trabalho, fazem com que as
máquinas ocupem os trabalhos que antigamente eram ocupados por
humanos. A crescente procura de trabalhadores qualificados também
faz com que as pessoas sem qualificação não consigam encontrar
trabalho, tendo que agora aumentar as suas qualificações par
reentrar no mercado de trabalho.

A evolução do desemprego na U.E.

Fonte - European Union Labour Force Survey (Eurostat).


Nota: não há dados disponíveis para a Grécia, Itália, Reino Unido e
Roménia.

Na União Europeia, de 2000 a 2008 consegue-se perceber que, a taxa


de desemprego total dos dois sexos teve um grande aumento de
2001 a 2002, com cerca de 0,4%, continuando a aumentar, ainda que
muito lentamente até 2004, aumentando apenas 0,1%. De 2004 até
2007 começa-se a notar uma queda que foi, primeiramente, menos
acentuada, descendo de 2004 a 2005 apenas 0,1%, e depois mais
acentuada, sendo que de 2005 a 2007 desceu 1,8%. O desemprego
nos homens nas mulheres tem acompanhado estas subidas e
descidas do desemprego, ainda que os valores do desemprego
feminino sejam maiores e as do masculino sejam menores que a medi
dos dois. 2004 Foi o ano em que os valores do desemprego foram
mais altos na UE-27: 9,0% de desemprego total, 8,5% entre os
homens e 9,8% entre as mulheres.

A evolução do desemprego em Portugal

Fonte - European Union Labour Force Survey (Eurostat).

O gráfico 5 permite observar que, em Portugal, desde 1997 até 2000,


a taxa de total desceu de 6,7% para 4,0%, apesar de que em alguns
períodos a taxa de desemprego masculina tenhas descido mais
lentamente, a acontecendo o oposto com o desemprego feminino.
Entre 2000 e 2001, a taxa de desemprego manteve-se quase estável,
com um aumento pouco significativo, sendo que, a partir daí começou
a aumentar, primeiro, mais acentuado até 2003, aumentando 2,3%.
Nos anos seguintes e até 2007, o aumento foi mais irregular, havendo
períodos em que aumentava de uma maneira menos acentuada, e
outros onde aumentava mais, como no período entre 2004 e 2005,
aumentando 1%. A partir de 2007, o desemprego total começou a
abaixar, apesar de a diminuição não ser muito grande, sendo de
apenas de 0,4%.

Causas

Nos últimos anos, a evolução do desemprego em Portugal tem sido


negativa, um cenário partilhado por toda a Europa. 18milhões de
europeus estão sem emprego, metade dos quais encontram-se nesta
situação há um ano ou mais, a que se acrescentam 9 milhões de
trabalhadores desmotivados, que procurariam trabalho se pensassem
haver probabilidades de encontrá-lo.
Os factores para o desemprego são:

Factores económicos — relacionados com a crise económica


desencadeada com o primeiro choque petrolífero em 1973 e que se
tem mantido durante toda a década de 80 até à actualidade, para
além da nova crise nos mercados económicos nos últimos anos;

Factores demográficos — o aumento do Desemprego em Portugal


e na Europa está largamente associado ao facto de a progressão do
emprego (0,3 por cento em média por ano) não ter acompanhado o
crescimento da população activa (0,6 por cento respectivamente).

Reconversão tecnológica — a introdução de novas tecnologias no


processo produtivo constitui a principal causa da diminuição do
emprego em Portugal, pois as máquinas acabam por ocupar os postos
de trabalho das pessoas, chamando-se a este tipo de desemprego o
desemprego tecnológico.

As poucas qualificações — os novos ritmos de mudança, assim


como os novos modos de produção, nomeadamente ao nível das
novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC), exigem
competências mais vastas, de forma a corresponder às exigências do
mercado em constante mutação.

Desindustrialização — o declínio da grande indústria tem sido


parcialmente compensada pela subida da ocupação na pequena
indústria e nos serviços, apesar da pouca estabilidade verificada.

Apesar de nenhum dos factores enunciados ser a totalidade das


causas do desemprego, no entanto, uma quota significativa é passível
de atribuir-se, por um lado, às mudanças tecnológicas, por outro, a
diferenças entre as qualificações detidas pela população activa
portuguesa, que ainda são baixas e as que o mercado necessita, que
tendem a ser cada vez maiores com a avançar dos anos.
Consequências do Desemprego em Portugal

Um dos problemas mais graves que o País enfrenta neste momento é


o elevado desemprego que continua a crescer. No 3º trimestre de
2004, último para o qual existem dados oficiais publicados, o número
de desempregados em Portugal ultrapassou o meio milhão.
O desemprego tem consequências sociais e individuais devastadoras
(exclusão social, miséria, perda de auto-estima, depressão, etc.), mas
também tem consequências económicas não menos graves que têm
sido sistematicamente esquecidas, tais como:

• Em 2004, o País perdeu 14.050 milhões de euros de riqueza, ou


seja, 10% do PIB desse ano e 1.040 milhões de euros de
receitas fiscais só a nível do IVA devido ao desemprego. Esta
riqueza não produzida contribuiu para a quebra do crescimento
económico e as receitas fiscais perdidas contribuíram para o
desequilíbrio das contas públicas, agravando o défice
orçamental.

• Os desempregados, por não terem podido trabalhar, não


receberam 5.620 milhões de euros de salários, o que
determinou o agravamento das condições de vida de milhares
de famílias e fez com que estas gastassem menos, retraindo o
mercado interno e criando dificuldades ao escoamento da
produção de milhares de empresas, o que arrastou muitas delas
para a falência gerando mais desemprego.

O desemprego determinou elevados custos para a Segurança
Social, pois, por um lado, perdeu receitas avaliadas em 1.953
milhões de euros e, por outro lado, teve de pagar subsídios de
desemprego no valor de 1.662 milhões de euros.
A terciarização

O fenómeno da terciarização, ou seja, a migração para o sector de


serviços, é cada vez mais evidente na economia mundial. Trata-se de
uma extensão das grandes transformações provocadas pela
globalização, que se intensificou nos últimos anos.
Do ponto de vista estrutural observa-se um processo de migração das
actividades do sector primário (agricultura e pecuária) e secundário
(indústria), para o sector terciário (serviços).

A evolução da Terciarização
A partir da análise deste gráfico, pode-se concluir que o sector
terciário tem aumentado nos últimos anos, sendo o número de
trabalhadores neste sector é muito maior que os outros dois sectores,
ficando o sector secundário em 2º lugar em número de trabalhadores,
apesar de muito distante e em terceiro lugar o sector primário, já
abandonado pela maioria dos trabalhadores há muito tempo, à
procura de melhores condições de vida. O auge de trabalhadores
empregues neste sector foi em 2001, abaixando o número de
trabalhadores empregues desde aí, até atingir o mínimo, em 2004.

Causas

A abertura política e económica ocorrida em 1968 (no seguimento de uma


tímida modernização), favoreceu sobretudo as actividades relacionadas com
o turismo: é durante este período, por exemplo, que o Algarve "nasce" para
os mercados internacionais. A revolução de 1974 criou condições favoráveis
à expansão dos diversos serviços de carácter não mercantil, através da
reorganização administrativa do Estado (importância atribuída ao poder
local) e do lançamento das bases de uma política de welfare-state que
Portugal nunca tinha efectivamente desenvolvido. Em 1986, com a adesão
de Portugal à Comunidade Europeia e a estabilidade política garantida por
um governo maioritário de centro--esquerda de feição liberal, inicia-se um
novo período marcado essencialmente pelo desenvolvimento de estratégias
de racionalização dos serviços públicos e consequente atribuição ao sector
privado de funções tradicionalmente dominadas pelo Estado (ensino
superior, saúde, etc.) e a forte expansão dos serviços de apoio às
actividades económicas.

Consequências

Como consequências pode-se dizer que a terciarização faz com que


os outros dois sectores, primário e secundário pecam a quantidade de
pessoas empregues, podendo surgir dificuldades em encontrar
pessoas dispostas a trabalhar nesses sectores, com consequências na
economia, pois esses dois sectores asseguram a produção, a
transformação das matérias-primas até aos produtos finais que o
sector terciário trabalha.

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